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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O exemplo arrasta, palavras voam.


Muito mais eficaz é o exemplo do que a palavra, em se tratando da educação dos filhos e da juventude em geral. Saibam-no os pais e educadores. Sói-se dizer, que as crianças aprendem mais pelos olhos que pelos ouvidos. A obra educadora dos pais e dos mestres pecaria pela base se seus atos contrariassem às suas palavras. As crianças – que são muito mais perspicazes do que geralmente se pensa – negar-lhes-ia sua confiança e submissão.

Sempre e em toda a parte, valem mais os exemplos que as palavras. Sobre essa assunto deparam-se-nos antecedentes preciosos. Ampère que salva a Ozanam, o célebre sermão de São Francisco, quando percorre as ruas de Assis… Há outrossim textos clássicos: “Jesus começou a operar e a ensinar” – “Eu vos dei o exemplo para que façais como eu tenho feito”.

Eis a recomendação de São Paulo a Timóteo: “Sêde de exemplo aos fiéis”, e a Tito: “mostrai-vos em tudo exemplo de boas obras”.

E poderíamos multiplicar as citações. São João Crisóstomo afirma, que mais fizeram pela difusão da fé os bons exemplos dos primeiros cristãos que os mesmos apologistas. E Santo Agostinho não duvida em dizer que mais persuade o exemplo que o milagre.

Para que sejam eficazes seus ensinamentos, necessitam pais e educadores viver irrepreensivelmente a vida cristã. Que seja tal que os filhos e discípulos imitando-a, sigam a Jesus Cristo. Não é, porém, suficiente viverem cristãmente apenas diante das crianças, comportando-se alhures de modo diverso. Isto seria posição precária, hipócrita, que facilmente os trairia.

Quando ordenamos algo que não fazemos; quando aconselhamos o que não praticamos, a própria consciência se encarrega de repreender-nos, bradando a contradição que há entre nossas palavras e nossos corações. Nossas palavras são, então, débeis e sem convicção; sem força de conquista. Em nossas consciências envergonhadas ressoam as enérgicas palavras de Jesus: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que impondes aos outros pesadas cargas, enquanto vós a não tocais nem sequer com a ponta dos dedos”.

Refleti, pais de família e educadores, que a única atitude realmente digna e conseqüente é a de imitar a Nosso Senhor para que possais repetir o que dizia o Apostolo São Paulo a seus discípulos: “Sêde meus imitadores, como eu sou de Cristo”.

Assim tereis em vossas mãos força irresistível a serviço do êxito sobrenatural no que diz respeito a tudo o que ensinais a vossos filhos e discípulos.

(Revista: O Calvário – de Fevereiro de 1961 – Ano XL – número 2 – dos Padres Passionistas)

Fonte: Almas Castelos/AASCJ

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