EU VOS AMO! VÓS SOIS A MINHA VIDA.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Tanzânia: Bispo receia que fundamentalismo islâmico alastre ao seu país


À semelhança do que tem vindo a acontecer na Nigéria, também a Tanzânia pode vir a ser alvo dos radicais islâmicos, como se de uma contaminação de fundamentalismo religioso se tratasse.

O bispo de Same, monsenhor Rogatus Kimaryo, confessou, à Fundação AIS, o receio de que possa vir a ocorrer uma radicalização da comunidade muçulmana local, o que poderá vir a ter consequências imprevisíveis. “Temos medo de que possa repercutir-se noutras nações africanas o que está a acontecer na Nigéria”, afirma o prelado.

Tem havido, na Tanzânia, na sua história recente, uma boa coexistência entre muçulmanos e os cristãos, respectivamente cerca de 32 e 52 por cento da população do país. “Até agora, completa harmonia”, diz o bispo, que não se esquece de sublinhar o apoio prestado pela Fundação AIS em Same e noutras dioceses no país a iniciativas que apostam no diálogo inter-religioso.

“Mas se a evolução negativa que vemos na África Oriental se espalhar para o resto do continente, as consequências seriam prejudiciais para ambas as comunidades religiosas”, alerta monsenhor Rogatus Kimaryo. Salientando que as autoridades muçulmanas do país são “confiáveis e colaboradoras”, o bispo de Same aponta, porém, o dedo a facções incontroláveis que estão apostadas em promover o fundamentalismo religioso, atacando a Igreja e o ocidente.

Departamento de Informação da Fundação AIS

Salmos, 29


1. Salmo. Cântico para a dedicação da casa de Deus. De Davi.
2. Eu vos exaltarei, Senhor, porque me livrastes, não permitistes que exultassem sobre mim meus inimigos.
3. Senhor, meu Deus, clamei a vós e fui curado.
4. Senhor, minha alma foi tirada por vós da habitação dos mortos; dentre os que descem para o túmulo, vós me salvastes.
5. Ó vós, fiéis do Senhor, cantai sua glória, dai graças ao seu santo nome.
6. Porque a sua indignação dura apenas um momento, enquanto sua benevolência é para toda a vida. Pela tarde, vem o pranto, mas, de manhã, volta a alegria.
7. Eu, porém, disse, seguro de mim: Não serei jamais abalado.
8. Senhor, foi por favor que me destes honra e poder, mas quando escondestes vossa face fiquei aterrado.
9. A vós, Senhor, eu clamo, e imploro a misericórdia de meu Deus.
10. Que proveito vos resultará de retomar-me a vida, de minha descida ao túmulo? Porventura vos louvará o meu pó? Apregoará ele a vossa fidelidade?
11. Ouvi-me, Senhor, e tende piedade de mim; Senhor, vinde em minha ajuda.
12. Vós convertestes o meu pranto em prazer, tirastes minhas vestes de penitência e me cingistes de alegria.
13. Assim, minha alma vos louvará sem calar jamais. Senhor, meu Deus, eu vos bendirei eternamente.
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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

‘Convertei-vos e acreditai no Evangelho’


