segunda-feira, 30 de abril de 2012
Daniel, 3
1. O rei Nabucodonosor fez uma estátua de ouro, de sessenta côvados de altura e seis de largura, e erigiu-a na planície de Dura, na província de Babilônia.
2. Depois convidou os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os conselheiros, os tesoureiros, os juristas, os juízes e todas as autoridades das províncias, a comparecerem à inauguração da estátua ereta pelo rei Nabucodonosor.
3. Assim sendo, reuniram-se os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os conselheiros, os tesoureiros, os juristas, os juízes e todas as autoridades das províncias para a inauguração da estátua ereta pelo rei, diante da qual todos permaneceram de pé.
4. Então foi feita por um arauto a seguinte proclamação: Povos, nações, (gentes de todas) as línguas, eis o que se traz a vosso conhecimento:
5. no momento em que ouvirdes o som da trombeta, da flauta, da cítara, da lira, da harpa, da cornamusa e de toda espécie de instrumentos de música, vós vos prostrareis em adoração diante da estátua de ouro ereta pelo rei Nabucodonosor.
6. Quem não se prostrar para adorá-la será precipitado sem demora na fornalha ardente!
7. Assim, logo que as pessoas ouviram o som da trombeta, da flauta, da cítara, da lira, da harpa, da cornamusa e de toda espécie de instrumentos de música, prosternaram-se todos, povos, nações e gentes de todas as línguas, em adoração diante da estátua de ouro ereta pelo rei Nabucodonosor.
8. Nesse mesmo momento, alguns caldeus aproximaram-se para caluniar os judeus.
9. Dirigiram-se ao rei Nabucodonosor: Senhor, disseram, longa vida ao rei!
10. Tu mesmo, ó rei, proclamaste por edital, que qualquer homem que ouvisse o som da trombeta, da flauta, da cítara, da lira, da harpa, da cornamusa e de toda espécie de instrumentos de música teria de prostrar-se em adoração diante da estátua de ouro,
11. e quem se recusasse seria precipitado na fornalha ardente.
12. Pois bem, há aí alguns judeus, a quem confiaste a administração da província de Babilônia, Sidrac, Misac e Abdênago, os quais não tomaram conhecimento do teu edito, ó rei: não rendem culto algum a teus deuses e não adoram a estátua que erigiste.
13. Nabucodonosor, dominado por uma cólera violenta, ordenou o comparecimento de Sidrac, Misac e Abdênago, os quais foram imediatamente trazidos à presença do rei.
14. Nabucodonosor disse-lhes: É verdade, Sidrac, Misac e Abdênago, que recusais o culto a meus deuses e a adoração à estátua de ouro que erigi?
15. Pois bem, estais prontos, no momento em que ouvirdes o som da trombeta, da flauta, da cítara, da lira, da harpa, da cornamusa e de toda espécie de instrumentos de música, a vos prostrardes em adoração diante da estátua que eu fiz?... Se não o fizerdes, sereis precipitados de relance na fornalha ardente; e qual é o deus que poderia livrar-vos de minha mão?
16. Sidrac, Misac e Abdênago responderam ao rei Nabucodonosor: De nada vale responder-te a esse respeito.
17. Se assim deve ser, o Deus a quem nós servimos pode nos livrar da fornalha ardente e mesmo, ó rei, de tua mão.
18. E mesmo que não o fizesse, saibas, ó rei, que nós não renderemos culto algum a teus deuses e que nós não adoraremos a estátua de ouro que erigiste.
19. Então a fúria de Nabucodonosor desencadeou-se contra Sidrac, Misac e Abdênago; os traços de seu rosto alteraram-se e ele elevou a voz para ordenar que se aquecesse a fornalha sete vezes mais que de costume.
20. Depois deu ordem aos soldados mais vigorosos de suas tropas para amarrar Sidrac, Misac e Abdênago, e jogá-los na fornalha ardente.
21. Esses homens foram então imediatamente amarrados com suas túnicas, vestes, mantos e suas outras roupas, e jogados na fornalha ardente.
22. Mas os homens que, por ordem urgente do rei, tinham superaquecido a fornalha e lá jogado Sidrac, Misac e Abdênago, foram mortos pelas chamas,
23. no momento em que eram precipitados na fornalha os três jovens amarrados.
24. Ora, estes passeavam dentro das chamas, louvando a Deus e bendizendo o Senhor.
25. Azarias, em pé bem no meio do fogo, fez a seguinte oração:
26. Sede bendito e louvado, Senhor, Deus de nossos pais! Que vosso nome seja glorioso pelos séculos!
27. Vós vois justo em todo o vosso proceder; vossas obras são justas, vossos caminhos são retos, vossos julgamentos são eqüitativos.
28. Exercestes um julgamento eqüitativo em tudo aquilo que nos infligistes e em tudo aquilo que infligistes à cidade santa de nossos pais, Jerusalém; foi em conseqüência de um julgamento eqüitativo que vós nos infligistes tudo isso por causa de nossos pecados.
29. Pecamos, erramos afastando-nos de vós; em tudo agimos mal.
30. Não obedecemos a vossos preceitos, não os pusemos em prática, não observamos as leis que nos destes para nossa felicidade.
31. Em todos os males que enviastes sobre nós, em tudo que nos infligistes, foi um justo julgamento que exercestes,
32. (mesmo) entregando-nos nas mãos de inimigos injustos, de ímpios enfurecidos, às mãos de um rei, o mais iníquo e o mais perverso de toda a terra.
