EU VOS AMO! VÓS SOIS A MINHA VIDA.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Lenda ou Facto? O condenado, o génio e os 3 pedidos


Li uma história, ou lenda que transmito aos leitores, para que a façam seguir adiante.

Havia um condenado à morte, em vésperas de ir à forca. Lamentava-se como é natural. Poucas esperanças tinha de fugir ao nó fatal, quando se lhe apresentou, entre as grades do calabouço, um gênio bom ou mau (o leitor decidirá), com a seguinte solução:

– Posso poupar-te o suplício, se escolheres uma das quatro propostas: a) matar o seu pai; b) bater na sua mãe; c) expulsar de casa sua irmã; ou d) tomar uma pipa de cachaça.

Um lampejo brilhou nos olhos do infeliz. Pareceu-lhe tão fácil a escolha que não atinava como é que o gênio pusera no mesmo nível acções tão pouco iguais.

A decisão não podia demorar.

Matar o pai? Ave-Maria! Nem pensar nisso era bom! Que pilheria sem graça que nem ao diabo lembraria, caso esse tivesse pai. Escusado é dizer que esta idéia foi repelida com uma certa energia.

Bater na mãe? Que horror! Que abominação! Antes a forca mil vezes do que um crime desses! Decididamente, o gênio tinha queda para brincadeiras de mau gosto. Apesar de homicida, o preso seria incapaz de levantar o braço sobre sua genitora.

Expulsar de casa a irmã? Só faltaria essa! O gênio parecia apostado em formular idéias estrambólicas.

Matar o pai, nunca!

Espancar a mãe, jamais!

Maltratar a irmã, em hipótese alguma!

Só restava, pois, uma táboua de salvação. Esta “tábua de salvação” era uma pipa de cachaça. Antes um beberrão vivo do que um abstêmio morto, pensou o condenado. Aliás, o álcool não fora inventado para os animais. Um cálice de branquinha tem lá seu sabor! Entre a forca e o copo, a hesitação não tinha cabimento. A quarta proposta foi preferida…

O homem saiu logo, portanto da cadeia. Respirou com delícia os ares da liberdade. Mas tinha que cumprir o contrato. Ingurgitou logo uns goles da cachaça. Não havia mal nisso, não acha?, pois o álcool era ingerido em obediência ao gênio.

Mas depois foi apreciando por gosto. Finalmente o álcool foi procurado com paixão. As bebedeiras passaram a ser diárias e reforçadas. Esvaziada a pipa, o homem levava horas em sorver copos nos botequins e em descrever ziguezagues pelas ruas, ora apupado pelos garotos, ora “abotoado” pela policia. Passava mais noites no xilindró do que em casa. Ficou sendo um tipo da rua, célebre pelas asneiras que soltava.

Era uma lástima!

Uma noite entrou em casa, completamente fora de si. Fedia a álcool a ponto de poder asfixiar uma mosca a vinte passos de distância. Vinha com o cérebro em fogo, com os nervos a arderem. O demônio do furor se lhe apoderara do organismo. Sentia uma vontade de matar. Entre pragas e blasfêmias, sacudiu a porta a murros e pontapés.

Veio abrir-lhe a irmã que, apesar de silenciosa, foi recebida com tapas e pontapés, com insultos e indecências. Horrorizada, a donzela retrocedeu e foi chorar no colo da mãe. Contou os desatinos do irmão.

A mãe exprobrou ao filho a indignidade deste proceder, mas o infeliz, desvairado pelo álcool, ousou erguer a mão sobre a mulher que o gerara. Uma bofetada sonora ecoou sinistramente sobre a face da triste mulher que, surpreendida pelo trágico insulto, caiu desmaiada entre os braços do marido que sobreviera, atraído pelas imprecações do ébrio e pelos gritos das mulheres.

E como o pai vituperara tantos crimes, o filho, passando de homem a besta-fera, agarrou entre as mãos possantes o pescoço paterno e só afrouxou a pressão quando a vitima pendeu inerte, feita cadáver.

Assim o gênio, que outro não era senão o demônio, alcançou com a quarta as três primeiras cláusulas. O ex-condenado, em se dando ao vício da borracheira, chegara a maltratar a irmã, espancar a mãe e matar o pai.

O que aqui fica narrado não é simples lenda… É um fato que, ora parcial, ora totalmente, se repete comumente, aqui ou acolá, num canto do orbe!

(Fonte: Verdades em contos – P. Dubois – Escolas Profissionais Salesianas – Leituras Cathólicas – Novembro de 1937 – pp. 53-57)/AASCJ

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Nosso Senhor Jesus Cristo: Caminho, Verdade E Vida


Durante a Última Ceia, Jesus faz um discurso aos apóstolos no qual fala sobre os acontecimentos que sucederiam àquela noite. Os discípulos mostravam-se confusos sobre suas palavras. Foi quando o Mestre lhes indica: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai senão por mim.” (Jo 14, 6).

Confusos ainda, perguntam (por Felipe) como ver o Pai. E o Mestre responde: “Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me conhecestes? Felipe, quem me vê, vê também ao Pai…. Não credes que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? Crede-o ao menos por causa das mesmas obras. … Digo-vos que aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço, e fará outras ainda maiores.” (Jo 14, 8, ss). E finaliza avisando de que irá voltar para o Pai.

Depois da Morte e Ressurreição de Jesus, naqueles primeiros momentos da pregação dos apóstolos, muitas vezes a confusão deve ter invadido seus corações: para onde vamos? Por onde caminhar? O que significava tantos ensinamentos? Como colocá-los em prática?… E as palavras de Jesus voltam a soar como uma promessa: Ele é o caminho, a verdade e a vida!

Ter os olhos fixos nos passos de Nosso Senhor, para segui-Lo, é tê-Lo como Caminho, Verdade e Vida. Muitas vezes os problemas da vida nos assombram e nos perturbam, tornando nebuloso nosso horizonte. Também nos perguntamos, tal como os apóstolos outrora: por onde ir? E lá está novamente a resposta de nossa fé: seguir os Mandamentos e Conselhos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Caminhar segundos os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo é andar em terra firme. É preciso acreditar nas suas palavras para testemunhar que, com o amor de Deus, é possível arrostar as adversidades, o medo e até a morte. Beber de Seus ensinamentos é estar constantemente ligado à fonte de água vida, daquela que não se esgota nunca, pois nos leva à eternidade!

Por isso, quando Se apresenta como Caminho, Verdade e Vida, Nosso Senhor mostra a intenção de dar-nos a Si mesmo, através dos santos Sacramentos, para que possamos cumprir o 1º. Mandamento: amar a Deus sobre todas as coisas, para desejarmos e alcançarmos os bens celestes. O que conseguiremos seguramente, se valermo-nos de sua e nossa Mãe Santíssima: Mediadora, Advogada e Auxiliadora nossa.
Fonte:AASCJ

domingo, 29 de maio de 2011

Sorriso, Agonia e Morte do Filho de Deus


Certa vez — corria o ano de 1630 — Frei Inocêncio de Palermo, humilde frade franciscano, resolveu esculpir em ébano um Crucifixo. Começou pelo corpo, a que conseguiu dar a forma desejada. E deixou para o fim a face, isto é, a parte mais difícil da tarefa. Que aspecto dar-lhe? Era funda e brumosa a perplexidade do frade. Uma noite, recostou-se com a alma pesada de incógnitas a respeito. E quando de manhã se acercou da obra que deixara inacabada, encontrou-a inesperadamente concluída, dotada de maravilhosa face, feita por um artista ignoto.

Era uma face em que harmoniosamente se fundiam a delicadeza, a varonilidade e uma sobrenatural unção, que a tornavam bem digna de ter sido obra noturna e misteriosa de um Anjo. Rica em aspectos, conforme o ângulo em que se situe o observador vê o Divino Crucificado sorrindo, agonizante ou já morto.

Conservado há três séculos no Santuário de São Damiano, em Assis, o Crucifixo maravilhoso de Frei Inocêncio vem sendo objecto constante da piedade dos peregrinos.

Que Vos levaria, Senhor, a sorrir do alto da Cruz?