Com a Celebração das Cinzas, na Quarta-feira de Cinzas, damos início à Quaresma, tempo forte de oração, penitência e jejum. É o tempo forte de conversão do coração humano diante das necessidades dos outros.
Como o próprio nome no-lo diz, são quarenta dias de penitência, os quais nos preparam para a celebração da vitória final da graça sobre o pecado e da vida sobre a morte. Durante estes dias, a nossa oração se torna mais intensa e a penitência mais acentuada. É um período especial de retorno a Deus, de conversão e de abertura aos outros.
A cerimônia de Imposição das Cinzas nos recorda que nossa vida na terra é passageira, que algum dia vamos morrer e que o nosso corpo vai se converter em pó e que a vida definitiva se encontra no céu. Ensina-nos ainda que os céus e a terra hão de passar um dia. Em troca, todo o bem que tenhamos realizado em nossa vida nós vamos levá-lo à eternidade. Ao final da nossa vida, só levaremos aquilo que tenhamos feito por Deus e por nossos irmãos.
As cinzas são um sacramental, o qual não nos tira os pecados, mas nos relembra a nossa condição de miseráveis, de frágeis e pecadores. E assim, reconhecendo a nossa situação, recorremos ao sacramento da reconciliação. É um sinal de arrependimento, de penitência, mas sobretudo, de conversão. Com essa celebração, damos início à nossa caminhada com Cristo do Jardim das Oliveiras até o triunfo na manhã do primeiro dia da semana, que é o Domingo da Ressurreição.
Quaresma é realmente um tempo de reflexão em nossa vida, de entender aonde vamos, de analisar como está nosso comportamento com nossa família – o marido, a esposa, os filhos, os pais – e todos os que nos rodeiam.
O Evangelho de hoje nos ajuda a entendermos como praticar as três obras de penitência – oração, esmola e jejum – e como viver bem o tempo quaresmal.
Jesus fala das três obras de piedade dos judeus: a esmola, o jejum e a oração. E faz uma crítica pelo fato de que eles as praticam para ser vistos pelos outros.
O segredo para o efeito é a atenção para que não sejamos como os fariseus hipócritas: “Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus” (Mt 6,1).
Para Jesus é preciso criar uma nova relação com Deus. Ao mesmo tempo, Cristo nos oferece um caminho de acesso ao coração do Pai. Para Ele, a justiça consiste em conseguir o lugar onde Deus nos quer. O caminho para chegar ali está expresso na Lei de Deus: “Se a vossa justiça não superar a justiça dos doutores da Lei e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus”.
Como foi dito anteriormente, este é um tempo de oração que se caracteriza por uma relação de aliança entre Deus e o homem em Cristo. Este encontro com Cristo não se exprime apenas em pedidos de ajuda, mas também em louvor, ação de graças, escuta e contemplação.
Rezar é confiar no Senhor que nos ama e corresponder ao Seu amor incondicional. Por sua vez, a oração penitencial privilegia o agradecimento da misericórdia de Deus e prepara o coração para o perdão e para a reconciliação.
É tempo da prática do jejum. O jejum tem certamente também uma dimensão física, como a privação voluntária de alimentos, além da espiritual. O que jejuamos deve ser partilhado, ou seja, entregue aos nossos irmãos que passam fome. É sobretudo a privação do pecado. O jejum é sinal do combate contra o espírito do mal. O modelo deste combate é Cristo, que foi tentado pelo maligno muitas vezes para que cedesse ao sucesso, ao domínio e à riqueza. No entanto, a Sua vitória sobre todo o mal, que oprime o homem, inaugurou um tempo novo, um Reino de justiça, verdade, paz, amor e partilha.
A experiência do jejum exterior e interior favorece a opção pelo essencial. No nosso tempo, o jejum tornou-se uma prática habitual. Alguns jejuam por razões dietéticas e estéticas. O jejum cristão não tem uma dimensão dietética ou estética como é prática nos nossos dias, mas sim uma referência cristológica e solidária com os nossos irmãos e irmãs excluídos da sociedade por causa de diversas condições: raça, religião, cor, tribo, língua, entre outros.
Como Cristo e com Cristo jejuamos para ser mais solidários e abertos ao outro. Sob várias formas podemos jejuar, como por exemplo, o jejum mediático da televisão, da internet, do telemóvel, da língua, etc.; para redescobrirmos a beleza do diálogo em família, da partilha de interesses, do encontro e da comunhão com os irmãos.
Quando vivemos bem o jejum nos convertemos em seres solidários, pessoas que partilham tudo entre todos. Ninguém chamará de “seu” o que possui. Em outras palavras, atualizaremos os Atos dos Apóstolos 2,42, que é a essência do Cristianismo. A relação dinâmica entre o amor e a adesão a Cristo faz do gesto de ajuda – expresso na esmola – uma partilha fraterna e não algo humilhante.
Quaresma é tempo de dar esmola. E esta nos ajuda a vencer a incessante tentação do egoísmo, educando-nos para irmos ao encontro das necessidades do próximo e partilhar com os outros aquilo que, por bondade divina, possuímos. Tal é a finalidade das coletas especiais para os pobres que são promovidas em muitas partes do mundo durante o período quaresmal. Desta forma, a purificação interior é confirmada por um gesto de comunhão eclesial, como acontecia já na Igreja primitiva.
Hoje a oração, o jejum e a esmola não perderam a atualidade e continuam a ser propostos como instrumentos de conversão. A estes meios clássicos podemos acrescentar outros, em ordem a melhorar a relação com Deus, com nós mesmos e com os outros.
E o maior dentre eles é o amor. O amor é criativo e encontra formas sempre novas de viver a fraternidade. Permite-nos que contribuamos para a sinceridade do coração e a coerência das atitudes no caminho da paz. Faz-nos evitar a crítica maldizente, os preconceitos e os juízos sobre os outros, favorece a autenticidade da vida cristã. E tem como obstáculos a ser vencidos o egoísmo e o orgulho que impedem a generosidade do coração.
Estamos hoje diante de um convite veemente: CONVERTEI-VOS E CREDE NO EVANGELHO. O Evangelho é o próprio Cristo, que nos convida à conversão interior e à mudança de mentalidade para acolher o Reino de Deus e para anunciar a Boa Nova.

Fonte JAM

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Frase de Santo Padre Pio

“Quando cair, humilhe-se, proponha-se de novo a submeter-se à vontade de Deus e depois levante-se e siga adiante.” (Padre Pio de Pietrelcina)