33. Agora não ousamos nem mesmo abrir a boca: vergonha e ignomínia para vossos servos e a nós que vos adoramos.
34. Pelo amor de vosso nome, não nos abandoneis para sempre; não destruais de modo algum vossa aliança.
35. Não nos retireis vossa misericórdia em consideração a Abraão, vosso amigo, Isaac, vosso servo, Israel, vosso santo,
36. aos quais prometestes multiplicar sua descendência como as estrelas do céu e a areia que se encontra à beira do mar.
37. Senhor, fomos reduzidos a nada diante das nações, fomos humilhados diante de toda a terra: tudo, devido a nossos pecados!
38. Hoje, já não há príncipe, nem profeta, nem chefe, nem holocausto, nem sacrifício, nem oblação, nem incenso, nem mesmo um lugar para vos oferecer nossas primícias e encontrar misericórdia.
39. Entretanto, que a contrição de nosso coração e a humilhação de nosso espírito nos permita achar bom acolhimento junto a vós, Senhor,
40. como (se nós nos apresentássemos) com um holocausto de carneiros, de touros e milhares de gordos cordeiros! Que assim possa ser hoje o nosso sacrifício em vossa presença! Que possa (reconciliar-nos) convosco, porque nenhuma confusão existe para aqueles que põem em vós sua confiança.
41. É de todo nosso coração que nós vos seguimos agora, que nós vos reverenciamos, que buscamos vossa face.
42. Não nos confundais; tratai-nos com vossa habitual doçura e com todas as riquezas de vossa misericórdia.
43. Ponde em execução vossos prodígios para nos salvar, Senhor, e cobri vosso nome de glória.
44. Que sejam então confundidos aqueles que maltratam vossos servos, que eles sofram a vergonha de ver a ruína de seu poderio e o aniquilamento de sua força.
45. Assim saberão que sois o Senhor, o Deus único e glorioso sobre toda a superfície da terra.
46. Enquanto isso, os homens do rei, que os haviam lá jogado, não cessavam de alimentar a fornalha com nafta, estopa, resina e lenha seca.
47. Então, as chamas, subindo a quarenta e nove côvados acima da fornalha,
48. ultrapassaram a grade e queimaram os caldeus que se achavam perto.
49. Mas o anjo do Senhor havia descido com Azarias e seus companheiros à fornalha e afastava o fogo.
50. Fez do centro da fogueira como um lugar onde soprasse uma brisa matinal: o fogo nem mesmo os tocava, nem lhes fazia mal algum, nem lhes causava a menor dor.
51. Então os três jovens elevaram suas vozes em uníssono para louvar, glorificar e bendizer a Deus dentro da fornalha, neste cântico:
52. Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais, digno de louvor e de eterna glória! Que seja bendito o vosso santo nome glorioso, digno do mais alto louvor e de eterna exaltação!
53. Sede bendito no templo de vossa glória santa, digno do mais alto louvor e de eterna glória!
54. Sede bendito por penetrardes com o olhar os abismos, e por estardes sentado sobre os querubins, digno do mais alto louvor e de eterna exaltação!
55. Sede bendito sobre vosso régio trono, digno do mais alto louvor e de eterna exaltação!
56. Sede bendito no firmamento dos céus, digno do mais alto louvor e de eterna glória!
57. Obras do Senhor, bendizei todas o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
58. Céus, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
59. Anjos do Senhor, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
60. Águas e tudo o que está sobre os céus, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
61. Todos os poderes do Senhor, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
62. Sol e lua, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
63. Estrelas dos céus, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
64. Chuvas e orvalhos, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
65. Ó vós, todos os ventos, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
66. Fogo e calor, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
67. Frio e geada, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
68. Orvalhos e gelos, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
69. Frios e aragens, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
70. Gelos e neves, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
71. Noites e dias, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
72. Luz e trevas, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
73. Raios e nuvens, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
74. Que a terra bendiga o Senhor, e o louve e o exalte eternamente!
75. Montes e colinas, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
76. Tudo o que germina na terra, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
77. Mares e rios, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
78. Fontes, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
79. Monstros e animais que vivem nas águas, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
80. Pássaros todos do céu, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
81. Animais e rebanhos, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
82. E vós, homens, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
83. Que Israel bendiga o Senhor, e o louve e o exalte eternamente!
84. Sacerdotes, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
85. Vós que estais a serviço do templo, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
86. Espíritos e almas dos justos, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
87. Santos e humildes de coração, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
88. Ananias, Azarias e Misael, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente, porque ele nos livrou da permanência nas trevas, salvou-nos da mão da morte; tirou-nos da fornalha ardente, e arrancou-nos do meio das chamas.
89. Glorificai o Senhor porque ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia.
90. Homens piedosos, bendizei o Senhor, Deus dos deuses, louvai-o, glorificai-o, porque é eterna a sua misericórdia!
91. Então Nabucodonosor, admirado, levantou-se precipitadamente, dizendo a seus conselheiros: Não foram três homens amarrados que jogamos no fogo? Certamente, majestade, responderam. _
92. Pois bem, replicou o rei, eu vejo quatro homens soltos, que passeiam impunemente no meio do fogo; o quarto tem a aparência de um filho dos deuses.
93. Dito isto, Nabucodonosor, aproximando-se da porta da fornalha, exclamou: Sidrac, Misac, Abdênago, servos do Deus Altíssimo, saí, vinde! Então Sidrac, Misac e Abdênago saíram do meio do fogo.
