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sábado, 28 de agosto de 2010

Santa Rita de Cássia


Santa dos Impossíveis e Advogada das Causas Perdidas
Exemplo de virtude em todos os estados de vida pelos quais passou. Sua intercessão é tão poderosa, que se tornou advogada de pessoas com problemas insolúveis. Dedicação e amor a Deus talvez sejam as qualidades que mais definam o caráter de Santa Rita de Cássia; essa mulher humaníssima agüentou como poucos a “tragédia da dor e da miséria, moral e social”.

Santa Rita nasceu na Úmbria, bispado de Espoleto, em Roccaporena um pequeno povoado de Cásscia (Província de Perúgia) na Itália no dia 22 de maio de 1381.

Seus pais, Antonio Mancini e Amata Serri, ambos católicos praticantes, já eram de idade. Provavelmente casaram em 1339 e tiveram sua única filha, Rita, depois de mais de 40 anos de casados. Seu nascimento foi um grande milagre. Foi batizada, e recebeu a primeira Eucaristia na Igreja de Santa Maria dos Pobres, em Cássia.

Certa vez, seus pais a levaram para o campo e, enquanto trabalhavam na roça em seus afazeres, deixaram a recém-nascida debaixo de uma árvore, na sombra, num berço dormindo. Um enxame de abelhas brancas como a neve voou até a menina e girava em torno de seus lábios, como se fossem flores das mais perfumadas.

Um homem que passava por ali, e que tinha pouco antes ferido a mão, ao ver Santa Rita e as abelhas, gritou assustado aos seus pais. As abelhas foram embora e o homem teve a mão curada naquele mesmo instante.

O casamento forçado e infeliz

Foi num lar católico que Santa Rita cresceu. Antonio e Amata a educaram na fé em casa, e a ensinaram a rezar. Desde a infância, ela demonstrou uma grande afeição a Nossa Senhora e a Jesus Crucificado.

Na adolescência, aos 12 anos, tinha um desejo intenso de consagrar-se a Deus na vida religiosa. Em Cássia havia um mosteiro das monjas agostinianas. Seus pais, porém, já idosos, queriam que ela se cassasse.

Seu temor a Deus e a obediência que mostrava ter aos seus pais a obrigaram renunciar ao seu desejo de se entregar a religião e se fechar em um convento, para aceitar abraçar o matrimônio com um jovem rapaz da região, tido como violento daqueles que “não levava desaforo pra casa”, chamado Paulo Ferdinando.

Santa Rita foi obediente, casou-se. Ele se embriagava com freqüência, brigava com os amigos e, chegando em casa, espancava Santa Rita. Houve uma ocasião em que Santa Rita esteve à beira da morte de tanto apanhar do marido.

Foram muitas as vezes em que Santa Rita não foi à igreja porque Paulo Ferdinando a impediu de ir. Ela, contudo, rezava por ele diante do crucifixo, pedindo pela conversão.

Durante o seu matrimônio, Santa Rita de Cássia era uma mulher doce, preocupada com o bem-estar de seu marido. Mesmo consciente de seu caráter violento, sofria, mas rezava em silêncio, oferecia tudo a Deus.

A bondade de Santa Rita de Cássia era tão aparente que seu marido foi contagiado por ela. Passado um tempo, e perseverando Santa Rita na oração pelo seu marido, Paulo Ferdinando caiu aos seus pés, pediu perdão a ela e a Deus, e mudou sua vida e seus costumes. Santa Rita, feliz, agradeceu a graça recebida.

Santa Rita e Paulo Ferdinando tiveram dois filhos: Tiago Antonio e Paulo Maria. Ambos foram educados na fé por seus pais e, com Santa Rita, constantemente saíam de casa para visitar os enfermos e os pobres.

Sofrimentos desde jovem

Em 1402 morreram Antonio e Amata, pais de Santa Rita. Seu pai morreu aos 19 de março e sua mãe aos 25 do mesmo mês, com 90 anos.

Logo depois, alguns antigos inimigos de Paulo Ferdinando, por vingança o assassinaram. Os filhos, já crescidos, e influenciados por amigos, planejaram vingar a morte do pai.

Santa Rita, ao saber do desejo dos filhos Rezou, pedindo a Deus que tirasse este desejo do coração de seus filhos, ou, se fosse vontade divina, que os levasse para a glória do Céu para obterem a salvação, mas que não fossem assassinos. Deus ouviu suas preces, ambos adoeceram, e Santa Rita cuidou deles com amor. Depois de pouco tempo, Tiago Antonio e Paulo Maria morreram.

A mãe carregou no coração a grande dor da perda dos pais, do marido e dos filhos sem perder a fé. Perdoou publicamente os assassinos de Paulo Fernando.

A solidão no Mundo

Sozinha no mundo, Santa Rita transformou-se numa mulher de oração. Além do trabalho doméstico, ela continuava a visitar os enfermos e os pobres.

Participava da missa no mosteiro das agostinianas. Um dia, procurou a superiora e pediu-lhe para ingressar na ordem, mas não foi aceita. Provavelmente, por ser viúva e não ser mais virgem. As freiras tinham medo também dos inimigos de Paulo Fernando, já que eles continuavam a ameaçar Santa Rita. Por três vezes Santa Rita pediu para ser admitida no mosteiro, e por três vezes ouviu o “não” da superiora. Santa Rita vivia em casa, sozinha.

Mosteiro das irmãs Agostinianas




Mosteiro onde Santa Rita viveu Vivendo em casa, Santa Rita vivia como se estivesse no mosteiro.

Num dia, a noite em profunda oração, ouviu um chamado: “Rita! Rita!”. Abriu a porta e eram três homens que foram à sua casa. Ao acolhê-los, ela os reconheceu. Eram os seus três santos protetores: São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino.

Levantou-se e seguiu seus santos protetores. Era noite, e a porta do convento estava fortemente trancada. Eles então a levaram no interior do mosteiro das agostinianas, em Cássia. Ao amanhecer, as religiosas agostinianas ficaram estupefatas ao verem Santa Rita, na capela do convento, rezando, sendo que a porta estava fechada.

As religiosas, a começar pela superiora, ficaram pasmas com a presença de Santa Rita, mesmo estando fechadas as portas do mosteiro. Vendo que era Deus que destinava à vida religiosa, a receberam na Ordem. Ao ser aceita no mosteiro, Santa Rita atribuiu a graça aos seus santos protetores.

No mosteiro, Santa Rita mostrou-se serviçal e contemplativa. Ao mesmo tempo em que estava disponível às irmãs, servindo-as, também estava em constante oração, passando muitas horas diante de Jesus crucificado. Mesmo no mosteiro, continuou a sair para visitar os enfermos e os pobres. Enfrentou dificuldades e tentações; a tudo superou na força da fé.

A história de Santa Rita continua no próximo domingo…

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