Daniel, 14


1. Daniel era conviva do rei e o mais honrado de todos os seus íntimos.
2. Ora, os babilônios tinham um ídolo chamado Bel, cuja despesa diária era de doze artabes de farinha, quarenta carneiros e seis medidas de vinho.
3. O rei prestava culto ao ídolo e diariamente ia adorá-lo. Daniel, porém, adorava seu Deus. O rei disse-lhe (um dia): Por que não adoras Bel?
4. Porque, respondeu Daniel, não venero ídolo feito pela mão do homem, mas sim o Deus vivo que criou o céu e a terra e que exerce seu poder sobre todo homem.
5. Assim sendo, continou o rei, Bel não te parece ser um deus vivo! Não vês o que ele come e o que ele bebe todos os dias?
6. Daniel pôs-se a rir: Desengana-te, ó rei, disse ele, este deus é de barro por dentro e de bronze por fora, e ele nunca comeu coisa alguma.
7. Irritado, o rei mandou vir seus sacerdotes e lhes disse: Se não me disserdes quem come essas oferendas, morrereis.
8. Mas se me provardes que é Bel quem as absorve, será Daniel quem morrerá, pois terá blasfemado contra ele. Daniel respondeu ao rei: Que se faça segundo tu o dizes!
9. Os sacerdotes de Bel eram setenta em número, sem contar suas mulheres e filhos. O rei foi com Daniel ao templo de Bel.
10. Os sacerdotes disseram: Nós saímos. Manda trazer, ó rei, os alimentos e o vinho misturado; depois fecha a porta e lacra-a com teu sinete.
11. Se amanhã cedo, quando vieres ao templo, verificares que tudo não foi comido por Bel, nós morreremos; do contrário será Daniel quem nos terá caluniado.
12. Tinham completa confiança, porque debaixo da mesa haviam feito uma abertura secreta, pela qual penetravam habitualmente para consumir as oferendas.
13. Mas, após a saída deles, quando o rei acabava de depor as oferendas diante de Bel, Daniel ordenou aos criados trazerem cinza, a qual espalhou pelo templo todo na presença do rei. A seguir saíram, fecharam a porta e, depois de tê-la lacrado com o sinete real, retiraram-se.
14. Durante a noite, os sacerdotes introduziram-se como de costume (no templo) com suas mulheres e filhos, comeram e beberam tudo.
15. Ao amanhecer, o rei veio com Daniel.
16. Os selos, disse, estão intactos, Daniel Intactos, ó rei.
17. Logo que a porta foi aberta, o rei olhou para a mesa e exclamou: Tu és grande, ó Bel! Tu não nos enganaste.
18. Mas Daniel pôs-se a rir e impediu o rei de entrar mais adiante. Olha o chão, disse-lhe. De quem são estes passos?
19. Vejo de fato, respondeu o rei, passos de homens, de mulheres e de crianças. E uma cólera violenta apoderou-se dele.
20. Então mandou prender os sacerdotes com suas mulheres e filhos, os quais lhe mostraram as entradas secretas por onde se introduziam para vir consumir o que havia na mesa.
21. O rei mandou matá-los e pôs Bel à disposição de Daniel que o destruiu, assim como seu templo.
22. Lá havia também um grande dragão, que os babilônios veneravam.
23. O rei disse a Daniel: Pretenderás também dizer que aquele é de bronze? Vive, come, bebe. Tu não podes negar que seja um deus vivo.
24. Adora-o então. Eu adoro, replicou Daniel, unicamente o Senhor meu Deus, porque ele é um Deus vivo.
25. Ó rei, dá-me licença para fazê-lo, e, sem espada nem bastão, matarei o dragão. Eu ta concedo, disse o rei.
26. Então Daniel tomou breu, gordura e pêlos, cozinhou tudo junto, e com isso fez umas bolas e meteu-as na boca do dragão, que estourou e morreu. Daniel exclamou: Eis aí o que adoráveis!
27. Quando os babilônios souberam, ficaram sumamente indignados, e amotinaram-se contra o rei aos gritos de O rei tornou-se judeu! Destruiu Bel; e (agora) fez perecer o dragão e matar os sacerdotes.
28. Vieram à presença do rei e disseram-lhe: Entrega-nos Daniel; do contrário, nós te mataremos, bem como toda a tua família.
29. Diante da violência com que o ameaçavam, o rei viu-se forçado a entregar-lhes Daniel,
30. que eles jogaram à cova dos leões, onde permaneceu seis dias.
31. Na cova havia sete leões, aos quais davam cotidianamente dois corpos (humanos) e dois carneiros. Porém, daquela vez, nada lhes foi distribuído, a fim de que devorassem Daniel.
32. Ora, o profeta Habacuc vivia naquele tempo na Judéia. Acabava de cozinhar um caldo e picava pão dentro dele numa panela, para levá-lo aos ceifadores no campo.
33. Mas um anjo do Senhor disse-lhe: Leva esta refeição à Babilônia, a Daniel, que se encontra na cova dos leões.
34. Senhor, disse Habacuc, nunca vi Babilônia, e não conheço essa cova.
35. Então o anjo, segurando-o pelo alto da cabeça, transportou-o pelos cabelos, num fôlego, até Babilônia, em cima da cova.
36. Daniel, Daniel (chamou), toma a refeição que Deus te envia.
37. E Daniel respondeu: Ó Deus, vós pensastes em mim! Vós não abandonastes os que vos amam!
38. Depois disso pôs-se a comer, enquanto o anjo do Senhor transportava de volta Habacuc a seu domicílio.
39. Ao sétimo dia veio o rei chorar Daniel. Ao acercar-se da cova, porém, olhou para dentro e aí avistou Daniel sentado.
40. E bem alto exclamou: Vós sois grande, Senhor, Deus de Daniel. Não existe outro Deus além de vós!
41. Mandou retirá-lo da cova dos leões e lá jogou todos aqueles que haviam tentado eliminá-lo, os quais foram imediatamente devorados, sob seus olhos.
42. Então disse o rei: Que todos os habitantes da terra reverenciem o Deus de Daniel, porque é um salvador que opera sinais e prodígios em toda a terra, e salvou Daniel da cova dos leões.
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

