sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Paquistão: Bispo católico preocupado com crescente fanatismo
Em declarações à Fundação AIS, D. Joseph Coutts, bispo de Faisalabad, no Punjab, afirma que a comunidade cristã vive dias de intolerância como não tem memória. "Nós sempre fomos discriminados, mas a nossa condição nunca foi tão difícil", disse o prelado, que pediu ao governo do Paquistão um tratamento de "cidadãos de pleno direito" aos cristãos e o reconhecimento da imensa contribuição que o cristianismo faz à sociedade.
D. Joseph, que é igualmente presidente da Conferência Episcopal do Paquistão, assegura que as minorias, no seu país, “sempre estiveram em desvantagem, mas nunca como agora”.
Os católicos são apenas 1,2 milhões num total de 180 milhões de habitantes, mas, apesar disso, é a Igreja que oferece a maioria dos serviços sociais, educação, saúde e de ajuda ao desenvolvimento no Paquistão. Só a diocese de Faisalabad, por exemplo, administra 82 escolas, "estruturas que todos os paquistaneses aproveitam, independentemente da sua fé", explica D. Coutts.
A discriminação sofrida pelos cristãos é, afirma o bispo, particularmente visível no trabalho e na educação. "Os alunos sofrem uma constante pressão para se converterem ao islamismo, como todos os outros fiéis. Eu próprio recebo cartas em que me convidam a abandonar a minha religião", denuncia o bispo.
Departamento de Informação da Fundação AIS
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