sexta-feira, 25 de março de 2011
A mão do demônio
Há muitos anos atrás um amigo me disse que no bairro da Mooca (Capital de São Paulo) havia um padre que era famoso por ser exorcista: Padre Miguel Pedroso. Então resolvi conhece-lo. O bairro da Mooca é muito conhecido pelas famosas cantinas italianas e diversidades de pizzarias, e eu adoro massas também.
Encontrei a pequena Capela, hoje Paróquia, e lá assisti a santa missa. Confesso que a figura do Padre que lá estava muito me impressionou: sua aparência calma, seu semblante tranqüilo, suas palavras apostólicas de uma mansidão que jamais havíamos presenciado. Todo o seu sermão fora sobre as mensagens de Fátima e um convite à conversão.
Após a Santa Missa as pessoas faziam filas para serem abençoadas pelo Padre Miguel Pedroso, que abençoava um por um, pacientemente. Eu também entrei na fila.
Após vi duas senhoras arrumando a igreja. Me aproximei de uma delas e fiquei sabendo que as duas eram irmãs da família Aliano. Como eu mostrei interesse, a que abordei me contou que a imagem do altar mor de São Miguel Arcanjo – que era lindíssima - fora trazida da Itália. A Capela fora construída há muitos anos pela Família Aliano, e, somente passou de Capela a Paróquia quando da doação pela própria família à Cúria metropolitana de São Paulo. A sua fundação se deu em 21 de abril de 1960. Desde o início o pároco era o padre Miguel Pedroso, que através dos anos todos ficou conhecido pelos exorcismos que efetuava na paróquia. Pertencendo à ordem Diocesana atendia a doentes e necessitados.
(Posteriormente, o Padre Miguel fora transferido para a cidade de Cotia e lá contribuiu com a fundação do famoso Carmelo lá existente. Depois disso, já na sua velhice, veio a falecer deixando muitas saudades em todos os que o conheceram)
Ela me convidou para assistir a “palavrinha” que o Padre Miguel estava dando à alguns jovens numa casa ao lado da Igreja. E então, mais do que depressa fui para lá.
Ainda peguei o final da conversa. Relato resumidamente o que eu mesmo ouvi o Padre Miguel contar:
Estava em minha paróquia, quando umas pessoas vieram me procurar para exorcizar uma mulher grávida que estava no hospital e que estava assustando até os médicos. Imediatamente me arrumei e fui com a família para o local.
No caminho eles me contaram que ela havia freqüentado um centro espírita e que depois disso, jamais teve sossego: brigas em família, desajustes com filhos, marido perdera o emprego...
Ao chegar no hospital, sem mais demora me dirigi ao quarto onde a grávida estava, já quase para dar à luz. Ao me ver, a mulher começou a se contorcer e a dar urros misturados com choro e gritos.
Coloquei minha estola, e com a cruz nas minhas mãos iniciei as orações exorcísticas. Ao colocar minha mão sobre a cabeça dela ela gritou com voz bem gutural:
- Tira sua mão, pois ela é minha...
- Deixe esta criatura de Deus em paz – respondi.
E se contorcia toda na cama, com a face toda esbranquiçada e olhos de ódio dizia:
- Eu, legião, quero ela... se não puder leva-la vou levar o que tem no seu ventre.
Minha única resposta, só podia ser:
- Você não pode levar a criança, ela é uma criatura de Deus e a Deus pertence - e continuei com minhas orações, ordenando que esse espírito maligno deixasse a mulher.
Foi então que cuspindo na minha face o demônio deu uma gargalhada estrondosa e urrou:
- Eu não saio dela enquanto minha mão estiver nela...
Estranha essa afirmação. Então ordenei:
- Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, deixe essa criatura, você é um espírito e não tem mão...
O demônio dava gargalhadas e se contorcia de todos os lados.
Ocorre que nessas viradas de cá e de lá a blusa da mulher grávida estava um pouco aberta e eu vi uma corrente no seu pescoço. E nessa corrente havia pendurado uma figa.
Pedi que imediatamente retirassem a figa daquela mulher.
Tão logo retiraram a figa, o demônio a deixou. Eis a mão do demônio.
Todos ficaram aliviados e a mulher pode fazer seu parto normalmente.
Ao confessarmos, precisamos fazer sempre o exame de consciência. E para fazermos bem feito, convém que consultemos sempre um bom livro de catecismo. Amar a Deus sobre todas as coisas significa também que devemos repudiar toda a espécie de superstição.
fonte: Blog Almas Castelos (cortesia)
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