sábado, 11 de fevereiro de 2012

A OSTRA E A PÉROLA


Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas.
As pérolas são produtos da dor, resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia. Na parte interna da concha é encontrada uma substância lustrosa chamada nácar. Quando o grão de areia penetra as células do nácar, começam a trabalhar e cobrir o grão com camadas para proteger o corpo indefeso da ostra. Como resultado, uma linda pérola vai se formando ali no seu interior.
Uma ostra que não foi ferida, nunca vai produzir pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada.
Tu, já te sentiste ferido por palavras rudes de alguém?
Já foste acusado de ter dito coisas que não disseste?
As tuas ideias já foram rejeitadas ou mal interpretadas?
Já sentiste duros golpes de preconceitos?
Já recebeste o troco da indiferença?
Então, produziste uma pérola.
Cobre as tuas mágoas com várias camadas de amor.

Infelizmente, são poucas as pessoas que se interessam por este tipo de sentimentos. A maioria aprende apenas a cultivar ressentimentos, deixando as feridas abertas alimentado-as com sentimentos pequenos, não permitindo que cicatrizem.
Assim, na prática, o que vemos são muitas "ostras vazias", não por que não tenham sido feridas, mas porque não souberam perdoar, compreender e transformar a dor em amor.
Fabrica pérolas tu também!
Fonte: JAM

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Frase do Dia

"É necessário perceber a mão de Deus que se esconde por trás da mão do homem."

Padre Pio de Pietrelcina

Judite, 8


1. Ora, tudo isso chegou aos ouvidos de Judite, viúva, filha de Merari, filho de Idox, filho de José, filho de Ozias, filho de Elai, filho de Jamnor, filho de Gedeão, filho de Rafaim, filho de Aquitob, filho de Melquias, filho de Enã, filho de Natanias, filho de Salatiel, filho de Simeão, filho de Rubem.
2. Seu marido chamava-se Manassés, e morrera no tempo da colheita da cevada,
3. ferido de insolação quando fiscalizava os ceifadores que ligavam os feixes no campo; ele morrera em Betúlia, sua cidade, e fora enterrado com seus pais.
4. Judite ficara viúva havia três anos e meio.
5. Ela tinha feito no andar superior de sua casa um quarto reservado para si, no qual se conservava retirada com suas criadas.
6. Trazia um cilício sobre os rins e jejuava todos os dias, exceto nos sábados, nas luas novas e nas festas do povo israelita.
7. Era extremamente bela, e seu marido tinha-lhe deixado grandes riquezas, numerosos criados e domínios cheios de rebanhos de bois e de ovelhas.
8. Era muito estimada por todos porque tinha grande temor a Deus; não havia ninguém que falasse mal a seu respeito.
9. Sabendo, pois, que Ozias tinha prometido entregar a cidade dentro de cinco dias, mandou alguém chamar os anciãos Cabri e Carmi,
10. e estes vieram ter com ela. Ela disse-lhes: Como é possível que Ozias tenha consentido em entregar a cidade aos assírios dentro de cinco dias, se não nos chegar socorro?
11. Quem sois vós para provocar o Senhor?
12. Não é esse o meio de atrair a sua misericórdia, mas antes o de excitar a sua cólera e acender o seu furor
13. Vós impusestes ao Senhor um prazo para exercer a sua misericórdia e fixastes-lhe um dia ao vosso arbítrio!
14. Mas o Senhor é paciente; façamos, pois, penitência por isso e peçamos-lhe perdão com lágrimas nos olhos,
15. pois Deus não ameaça como os homens e não se deixa arrastar como eles à violência da cólera.
16. Humilhemo-nos diante dele e prestemos-lhe nosso culto com espírito de humildade.
17. Roguemos ao Senhor com lágrimas que nos conceda a sua misericórdia como lhe aprouver, para que, assim como se perturbou o nosso coração com o orgulho de nossos inimigos, do mesmo modo encontremos glória em nossa humilhação.
18. Nós não imitamos os pecados de nossos pais, abandonando Deus para adorar divindades estranhas.
19. Por esse crime foram entregues à espada, à pilhagem e ao desprezo de seus inimigos; nós, porém, não admitimos outro Deus fora dele.
20. Esperamos com humildade a sua consolação e ele vingará o nosso sangue dos males que nos causam nossos inimigos. Ele humilhará toda nação que se levantar contra nós; o Senhor nosso Deus cobri-las-á de vergonha.
21. Agora, meus Irmãos, já que sois os anciãos do povo de Deus, e que sua vida depende de vós, reanimai os seus corações com vossas palavras, para que eles se lembrem de que nossos pais foram tentados a fim de que se verificasse se eles serviam verdadeiramente ao seu Deus.
22. Que eles se lembrem de como nosso pai Abraão foi provado e de como passou por múltiplas tribulações para se tornar o amigo de Deus.
23. Assim Isaac, assim Jacó, assim Moisés, e todos os que agradaram a Deus permaneceram fiéis apesar das muitas tribulações.
24. Aqueles, porém, que não aceitaram essas provações no temor ao Senhor e se impacientaram, murmurando contra ele,
25. foram feridos pelo Exterminador e pereceram pelas serpentes.
26. Por isso não nos irritemos por causa do que sofremos.
27. Consideremos que esses tormentos são menos graves que nossos pecados, e que esses flagelos com que o Senhor nos castiga, como escravos, foram-nos mandados para a nossa emenda, e não para a nossa perdição.
28. Ozias e os anciãos responderam-lhe: Tudo o que disseste é verdade; nada há repreensível nas tuas palavras.
29. Roga, pois, a Deus por nós, porque és uma mulher santa e piedosa.
30. Judite respondeu-lhes: Se reconheceis que o que eu vos disse vem de Deus,
31. examinai se vem igualmente dele o que eu resolvi fazer, e orai para que Deus me ajude a realizar o meu desígnio.
32. Ficai esta noite à porta, e eu sairei com minha criada. Orai então para que, como vós o dissestes, o Senhor olhe para o seu povo de Israel dentro de cinco dias.
33. Mas não quero que procureis saber o que eu vou fazer; enquanto eu mesma não voltar para vos avisar, não se faça outra coisa que rogar por mim ao Senhor nosso Deus.
34. Ozias, o príncipe de Judá, respondeu-lhe: Vai em paz, e que o Senhor te ajude a tomar a vingança de nossos inimigos. E retiraram-se.
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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Anjo da Guarda