94. Os sátrapas, os prefeitos, os governadores e os conselheiros do rei, em grupos à volta, verificaram que o fogo não tinha tocado nos corpos desses homens, que nenhum cabelo de suas cabeças tinha sido queimado, que suas vestes não tinham sido estragadas e que eles não traziam nem indício do odor de fogo!
95. Nabucodonosor tomou a palavra: Bendito seja, disse, o Deus de Sidrac, de Misac e de Abdênago! Ele enviou seu anjo para salvar seus servos, os quais, depositando nele toda a sua confiança, e transgredindo as ordens do rei, preferiram expor suas vidas a se prostrarem em adoração diante de um deus que não era o seu.
96. (Em conseqüência) dou ordem, que todo homem, pertencente a qualquer povo, nação ou língua, que ousar falar mal, seja o que for, contra o Deus de Sidrac, Misac e Abdênago, seja despedaçado e sua casa reduzida a um montão de imundícies; porque não há outro deus capaz de realizar uma libertação assim!
97. Depois o rei ainda melhorou a situação de Sidrac, Misac e Abdênago na província de Babilônia.
98. Do rei Nabucodonosor a todos os povos, nações e pessoas de todas as línguas que habitam a terra, felicidade e prosperidade!
99. Pareceu-me bom fazer-vos conhecer os milagres e prodígios que o Deus Altíssimo operou em mim.
100. Oh! como são grandes seus milagres e como são poderosos seus prodígios! Seu reinado é um reinado eterno, e sua dominação perdura de geração em geração.
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quarta-feira, 25 de abril de 2012
Daniel, 2
1. No segundo ano de seu reinado, Nabucodonosor teve sonhos que lhe perturbaram a tal ponto o espírito, que perdeu o sono.
2. Mandou chamar os escribas, os mágicos, os feiticeiros e os caldeus para lhe fazerem a interpretação. Estes vieram apresentar-se diante do rei.
3. Tive um sonho, disse-lhes, e meu espírito se consome à procura do significado.
4. Os caldeus responderam ao rei (em língua aramaica): Senhor, longa vida ao rei! Narra teu sonho para que teus servos dêem a interpretação.
5. O rei disse aos caldeus: para mim é coisa decidida: se não me explicardes o conteúdo do sonho bem como sua significação, sereis estraçalhados e vossas casas reduzidas a um montão de imundícies.
6. Mas se me revelardes tanto o conteúdo quanto a significação do sonho, recebereis de mim donativos, presentes e grandes testemunhos de honra. Portanto, dizei-me meu sonho e o que ele significa.
7. De novo responderam: Que o rei narre o sonho a seus servos e nós faremos a interpretação.
8. Sei agora perfeitamente, continou o rei, que procurais ganhar tempo, porque sabeis que estou bem decidido
9. a aplicar-vos a dita sentença, se não me revelardes o conteúdo de meu sonho. Estais combinados a mentir-me e a enganar-me, esperando que as circunstâncias mudem. Vamos, dizei-me o que sonhei e eu saberei se sois capazes de dar a interpretação.
10. Os caldeus deram ao rei esta resposta: Não há homem algum sobre a terra que possa fazer o que exige o rei. E, de fato, jamais rei algum, por maior e mais poderoso que tenha sido, pediu tamanha coisa a um escriba, mágico ou caldeu.
11. A questão proposta pelo rei é difícil e ninguém poderia dar a solução ao rei, a não ser os deuses que estão excluídos do trato com os seres carnais.
12. Com isso, o rei encolerizou-se e, na sua fúria, deu ordem para matarem todos os sábios de Babilônia.
13. A sentença foi publicada e o massacre dos sábios começou. Procuravam Daniel e seus comapanheiros para matá-los,
14. quando este dirigiu a Arioc, chefe da guarda do rei, que havia saído para executar todos os sábios babilônios, palavras cheias de prudência e sabedoria:
15. Por que, perguntou-lhe, uma sentença tão severa da parte do rei? Arioc expôs-lhe o assunto,
16. e logo Daniel decidiu-se ir ao rei, para pedir-lhe a concessão de uma prorrogação: daria então ao rei a interpretação (pedida).
17. Logo que voltou do rei, Daniel pôs a par do assunto seus companheiros Ananias, Misael e Azarias.
18. Pediu-lhes para implorarem a misericórdia do Deus dos céus a respeito desse enigma, a fim de que não matassem Daniel e seus companheiros com o resto de Babilônia.
19. O mistério foi então revelado a Daniel numa visão noturna. Pelo que, bendizendo o Deus dos céus,
20. Daniel expressou-se como segue: Bendito seja o nome de Deus de eternidade em eternidade, porque a ele pertencem a sabedoria e o poder!
21. É ele quem faz mudar os tempos e as circunstâncias; é ele quem depõe os reis e os enaltece; é ele quem dá sabedoria aos sábios e talento aos inteligentes.
22. É ele quem revela os profundos e secretos mistérios, quem conhece o que está mergulhado nas trevas, junto ao qual habita a luz.
23. Ó Deus de meus pais, eu vos exalto e vos louvo, porque vós me destes a prudência e a força, e porque vós nos manifestastes o que vos pedimos, revelando-nos o sonho do rei.
24. Depois disso, Daniel foi procurar Arioc, a quem o rei tinha incumbido do massacre dos sábios de Babilônia. E falou-lhe assim: Não mandes matar os sábios de Babilônia. Introduze-me à presença do rei para que eu lhe dê a explicação.
25. Arioc apressou-se em conduzir Daniel junto ao rei, dizendo-lhe: Achei, entre os deportados da Judéia, um homem que dará ao rei a explicação desejada.
