A igreja católica anunciou a libertação do opositor Óscar Elías Biscet, considerado preso de consciência pela Amnistia Internacional e um dos detidos políticos mais emblemáticos para os dissidentes cubanos.
Biscet é um dos 52 presos políticos libertados ao abrigo de um acordo celebrado entre o Presidente Raul Castro e a Igreja Católica Cubana. Após a sua libertação, Biscet afirmou que, ao contrário de outros dissidentes, não irá sair de Cuba.
Óscar Biscet cumpria uma pena de prisão 25 anos por actos contra a independência e integridade do Estado e pertence ao grupo dos 75 detidos na Primavera de 2003. Nas primeiras declarações após a saída da cadeia, o opositor cubano afirmou estar bem e “muito feliz" por se encontrar com a suafamília. "Não vou deixar de dizer que continuarei na oposição porque mesmo na cadeia não perdi a minha atitude de questionar este governo e os abusos que comete”, afirmou.
Biscet tem 49 anos é médico de profissão mas foi proibido de exercer. Criou e é presidente da Fundação Lawton para os Direitos Humanos em Cuba. A sua libertação foi anunciada, em primeiro lugar, pelo Episcopado de Havana. Foi o cardeal Jaime Ortega, mediador perante o governo neste processo de libertações de presos políticos, quem informou por telefone Biscet da sua libertação.
Depois da libertação deste opositor, nas cadeias de Cuba continuam três membros do grupo dos 75 que se recusam a sair de Cuba: José Daniel Ferrer, Librado Linares y Félix Navarro. Outros detidos, que não pertencem a este grupo, terão também sido libertados e encaminhados para Espanha, segundo revelaram fontes da Igreja de Cuba.
Departamento de Informação da Fundação AIS
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