sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Êxodo, 1
1. Eis os nomes dos filhos de Israel que vieram para o Egito com Jacó, cada um com sua família:
2. Rubem, Simeão, Levi, Judá,
3. Issacar, Zabulon, Benjamim,
4. Dã, Neftali, Gad e Aser.
5. Todas as pessoas saídas de Jacó eram em número de setenta. José estava já no Egito.
6. E, morto José, assim como todos os seus irmãos e toda aquela geração,
7. os israelitas foram fecundos e multiplicaram-se; tornaram-se tão numerosos e tão fortes, que a terra ficou cheia deles.
8. Entretanto, subiu ao trono do Egito um novo rei, que não tinha conhecido José.
9. Ele disse ao seu povo: Vede: os israelitas tornaram-se numerosos e fortes demais para nós.
10. Vamos! É preciso tomar precaução contra eles e impedir que se multipliquem, para não acontecer que, sobrevindo uma guerra, se unam com os nossos inimigos e combatam contra nós, e se retirem do país.
11. Estabeleceu, pois, sobre eles, feitores para acabrunhá-los com trabalhos penosos: eles construíram para o faraó as cidades de Pitom e Ramsés, que deviam servir de entreposto.
12. Quanto mais os acabrunhavam, porém, tanto mais eles se multiplicavam e se espalhavam, a ponto de os egípcios os aborrecerem.
13. Impunham-lhes a mais dura servidão,
14. e amarguravam-lhes a vida com duros trabalhos na argamassa e na fabricação de tijolos, bem como com toda sorte de trabalhos nos campos e todas as tarefas que se lhes impunham tiranicamente.
15. O rei do Egito dirigiu-se, igualmente, às parteiras dos hebreus uma se chamava Séfora e a outra, Fua),
16. e disse-lhes: Quando assistirdes às mulheres dos hebreus, e as virdes sobre o leito, se for um filho, matá-lo-eis; mas se for uma filha, deixá-la-eis viver.
17. Mas as parteiras temiam a Deus, e não executaram as ordens do rei do Egito, deixando viver os meninos.
18. O rei mandou-as chamar então e disse-lhes: Por que agistes assim, e deixastes viver os meninos?
19. Porque, responderam elas ao faraó, as mulheres dos hebreus não são como as dos egípcios: elas são vigorosas, e já dão à luz antes que chegue a parteira.
20. Deus beneficiou as parteiras: o povo continuou a multiplicar-se e a espalhar-se.
21. Porque elas haviam temido a Deus, ele fez prosperar suas famílias.
22. Então o faraó deu esta ordem a todo o seu povo: Todo menino que nascer, atirá-lo-eis ao Nilo. Deixareis, porém, viver todas as meninas.
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quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Itália: a cada cinco minutos, há um cristão assassinado no mundo
“Em cada cinco minutos, um cristão é assassinado por causa da sua fé. Em cada ano que passa, 105 mil cristãos são condenados ao martírio: isto é um verdadeiro holocausto, do qual se fala muito pouco.” Estes são alguns dos dados revelados na conferência “Os bons serão martirizados. As perseguições aos cristãos no século XXI”, que decorreu em Roma no fim-de-semana.
O bispo de San Marino-Montefeltro, D. Luigi Negri, um dos participantes no evento, afirmou, segundo a agência Zenit, que o martírio dos cristãos é uma parte importante no mistério da iniquidade, já que não nasce da maldade, mas de um ódio intelectual, ideológico, da impossibilidade de acolher a mensagem de Cristo e da “ideologia sobre a auto-suficiência do homem”, “porque todas as ideologias convergem, muito além das suas diferenças, no fato de que o homem se converteu no deus de si mesmo”.
Por seu turno, o director do Centro de Estudos das Novas religiões, Massimo Introvigne, recordou que “a intolerância, a discriminação e a perseguição dos cristãos de hoje é uma emergência humanitária que nos afecta a todos; é um problema para a sociedade civil.”
“No livro 'World Christian Trends AD 30-AD 2200', o investigador David Barrett determina o número dos martírios cristãos no mundo em 70 milhões, 45 milhões dos quais aconteceram no século XX – explicou Introvigne. O número é de 160 mil na primeira década deste século e calcula-se que serão cerca de 105 mil na segunda década. Isso significa um mártir a cada cinco minutos. São assassinados não por motivos bélicos, mas religiosos.”
Por sua vez, o Pe. Bernardo Cervellera, observador atento das questões religiosas nos países orientais, aprofundou a situação na China, da qual, actualmente, temos uma imagem “turística, com grandes arranha-céus, uma renda média elevada”, mas onde não se respeitam os direitos humanos e se leva adiante uma perseguição religiosa “como não se via desde os anos 50”.