26. O rei dirigiu a palavra a Daniel (que tinha o cognome de Baltazar): És realmente capaz, disse-lhe, de desvendar-me o sonho que tive e fornecer-me a interpretação?
27. O mistério cuja revelação o rei pede, respondeu Daniel ao rei, nem os sábios, nem os mágicos, nem os feiticeiros, nem os astrólogos são capazes de revelar-lhos.
28. Mas no céu existe um Deus que desvenda os mistérios, o qual quis revelar ao rei Nabucodonosor o que deve suceder no decorrer dos tempos. Eis, portanto, teu sonho e as visões que se apresentaram a teu espírito quando estavas em teu leito.
29. Senhor, os pensamentos que vieram ao teu espírito, enquanto estavas em teu leito, são previsões do futuro: aquele que revela os mistérios mostrou-te o futuro.
30. Quanto a mim, se esse mistério me foi desvendado, não é que haja mais sabedoria em mim do que nos outros homens, mas para eu dar ao rei a interpretação, a fim de que se faça luz nos pensamentos do teu coração.
31. Senhor: contemplavas, e eis que uma grande, uma enorme estátua erguia-se diante de ti; era de um magnífico esplendor, mas de aspecto aterrador.
32. Sua cabeça era de fino ouro, seu peito e braços de prata, seu ventre e quadris de bronze,
33. suas pernas de ferro, seus pés metade de ferro e metade de barro.
34. Contemplavas (essa estátua) quando uma pedra se descolou da montanha, sem intervenção de mão alguma, veio bater nos pés, que eram de ferro e barro, e os triturou.
35. Então o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro foram com a mesma pancada reduzidos a migalhas, e, como a palha que voa da eira durante o verão, foram levados pelo vento sem deixar traço algum, enquanto que a pedra que havia batido na estátua tornou-se uma alta montanha, ocupando toda a região.
36. Eis o sonho. Agora vamos dar ao rei a interpretação.
37. Senhor: tu que és o rei dos reis, a quem o Deus dos céus deu realeza, poder, força e glória;
38. a quem ele deu o domínio, onde quer que habitem, sobre os homens, os animais terrestres e os pássaros do céu, tu és a cabeça de ouro.
39. Depois de ti surgirá um outro reino menor que o teu, depois um terceiro reino, o de bronze, que dominará toda a terra.
40. Um quarto reino será forte como o ferro: do mesmo modo que o ferro esmaga e tritura tudo, da mesma maneira ele esmagará e pulverizará todos os outros.
41. Os pés e os dedos, parte de terra argilosa de modelar, parte de ferro, indicam que esse reino será dividido: haverá nele algo da solidez do ferro, já que viste ferro misturado ao barro.
42. Mas os dedos, metade de ferro e metade de barro, mostram que esse reino será ao mesmo tempo sólido e frágil.
43. Se viste o ferro misturado ao barro, é que as duas partes se aliarão por casamentos, sem porém se fundirem inteiramente, tal como o ferro que não se amalgama com o barro.
44. No tempo desses reis, o Deus dos céus suscitará um reino que jamais será destruído e cuja soberania jamais passará a outro povo: destruirá e aniquilará todos os outros, enquanto que ele subsistirá eternamente.
45. Foi o que pudeste ver na pedra deslocando-se da montanha sem a intervenção de mão alguma, e reduzindo a migalhas o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro. Deus, que é grande, dá a conhecer ao rei a sucessão dos acontecimentos. O sonho é bem exato, e sua interpretação é digna de fé.
46. Nesse instante, o rei Nabucodonosor atirou-se de rosto em terra, prostrado diante de Daniel; depois ordenou que lhe fossem oferecidos oblações e perfumes.
47. Dirigindo-se a Daniel, disse o rei: Vosso Deus é verdadeiramente o Deus dos deuses, o Senhor dos reis; é também o revelador dos mistérios, já que pudeste revelar este.
48. O rei elevou Daniel em dignidade, deu-lhe numerosos e ricos presentes; constituiu-o governador de toda a província de Babilônia e o tornou chefe supremo de todos os sábios de Babilônia.
49. Daniel pediu ao rei e confiou a Sidrac, Misac e Abdênago a administração da província de Babilônia. E Daniel permaneceu na corte real.
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sexta-feira, 20 de abril de 2012
Daniel, 1
1. No terceiro ano do reinado de Joaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei de Babilônia, veio sitiar Jerusalém.
2. O Senhor entregou-lhe Joaquim, rei de Judá, bem como parte dos objetos do templo, que Nabucodonosor transportou para a terra de Senaar, para o templo de seu deus: foi na sala do tesouro do templo de seu deus que ele os colocou.
3. O rei deu ordem ao chefe de seus eunucos, Asfenez, para trazer-lhe jovens israelitas, oriundos de raça real ou de família nobre,
4. isentos de qualquer tara corporal, bem proporcionados, dotados de toda espécie de boas qualidades, instruídos, inteligentes, aptos a ingressarem (nos serviços do) palácio real; ser-lhes-ia ensinado a escrever e a falar a língua dos caldeus.
5. O rei destinou-lhes uma provisão cotidiana, retirada das iguarias da mesa real e do vinho que ele bebia. A formação deles devia durar três anos, após o que entrariam a serviço do rei.
6. Entre eles encontravam-se alguns judeus: Daniel, Ananias, Misael e Azarias.
7. O chefe dos eunucos deu-lhes outros nomes: a Daniel, o de Baltasar; a Ananias, o de Sidrac; a Misael, o de Misac; e a Azarias, o de Abdênago.