Que abismo de contradição entre as dores, que da cabeça aos pés vos atormentam o Corpo sagrado, e esse sorriso que aflora doce, suave, meigo, entreabrindo-vos os lábios e iluminando-vos o rosto! Sobretudo, Senhor, que contradição entre o abismo de dores morais, que enche vosso Coração, e essa alegria tão delicada e tão autêntica que transluz em vossa Face! Contra Vós, todo o oceano da ignomínia e da miséria humana se atirou. Não houve ingratidão nem calúnia que Vos fosse poupada. Pregastes o Reino do Céu, e vossa pregação foi rejeitada pelo vil apetite das coisas da terra. O Demônio, o Mundo, a Carne, em infame revolta contra Vós, Vos levaram ao patíbulo, e aí estais à espera da morte.

E entretanto sorris! Por quê?

Vossas pálpebras estão quase cerradas. Quase… Mas ainda podeis ver algo. E o que vedes é, Senhor, a maior maravilha da criação, a obra-prima do Pai Celeste, uma alma — e quanta beleza pode haver em uma alma, embora o ignore o materialismo de nosso século — riquíssima e íntegra em sua natureza, cumulada por todos os dons da graça e santificada por uma correspondência contínua e perfeitíssima a todos esses dons! Vedes Maria. Vedes vossa Mãe. E no meio de todos os horrores em que estais imerso, tal é a maravilha que vedes, que sorris afetuosamente para a alentar, para lhe comunicar algo de vossa alegria, para lhe dizer vosso infinito e sublime amor.

Vós vedes Maria. E, ao lado da Virgem Fiel, vedes os heróis da fidelidade: o Apóstolo-Virgem, as Santas Mulheres — a fidelidade da inocência e a fidelidade da penitência. Vosso olhar, para o qual tudo é presente, vê mais, pois se alonga pelos séculos, e Vos faz ver todas as almas fiéis que hão de Vos adorar ao pé da Cruz até o dia do Juízo. Vedes a Santa Igreja Católica, vossa Esposa. E por tudo isto sorris, com o sorriso mais triste e mais jubiloso, o mais doce e mais compassivo sorriso de toda a História.

O Evangelho nunca Vos apresenta rindo, Senhor. E só as almas que ignoram a gargalhada frascária e baixa, e que lhe têm horror, possuem o segredo de sorrisos análogos a este!

Entre as miríades de almas que seguindo a Maria estão ao pé da Cruz, e para as quais sorris, também está a minha, Senhor?

Humilde, genuflexo, sabendo-me indigno, entretanto eu Vos peço que sim. Vós, que não expulsastes do Templo o publicano (cfr. Lc 18, 6-20), pelas preces de Maria não rejeitareis para longe de Vós um pecador contrito e acabrunhado. Dai-me do alto da Cruz um pouco de vosso sorriso inefável, ó bom Jesus.

Fonte: Lepanto/AASCJ

Consciência tranquila


Narra uma lenda que Artaxerxes, o antigo rei da Pérsia, que conquistou o Egito, mandara ocultar entre as penas de seu travesseiro a fabulosa quantia de 500.000 talentos de ouro a fim de se assegurar um sono tranqüilo e contínuo.

O famoso imperador Calígula, além de seu aparatoso corpo de guarda, mantinha duas terríveis panteras às portas de seu palácio para que ninguém se acercasse de seus aposentos enquanto ele dormia.

Mais estranha ainda era a mania de Artabaxo, general persa, que punha um escudo por cima da cabeça na vã esperança de que assim procedendo evitaria que o teto o esmagasse, vindo a desabar durante a noite.

De quantas preocupações inúteis e ridículas se cercam os tiranos e pecadores!

O único travesseiro que proporciona ao cristão um sono calmo e perfeito é uma consciência tranqüila. A verdadeira paz, realmente, não é senão o sossego de uma consciência pura.

Consiste ela em reprimirmos os desejos, não em satisfazê-los. Se há um lugar escondido, um emprego obscuro, um sítio desprezível aos olhos do mundo, ali está, sobretudo, a paz. Quanto mais o coração se humilha, tanto mais ela é suave e profunda.

Sê, pois, senhor de tua vontade e conserva tranqüila a tua consciência.

(“Lendas do Céu e da Terra” – Malba Tahan)/AASCJ

Declarar-se por Cristo diante dos homens


Todos os dias podes ser testemunha de Cristo. Foste tentado pelo espírito da impureza, mas [...] pareceu-te que não devias macular a castidade do espírito e do corpo: és mártir, ou seja, testemunha de Cristo. [...] Foste tentado pelo espírito do orgulho, mas, vendo o pobre e o indigente, foste tomado de uma terna compaixão e preferiste a humildade à arrogância: és testemunha de Cristo. Mais que isso: não deste o teu testemunho apenas com palavras, mas também com obras.

Qual é o testemunho mais autêntico? «Todo o espírito que confessa Jesus Cristo, que veio em carne mortal» (1Jo 4, 2), e que observa os preceitos do Evangelho. [...] Quantos serão, em cada dia, estes mártires escondidos de Cristo, que confessam o Senhor Jesus! O apóstolo Paulo conheceu esse martírio e o testemunho de fé dado a Cristo, ele que disse: «Este é o nosso motivo de glória: o testemunho da nossa consciência» (2Cor 1, 12). Quantos confessam a fé exteriormente mas a negam interiormente! [...] Por conseguinte, sede fiéis e corajosos nas perseguições interiores, para triunfardes também nas perseguições exteriores. Também nas perseguições interiores há «reis e governadores», juízes de poder temível. Tendes o exemplo nas tentações sofridas pelo Senhor (Mt 4, 1ss.).

Fonte: Evangelho Cotidiano/AASCJ

sábado, 28 de maio de 2011

A formiga e a águia, na procura da grandeza e da glória

PARTE I – A FORMIGA

Em certo formigueiro, nasceu uma formiguinha. Logo ao nascer, observava tudo. Um movimento de formigas que vem e que vão… Viu uma abertura com um clarão. Foi em busca dessa abertura e ao sair, ficou completamente paralisada: Quanta beleza! Quanta maravilha! Ficou encantada com o brilho do sol, com as flores coloridas e perfumadas, com tudo que estava em sua volta.

Estava tão entusiasmada com tanta beleza na natureza e com as coisas grandiosas que Deus fez, que teve a certeza de que certamente não nascera para morar naquele formigueiro no meio da terra, num buraco escuro no chão…

Sentiu que havia nascido para uma grande vocação. Viver em buracos no chão, escuro, em galerias subterrâneas… não era para ela.

Realmente aquela formiguinha não tinha nascido para o comum. Um brado de grandeza clamava para algo maior. A formiguinha ouvia para além do horizonte um eco de sublimidade que a chamava. Grandeza e Glória: eram essas as palavras que a moviam. Deixou o formigueiro e a vida comum das formigas e partiu.

Em sua caminhada se deparou com uma grande floresta. Parou e pensou se não seria arriscado demais entrar naquela floresta assustadora. Mas uma voz mais forte a chamava para além daquilo: Grandeza e Glória. Ela tinha que seguir. Se tivesse coragem de adentrar aquela densa floresta, certamente teria a Grandeza e a Glória. E assim fez.

(Porém, na verdade, aquilo não era nenhuma floresta, mas simplesmente um gramado. Mas para a formiguinha que era pequenina tudo aquilo era uma imensa floresta.)

Continuou heroicamente a caminhar pela densa grama, mas não achava nem a Grandeza e nem a Glória. De repente a formiguinha encontrou uma enorme pedra de ouro, tão grande e dourada que ela pensou: achei a Grandeza e a Glória. Com esse ouro terei Grandeza e muita Glória.

(Contudo não era nenhuma pedra de ouro. Era tão somente um grão de milho que estava no caminho. Mas para a formiguinha aquilo era uma pedra de ouro.)

Porém tão grande, tão pesada, que a formiguinha não conseguia nem sequer levantar do chão. Então, resolveu deixá-la para traz, pois não conseguia carregá-la mesmo.

Depois de algum tempo de caminhada a formiguinha se deparou com um rio enorme… Ora essa! Que rio maravilhoso – pensou. Se conseguir atravessá-lo certamente falarão que comigo está a Grandeza e a Glória. Mas como atravessar esse rio?

(Na verdade era um pequeno filete de água que escorria pelo caminho, mas para a formiguinha aquilo, sem duvida era um grande rio).