Meu anjo da guarda minha companhia, guardai a minha alma de noite e de dia!

Frases notáveis

- "Orgulho não é grandeza, mas inchaço. E o que está inchado parece grande, mas não é sadio."
Santo Agostinho

Eclesiastes, 1


1. Palavras do Eclesiastes, filho de Davi, rei de Jerusalém.
2. Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade.
3. Que proveito tira o homem de todo o trabalho com que se afadiga debaixo do sol?
4. Uma geração passa, outra vem; mas a terra sempre subsiste.
5. O sol se levanta, o sol se põe; apressa-se a voltar a seu lugar; em seguida, se levanta de novo.
6. O vento vai em direção ao sul, vai em direção ao norte, volteia e gira nos mesmos circuitos.
7. Todos os rios se dirigem para o mar, e o mar não transborda. Em direção ao mar, para onde correm os rios, eles continuam a correr.
8. Todas as coisas se afadigam, mais do que se pode dizer. A vista não se farta de ver, o ouvido nunca se sacia de ouvir.
9. O que foi é o que será: o que acontece é o que há de acontecer. Não há nada de novo debaixo do sol.
10. Se é encontrada alguma coisa da qual se diz: Veja: isto é novo, ela já existia nos tempos passados.
11. Não há memória do que é antigo, e nossos descendentes não deixarão memória junto daqueles que virão depois deles.
12. Eu, o Eclesiastes, fui rei de Israel em Jerusalém.
13. Apliquei meu espírito a um estudo atencioso e à sábia observação de tudo que se passa debaixo dos céus: Deus impôs aos homens esta ocupação ingrata.
14. Vi tudo o que se faz debaixo do sol, e eis: tudo vaidade, e vento que passa.
15. O que está curvado não se pode endireitar, e o que falta não se pode calcular.
16. Eu disse comigo mesmo: Eis que amontoei e acumulei mais sabedoria que todos os que me precederam em Jerusalém. Porque meu espírito estudou muito a sabedoria e a ciência,
17. e apliquei o meu espírito ao discernimento da sabedoria, da loucura e da tolice. Mas cheguei à conclusão de que isso é também vento que passa.
18. Porque no acúmulo de sabedoria, acumula-se tristeza, e que aumenta a ciência, aumenta a dor.
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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

mensagem

“Nada te perturbe, nada te assuste, tudo passa. Deus nunca muda. A paciência tudo alcança. Quem a Deus tem, nada lhe falta. Só Deus basta!” Santa Tereza d’Avila