8. Daniel tomou a resolução de não se contaminar com os alimentos do rei e com seu vinho. Pediu ao chefe dos eunucos para deles se abster.
9. Este, graças a Deus, tomado de benevolência para com Daniel, atendeu-o de boa vontade,
10. mas disse-lhe: Temo que o rei, meu senhor, que estabeleceu vossa alimentação e vossa bebida, venha a notar vossas fisionomias mais abatidas do que as dos outros jovens de vossa idade, e que por vossa causa eu me exponha a uma repreensão da parte do rei.
11. Mas Daniel disse ao dispenseiro a quem o chefe dos eunucos havia confiado o cuidado de Daniel, Ananias, Misael e Azarias:
12. Rogo-te, faze uma experiência de dez dias com teus servos: que só nos sejam dados legumes a comer e água a beber.
13. Depois então compararás nossos semblantes com os dos jovens que se alimentam com as iguarias da mesa real, e farás com teus servos segundo o que terás observado.
14. O dispenseiro concordou com essa proposta e os submeteu à prova durante dez dias.
15. No final deste prazo, averiguou-se que tinham melhor aparência e estavam mais gordos do que todos os jovens que comiam das iguarias da mesa real.
16. Em conseqüência disso o dispenseiro retirava os alimentos e o vinho que lhes eram destinados, e mandava servir-lhes legumes.
17. A esses quatro jovens, Deus concedeu talento e saber no domínio das letras e das ciências. Daniel era particularmente entendido na interpretação de visões e sonhos.
18. Ao fim do prazo fixado pelo rei para a apresentação, o chefe dos eunucos introduziu-os na presença de Nabucodonosor,
19. o qual palestrou com eles. Entre todos os jovens nenhum houve que se comparasse a Daniel, Ananias, Misael e Azarias. Por isso entraram eles a serviço do rei.
20. Em qualquer negócio que necessitasse de sabedoria e sutileza, e que o rei os consultasse, este achava-os dez vezes superiores a todos os escribas e mágicos do reino.
21. (Assim) viveu Daniel até o primeiro ano do reinado de Ciro.
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quarta-feira, 18 de abril de 2012
Números 1
1. No primeiro dia do segundo mês, no segundo ano depois da saída do Egito, o Senhor disse a Moisés no deserto do Sinai, na tenda de reunião:
2. “Fazei o recenseamento de toda a assembléia dos filhos de Israel segundo suas famílias, suas casas patriarcais, contando nominalmente por cabeça todos os varões da idade de vinte anos para cima,
3. todos os israelitas aptos para o serviço das armas: fareis o recenseamento deles segundo os seus grupos, tu e Aarão.
4. Assistir-vos-á um homem de cada tribo, um chefe da casa de seu pai.
5. Eis os nomes daqueles que vos hão de acompanhar: de Rubem, Elisur, filho de Sedeur;
6. de Simeão, Salamiel, filho de Surisadai;
7. de Judá, Naasson, filho de Aminadab;
8. de Issacar, Natanael, filho de Suar;
9. de Zabulon, Eliab, filho de Elom;
10. dos filhos de José: de Efraim, Elisama, filho de Amiud; de Manassés, Gamaliel, filho de Fadassur;
11. de Benjamim, Abidã, filho de Gedeão;
12. de Dã, Aieser, filho de Amisadai;
13. de Aser, Fegiel, filho de Ocrã;
14. de Gad, Eliasaf, filho de Duel;
15. de Neftali, Aira, filho de Enã”.
16. Tais são os que foram escolhidos da assembléia. Eram os príncipes de suas tribos patriarcais, chefes de milhares em Israel.
17. Depois de se terem ajuntado esses homens designados pelos seus nomes, Moisés e Aarão
18. convocaram toda a assembléia no primeiro dia do segundo mês. Efetuaram o recenseamento por clãs e famílias, contando nome por nome as pessoas da idade de vinte anos para cima,
19. assim como o Senhor ordenara a Moisés. Fez-se, pois, o recenseamento no deserto do Sinai.
20. Dos filhos de Rubem, primogênito de Israel, seus descendentes segundo suas famílias e suas casas patriarcais, contando seus nomes por cabeça, todos os varões da idade de vinte anos para cima – todos os que eram aptos para o serviço das armas –,
21. foram recenseados 46.500 na tribo de Rubem.
22. Dos filhos de Simeão, seus descendentes segundo suas famílias e suas casas patriarcais, contando seus nomes da idade de vinte anos para cima – todos os que eram aptos para o serviço das armas –,
23. foram recenseados 59.300 na tribo de Simeão.
24. Dos filhos de Gad, seus descendentes segundo suas famílias e suas casas patriarcais, contando seus nomes da idade de vinte anos para cima – todos os que eram aptos para o serviço das armas –,
25. foram recenseados 45.650 na tribo de Gad.
26. Dos filhos de Judá, seus descendentes segundo suas famílias e suas casas patriarcais, contando seus nomes da idade de vinte anos para cima – todos os que eram aptos para o serviço das armas –,
27. foram recenseados 74.600 na tribo de Judá.
28. Dos filhos de Issacar, seus descendentes segundo suas famílias e suas casas patriarcais, contando seus nomes da idade de vinte anos para cima – todos os que eram aptos para o serviço das armas –,
29. foram recenseados 54.400 na tribo de Issacar.