Percorrendo a margem do “rio”, rezou para que Nossa Senhora lhe desse coragem. Só pensava em encontrar a Grandeza e a Glória. De repente um vento sacode as plantas e uma das folhas se curva e faz uma pequena ponte. A formiga se alegrou, atravessou correndo pela ponte e logo do outro lado se ajoelhou para agradecer milagre tão estupendo. Partiu novamente, sempre na linha do horizonte em busca da Grandeza e da Glória.

Você já sabe onde podemos achar Grandeza e Glória não é mesmo? Só no Sagrado Coração de Jesus é que temos todas as bençãos necessárias para um viver feliz. Leve sempre consigo o Escudo do Sagrado Coração de Jesus.
Andava, andava… sem parar, sem qualquer descanso. De repente mais uma surpresa: e dessa vez surpresa com requinte, pois viu uma coisa brilhante na ponta de uma flor. Correu ao encontro do cristal e viu um objeto mais brilhante ainda no chão. Agora sim, um cristal e um belíssimo diamante.

(Na verdade aquele diamante, não passava de um cristal de açúcar, mas para a formiguinha aquilo era um diamante, e o cristal, nada mais do que uma gota de orvalho)

Dessa vez não mediu esforços. Subiu na flor para apanhar o cristal, mas ao chegar perto o cristal rolou e sumiu na terra. Qual não foi a tristeza da formiga. Mas ainda havia o diamante. Pôs o diamante nas costas e levou consigo para a sua Grandeza e Glória.

Já caminhava há muito tempo. Pensou em desistir da caminhada e voltar ao formigueiro. Mas sabia que algo lhe chamava para a sublimidade ainda maior. Pensava: “Se Deus colocou no meu caminho tantas maravilhas como ouro e diamante, que coisas estarão me aguardando, no final? Não posso desistir agora. Sinto que a grandeza para o qual fui chamada vale a pena qualquer sacrifício.” E assim, como chegava a noite, resolveu dormir para prosseguir a viagem no dia seguinte. A formiguinha admirava a noite, as estrelas e o brilho misterioso da lua, e cada vez mais sentia forças para prosseguir sua caminhada.

Ao amanhecer teve uma agradável surpresa. Foi acordada pelo canto de uma cigarra. A formiguinha pensava se tratar de um anjo, pois nunca tinha ouvido tal cantoria. Além do mais tal cantor tinha asas, certamente era um anjo enviado para lhe mostrar a Grandeza e a Glória. Depois de admirar o canto diferente, elogiou-o e disse que não poderia ir embora sem presentear aquele anjo com um maravilhoso diamante. Que com esse presente queria que o anjo lhe indicasse onde estão a Grandeza e a Gloria. A cigarra tratou logo de saborear aquele “cristal” (grãozinho de açúcar tão saboroso). E indicou: “Vá adiante, que a Grandeza e a Glória lhe esperam”.

A formiguinha prosseguiu a caminhada com a certeza das palavras do Anjo. Depois de muito caminhar, parou espantada:

- Por isso que a terra é tão iluminada desse jeito. Com tantos sóis iluminando-a… E que interessante, como esses sóis são perfumados…

(Mas não eram sóis, eram laranjas madurinhas penduradas em uma laranjeira, mas para a formiguinha aquilo eram sóis.)

Atrás da “árvore dos sóis”, havia algo que a formiguinha jamais tinha visto. Aquilo lhe dava uma sensação de Grandeza e de Glória jamais encontrada. Ao mesmo tempo uma tranqüilidade de espírito tão grande…

Ela sabia. Tinha chegado. Ali estavam a Grandeza e a Glória…

PARTE II – A ÁGUIA

Do outro lado da floresta, havia uma montanha alta e escarpada. A vida ali é grandiosa, cheia de epopéia, de horizontes grandiosos, de maravilhas especiais. Do alto da montanha, se enfrentam ventos bravios, tempestades, raios e trovões…

Ali está a águia, entre as rochas sólidas, no topo da montanha, fitando o horizonte e cuidando do seu ninho. Toda a manhã sai para fazer seu vôo majestoso.

No ninho, dois filhotes da águia. Abrindo os olhos eles admiravam o horizonte. Para certas criaturas a grandeza faz parte de sua vida. Ao começar a voar, um dos filhotes subiu muito alto e fitando o sol bradou: “oh sol! oh horizonte! Não haverá Grandeza e Glória maiores que vós?”

O filhote da águia sentiu no peito um chamado do céu. Tua vocação é a grandeza e a glória.
Tomou uma decisão: não voltaria mais à montanha escarpada, pois a Grandeza e a Glória a esperavam.

Depois de muito voar, achou um castelo, com muralhas e torres majestosas. Pensou: o castelo é voltado para as grandes guerras, haverá muitos heróis e muita Grandeza. Devo ficar aqui. Procurou a melhor torre e ali fez sua morada.

De lá observava tudo. E percebeu que muitas guerras se davam por vaidades, torneios sem fundamento, por meras competições fátuas… buscavam não a verdadeira glória, mas a vã glória.

Levantou vôo e foi para a imensidão azul do céu, nas alturas da epopéia para encontrar a verdadeira Grandeza, a verdadeira Glória.

Percorreu muitos campos e serras e avistou ao longe, um palácio. Foi se aproximando e observou a delicadeza e a elegância das torres e de toda a construção. Tudo era tão maravilhoso que a águia chegou a pensar: Aqui realmente estão a Grandeza e a Glória.

No entanto o palácio era sacudido constantemente por revoltas, traições, jogos de interesses políticos, bajulações e compra de prestígios, golpes de estado… A águia viu que não estava naquele majestoso palácio a verdadeira Grandeza, a verdadeira Glória.

Mais uma vez, levantou vôo e foi para a imensidão azul do céu. Dessa vez voou muito alto, e com velocidade que só os que anseiam por grandeza tem a coragem de efetuar. E tendo observado muitos lugares pelos quais passou, em nenhum deles encontrou a verdadeira Grandeza, a verdadeira Glória.

Por fim, avistou um lugar de muita Grandeza. Desconfiada, voou ao redor por várias vezes. Mas algo ali acontecera. Um som majestoso saído de uma das torres convidava a águia a ali pousar. Logo em seguida um coro de vozes serenas entoavam uma bela canção que se elevava até o céu. Ali havia verdadeira Grandeza e verdadeira Glória.

Nessa torre a águia fez sua morada e sentiu em sua alma e em seu coração a Grandeza e Glória que jamais havia sentido em toda a sua vida.

No entanto ela não estava só: logo abaixo havia uma pequena formiguinha cavando um buraquinho para fazer sua morada também.

Tanto águia quanto formiga encontraram o que tanto buscaram durante a sua vida. Você conhece alguém que está nesta busca? Dê de presente a esta pessoa um escudo do Sagrado Coração de Jesus e mostre que só através do Filho de Deus e Sua Mãe Santíssima, podemos alcançar Grandeza e Glória.
Era a torre de uma belíssima igreja de onde se ouvia o som harmonioso dos sinos e o suave canto gregoriano dos monges de Nossa Senhora.


Ali se travava a maior de todas as guerras: a luta contra si mesmo, a vida de orações e sacrifícios. Ali Nossa Senhora vence, e o demônio é derrotado.

Ali estava a maior de todas as Grandezas e a maior de todas as Glórias, pois no sacrário está verdadeiramente Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.
Fonte: AASCJ

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Cânticos 1


Cântico dos cânticos, que é de Salomão.

Beije-me ele com os beijos da sua boca; porque melhor é o teu amor do que o vinho.

Suave é o aroma dos teus ungüentos; como o ungüento derramado é o teu nome; por isso as virgens te amam.

Leva-me tu; correremos após ti. O rei me introduziu nas suas câmaras; em ti nos regozijaremos e nos alegraremos; do teu amor nos lembraremos, mais do que do vinho; os retos te amam.

Eu sou morena, porém formosa, ó filhas de Jerusalém, como as tendas de Quedar, como as cortinas de Salomão.

Não olheis para o eu ser morena; porque o sol resplandeceu sobre mim; os filhos de minha mãe indignaram-se contra mim, puseram-me por guarda das vinhas; a minha vinha, porém, não guardei.

Dize-me, ó tu, a quem ama a minha alma: Onde apascentas o teu rebanho, onde o fazes descansar ao meio-dia; pois por que razão seria eu como a que anda errante junto aos rebanhos de teus companheiros?

