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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

11 Mini-textos para rezar…



… e não perder de vista o importante do Natal
A atitude dos pastores, que nos ensina o Deus-Menino, leva-nos a não esquecer a oferta do verdadeiro presente… são algumas pistas para rezar calmamente durante estes dias, e não perder de vista o importante destas festividades. São extractos de homilias do Papa.
1. O Criador que tudo possui faz-se necessitado do amor humano
O inclinar-Se de Deus assumiu um realismo inaudito, antes inimaginável. Ele inclina-Se: desce, Ele mesmo, como criança na miséria do curral, símbolo de toda a necessidade e estado de abandono dos homens. Deus desce realmente. Torna-Se criança, pondo-Se na condição de dependência total, própria de um ser humano recém-nascido. O Criador que tudo sustenta nas suas mãos, de Quem todos nós dependemos, faz-Se pequeno e necessitado do amor humano.

2. Teremos estalagem hoje para Deus?
«Veio para o que era Seu, e os Seus não O acolheram» Em última análise, estas palavras aplicam-se a nós, a cada individuo e à sociedade no seu todo. Temos nós tempo para o próximo que necessita da nossa, da minha palavra, do meu afecto? Para o doente que precisa de ajuda? Para o prófugo ou o refugiado que procura asilo? Temos nós tempo e espaço para Deus? Pode Ele entrar na nossa vida? Encontra um espaço em nós, ou temos todos os espaços do nosso pensamento, da nossa acção, da nossa vida ocupados para nós mesmos?
3. Os pastores, exemplo para nós
No seu ambiente, os pastores eram desprezados; eram considerados pouco sérios e, em tribunal, não eram admitidos como testemunhas. Mas, quem eram na realidade? Certamente não eram grandes santos, se por este termo entendemos pessoas de virtudes heróicas. Eram almas simples. O Evangelho evidencia uma característica que mais tarde, nas palavras de Jesus, havia de ter um papel importante: eram pessoas vigilantes. Isto vale primariamente em sentido exterior: de noite vigiavam, perto das suas ovelhas. Mas vale também num sentido mais profundo: estavam disponíveis à palavra de Deus. A sua vida não estava fechada em si mesma; o seu coração estava aberto. De certo modo, no mais fundo de si mesmos, estavam à espera d’Ele. A sua vigilância era disponibilidade – disponibilidade para ouvirem, disponibilidade para se porem caminho.
4. A simplicidade de Deus
O sinal de Deus é a simplicidade. O sinal de Deus é o menino. O sinal de Deus é que Ele faz-se pequeno por nós. Este é o seu modo de reinar. Ele não vem com poder e grandiosidades externas. Ele vem como menino - inerme e necessitado da nossa ajuda. Não nos quer dominar com a força. Tira-nos o medo da sua grandeza. Ele pede o nosso amor: por isto faz-se menino. Nada mais quer de nós senão o nosso amor, mediante o qual aprendemos espontaneamente a entrar nos seus sentimentos, no seu pensamento e na sua vontade - aprendemos a viver com Ele e a praticar com Ele a humildade da renúncia que faz parte da essência do amor. Deus fez-se pequeno a fim de que nós pudéssemos compreendê-Lo, acolhê-Lo, amá-Lo.
5. Deus connosco
Desde então (o Nascimento), Deus é verdadeiramente um «Deus connosco». Já não é o Deus distante, que, através da criação e por meio da consciência, se pode de algum modo intuir de longe. Ele entrou no mundo. É o Vizinho. Disse-o Cristo ressuscitado aos Seus, a nós: «Eu estou sempre convosco, até ao fim dos tempos» (Mt 28, 20). Nasceu para vós o Salvador: aquilo que o Anjo anunciou aos pastores, Deus no-lo recorda agora por meio do Evangelho e dos seus mensageiros. Trata-se de uma notícia que não nos pode deixar indiferentes. Se é verdadeira, mudou tudo. Se é verdadeira, diz respeito a mim também. Então, como os pastores, devo dizer também eu: Levantemo-nos, quero ir a Belém e ver a Palavra que aconteceu lá.