30. Dos filhos de Zabulon, seus descendentes segundo suas famílias e suas casas patriarcais, contando seus nomes da idade de vinte anos para cima – todos os que eram aptos para o serviço das armas –,
31. foram recenseados 57.400 na tribo de Zabulon.
32. Entre os filhos de José, os filhos de Efraim, seus descendentes segundo suas famílias e suas casas patriarcais, contando seus nomes da idade de vinte anos para cima – todos os que eram aptos para o serviço das armas –,
33. foram recenseados 40.500 na tribo de Efraim.
34. Dos filhos de Manassés, seus descendentes segundo suas famílias e suas casas patriarcais, contando seus nomes da idade de vinte anos para cima – todos os que eram aptos para o serviço das armas –,
35. foram recenseados 32.200 na tribo de Manassés.
36. Dos filhos de Benjamim, seus descendentes segundo suas famílias e suas casas patriarcais, contando seus nomes da idade de vinte anos para cima – todos os que eram aptos para o serviço das armas –,
37. foram recenseados 35.400 na tribo de Benjamim.
38. Dos filhos de Dã, seus descendentes segundo suas famílias e suas casas patriarcais, contando seus nomes da idade de vinte anos para cima – todos os que eram aptos para o serviço das armas –,
39. foram recenseados 62.700 na tribo de Dã.
40. Dos filhos de Aser, seus descendentes segundo suas famílias e suas casas patriarcais, contando seus nomes da idade de vinte anos para cima – todos os que eram aptos para o serviço das armas –,
41. foram recenseados 41.500 na tribo de Aser.
42. Dos filhos de Neftali, seus descendentes segundo suas famílias e suas casas patriarcais, contando seus nomes da idade de vinte anos para cima – todos os que eram aptos para o serviço das armas –,
43. foram recenseados 53.400 na tribo de Neftali.
44. Estes são os que foram recenseados por Moisés e Aarão com os príncipes de Israel, em número de doze, um homem de cada casa patriarcal.
45. Os israelitas recenseados por famílias, da idade de vinte anos para cima – todos os que eram aptos para o serviço das armas –,
46. somaram o total de 603.550.
47. Quanto aos levitas, porém, não foram contados com os demais, segundo suas tribos patriarcais.
48. O Senhor havia dito, com efeito, a Moisés:
49. “Não farás o recenseamento da tribo de Levi, nem porás a soma deles com os filhos de Israel.
50. Confia-lhes o cuidado do tabernáculo do testemunho, de todos os seus utensílios e de tudo o que lhe pertence. Levarão o tabernáculo e todos os seus utensílios, farão o seu serviço e acamparão em volta do tabernáculo.
51. Quando se tiver de partir, os levitas desmontarão o tabernáculo e o levantarão quando se tiver de acampar. O estrangeiro que se aproximar dele será punido de morte.
52. Os israelitas acamparão cada um em seu respectivo acampamento e cada um perto de sua bandeira, segundo suas turmas.
53. Quanto aos levitas, porém, acamparão em torno do tabernáculo do testemunho, para que não suceda explodir a minha cólera contra a assembléia dos israelitas; ademais, os levitas terão a guarda do tabernáculo do testemunho”.
54. Os israelitas fizeram tudo o que o Senhor tinha ordenado a Moisés; assim o fizeram.
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terça-feira, 17 de abril de 2012
Eclesiástico, 2
1. Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação;
2. humilha teu coração, espera com paciência, dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria; não te perturbes no tempo da infelicidade,
3. sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça.
4. Aceita tudo o que te acontecer. Na dor, permanece firme; na humilhação, tem paciência.
5. Pois é pelo fogo que se experimentam o ouro e a prata, e os homens agradáveis a Deus, pelo cadinho da humilhação.
6. Põe tua confiança em Deus e ele te salvará; orienta bem o teu caminho e espera nele. Conserva o temor dele até na velhice.
7. Vós, que temeis o Senhor, esperai em sua misericórdia, não vos afasteis dele, para que não caiais;
8. vós, que temeis o Senhor, tende confiança nele, a fim de que não se desvaneça vossa recompensa.
9. Vós, que temeis o Senhor, esperai nele; sua misericórdia vos será fonte de alegria.
10. Vós, que temeis o Senhor, amai-o, e vossos corações se encherão de luz.
11. Considerai, meus filhos, as gerações humanas: sabei que nenhum daqueles que confiavam no Senhor foi confundido.
12. Pois quem foi abandonado após ter perseverado em seus mandamentos? Quem é aquele cuja oração foi desprezada?
13. Pois Deus é cheio de bondade e de misericórdia, ele perdoa os pecados no dia da aflição. Ele é o protetor de todos os que verdadeiramente o procuram.
14. Ai do coração fingido, dos lábios perversos, das mãos malfazejas, do pecador que leva na terra uma vida de duplicidade;
15. ai dos corações tímidos que não confiam em Deus, e que Deus, por essa razão, não protege;
16. ai daqueles que perderam a paciência, que saíram do caminho reto, e se transviaram nos maus caminhos.
17. Que farão eles quando o Senhor começar o exame?
18. Aqueles que temem ao Senhor não são incrédulos à sua palavra, e os que o amam permanecem em sua vereda.
19. Aqueles que temem ao Senhor procuram agradar-lhe, aqueles que o amam satisfazem-se na sua lei.
20. Aqueles que temem ao Senhor preparam o coração, santificam suas almas na presença dele.
21. Aqueles que temem ao Senhor guardam os seus mandamentos, têm paciência até que ele lance os olhos sobre eles,
22. dizendo: Se não fizermos penitência, cairemos nas mãos do Senhor, e não nas mãos dos homens,
23. pois a misericórdia dele está na medida de sua grandeza.
