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O regime do Sudão, anunciou que, a partir de hoje, segunda-feira, vai considerar os cidadãos do Sudão do Sul que residem no seu território como estrangeiros. Esta medida vai afectar de imediato cerca de 500 mil cidadãos do Sudão do Sul, a maioria dos quais cristãos, e que residem no vizinho do Norte desde a década de 80.
Segundo diversas organizações cristãs de solidariedade, que trabalham na região, milhares de cristãos estão agora perante um ultimato. “Ou deixam o Sudão ou passam a ser tratados como estrangeiros num regime que se tem revelado extremamente hostil aos não-islâmicos e não-árabes”, afirma a Barnabas Fund, citada pela agência de notícias BosNewsLife. Como a Fundação AIS já tem denunciado, há o receio de que os cristãos que permaneçam no Sudão, após o ultimato de Cartum, sejam alvo de perseguições ou mesmo de repatriamentos forçados, o que significa que poderemos estar perante um êxodo em massa e uma consequente emergência humanitária na região.
Recorde-se que o sul do Sudão proclamou a sua independência face ao norte a 9 de Julho do ano passado, após um plebiscito, mas os dois estados mantêm problemas pendentes como a distribuição das receitas das exportações de petróleo, a demarcação de fronteiras e disputa pela soberania da zona de Abyei, rica em petróleo. Esta decisão do governo de Cartum vai seguramente aumentar ainda mais o já tenso ambiente existente na região fronteiriça entre um país maioritariamente islâmico, o Sudão, e o vizinho Sudão do Sul, onde predomina a religião cristã.
Departamento de Informação da Fundação AIS
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