Se tu não o sabes, ó mais formosa entre as mulheres, sai-te pelas pisadas do rebanho, e apascenta as tuas cabras junto às moradas dos pastores.

Às éguas dos carros de Faraó te comparo, ó meu amor.

Formosas são as tuas faces entre os teus enfeites, o teu pescoço com os colares.

Enfeites de ouro te faremos, com incrustações de prata.

Enquanto o rei está assentado à sua mesa, o meu nardo exala o seu perfume.

O meu amado é para mim como um ramalhete de mirra, posto entre os meus seios.

Como um ramalhete de hena nas vinhas de Engedi é para mim o meu amado.

Eis que és formosa, ó meu amor, eis que és formosa; os teus olhos são como os das pombas.

Eis que és formoso, ó amado meu, e também amável; o nosso leito é verde.

As traves da nossa casa são de cedro, as nossas varandas de cipreste.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Uma reflexão muito oportuna


Não estás deprimido, estás distraído…Distraído em relação à vida que te preenche, distraído em relação à vida que te rodeia, Golfinhos, bosques, mares, montanhas, rios.
Não caias como caiu o teu irmão que sofre por um único ser humano, quando há cinco biliões e seiscentos milhões no mundo.
Além de tudo, não é assim tão mau viver só. Eu fico bem, decidindo a cada instante o que desejo fazer, e graças à solidão conheço-me… o que é fundamental para viver.
Não faças o que fez o teu pai, que se sente velho porque tem setenta anos, e esquece que Moisés comandou o Êxodo aos oitenta e Rubinstein interpretava Chopin com uma maestria sem igual, aos noventa, para citar apenas dois casos conhecidos.
Não estás deprimido, estás distraído. Por isso acreditas que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado. Não fizeste um só cabelo da tua cabeça, portanto não és dono de coisa alguma.
Além disso, a vida não te tira coisas: liberta-te de coisas… alivia-te para que possas voar mais alto, para que alcances a plenitude.
Do útero ao túmulo, vivemos numa escola; por isso, o que chamas problemas, são apenas lições.
Não perdeste coisa alguma: Aquele que morre, apenas está adiantado em relação a nós, porque todos vamos na mesma direcção. E não esqueças, que o melhor dele, o amor, continua vivo no teu coração.
Não existe a morte... Apenas a mudança.
E do outro lado esperam-te pessoas maravilhosas: Gandhi, o Arcanjo Miguel, Santo Agostinho, Madre Teresa, o teu avô e a minha mãe, que acreditava que a pobreza está mais próxima do amor, porque o dinheiro distrai-nos com coisas demais, e faz-nos sofrer, porque nos torna desconfiados.
Faz apenas o que amas e serás feliz. Aquele que faz o que ama, está condenado ao sucesso, que chegará quando for a hora, porque o que deve ser, será, e chegará de forma natural.
Não faças coisa alguma por obrigação ou por compromisso, apenas por amor. Então terás plenitude, e nessa plenitude tudo é possível sem esforço, porque és movido pela força natural da vida, a mesma que me ergueu quando caiu o avião que levava a minha mulher e a minha filha; a mesma que me manteve vivo quando os médicos me deram três ou quatro meses de vida.
Deus tornou-te responsável por um ser humano, que és tu. Deves trazer felicidade e liberdade a ti mesmo. E só então poderás partilhar a vida verdadeira com todos os outros.
Lembra-te: "Amarás ao próximo como a ti mesmo". Reconcilia-te contigo, coloca-te frente ao espelho e pensa que esta criatura que vês, é uma obra de Deus, e decide neste exacto momento ser feliz, porque a felicidade é uma aquisição.
Há tantas coisas para experimentar, e a nossa passagem pela terra é tão curta, que sofrer é uma perda de tempo. Podemos experimentar a neve no inverno e as flores na primavera, um bom chocolate, a baguette francesa, o vinho chileno, os mares e os rios, As Mil e Uma Noites, a Divina Comédia, Quixote; a música de Mozart, Chopin, Beethoven; as pinturas de Caravaggio, Rembrandt, Velázquez, Picasso, entre tantas maravilhas.
E se tens cancro ou AIDS, podem acontecer duas coisas, e ambas são positivas: se a doença ganha, liberta-te do corpo que é cheio de processos (tenho fome, tenho frio, tenho sono, tenho vontades, tenho razão, tenho dúvidas)... Se tu vences, serás mais humilde, mais agradecido... portanto, facilmente feliz, livre do enorme peso da culpa, da responsabilidade e da vaidade, disposto a viver cada instante profundamente, como deve ser.
Não estás deprimido, estás desocupado.
Ajuda a criança que precisa de ti, ajuda os idosos, e os jovens te ajudarão quando for a tua vez.
Aliás, o serviço prestado é uma forma segura de ser feliz, como é gostar da natureza e cuidar dela para aqueles que virão.
Dá sem medida, e receberás sem medida. Ama até que te tornes o ser amado; mais ainda, converte-te no próprio Amor. E não te deixes enganar por alguns homicidas e suicidas.
O bem é maioria, mas não se percebe porque é silencioso.
Uma bomba faz mais barulho do que uma carícia, porém, para cada bomba que destrói, há milhões de carícias que alimentam a vida. Vale a pena, não é?
Se Deus tivesse um frigorífico, teria a tua foto guardada nele. Se ele tivesse uma carteira, a tua foto estaria nela. Ele envia-te flores em cada primavera. Ele envía-te um amanhecer cada manhã. Cada vez que desejas falar, Ele escuta-te. Ele poderia viver em qualquer ponto do Universo, mas escolheu o teu coração. Desperta, amigo, Ele está louco por ti!
Deus não te prometeu dias sem dor, riso sem tristeza, sol sem chuva, mas prometeu força para cada dia, consolação para as lágrimas, e luz para o caminho.
“Quando a vida te trouxer mil razões para chorar, mostra que tens mil e uma razões para sorrir”.
fonte: JAM

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Evangelho segundo S. João 15,1-8.


«Eu sou a videira verdadeira e o meu Pai é o agricultor.
Ele corta todo o ramo que não dá fruto em mim e poda o que dá fruto, para que dê mais fruto ainda.
Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado.
Permanecei em mim, que Eu permaneço em vós. Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco, se não permanecerdes em mim.
Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer.
Se alguém não permanece em mim, é lançado fora, como um ramo, e seca. Esses são apanhados e lançados ao fogo, e ardem.
Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e assim vos acontecerá.
Nisto se manifesta a glória do meu Pai: em que deis muito fruto e vos comporteis como meus discípulos.»

Da Bíblia Sagrada

Deus chora no Sudão


Entrevista com o D. Edward Hiiboro (Bispo de Tmbura-Yambio, Sudão )

Ser pastor de um rebanho sudanês é um privilégio e um peso, afirma o Bispo da Diocese de Tombura-Yambio, que na sua vida conheceu também o que significa ser refugiado.

O Bispo mais jovem da Igreja Católica no Sudão, D. Edward Hiiboro, está à frente de uma diocese muito grande, ainda que materialmente muito pobre, situada no Sul do Sudão.

Segundo o último censo, há cerca de 2 milhões de pessoas nesta região, sendo que 900 mil delas são católicas. É uma diocese antiga: em 2011 fará 100 anos de Cristianismo.

Esta região está isolada das principais povoações e cidades do Sudão. A comunicação é muito difícil, o que contribui para o atraso do local, e há um problema importante que se enfrenta constantemente: a construção e reconstrução destes lugares.

O Sudão é o maior país do continente africano. Foi fustigado por uma extensa guerra civil por motivos de desigualdade racial e cultural.

Nesta entrevista, D. Edward Hiiboro conta a sua experiência de trabalhar e viver nos campos de refugiados, as suas razões de esperança e as suas metas para a comunidade da sua diocese.

O senhor também nasceu no Sul do Sudão?

D. Hiiboro: Sim, nasci no Sul do Sudão. Logo após ter nascido, dois meses depois, houve um ataque à minha aldeia e mataram a minha mãe. Fui criado pela minha avó, que fugiu da guerra para a República do Congo. Permaneci lá nove anos. Cresci num campo de refugiados. Voltei para o Sudão em 1972, após o Acordo de Paz de Addis Abeba, e continuei os meus estudos, que foram novamente interrompidos pela guerra de 1983. Fugimos para Cartum, onde terminei o seminário.