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domingo, 15 de abril de 2012
Mensagem
É fácil amar os que estão longe. Mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado.
Madre Teresa de Calcutá
Madre Teresa de Calcutá
Cartum: Governo cumpre ameaça e retira nacionalidade a milhares de cristãos do Sudão do Sul
O regime do Sudão, anunciou que, a partir de hoje, segunda-feira, vai considerar os cidadãos do Sudão do Sul que residem no seu território como estrangeiros. Esta medida vai afectar de imediato cerca de 500 mil cidadãos do Sudão do Sul, a maioria dos quais cristãos, e que residem no vizinho do Norte desde a década de 80.
Segundo diversas organizações cristãs de solidariedade, que trabalham na região, milhares de cristãos estão agora perante um ultimato. “Ou deixam o Sudão ou passam a ser tratados como estrangeiros num regime que se tem revelado extremamente hostil aos não-islâmicos e não-árabes”, afirma a Barnabas Fund, citada pela agência de notícias BosNewsLife. Como a Fundação AIS já tem denunciado, há o receio de que os cristãos que permaneçam no Sudão, após o ultimato de Cartum, sejam alvo de perseguições ou mesmo de repatriamentos forçados, o que significa que poderemos estar perante um êxodo em massa e uma consequente emergência humanitária na região.
Recorde-se que o sul do Sudão proclamou a sua independência face ao norte a 9 de Julho do ano passado, após um plebiscito, mas os dois estados mantêm problemas pendentes como a distribuição das receitas das exportações de petróleo, a demarcação de fronteiras e disputa pela soberania da zona de Abyei, rica em petróleo. Esta decisão do governo de Cartum vai seguramente aumentar ainda mais o já tenso ambiente existente na região fronteiriça entre um país maioritariamente islâmico, o Sudão, e o vizinho Sudão do Sul, onde predomina a religião cristã.
Departamento de Informação da Fundação AIS
Eclesiástico, 1
1. Toda a sabedoria vem do Senhor Deus, ela sempre esteve com ele. Ela existe antes de todos os séculos.
2. Quem pode contar os grãos de areia do mar, as gotas de chuva, os dias do tempo? Quem pode medir a altura do céu, a extensão da terra, a profundidade do abismo?
3. Quem pode penetrar a sabedoria divina, anterior a tudo?
4. A sabedoria foi criada antes de todas as coisas, a inteligência prudente existe antes dos séculos!
5. O verbo de Deus nos céus é fonte de sabedoria, seus caminhos são os mandamentos eternos.
6. A quem foi revelada a raiz da sabedoria? Quem pode discernir os seus artifícios?
7. A quem foi mostrada e revelada a ciência da sabedoria? Quem pode compreender a multiplicidade de seus caminhos?
8. Somente o Altíssimo, criador onipotente, rei poderoso e infinitamente temível, Deus dominador, sentado no seu trono;
9. foi ele quem a criou no Espírito Santo, quem a viu, numerada e medida;
10. ele a espargiu em todas as suas obras, sobre toda a carne, à medida que a repartiu, e deu-a àqueles que a amavam.
11. O temor do Senhor é uma glória, um motivo de glória, uma fonte de alegria, uma coroa de regozijo.
12. O temor do Senhor alegra o coração. Ele nos dá alegria, regozijo e longa vida.
13. Quem teme o Senhor sentir-se-á bem no instante derradeiro, no dia da morte será abençoado.
14. O amor de Deus é uma sabedoria digna de ser honrada.
15. Aqueles a quem ela se mostra, amam-na logo que a vêem, logo que reconhecem os prodígios que realiza.
16. O temor do Senhor é o início da sabedoria. Ela foi criada com os homens fiéis no seio de sua mãe, ela caminha com as mulheres de escol, vemo-la na companhia dos justos e dos fiéis.
17. O temor ao Senhor é a religião da ciência.
18. Essa religião guarda e santifica o coração; ela lhe traz satisfação e alegria.
19. Aquele que teme ao Senhor achar-se-á confortado, no dia da morte será abençoado.
20. O temor ao Senhor é a plenitude da sabedoria, a plenitude de seus frutos, (para aquele que a possui)
21. ela enche toda a sua casa com os bens que produz, e seus celeiros com seus tesouros.
22. O temor do Senhor é a coroa da sabedoria: dá uma plenitude de paz e de frutos de salvação.
23. Ele a viu e numerou-a; ora, um e outra são um dom de Deus.
24. A sabedoria distribui a ciência e a prudente inteligência; eleva à glória aqueles que a possuem.
25. O temor do Senhor é a raiz da sabedoria, seus ramos são de longa duração.
26. A inteligência e a religião da ciência se acham nos tesouros da sabedoria, mas a sabedoria é abominada pelos pecadores.
27. O temor ao Senhor expulsa o pecado,
28. pois aquele que não tem esse temor não poderá tornar-se justo. A violência de sua paixão causará sua ruína.
29. O homem paciente esperará até um determinado tempo, após o qual a alegria lhe será restituída.
30. O homem de bom senso guarda suas palavras; muitos falarão, em voz alta, de sua prudência.
31. O sentido da instrução está encerrado nos celeiros da sabedoria.
32. Mas o culto de Deus é abominado pelo pecador.
33. Meu filho, tu que desejas ardentemente a sabedoria, sê justo e Deus ta concederá.
34. Pois o temor do Senhor é sabedoria e instrução, e o que lhe é agradável
35. é fidelidade e doçura; ele encherá os celeiros daqueles (que as possuem).
