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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Nossa Senhora e as indagações dos hereges


Os hereges se escandalizam com o culto que prestamos à Santíssima Virgem.

-Como, dizem eles, ousais chamar Maria “vossa vida”? Só Jesus é a vida de nossas almas. Ele o declarou solenemente na Última Ceia: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai a não ser por Mim”. O Salvador, que entretanto amava sua Mãe, jamais lhe atribuiu louvores tão exagerados.

Eis a grande objeção que nos fazem os protestantes.

Certamente somos os primeiros a proclamar que Nosso Senhor significa para nós.

Ele assumiu um corpo semelhante ao nosso para conquistar nossos corações e tronar-Se nosso amigo. Levou durante trinta anos uma vida de esforço laborioso e de obscuridade para nos encorajar com seus divinos exemplos.

Revelou-nos as verdades eternas para iluminar nossas débeis inteligências. Enfrentou as terríveis torturas da Paixão, sofreu e morreu para expiar nossos pecados. Finalmente, escondeu-Se sob os véus eucarísticos para Se fazer o alimento de nossas almas e o fiel companheiro de nosso exílio aqui na Terra.

Jesus é sem dúvida a vida de nossos pobres corações. Se eliminarmos de nossa Religião o Evangelho que nos instrui, o sacramento da Penitência que nos ressuscita e a Eucaristia que nos alimenta, o que nos restará? Agonizaremos desesperados nas sombras da morte.

Mas essa vida transbordante, essa vida divina que nos dá o Salvador, não a recebemos senão por Maria.

O Messias teria podido vir à Terra, como Adão, na plenitude de sua força e beleza. Nada teria sido mais fácil à sua Onipotência. Entretanto Ele não quis agir assim: nasceu de uma Virgem.

Maria formou seu divino corpo em seu seio imaculado. Ela O alimentou, velou sobre Ele durante seus primeiros anos, guardou-O junto de Si durante muito tempo. Quando soou a hora da Imolação suprema, Ela estava de pé junto à Cruz, e com a alma toda dilacerada oferecia ao Pai seu Filho bem-amado para a salvação dos homens. Foi Maria quem deu Jesus ao mundo.

O papel sublime da Virgem Mãe não se detém aí. Nosso Senhor não Se contenta de ter vindo ao mundo na Gruta de Belém. Ele também deseja nascer em cada uma de nossas almas: quando recebemos a graça santificante, é a vida de Jesus que nasce em nós.

Mas Nosso Senhor não nasce em nossos corações para morrer em seguida; ele quer crescer e desenvolver-Se. Quando progredimos na virtude, a vida de Jesus aumenta em nós.

Ora, esse misterioso nascimento e crescimento de Nosso Senhor em nós é obra de Maria. Não é permitido a um católico ter a menor dúvida sobre este ponto. Nossa Senhora é a dispensadora das graças que o salvador nos mereceu por seu Precioso Sangue: todos os favores do Céu nos vêm por suas mãos. Tal é o ensinamento unânime da Tradição católica.

Vossa alma está cambaleante? Tendes grande dificuldade em conservar no coração, em meio às tentações violentas deste mundo, o tesouro da amizade divina? Apesar de vossos bons propósitos, constatais quedas e reincidências freqüentes? Se assim é, não tenhais dúvida, estais muito distante das graças; negligenciais de invocar Maria em vosso auxílio. Se a tivésseis invocado mais fielmente, não teríeis caído.

Vossa alma está desencorajada sob o golpe da provação? O que fizestes, pois, na hora do sofrimento? Vós vos abandonastes a essa tristeza morna que paralisa nossas forças. Omitistes, em vosso abatimento, vossos deveres de estado, talvez até mesmo vossas práticas de piedade.

Cumpria ter-vos atirado instintivamente nos braços de vossa Mãe celeste; deveríeis ter rezado a Ela a todo custo. Se não tivestes sequer a força de murmurar uma simples Ave-Maria, deveríeis ao menos ter clamado por Ela invocando seu Nome bendito. Imediatamente Ela Se teria inclinado sobre vós, vos teria consolado e reconfortado.

Maria é a vida de nossas almas porque Ela nos dá Jesus, o Autor de toda vida.

Extraído do livro: A Virgem Maria – Padre Thomas de Sanint-Laurent/ADF

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