De todos os modos, sou um refugiado, uma pessoa deslocada, e sei o que significa sair do próprio país ou abandonar o meu país sem ter absolutamente nada.

Como foi capaz de conservar a sua fé até ao fim ao longo deste caminho difícil?

D. Hiiboro: Bem, tenho que estar grato à minha avó. Ela teve uma criação católica. Quando era pequeno, ensinou-me a rezar. Agora isso é um hábito para mim. Ela recordava-me, dizendo: "Rezaste?". Quando me levantava pela manhã, dizia: "Agora temos de rezar. Temos de dar graças a Deus por estarmos vivos". Aprendi ao longo da minha vida a ver Cristo em cada situação. E isso foi convertido no meu lema agora como Bispo.

Qual é o seu lema?

D. Hiiboro: "Cristo realmente ressuscitou". Cristo em todo o Seu sofrimento e após ser pregado na cruz, não permaneceu nela. Nem na tumba. Ele despertou, levantou-Se e ressuscitou. Assim, por trás de toda a cruz está a vida. Cristo está ali, atrás, sob a tumba, e sobre ela está a vida. Por isso, sei que as nossas dificuldades no Sudão, os nossos problemas na Diocese de Tombura-Yambio não terminarão, mas seremos ressuscitados. Chegaremos à vida, e vejo a vida ao final e essa é a minha esperança, e assim acredito.

Foi uma grande mudança para si, que até agora foi um académico, converter-se de repente em Bispo?

D. Hiiboro: Sim. Eu acolhi a minha nomeação como Bispo com o coração inquieto, porque sempre quis dar destaque ao campo académico. Gosto de ler e escrever. Acabei de publicar o meu último livro: "Human Rights: The Church in Post-war Sudan".

Quis avançar na escrita, e agora a possibilidade de ser Bispo numa grande diocese apresenta-se nos meus planos e nos meus esforços, para construir um tipo de diocese que deveria ser. Mas sei que é Deus quem me chama a este trabalho, e é a Sua obra. É o Seu projecto e estou seguro que não me deixará sozinho. Estará comigo. Cuidará de mim e dar-me-á pessoas maravilhosas, gente que crê em Deus. Vou trabalhar com eles, e eles deram-me desde o momento da minha ordenação uma grande alegria, isso demonstrou que não estarei sozinho na hora de suportar a responsabilidade dessa diocese.

Na sua ordenação disse que a responsabilidade é um peso e um privilégio. Qual é o peso que tomou sobre si?

D. Hiiboro: O peso é a cruz das pessoas; trabalhar com pessoas nas situações difíceis em que vivem a vida, a realidade da vida que o meu povo experimenta, a possibilidade de construir a paz entre eles, a possibilidade de ter uma vida de acordo com plena dignidade, a possibilidade de levar à realidade os seus direitos humanos e de ser filhos livres de Deus.

Sei que não é fácil; não é um caminho fácil. Sei que as coisas são difíceis. Posso ver e sentir isso. Para mim isso é um peso e, sobretudo, alcançar a paz no país, que na minha região é um pouco mais duradoura, mas é um privilégio porque sou um sacerdote. Sou católico. Sou cristão.

Por que considera um privilégio uma situação como esta?

D. Hiiboro: É um privilégio porque sou capaz de realizar o projecto de Deus. É um privilégio falar em nome de Deus. É um privilégio trazer a Boa Nova da salvação para as pessoas que mais necessitam.

O povo está aberto a esta lição de salvação?

D. Hiiboro: Sim, o que é interessante na minha diocese é que no princípio era uma comunidade aristocrática. As pessoas tinham reis e escutavam os seus reis.

Quando os cristãos chegaram, há 97 anos, o Cristianismo substituiu este tipo de tendência a aliar-se com os reis, e as pessoas abraçaram o Cristianismo. Não se podia encontrar uma entre cinco pessoas que não mencionasse o nome de Deus. Assim, pode ver-se que as pessoas amam o seu Deus. Estão em relação com Deus. Pode ver-se na minha própria ordenação a grande alegria que era possível ver nas pessoas.

Ao viajar pelas paróquias pude ver a grande alegria que tinham por mim, o acolhimento foi grande, e também veio a presença da Sagrada Eucaristia, a frequência no acudir aos sacramentos e o seu estilo de vida animaram-me porque estão abertos à Boa Nova de Deus, e isso estimula-me muito.

É verdade que tenho muito trabalho para fazer, mas vejo-o desta forma: a melhor e primeira coisa que tenho de fazer é aprofundar o processo de evangelização do meu povo. Eles conheceram a Deus. Eles têm de estar em casa com Ele. Têm de experimentá-lO e tornar-se a base para construir uma paz que dure.

Falei e insisti para que as pessoas coloquem Cristo no centro, sendo o fundamento do que fazem. Só se nos convertermos a Ele, que é o autor da paz, poderemos ser capazes de construir a paz.

Quais os desafios que existem?

D. Hiiboro: As pessoas traumatizaram-se durante anos. Não experimentaram a paz. O único modo de alcançar algo que conhecem é por meio da violência. Por isso, para trazer a cultura da paz, é necessário um processo gradual. Tenho de ir lentamente. Tenho de estudar e encontrar porque temos sempre dificuldades para construir a paz.

Sabe, devido à guerra, muitas pessoas fugiram como refugiados para diferentes países, e todas voltaram com mentalidades diferentes. Temos muitas que se deslocaram como refugiados internos para outras zonas do país; todas voltaram com mentalidades diferentes, e temos pessoas que nunca saíram durante os tempos de guerra; estas pessoas também têm visões diferentes.

Agora, juntar todas estas pessoas, o processo de integração não é fácil; na verdade é muito difícil. Mas temos de nos ir movendo ao passo de cada um destes grupos e dizer-lhes que temos uma meta em comum. Temos de alcançar o equilíbrio correcto na construção da paz entre nós, aceitando todos e cada um de nós.

Pode falar-nos um pouco da sua própria situação? Também trabalha com os deslocados?

D. Hiiboro: Sim, quando era estudante em Cartum, antes da minha ordenação e também quando tinha acabado de me ordenar, trabalhei com pessoas deslocadas. O Arcebispo enviou-me a um dos campos de refugiados chamado Jabel Aulia, na parte Norte da cidade.

Fomos o primeiro grupo de pessoas a chegar ao campo de refugiados. A vida era muito dura. Era um deserto. E pude ver as mães a cavar buracos na terra para manter os seus filhos aquecidos. Era Inverno. Fazia muito frio. Não havia muita coisa para comer.

A vida era dura e foi naquele momento que começámos a perder as crianças. As pessoas sequestravam-nas. Vinham fazer mingau de aveia e sequestravam as crianças. Tivemos de colocar alertas e informar acerca das crianças perdidas.

Depois de um ano, levaram-me à República Centro-Africana, para ser reitor de um seminário menor num campo de refugiados. Estive ali 7 anos, e pude ver o quanto era difícil para as pessoas viverem longe da sua terra. A vida era difícil para os seminaristas no campo. Tínhamos de cultivar a nossa própria comida para alimentar estes jovens, assim como as pessoas dessa região. Experimentei, portanto, a vida dos refugiados assim como das pessoas deslocadas.

Qual seria o seu pedido?

D. Hiiboro: Os meus pedidos são três: peço amizade. Gostaria que visitassem a minha diocese, e quero voluntários. Preciso de pessoas que venham para se unir com nós. Venham visitar-nos e todos aqueles que possam estar atentos para trabalhar connosco, seria algo grandioso.

O segundo pedido: queria que vocês escolhessem um projecto que enfrentasse as emergências, que permitisse independência e auto-suficiência para que as pessoas fossem capazes de cuidar de si mesmas. Estes desafios são muitos: saúde, educação e serviços sociais.

O terceiro pedido que gostaria de fazer é que continuasse a consolidar-se a paz no país. Não é um projecto fácil. É difícil. É delicado e pode desfazer-se a qualquer momento. Estamos a fazer o que nos corresponde, mas necessitamos dos esforços de muitos dos nossos amigos que estiveram connosco durante os tempos de guerra e durante a época de confrontos, para que novamente seja garantida esta paz e que não se acabe, que se consolide.

Por isso estou muito agradecido. Sei que o meu convite para que venham e o meu pedido para que elejam algum projecto pode levar à independência e à auto-suficiência. E que contribuam para o processo de consolidação da paz no país. Por isso, agradeço-lhes muito a importante ajuda a nós dada no passado. Mantiveram-nos vivos!

