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A vida de cada pessoa é marcada pela luta constante para melhorar, atingir maior qualidade e satisfação, triunfar. Todos estamos neste caminho. Guiamo-nos por ideais, sonhos e convicções, que nos impelem e sustentam. Experimentamos também ilusões, tentações e fracassos, que podem quebrar o nosso ânimo e fazer-nos desistir, acomodando-nos e deixando-nos ir na corrente da vida, julgando que não somos capazes de melhor. Precisamos então de rever o nosso rumo e o que nos move realmente na vida. Podemos fazê-lo se tivermos mais luz que nos permita identificar os obstáculos e ver como os podemos contornar ou desviarmo-nos dele. Precisamos de um olhar iluminado.
Na Quaresma, a Igreja convida-nos a prestarmos mais tempo, atenção e empenho na escuta da Palavra de Deus. Ela constitui a luz que nos permite ver com clarividência a nossa vida. Abre-nos a caminho para que Deus nos instrua e guie. No primeiro domingo deste tempo especial, o evangelho de S. Lucas (4,1-13) apresenta-nos Jesus a ser tentado. A tentação é um pensamento, um desejo ou um acto que se apresenta cativante e sedutor, aparece como um bem de tal modo que a pessoa, se não pondera bem, acaba por ceder. Depois, perante as consequências negativas, para si ou para os outros, descobre que foi enganada e fez mal. Por vezes, já não se pode remediar nem voltar atrás. Quando muito pode aprender-se a ser capaz de resistir, em situações semelhantes. Jesus resistiu porque estava bem consciente da sua missão, conhecia a palavra de Deus e compreendia-a claramente.
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Há tentações na nossa vida pessoal, mas também na Igreja. Na comunidade cristã, uma tentação que afecta muitas pessoas é a acomodação ou a passividade. Julga-se que compete somente aos outros as responsabilidades pela vida e missão da Igreja. Vence-se, escutando o apelo a colaborar segundo as próprias capacidades e dons, com um sentido de co-responsabilidade. Com isso a comunidade torna-se mais viva e interessante quer para os seus membros quer para quem está fora.
Há também a tentação da estagnação, do pensar que já se está bem e nada há a melhorar ou a progredir. O que vem do passado, as tradições são suficientes para satisfazer pessoas pouco exigentes quando ao modo de viver a fé e de a exprimir e celebrar. O resultado será uma comunidade que deixa de interessar às gerações mais novas e aos mais exigentes na sua vida cristã. Vence-se tal tentação com a atenção aos sinais e desafios novos, com o acolhimento e adesão aos novos carismas do Espírito Santo, pela procura de novas formas de compreender e expressar a vida cristã, com mais beleza e profundidade.
Pode encontrar-se também a vaidade, o desejo de protagonismo, a aspiração a ter poder e influência sobre os outros, a rivalidade entre pessoas, entre grupos ou entre lugares. Deste modo, são sobretudo os defeitos e motivações humanas pouco nobres que levam as pessoas a procurar ter cargos, a desenvolver actividades ou a intervir junto dos outros ou em reuniões. Não se procura realmente o serviço à comunidade nem se é movido por um espírito evangélico, mas sim por ambições e pensamentos humanos. Vencem-se estas tentações imbuindo-se de um autêntico espírito evangélico e do amor, escutando e discernindo os impulsos do Espírito, servindo generosamente, respeitando os outros e valorizando o contributo de cada um para o bem comum.
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A Quaresma é boa ocasião para examinar as próprias tentações na participação ou nas responsabilidades desenvolvidas na comunidade cristã. Vencê-las ajuda à renovação.
fonte: canção nova
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