Êxodo, 40


1. O Senhor disse a Moisés:
2. “No primeiro dia do primeiro mês, levantarás o tabernáculo, a tenda de reunião.
3. Porás nele a arca da aliança e a ocultarás com o véu.
4. Trarás a mesa e disporás nela as coisas que devem estar sobre ela. Trarás o candelabro e porás nele suas lâmpadas.
5. Colocarás o altar de ouro para o perfume diante da arca da aliança e pendurarás o véu à entrada do tabernáculo.
6. Colocarás o altar dos holocaustos diante da entrada do tabernáculo, da tenda de reunião.
7. Colocarás a bacia entre a tenda de reunião e o altar, e porás água nela.
8. Farás o recinto do átrio e disporás a cortina à entrada do átrio.
9. Tomarás o óleo de unção e ungirás com ele o tabernáculo com tudo o que ele contém; consagrá-lo-ás com todo o seu mobiliário, para que ele se torne uma coisa santa.
10. Ungirás o altar dos holocaustos e todos os seus utensílios; em virtude de tua consagração, o altar se tornará uma coisa santíssima.
11. Ungirás a bacia com seu pedestal, e a consagrarás.
12. Farás em seguida aproximarem-se Aarão e seus filhos da entrada da tenda de reunião, onde os lavarás com água.
13. Revestirás Aarão com os ornamentos sagrados; ungi-lo-ás e o consagrarás, e ele será sacerdote a meu serviço.
14. Farás aproximarem-se seus filhos e, depois de os teres revestido de túnicas,
15. tu os ungirás como o fizeste com seu pai; e serão sacerdotes a meu serviço. Essa unção lhes conferirá o sacerdócio para sempre, de geração em geração.”
16. Moisés fez tudo o que o Senhor lhe havia mandado, e se conformou a tudo.
17. Assim, no segundo ano, no primeiro dia do primeiro mês, o tabernáculo foi erigido.
18. Moisés levantou o tabernáculo: pôs suas bases, suas tábuas, suas travessas, e assentou suas colunas.
19. Estendeu a tenda sobre o tabernáculo, e pôs a coberta da tenda por cima, como o Senhor lhe tinha ordenado.
20. Tomou o testemunho e colocou-o na arca; meteu os varais na arca, e colocou nela a tampa.
21. Introduziu a arca no tabernáculo; e, tendo pendurado o véu de separação, cobriu com ele a arca da aliança, como o Senhor tinha ordenado a Moisés.
22. Colocou a mesa na tenda de reunião, do lado norte do tabernáculo, diante da cortina;
23. e dispôs nela em ordem os pães diante do Senhor, como o Senhor lhe tinha ordenado.
24. Pôs o candelabro na tenda de reunião, diante da mesa, do lado sul do tabernáculo,
25. e dispôs nele as lâmpadas diante do Senhor, como o Senhor lhe tinha ordenado.
26. Colocou o altar de ouro na tenda de reunião, diante do véu,
27. e queimou nele o incenso, como o Senhor lhe tinha ordenado.
28. Colocou a cortina à entrada do tabernáculo.
29. Colocou o altar dos holocaustos à entrada do tabernáculo, da tenda de reunião, e ofereceu sobre ele o holocausto e a oblação, como o Senhor lhe tinha ordenado.
30. Colocou a bacia entre a tenda de reunião e o altar, e pôs nela a água para as abluções.
31. Moisés, Aarão e seus filhos lavaram aí as mãos e os pés.
32. Quando entravam na tenda de reunião e se aproximavam do altar, faziam suas abluções, como o Senhor tinha ordenado a Moisés.
33. Enfim, fez o recinto do átrio em torno do tabernáculo e do altar e colocou a cortina na porta do átrio. Assim terminou Moisés a sua tarefa.
34. Então a nuvem cobriu a tenda de reunião e a glória do Senhor encheu o tabernáculo.
35. E era impossível a Moisés entrar na tenda de reunião, porque a nuvem pairava sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo.
36. Durante todo o curso de suas peregrinações, os israelitas se punham a caminho quando se elevava a nuvem que estava sobre o tabernáculo;
37. do contrário, eles não partiam até o dia em que ela se elevasse.
38. E, enquanto duraram as suas peregrinações, a nuvem do Senhor pairou sobre o tabernáculo durante o dia; e, durante a noite, havia um fogo na nuvem, que era visível a todos os israelitas.
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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Frase do Dia

"Não sejamos avarentos com Deus que tanto nos enriquece."

Padre Pio de Pietrelcina

Salmos, 30


1. Ao mestre de canto. Salmo de Davi.
2. Junto de vós, Senhor, me refugio. Não seja eu confundido para sempre; por vossa justiça, livrai-me!
3. Inclinai para mim vossos ouvidos, apressai-vos em me libertar. Sede para mim uma rocha de refúgio, uma fortaleza bem armada para me salvar.
4. Pois só vós sois minha rocha e fortaleza: haveis de me guiar e dirigir, por amor de vosso nome.
5. Vós me livrareis das ciladas que me armaram, porque sois minha defesa.
6. Em vossas mãos entrego meu espírito; livrai-me, ó Senhor, Deus fiel.
7. Detestais os que adoram ídolos vãos. Eu, porém, confio no Senhor.
8. Exultarei e me alegrarei pela vossa compaixão, porque olhastes para minha miséria e ajudastes minha alma angustiada.
9. Não me entregastes às mãos do inimigo, mas alargastes o caminho sob meus pés.
10. Tende piedade de mim, Senhor, porque vivo atribulado, de tristeza definham meus olhos, minha alma e minhas entranhas.
11. Realmente, minha vida se consome em amargura, e meus anos em gemidos. Minhas forças se esgotaram na aflição, mirraram-se os meus ossos.
12. Tornei-me objeto de opróbrio para todos os inimigos, ludíbrio dos vizinhos e pavor dos conhecidos. Fogem de mim os que me vêem na rua.
13. Fui esquecido dos corações como um morto, fiquei rejeitado como um vaso partido.
14. Sim, eu ouvi o vozerio da multidão; em toda parte, o terror! Conspirando contra mim, tramam como me tirar a vida.
15. Mas eu, Senhor, em vós confio. Digo: Sois vós o meu Deus.
16. Meu destino está nas vossas mãos. Livrai-me do poder de meus inimigos e perseguidores.
17. Mostrai semblante sereno ao vosso servo, salvai-me pela vossa misericórdia.
18. Senhor, não fique eu envergonhado, porque vos invoquei: Confundidos sejam os ímpios e, mudos, lançados na região dos mortos.
19. Fazei calar os lábios mentirosos que falam contra o justo com insolência, desprezo e arrogância.
20. Quão grande é, Senhor, vossa bondade, que reservastes para os que vos temem e com que tratais aos que se refugiam em vós, aos olhos de todos.
21. Sob a proteção de vossa face os defendeis contra as conspirações dos homens. Vós os ocultais em vossa tenda contra as línguas maldizentes.
22. Bendito seja o Senhor, que usou de maravilhosa bondade, abrigando-me em cidade fortificada.
23. Eu, porém, tinha dito no meu temor: Fui rejeitado de vossa presença. Mas ouvistes antes o brado de minhas súplicas, quando clamava a vós.
24. Amai o Senhor todos os seus servos! Ele protege os que lhe são fiéis. Sabe, porém, retribuir, castigando com rigor aos que procedem com soberba.
25. Animai-vos e sede fortes de coração todos vós, que esperais no Senhor.
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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