Deus, eu diria, chora no Sudão, mas gostaríamos que sorrisse no Sudão.

Esta entrevista foi realizada por Marie-Pauline Meyer para "Onde Deus Chora", um programa rádio-televisivo semanal produzido por Catholic Radio and Television Network (CRTN), em colaboração com a Organização Católica Ajuda à Igreja que Sofre.

fonte: Fundação ajuda à igreja que sofre

 

terça-feira, 24 de maio de 2011

Últimas lembranças dos missionários capuchinhos, após cada missão, para atender a Mensagem de Fátima


1— A vida é breve… o tempo vale a eternidade. Tens uma só alma a salvar.

2— Quem dorme em pecado, ao inferno está arriscado.

3 — A emenda da vida requer uma boa Confissão e a Comunhão nos Primeiros sábados.

4 — A oração requer a reza do Terço diário em família.

5— A santificação da Família requer a Entronização no lar da Imagem do Coração de Jesus e do Coração Imaculado de Maria, segundo a fórmula própria.

6 —A santificação do trabalho requer a resignação e o amor, trabalhando não só pelo salário, mas também porque Deus o quer.

Dizei todas as manhãs: “Seja todo este dia um novo louvor à Virgem Maria”.

7—A educação dos filhos requer a instrução religiosa dos mesmos no próprio lar, no estudo do catecismo e na leitura de bons livros e revistas católicas.

8—Morre-se uma só vez e, com frequência, repentinamente. Reze sempre, antes de deitar, o ato de contrição.

9- Traga sempre contigo o Escapulário (ou bentinho) de Nossa Senhora do Carmo. Que em suas mãos também trouxe Nossa Senhora na última aparição em Fátima.

fonte: ADF

Soneto a Nossa Senhora feito pelo demônio


Em 1823, dois sacerdotes dominicanos, Pes. Bassiti e Pignataro, estavam exorcizando um menino possesso, de 12 anos de idade, analfabeto. Para humilhar o demônio, obrigaram-no, em nome de Deus, a demonstrar a veracidade da Imaculada Conceição de Maria. Para surpresa dos sacerdotes, pela boca do menino possesso, o demônio compôs o seguinte soneto:

“Sou verdadeira mãe de um Deus que é filho,

E sou sua filha, ainda ao ser-lhe mãe;

Ele de eterno existe e é meu filho,

E eu nasci no tempo e sou sua mãe.



Ele é meu Criador e é meu filho,

E eu sou sua criatura e sua mãe;

Foi divinal prodígio ser meu filho

Um Deus eterno e ter a mim por mãe.



O ser da mãe é quase o ser do filho,

Visto que o filho deu o ser à mãe

E foi a mãe que deu o ser ao filho;



Se, pois, do filho teve o ser a mãe,

Ou há de se dizer manchado o filho

Ou se dirá Imaculada a mãe.

Conta-se que o Papa Pio IX chorou, ao ler esse soneto que contém um profundíssimo argumento de razão em favor da Imaculada.

O dogma da Imaculada Conceição foi proclamado em 8 de dezembro de 1854.

Fonte: Vocacionados Menores/ADF

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Actos religiosos que levam à santidade


Diálogos com São Tomas de Aquino

- Que entendeis por virtude de religião?

- A virtude de religião é assim chamada, porque constitue o vínculo que deve ligar o homem com Deus, como princípio de todo o bem, e uma perfeição da vontade, mediante a qual se aprecia e estima em seu verdadeiro valor a relação de dependência do homem para com Deus, como primeiro princípio, último fim, ser infinitamente perfeito e causa primeira de toda a perfeição (LXXXI,1-5).

- Quais são os seus actos?

- Os actos próprios da religião são todos os que por sua natureza manifestam e confessam esta dependência. Pode, além disso, a virtude da religião ordenar para este mesmo fim os actos das outras virtudes, e neste caso, podemos dizer, que converte a vida do homem em um acto de culto permanente (LXXXI,7-8).

- Como poderemos chamá-la neste último caso?

- Chamar-lhe-emos Santidade, porque santo é o homem cuja vida se transforma num acto de religião (LXXXI,8).

- É grande e excelente a virtude da religião?

- Depois das Teologais é a mais excelsa (LXXXI-6).

- Por que?

- Porque, entre todas as virtudes morais, cuja finalidade é disciplinar a atividade consciente do homem para lançá-lo na conquista de Deus, conhecido pela fé, prometido pela esperança e amado pela caridade, nenhuma tem objecto mais elevado e próximo do último fim. As outras virtudes regulamentam os actos e deveres do homem para consigo mesmo ou para com as outras criaturas; a religião ensina-lhe as suas obrigações para com Deus, a reconhecer e acatar a sua soberana majestade, a servi-lo e honrá-lo como servido e honrado quer ser Aquele cuja grandeza e perfeição excedem com diferença infinita, à de todas as criaturas (Ibid).

Suma Teológica em forma de Catecismo/AASCJ

Diálogos com São Tomas de Aquino – As Três Pessoas em Deus


- Como sabemos que há três Pessoas em Deus?

- Porque Ele mesmo nô-lo revelou.

- Pode a razão humana, sem o auxílio da fé, perscrutar a existência das Pessoas Divinas?

- Não Senhor (XXXII,1,2).

- Como se chamam as verdades inacessíveis à inteligência e que só pela fé conhecemos?

- Chamam-se mistérios.

- É, por conseguinte, um mistério, a existência das Pessoas divinas?

- É mistério e o mais profundo de todos.

- Que nome tem?

- Mistério da Santíssima Trindade.

- Poderemos chegar a compreendê-lo?

- Sim, e com seu conhecimento seremos eternamente felizes.

- Poderemos nesta vida entrever alguma coisa dos admiráveis segredos do mistério da Santíssima Trindade, estudando a natureza das operações dos seres espirituais?

- Sim, Senhor; dois são os atos imanentes do ser espiritual: entender e amar, e em cada um se estabelecem relações de princípio a termo, e de termo a princípio de operação. Daqui se deduz, conforme o que ensina a fé, que o Padre, no ato de entender, é princípio, porquanto diz e pronuncia um verbo, e o Verbo tem relação a termo, dito ou pronunciado. O mesmo sucede no ato de amor. O Padre e o Filho formam um princípio de amor, com relação ao Espírito Santo, que é o termo.

Extraído da Suma Teológica em forma de Catecismo/AASCJ

domingo, 22 de maio de 2011

Apocalipse 1


Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo;

O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto.

Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.

João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono;

E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Aquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados,

E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém.

Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.

Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.

Eu, João, que também sou vosso irmão, e companheiro na aflição, e no reino, e paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo.

Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta,

Que dizia: Eu sou o Alfa e o Omega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia.

E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro;

E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro.

E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo;

E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas.

E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece.

E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último;

E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.

Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer;

O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas.

fonte: Biblia online

“A MULHER DE DEUS?”


Num dia frio de Dezembro, um rapazinho com cerca de 10 anos, descalço, estava em pé, frente a uma loja de sapatos, olhando a montra e tremendo de frio. Uma senhora que passava aproximou-se dele e disse:
- Tu estás a pensar tanto, a olhar para essa montra…
- Estava a pedir a Deus que me desse um par de sapatos.
A senhora tomou-o pela mão, entrou na loja e pediu ao empregado para dar meia dúzia de pares de meias ao menino. E perguntou se poderia conseguir-lhe uma bacia com água e uma toalha. O empregado atendeu-a rapidamente; ela levou o menino para a parte de trás da loja e, ajoelhando-se, lavou os seus pequenos pés e secou-os com a toalha. Entretanto, o empregado já tinha trazido as meias. Ela calçou-as nos pés do menino. E também lhe comprou um par de sapatos. Depois, entregou-lhes os outros pares de meias e, carinhosamente, disse-lhe:
- Sentes-te quentinho agora?
Quando ela se virou para se ir embora, o menino segurou-lhe as mãos, olhou o seu rosto, com lágrimas nos olhos, e perguntou:
- A senhora é a mulher de Deus?

sábado, 21 de maio de 2011

Como é doce esperar, quando se espera no Coração de Jesus


Queria meditar como o culto do Coração de Jesus transfigura esta virtude da esperança.