36. Não sejas rebelde ao temor do Senhor, não vás a ele com um coração fingido.
37. Não sejas hipócrita diante dos homens, e que teus lábios não sejam motivo de queda.
38. Vela sobre eles para que não caias, e não atraias sobre tua alma a desonra;
39. e para que Deus, revelando teus segredos, não te destrua no meio da assembléia,
40. por te teres aproximado do Senhor sorrateiramente, com o coração cheio de astúcia e engano.
Bíblia Ave Maria - Todos os direitos reservados.
domingo, 8 de abril de 2012
sexta-feira, 6 de abril de 2012
SEXTA-FEIRA SANTA
«Jesus chamou à parte os doze discípulos: «Escutem! Vamos para Jerusalém, onde se cumprirá tudo o que os profetas escreveram acerca do Filho do Homem. Será entregue aos pagãos que vão troçar dele, insultá-lo e cuspir-lhe, bater-lhe e dar-lhe a morte. Mas ao terceiro dia ele há-de ressuscitar.» Os discípulos não perceberam nada daquilo. Era para eles uma linguagem velada; coisas que eles não compreendiam.»
(Evangelho de Lucas 18:31-34)
quinta-feira, 5 de abril de 2012
SANTA CEIA DO SENHOR
Eis o momento em que foi instituída a Sagrada Eucaristia renovada a cada momento em que se celebra a Santa Missa. Jesus ficou desta maneira e para sempre connosco, ultapassou a morte, saíu vitorioso na ressurreição e ascendeu ao céu onde está sentado à direita de Deus Pai. Todavia continua bem vivo entre nós no SANTÍSSIMO SACRAMENTO!
segunda-feira, 2 de abril de 2012
China: autoridades limitam fortemente liberdade de expressão
O Governo da China acaba de dar um novo golpe à liberdade de expressão na internet ao fechar, no passado fim-de-semana, 16 sites, alguns dos principais fóruns de debate de ideias, censurando duas das mais populares redes sociais do país e detendo seis pessoas em Pequim.
Tudo isto acontece precisamente dias depois de circularem diversos rumores sobre um golpe de Estado na China, evidenciando-se assim o nervosismo com que Pequim encara o aumento exponencial de utilizadores de redes na internet.
Desde Fevereiro que centenas de “suspeitos” foram interpelados pelas autoridades e mais de 200 mil mensagens terão sido apagadas da “rede”. Este acto de censura “on line” ocorre curiosamente na mesma altura em que as autoridades permitiram que Gao Zhisheng, o cristão defensor dos direitos humanos na China, recebesse finalmente visitas, ao fim de dois anos de isolamento, depois também de intensos rumores que o davam como falecido.
O encontro, que durou cerca de meia-hora, ocorreu no passado dia 24, na prisão de Shaya, uma localidade remota na província de Xinjiang, mas só agora foi revelado. Zhisheng só foi autorizado a contactar com os seus familiares, irmão e sogro, através de um telefone, pois esteve todo o tempo separado deles por uma janela de vidro.
Preso pela primeira vez em 2006, depois de ter abandonado o Partido Comunista e começado a defender abertamente elementos de minorias religiosas na China, nomeadamente os cristãos e membros do grupo Falungong, Gao sofreu terrivelmente na prisão, tendo sido brutalmente torturado.
Departamento de Informação da Fundação AIS
Isaías, 50
1. Eis o que diz o Senhor: Onde está a carta de divórcio pela qual eu teria repudiado vossa mãe? Ou então, a qual de meus credores eu vos vendi? Está bem claro que por vossos crimes fostes vendidos, e por causa de vossos pecados vossa mãe foi repudiada.
2. Então, por que não encontrei pessoa alguma quando vim? Por que ninguém respondeu ao meu apelo? Tenho eu realmente a mão demasiado curta para libertar, ou não tenho bastante força para salvar? Contudo, com uma simples ameaça, seco o mar e transformo as ondas em terra firme, de forma tal a faltar água para seus peixes, e seus animais perecerem de sede.
3. Visto os céus com vestimentas de luto, e os cubro como de um cilício.
4. O Senhor Deus deu-me a língua de um discípulo para que eu saiba reconfortar pela palavra o que está abatido. Cada manhã ele desperta meus ouvidos para que escute como discípulo;
5. (o Senhor Deus abriu-me o ouvido) e eu não relutei, não me esquivei.
6. Aos que me feriam, apresentei as espáduas, e as faces àqueles que me arrancavam a barba; não desviei o rosto dos ultrajes e dos escarros.
7. Mas o Senhor Deus vem em meu auxílio: eis por que não me senti desonrado; enrijeci meu rosto como uma pedra, convicto de não ser desapontado.
8. Aquele que me fará justiça aí está. Quem ousará atacar-me? Vamos medir-nos! Quem será meu adversário? Que se apresente!
9. O Senhor Deus vem em meu auxílio: quem ousaria condenar-me? Cairão em frangalhos como um manto velho; a traça os roerá.
10. Que aqueles dentre vós que temem o Senhor ouçam a voz de seu Servo! Que aqueles que caminham no escuro, privados de luz, confiem no nome do Senhor e contem com o seu Deus!
11. Mas vós, que ateais um incêndio, que preparais projéteis inflamáveis, ide ao fogo do vosso incêndio, e dos projéteis que fizestes arder! É minha mão que vos imporá esse tratamento: sereis prostrados nos tormentos.
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