OS 2 PILARES QUE SUSTENTAM A IGREJA: MARIA E A EUCARISTIA.


(Um sonho de Dom Bosco para estes tempos)

QUEM FOI DOM BOSCO?
João Bosco, filho de Francisco Bosco e de Margarida Occhiena, nasceu no dia 16 de Agosto de 1815, em Becchi, minúsculo grupo de casas da pequena localidade de Murialdo, pertencente à Vila de Castelnuovo d’Asti (actualmente chamado Castelnuovo Dom Bosco), na região de Alto Monferrato, na Itália. Desde criança manifestou o desejo de se tornar padre. Em 25 de Outubro de 1835, João recebe o hábito talar no Seminário de Chieri, e em 5 de Junho de 1841, a ordenação sacerdotal. Veio a falecer em 31 de Janeiro de 1888, aos 72 anos.
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REVELAÇÕES SOBRENATURAIS.
Desde os nove anos, o santo teve contactos maravilhosos com o mundo sobrenatural. Ele via o que é oculto aos homens, o mistério dos corações, os segredos das consciências, os pensamentos mais íntimos, e até o futuro das crianças e o fim das suas vidas. Além disso, os acontecimentos futuros, que ele lia com uma lucidez maravilhosa, com uma clarividência rara.
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UMA VISÃO PROFÉTICA: SONHO DAS DUAS COLUNAS E DO NAVIO.
Dom Bosco teve o sonho descrito abaixo em 1862, portanto antes da realização do Concílio Vaticano I, em 1870.
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“Dom Bosco, no dia 26 de Maio, havia prometido aos jovens que lhes contaria alguma coisa bonita no último ou no penúltimo dia do mês. No dia 30 de Maio contou, à noite, uma parábola ou semelhança, como ele a quis chamar.
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'Quero contar-lhes um sonho. É verdade que quem sonha não raciocina, mas, eu contaria até mesmo os meus pecados, se não tivesse medo de fazer que vocês todos fugissem e fazer cair a casa, lhes conto isso para utilidade espiritual de vocês. O sonho, eu o tive há alguns dias.
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Imaginem estar comigo numa praia do mar, ou antes, sobre um escolho isolado, e de não ver outro espaço de terra a não ser aquele que lhes está sob os pés. Em toda aquela vasta superfície das águas se via uma multidão inumerável de navios em ordem de batalha, cujas proas eram terminadas por um agudo esporão de ferro em forma de lança, que, onde era dirigido, feria e traspassava qualquer coisa. Estes navios estavam armados com canhões, carregados com fuzis e armas de todo gênero, com matérias incendiárias, e também com livros, e avançavam contra um navio muito maior e mais alto que todos eles. Por meio do esporão, tentam chocar-se com ele, incendiá-lo, ou ao menos causar-lhe todo o dano possível.
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Aquela nave majestosa, ricamente adornada, era escoltada por muitas navezinhas que recebiam dela os sinais de comando e executavam manobras para se defender das frotas adversárias.
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O vento lhes era desfavorável e o mar agitado parecia favorecer os inimigos. No meio da imensa extensão do mar elevavam-se acima das ondas duas robustas colunas, altíssimas, pouco distantes uma da outra. Sobre uma delas havia a estátua da Virgem Imaculada, em cujos pés pendia um longo cartaz com esta inscrição: Auxilium Christianorum (Auxílio dos Cristãos). Sobre a outra, que era muito mais alta e mais grossa, havia uma Hóstia de grandeza proporcional à coluna, e debaixo um outro cartaz com as palavras: Salus Credentium (Salvação dos que crêem).
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O Pontífice Romano, comandante supremo da grande nau, vendo o furor dos inimigos e a má situação em que se achavam as suas fiéis navezinha, decide reunir junto de si os pilotos dos navios auxiliares, para acordarem sobre o que se deveria fazer. Todos os pilotos sobem e se reúnem em torno do Papa. Mantêm uma reunião, mas, enfurecendo-se cada vez mais o vento e a tempestade, eles são mandados de volta para dirigir seus próprios navios.
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Ocorrendo um pouco de calmaria, o Papa reúne pela segunda vez em torno de si todos os pilotos, enquanto a nau capitania segue o seu curso. Mas a borrasca volta espantosa. O Papa permanece no timão, e todos os seus esforços são dirigidos a levar a nau para o meio daquelas duas colunas, de cujo cimo pendem, em toda a volta delas, muitas âncoras e grossos ganchos presos a correntes.
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Os navios inimigos manobram para assaltá-la, e empregam todos os meios possíveis para detê-la e fazê-la afundar, algumas com livros e escritos; outras procurando lançar a bordo as matérias incendiárias de que estão cheias; outras com os canhões, com os fuzis, e com os esporões.