Que é afinal a esperança teologal? É a virtude pela qual, fundando-me na bondade de Deus para com suas criaturas, em suas promessas… eu espero Nele, eu espero ao mesmo tempo dEle todos os socorros que me conduzem a Ele! A esperança teologal apoia-se em Deus; se e Ele antes de tudo que ela espera, é dEle que ela O espera, Ele próprio, e todos os bens criados que Ele nos quer dar.

A bondade infinita de Deus para conosco, e que nos é soberanamente útil: eis aí seu motivo geral. Mas este motivo, na devoção ao Coração de Jesus, aparece-me sob um aspecto comovente! Vejo a bondade infinita como amando o mundo e a mim até a Cruz, até a Eucaristia. E se o motivo preciso da esperança é a onipotência auxiliadora de Deus, como ela falará a meu coração quando eu tiver compreendido bem nossa cara Devoção!

Quando uma alma compreendeu bem esta grande Devoção, parece-me que o esmorecimento e o desespero são impossíveis. Veja na mais amável luz o motivo da esperança: a bondade de Deus, suas promessas… já não são abstratas, eu as vejo e as ouço em Jesus no Calvário e no Altar.

Nele, a Onipotência aparece-me soberanamente terna. E todos os socorros que, cada dia a cada instante, recebo, os vejo partindo de Seu Coração. E não serei corajoso e confiante nesta peregrinação rumo ao fim último que é a vida? Então, não serei generoso em fugir de todo pecado, em aproveitar toda graça, quando tenho em Vós, ó Jesus, o próprio amor?

- Santo Afonso Maria de Ligório -

Extraído do livro: O Sagrado Coração de Jesus – Escola de amor e bondade para uma nova civilização
fonte; AASCJ

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Oração: falar e ouvir


Aprende-se a rezar, rezando.

Não há indicação exata, para os católicos, de quantas vezes ao dia devem fazer oração. O Evangelho fala-nos da «obrigação de orar sempre, sem desfalecer» (Lc 18, 1). «É verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação, dar-Vos graças, sempre e em toda a parte, por Cristo Nosso Senhor» – reza-se no Prefácio de todas as celebrações da Santa Missa. Dar graças é uma das formas mais nobres de oração, talvez demasiado esquecida e pouco praticada. Certo é que devemos rezar todos os dias. Sirva-nos de estímulo e de critério o exemplo de Nosso Senhor e a oração do Pai-Nosso, que Ele nos ensinou.

Mais do que o modo como se reza, importa que a oração seja fonte e raiz para uma relação minha, mais profunda, mais viva, mais constante, com Nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio da Virgem Maria. É preciso que nos habituemos a ela, até que se torne imprescindível na nossa vida diária.

Rezar é falar com Deus. Podemos dizer-Lhe tudo, queixar-nos, insistir. Mas aprendamos também a aguardar resposta. À medida que se vai progredindo na oração, cada vez mais esta passa a consistir mais em ouvir do que em falar.

Reflitamos, diante de Deus, em quanto Lhe devemos, em quanto recebemos de graça, porque Ele pensou e pensa em nós e nos ama. Ouvi-Lo significa também recorrer mais e mais aos ensinamentos e doutrinas contidas nos Santos Evangelhos, em que aprendemos a chamar a Deus de nosso Pai e a seguir os modos de vida ensinados por Ele. Tranqüiliza nossa alma, torna-nos compreensivos, operosos e disponíveis para o bem do próximo.

Se rezamos todos os dias, Deus ouve-nos; nós sentimos os efeitos da oração; os outros dar-se-ão conta de que rezar é indispensável e modifica as pessoas, para bem dos que convivem com elas.

fonte: AASCJ

A Igreja de Cristo tem em Seu fundador o eterno penhor


Maria vem confirmar a excelência da doutrina cristã que, segundo Ela, encontra-se resguardada em sua pureza e integridade unicamente através da Igreja Católica
Em todas essas grandes aparições de Maria Santíssima pelo mundo percebe-se um esforço supremo e incisivo, por parte da “Mãe do Verbo”, no sentido de que os homens retornem ao Evangelho de Seu Filho Jesus, convidando-os para uma conversão sincera.

Maria vem, portanto, confirmar a excelência da doutrina cristã que, segundo Ela, encontra-se resguardada em sua pureza e integridade unicamente através da Igreja Católica.

Nessas Suas mensagens Maria vem relembrar aos homens que a Igreja, essa Instituição (tanto física como espiritualmente) está fundada sobre o sangue do sacrifício de Seu Filho, erigida sobre o primado de Pedro e de todos os apóstolos e mártires que o sucederam. E por promessa do próprio Verbo, dEle continua tendo Seu eterno penhor:

“Jesus, aproximando-se, lhes disse: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo (Mt 28,18-20).

Fonte: Mensagens de Maria/ADF

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Vaticano: Papa lembra Igreja perseguida na China


Bento XVI recordou, na audiência geral pública realizada ontem na Praça de São Pedro, no Vaticano, a Igreja perseguida na China e todos os fiéis que são impedidos de exprimir livremente a sua fé.

“A Igreja na China, sobretudo neste momento, precisa da oração da Igreja universal”, disse o Papa, destacando as situações de bispos que “sofrem e estão sob pressão no exercício do seu ministério episcopal”.

Para todos os crentes perseguidos, que fazem parte da chamada Igreja clandestina na China - “os católicos que encontram dificuldades na livre profissão da fé” -, o Sumo Pontífice fez questão de sublinhar a atenção como esta situação é acompanhada no Vaticano, afirmando que os crentes “têm direito” de viver "sem impedimento" a mensagem cristã.

As declarações do Papa, citadas pela agência Ecclesia, afloraram assim a delicada situação em que se encontra a Igreja na China, com a existência de duas estruturas eclesiais no país – uma fiel ao Vaticano e outra, permitida por lei, dependente de Pequim.

“Com a oração possamos obter para a Igreja na China que permaneça una, santa e católica, fiel e firme na doutrina e na disciplina eclesial”, disse Bento XVI, que fez votos para que as preces ajudem os fiéis a superar “a tentação de um caminho independente de Pedro”, isto é, do Papa. Bento XVI fez questão ainda de sublinhar que os fiéis “querem a unidade com a Igreja universal, com o Pastor supremo”.

Departamento de Informação da Fundação AIS

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Deus proíbe a idolatria e não o uso de imagens


Réplica da Arca da Aliança O mesmo Deus, no mesmo livro do Êxodo em que proíbe que sejam feitas imagens, manda Moisés fazer dois querubins de ouro e colocá-los por cima da Arca da Aliança (Ex 25, 18-20). Manda-lhe, também, fazer uma serpente de bronze e colocá-la por cima duma haste, para curar os mordidos pelas serpentes venenosas (Num 21, 8-9). Manda, ainda, a Salomão enfeitar o templo de Jerusalém com imanges de querubins, palmas, flores, bois e leões (I Reis 6, 23-35 e 7, 29).

Ora, se Deus manda fazer imagens em várias passagens das Sagradas Escrituras (Ex 25, 17-22; 1Rs 6, 23-28; 1 Rs 6, 29s; Nm 21, 4-9; 1Rs 7, 23-26; 1 Rs 7, 28s; etc) e proíbe que se façam imagens em outra, de duas uma, ou Deus é contraditório ou fazer imagens não é idolatria!

Portanto, fica claro que o erro não está nas imagens, mas no tipo de culto que se presta à elas.

Os Judeus, saindo da dominação egípcia, um povo idólatra, tinham muita tendência à idolatria. Basta ver o que aconteceu quando Moisés desceu do Monte Sinai com as Tábuas da Lei e encontrou o povo adorando o “Bezerro de Ouro” como se ele fosse uma divindade, um amuleto. É claro, como permitir que um povo tendente à idolatria fosse fazer imagens.

Nas imagens católicas se representam os santos, que são pessoas que possuem virtudes que os tornam “semelhantes” a Deus, como afirmou S. Paulo: “já não sou eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim”.

Nas catacumbas encontram-se, em toda parte, imagens e estátuas da Virgem Maria; prova de que tal culto existia no tempo dos apóstolos e foi por eles praticado, ensinado e transmitido à posteridade. Uma das imagens de Nossa Senhora, segundo a tradição, foi pintada pelo próprio S. Lucas e está na catedral de Loreto, exposto à veneração dos fiéis.
Santa Margarida Maria Alacoque As imagens católicas representam pessoas virtuosas. Virtude essa que provém da graça de Deus. O mesmo não se dava na idolatria, pois os povos idólatras representavam as virtudes e os vícios em seus ídolos.

