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sábado, 17 de dezembro de 2011

A história do Natal


Só muito tardiamente, lá pelo séc. IV, é que a Festa do Natal foi oficializada na Igreja. E o mesmo se diga da representação do nascimento de Jesus, ou Presépio, o mais antigo dos quais se encontra num sarcófago datado de 343 que se conserva no museu sacro de São João de Latrão. Porquê tão tarde? Porque a missão da Igreja primitiva, confiada aos Apóstolos pelo próprio Jesus, foi de anunciar a todos a Boa-Nova do Evangelho.
Ora, no centro deste anúncio da Igreja estava o chamado mistério pascal da paixão, morte e ressurreição de Jesus, conforme vemos no discurso de Pedro na manhã de Pentecostes (ver Act 2,22-24.32.36). O grande fundamento da fé da Igreja era a ressurreição de Cristo, como dizia Paulo em 1 Cor 15,17: «se Cristo não ressuscitou, a vossa fé é vã e permaneceis ainda nos vossos pecados»
Os Evangelhos também começaram a ser escritos por aqui, e só mais tarde se recuou até à vida pública de Jesus (com base na qual o Papa propôs agora os 5 novos mistérios luminosos) e até à sua infância. Mas a infância já foi escrita à luz da ressurreição, para mostrar que, aquele que na cruz se revelou como Filho de Deus, já o era desde o princípio.
O natal daquele Menino não teria interesse, se a sua morte não tivesse sido o que foi e se um grupo insuspeito de pessoas sadias, pela força do Espírito, não se tivesse constituído em testemunha da sua ressurreição. No entanto, muitos pormenores que se contam por aí da infância de Jesus não vêm dos Evangelhos canónicos – vêm dos evangelhos apócrifos, falsamente atribuídos a alguns apóstolos, e que a Igreja nunca aceitou como inspirados por Deus.

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