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O combate se torna cada vez mais encarniçado. As proas inimigas se chocam violentamente com o navio do Pontífice, mas seus esforços e seu ímpeto se revelam inúteis. Em vão repetem o ataque e esgotam seu poder e munições. A grande nau prossegue segura e ilesa seu caminho. Ocorre por vezes que os golpes formidáveis descarregados em seus flancos abrem largas e profundas brechas, mas em seguida sopra um vento e as brechas se fecham e os furos se obstruem.
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E explodem os canhões dos assaltantes, despedaçam-se os fuzis, e todas as outras armas e os esporões; são destruídos muitos navios que se afundam no mar. Então, os inimigos, furibundos, começam a combater com armas brancas; e com as mãos, com os punhos, com blasfêmias e com maldições.
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Eis que o Papa, ferido gravemente, cai. Os que estão junto dele correm a ajudá-lo e levantam-no, mas o Papa é ferido pela segunda vez, cai de novo e morre.
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Um grito de alegria e de vitória ressoa entre os inimigos; sobre os seus navios se dá um louco frenesí. Mas tão logo morto o Pontífice, um outro Papa o substitui em seu posto. Os pilotos reunidos o elegeram tão subitamente que a notícia da morte do Papa chegou com a notíciada eleição do sucessor. Os adversários começam a perder o ânimo.
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O novo Papa dispersa e supera todos os obstáculos e guia o navio até as duas colunas. Chegando junto a elas, o ata com uma corrente que pendia da proa a uma âncora da coluna sobre a qual estava a Hóstia; e com uma outra corrente que pendia da popa o ata a uma outra âncora, que pendia da coluna sobre a qual estava colocada a Virgem Imaculada.
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Então, aconteceu uma grande reviravolta. Todos os navios, que até aquele momento tinham combatido a nau do Papa, fogem, se dispersam, se chocam entre si e se despedaçam. Uns naufragam e arrastam a outros. Muitas navezinhas que tinham combatido valorosamente com o Papa se aproximam das duas colunas atando-se a elas com correntes. Muitas outras naus que por temor tinham se afastado e se encontravam a grande distância ficam prudentemente observando, até que, desaparecidos nos abismos do mar os restos de todos os navios destroçados, com grande vigor vogam em direção daquelas duas colunas, onde, chegando, se prendem aos ganchos pendentes das mesmas colunas, e aí ficam tranqüilas e seguras, junto com a nau principal, sobre a qual está o Papa. No mar se produz uma grande calma.
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Dom Bosco, neste ponto, interrogou Dom Rua: 'Que pensa deste relato?' Dom Rua respondeu: 'Parece-me que a nau do Papa seja a Igreja, da qual ele é o chefe: os navios, os homens, o mar são este mundo. Os que defendem o grande navio são os bons afeiçoados à Santa Sé, os outros são os seus inimigos que com toda a sorte de armas tentam aniquilá-la. As duas colunas de salvação, parece-me que sejam a devoção a Maria Santíssima e ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia.
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Dom Rua não disse nada sobre o Papa caído e morto, e Dom Bosco calou-se também sobre isso. Somente acrescentou: 'Disseste bem. É preciso somente corrigir uma expressão: as naus dos inimigos são as perseguições [à Igreja]. Preparam-se gravíssimos sofrimentos para a Igreja. O que até agora aconteceu é quase nada comparado com aquilo que deve acontecer. Os seus inimigos são figurados pelos navios, que tentam afundar, se pudessem, a nau capitania. Só restam dois meios para salvar-se entre tanta confusão: a devoção a Maria Santíssima e a freqüência à Comunhão. Todos devemos nos empenhar em os empregarmos e fazer com que sejam empregados em toda parte, e por todos. Boa noite!
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Esta visão de Dom Bosco é própria para os nossos tempos. Do muito que se poderia dizer, o que nos cabe salientar é que Deus quer mostrar aos homens, através do sonho de Dom Bosco, que há dois pilares, que não poderemos deixar que se percam, que sejam suprimidos, que sejam eliminados, que são a EUCARISTIA e a poderosa protecção da VIRGEM MARIA.
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A EUCARISTIA é a alma da igreja de Deus e o corpo precisa da alma para viver. Nós somos o corpo místico da igreja, portanto precisamos de Jesus-Alimento, Jesus-Eucaristia. Sem alimento, não vivemos mas morremos. Sem alimento espiritual, a alma perece; o corpo parece vivo mas a alma já está morta.
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A VIRGEM MARIA é a presença maior dada por Deus Pai e por Jesus para nos livrar do demónio. Ela cuida da Igreja de Jesus desde os primeiros tempos da sua formação. As repetidas súplicas, advertências, as manifestações sobrenaturais ocorridas em aparições, bem como as mensagens deixadas por ela nas aparições, muitas das quais ainda hoje continuam, vêm atestar o cuidado de uma mãe zelosa e preocupada com os seus descaminhados e descuidados filhos.