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Filha do rei de Aragão (Espanha), Isabel nasceu provavelmente em 1270, em Saragoça ou em Barcelona. Era sobrinha-neta de Santa Isabel da Hungria. Casou com o rei de Portugal, D. Dinis, do qual teve dois filhos.
Após a morte do marido, entregou-se à vida religiosa e caritativa, como terceira franciscana, junto ao mosteiro de Santa Clara, em Coimbra. Morreu em Estremoz, em 1336, quando mediava a resolução do conflito que opunha o filho, D. Afonso IV, rei de Portugal, e o neto, rei de Castela. Está sepultada em Coimbra e foi canonizada em 1625.
Na sua vida cultivou um intenso amor a Deus. Alimentava e exprimia tal amor dedicando-a à oração assídua, meditando na palavra de Deus, fazendo jejuns frequentes, participando em celebrações, visitando igrejas, peregrinando a Santiago de Compostela, construindo mosteiros e praticando a caridade para com os pobres doentes e necessitados. Deus teve efectivamente a primazia na sua vida. A íntima relação com Ele foi o suporte para o desempenho de uma notável missão familiar, politica, social e religiosa ao longo da sua vida.
Outro grande amor que ela viveu foi à sua família, especialmente para com o marido e os filhos. Perdoava as infidelidades do rei e criou os filhos ilegítimos dele. Ensinou os filhos a amarem o pai e mediou os conflitos, com inteligência, firmeza e habilidade, conseguindo restaurar a paz entre D. Dinis e o seu filho D. Afonso. Numa carta, escreve ao marido: “Não permitais que se derrame sangue da vossa geração que esteve nas minhas entranhas. Fazei que as vossas armas parem ou então vereis como em breve morro. Se não o fizerdes, irei prostrar-me diante de vós e do infante, como a loba no parto se alguém se aproxima dos lobinhos recém-nascidos. E os balestreiros hão-de ferir o meu corpo antes que se toque em vós ou no infante. Por Santa Maria e pelo bendito São Dinis vos peço que me respondais depressa, para que Deus vos guie”. No final da vida do marido, ela foi a sua humilde enfermeira , assistindo-o até à morte.
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Não menor foi o seu amor pelos pobres, doentes e necessitados. Santa Isabel costumava dizer “Deus tornou-me Rainha para me dar meios de fazer esmolas.” Todas as vezes que saía do Paço era seguida por pobres e andrajosos a quem sempre ajudava. Visitava os doentes, pondo neles as mãos sem ter nojo, e entregava-os ao cuidado de médicos. Beijava os pés das mulheres leprosas. Junto de si criou muitas filhas de fidalgos, cavaleiros e gente mais humilde.
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Orientou- as e ajudava-as quer seguissem para o casamento quer para a vida religiosa. Em (Convento da Trindade, em Lisboa, claustro em Alcobaça, capelas em Leiria e Óbidos). Deixou em testamento grandes legados a muitas destas instituições. Pela doçura, generosa bondade, dedicada caridade e notável piedade, o povo, desde cedo, a considerou santa, atribuindo-lhe inúmeros milagres, sendo o das rosas o mais famoso. Sobre ela, escreveu o padre António Vieira: “O mundo a conhece com o nome de Isabel; e a nossa pátria, que lhe não sabe outro nome, a venera com a antonomásia de Rainha Santa. Com este título que excede todos os títulos, a canonizou, em vida, o pregão das suas obras; a este pregão se seguiram as vozes de seus vassalos; e a estas vozes a adoração, os altares, os aplausos do mundo”.
P. Jorge Guarda /Canção Nova
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