O Concílio de Trento formalmente legitimou o uso das imagens: As imagens de Jesus Cristo, da Mãe de Deus, e dos outros santos, podem ser adquiridas e conservadas, sobretudo nas Igrejas, e se lhes pode prestar honra e veneração; não porque há nelas qualquer virtude ou qualquer coisa de divino, ou para delas alcançar qualquer auxílio, ou porque se tenha nelas confiança, como os pagãos de outrora, que colocavam a sua esperança nos ídolos, mas, sim, porque o culto que lhes é prestado dirige-se ao original que representam, de modo que nas imanges que possuímos, diante das quais nos descobrimos ou inclinamos a cabeça, nós adoramos Cristo, e veneramos os santos que elas representam (Sess XXV).

O Concílio de Nicéia, o primeiro celebrado na Igreja, no ano de 325, sob o Papa S. Silvestre I e o imperador Constantino, defende o culto das imagens contra os iconoclastas, com um vigor admirável.

Lê-se nos atos deste concílio: Nós recebemos o culto das imagens, e ferimos de anátema os que procedem de modo contrário. Anátema a todo aquele que aplica às santas imagens os textos da escritura contra os ídolos. Anátema a todo aquele que as chama ídolos. Anátema àqueles que ousam dizer que a Igreja presta culto a ídolos.
fonte: AASCJ

terça-feira, 17 de maio de 2011

Judite, 1


1. Arfaxad, rei dos medos, submetera ao seu império um grande número de nações. Ele edificou uma fortaleza de pedras polidas, à qual deu o nome de Ecbátana.
2. Cercou-a de muralhas de setenta côvados de altura e trinta de largura, e pôs-lhe torres de cem côvados de altura.
3. Estas eram de forma quadrada, e seus lados estendiam-se por um espaço de vinte pés. As portas tinham uma altura proporcionada à das torres.
4. Ele gloriava-se do poder invencível do seu exército e da imponência de seus carros.
5. Ora, no décimo segundo ano de seu reinado, Nabucodonosor, que reinava sobre os assírios em Nínive, a grande cidade, fez guerra a Arfaxad, e venceu-o
6. na grande planície chamada Ragau. Aliaram-se-lhe todos os habitantes das regiões vizinhas do Tigre, do Eufrates e do Jadason, na planície de Erioc, rei dos eliceus.
7. Então engrandeceu-se o reino de Nabucodonosor e seu coração encheu-se de orgulho. Mandou emissários a todos os habitantes da Cilícia, de Damasco, do Líbano,
8. aos povos do Carmelo e de Cedar, aos galileus, na grande planície de Esdrelon,
9. aos habitantes de Samaria e aos povos de além do Jordão até Jerusalém, a toda a terra de Gessém e até aos confins da Etiópia.
10. A todos esses povos enviou Nabucodonosor emissários,
11. mas todos protestaram unanimemente e os despediram de mãos vazias, chegando até a expulsá-los com desprezo.
12. À vista disso, encheu-se de cólera o rei Nabucodonosor contra todos esses povos, e jurou pelo seu trono e pelo seu reino que havia de tomar vingança de todos eles.

Bíblia Ave Maria - Todos os direitos reservados.

OS PAPAS PEREGRINOS DE FÁTIMA

As visitas papais ao Santuário de Fátima

“Homens, sede homens!”

Paulo VI empreendeu a primeira visita de um Papa a Portugal, em Maio de 1967, no cinquentenário das aparições de Nossa Senhora aos videntes Lúcia, Francisco e Jacinta.

Dois anos antes, a 13 de Maio de 1965, este Papa havia enviado como legado Pontifício a Fátima o Cardeal Fernando Cento para este entregar ao Santuário a Rosa de Ouro, expressão de particular reconhecimento por serviços prestados à Igreja.

Em Fátima, a 13 Maio de 1967, Paulo VI anunciou-se como “peregrino humilde e confiante” e teve como intenções dominantes da sua peregrinação rezar pela “paz interior” da “Igreja una, santa, católica e apostólica” e pelo “mundo, a paz no mundo”. Da homilia da Missa do dia 13 ficou para a posteridade esta exortação: “Homens, sede homens. Homens, sede bons, sede cordatos, abri-vos à consideração do bem total no mundo. Homens, sede magnânimos”.

Um agradecimento à Mãe celeste


Após o atentado falhado de 13 de Maio de 1981, João Paulo II reteve uma convicção profunda, que testemunhou com as seguintes palavras: “Eu devo a minha vida a nossa Senhora de Fátima”. Assim, um ano após esta data, em 1982, o “Papa de Fátima”, como ficará para a história, peregrinou a este santuário mariano português.

Na noite de 12 de Maio, pela primeira vez presente na Capelinha das Aparições, João Paulo II sublinhou o motivo da sua vinda ao país, que viria a repetir na homilia do dia seguinte e em muitos outros momentos: “(…) desde que se deu o conhecido atentado na Praça de S. Pedro há um ano, ao tomar consciência, o meu pensamento voltou-se imediatamente para este santuário, para depor no coração da Mãe celeste este meu agradecimento por me ter salvo do perigo”.

13 de Maio de 1991


Dez anos depois do atentado, em 1991, o Papa peregrino regressaria a Fátima, após em 1984 ter pedido para lhe ser levada a Roma a imagem de Nossa Senhora de Fátima entronizada na Capelinha das Aparições, para a consagração do mundo à Virgem.

A 13 de Maio de 1991, em Fátima, disse João Paulo II: “De coração profundamente comovido e maravilhado diante do plano criador e salvífico de Deus para realizar a plenitude a que Ele nos chamou, Eu, Peregrino convosco dessa Nova Jerusalém, vos exorto, queridos irmãos e irmãs, a acolher a Graça e o Apelo que neste lugar se sente mais palpável e penetrante, no sentido de ajustarmos os nossos caminhos aos de Deus. Saúdo-vos a todos, amados peregrinos de Nossa Senhora de Fátima, aqui presentes física ou espiritualmente”.

A beatificação de Francisco e Jacinta Marto - 13 de Maio de 2000


“A expressão mais alta do reconhecimento de Fátima por João Paulo II deu-se a 13 de Maio de 2000, com a beatificação dos dois videntes mais novos e o anúncio da publicação da terceira parte do segredo”, considera Mons. Luciano Guerra, antigo reitor do Santuário de Fátima, em artigo publicado na “Enciclopédia de Fátima” (uma edição Principia, Maio 2007).

Nessa visita a Fátima, além da oferta da sua jóia preciosa – o anel do “Totus Tuus” (todo Teu Maria) - este Papa pediu que a imagem de Nossa Senhora fosse de novo a Roma a fim de encerrar o Ano Santo, na festa de Nossa Senhora do Rosário.
Outro singular gesto da ligação deste Papa a Fátima aconteceu quando João Paulo II ofereceu a Nossa Senhora de Fátima bala que o trespassara em 1981. Esta bala foi no ano de 1989 encastoada na coroa preciosa de Nossa Senhora de Fátima, que tinha sido oferecida pelas mulheres de Portugal em 1942.

Bento XVI e Fátima

O Santo Padre Bento XVI visitou Portugal de 11 a 14 de Maio de 2010. Peregrinou a Fátima no dia 12, onde chegou ao final da tarde, e de onde partiu na manhã de 14 de Maio.

Na primeira Nota Pastoral a propósito desta visita, divulgada a 6 de Outubro de 2009, a Conferência Episcopal Portuguesa sublinhou que “o Santo Padre vem, essencialmente, como peregrino de Fátima, onde encontrará uma expressão viva de todas as Igrejas de Portugal. (…) Quando o Papa se faz peregrino, na qualidade de Pastor universal da Igreja, é toda a Igreja que peregrina com ele. Por isso, esta sua peregrinação reveste um grande significado pastoral, doutrinal e espiritual”.

Bento XVI pretendeu, tal como os seus antecessores, visitar este santuário para, deste lugar, peregrino entre os peregrinos, falar ao mundo.

Bento XVI em Fátima:

FONTE: Site do Santuário de Fátima