6. Não se deixar levar pelas urgências quotidianas
Aí se narra que os pastores, depois de ter ouvido a mensagem do Anjo, disseram uns para os outros: «“Vamos até Belém” (…). Partiram então a toda a pressa» (Lc 2, 15s). Na nossa vida ordinária, as coisas não acontecem assim. A maioria dos homens não considera prioritárias as coisas de Deus. Isto – pensa-se – poder-se-á realizar sempre. O Evangelho diz-nos: Deus tem a máxima prioridade. Se alguma coisa na nossa vida merece a nossa pressa sem demora, isso só pode ser a causa de Deus. Deus é importante, a realidade absolutamente mais importante da nossa vida. É precisamente esta prioridade que nos ensinam os pastores. Deles queremos aprender a não nos deixar esmagar pelas coisas urgentes da vida de cada dia.
7. É Cristo que vive em mim
«Com efeito, de que te aproveitaria Cristo ter vindo uma vez na carne, se Ele não chegasse até à tua alma? Oremos para que venha diariamente a nós e possamos dizer: vivo, contundo já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim (Gal 2, 20)»
8. O verdadeiro presente
Entre os inúmeros dons que compramos e recebemos não esqueçamos o verdadeiro dom: de doarmos mutuamente algo de nós próprios! De doarmo mutuamente o nosso tempo. De abrir o nosso tempo a Deus. Assim desvanece-se a agitação. Deste modo brota a alegria, assim se cria a festa. E lembremos nos banquetes festivos destes dias a palavra do Senhor: «Quando deres um banquete, não convides os que, por sua vez, vão retribuir-te, mas convida os que não são convidados por ninguém e não poderão convidar-te» (cf. Lc 14,12-14). Isto também significa precisamente: Quando deres um presente de Natal não o faças só aos que, por sua vez, te fazem presentes, mas fá-lo aos que não o recebem de ninguém e que nada podem retribuir-te. Assim mesmo fez o Senhor: Ele nos convida ao seu banquete de bodas que não podemos retribuir, que só podemos receber com alegria.
9. Pedi a paz para todos os países
E falando do Menino de Belém, pensemos também na localidade que responde ao nome de Belém; pensemos naquela terra onde Jesus viveu e que Ele amou profundamente. E peçamos para que lá se crie a paz. Que cessem o ódio e a violência. Que desperte a compreensão recíproca, se realize uma abertura dos corações que abra as fronteiras. Que desça a paz que os anjos cantaram naquela noite.
10. O rasto de luz dos santos
Onde despontou a fé naquele Menino, aí desabrochou também a caridade – a bondade para com todos, a carinhosa atenção pelos débeis e os doentes, a graça do perdão. A partir de Belém, um rasto de luz, de amor, de verdade atravessa os séculos. Se olharmos os Santos – desde Paulo e Agostinho até São Francisco e São Domingos, desde Francisco Xavier e Teresa de Ávila até à Irmã Teresa de Calcutá – vemos esta corrente de bondade, este caminho de luz que se inflama, sempre de novo, no mistério de Belém, naquele Deus que Se fez Menino. Contra a violência deste mundo, Deus opõe, naquele Menino, a sua bondade e chama-nos a seguir o Menino.
11. O Senhor ajuda-nos a encontra o caminho
Alguns comentadores observam como os primeiros que vieram ao pé de Jesus na manjedoura e puderam encontrar o Redentor do mundo foram os pastores, as almas simples. Os sábios vindos do Oriente, os representantes daqueles que possuem nível e nome chegaram muito mais tarde. Pois bem, hoje também há almas simples e humildes que habitam muito perto do Senhor. Mas a maior parte de nós, homens modernos, vive longe de Jesus Cristo. Mas há um caminho para todos. O Senhor estabelece sinais adequados a cada um. Chama-nos a todos, para que nos seja possível também dizer: Levantemo-nos, «atravessemos», vamos a Belém, até junto d’Aquele Deus que veio ao nosso encontro.

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