O director de AsiaNews citou os muitos casos de bispos que foram detidos pela polícia porque se negaram a aderir à igreja patriótica. “Recentemente, antes das olimpíadas de 2007, 37 bispos clandestinos foram submetidos à prisão domiciliária”.
O Pe. Cervellera considerou importante, nesta situação, “o trabalho realizado por João Paulo II e por Bento XVI, graças ao qual muitos bispos do partido pediram perdão e voltaram à Igreja”.
“E o facto de que a Igreja esteja mais unida que nos anos 80 explica também o incremento da perseguição”, um aspecto que testemunha, no fundo, “um grande fracasso do partido comunista chinês, depois de 60 anos de perseguição”. Contudo, “muito além das perseguições – concluiu Cervellera –, há esperança. Neste país, actualmente, milhões de pessoas buscam a fé e cada ano 150 mil chineses pedem para ser baptizados”.
O eurodeputado e jornalista Magdi Cristiano Allam recordou que, nos países islâmicos, “em cada 10 perseguidos, 7 são cristãos e, de 1945 até hoje, 10 milhões de cristãos foram obrigados a deixar suas terras, junto a um milhão de judeus”.
Departamento de Informação da Fundação AIS
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Gênesis, 15
1. Depois desses acontecimentos, a palavra do Senhor foi dirigida a Abrão, numa visão, nestes termos: “Nada temas, Abrão! Eu sou o teu protetor; tua recompensa será muito grande.”
2. Abrão respondeu: “Senhor Javé, que me dareis vós? Eu irei sem filhos, e o herdeiro de minha casa é Eliezer de Damasco.”
3. E ajuntou: “Vós não me destes posteridade, e é um escravo nascido em minha casa que será o meu herdeiro.”
4. Então a palavra do Senhor foi-lhe dirigida nestes termos: “Não é ele que será o teu herdeiro, mas aquele que vai sair de tuas entranhas.”
5. E, conduzindo-o fora, disse-lhe: “Levanta os olhos para os céus e conta as estrelas, se és capaz... Pois bem, ajuntou ele, assim será a tua descendência.”
6. Abrão confiou no Senhor, e o Senhor lho imputou para justiça.
7. E disse-lhe: “Eu sou o Senhor que te fiz sair de Ur da Caldéia para dar-te esta terra.”
8. “O Senhor Javé, como poderei saber se a hei de possuir?”
9. “Toma uma novilha de três anos, respondeu-lhe o Senhor, uma cabra de três anos, um cordeiro de três anos, uma rola e um pombinho.”
10. Abrão tomou todos esses animais, e dividiu-os pelo meio, colocando suas metades uma defronte da outra; mas não cortou as aves.
11. Vieram as aves de rapina e atiraram-se sobre os cadáveres, mas Abrão as expulsou.
12. E eis que, ao pôr-do-sol, veio um profundo sono a Abrão, ao mesmo tempo que o assaltou um grande pavor, uma espessa escuridão.
13. O Senhor disse-lhe: “Sabe que teus descendentes habitarão como peregrinos uma terra que não é sua, e que nessa terra eles serão escravizados e oprimidos durante quatrocentos anos.
14. Mas eu julgarei também o povo ao qual estiverem sujeitos, e sairão em seguida dessa terra com grandes riquezas.
15. Quanto a ti, irás em paz juntar-se aos teus pais, e serás sepultado numa ditosa velhice.
16. Somente à quarta geração os teus descendentes voltarão para aqui, porque a iniqüidade dos amorreus não chegou ainda ao seu cúmulo.”
17. Quando o sol se pôs, formou-se uma densa escuridão, e eis que um braseiro fumegante e uma tocha ardente passaram pelo meio das carnes divididas.
18. Naquele dia, o Senhor fez aliança com Abrão: “Eu dou, disse ele, esta terra aos teus descendentes, desde a torrente do Egito até o grande rio Eufrates:
19. a terra dos cineus, dos ceneseus, dos cadmoneus,
20. dos heteus, dos ferezeus,
21. dos amorreus, dos cananeus, dos gergeseus e dos jebuseus.”
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segunda-feira, 26 de setembro de 2011
A Família é mais do que um conjunto de pessoas
A família é muito mais do que um simples grupo de pessoas, unidas de qualquer jeito, e vivendo juntas na mesma casa. É muito mais do que isso: a família é a “célula mãe” da humanidade. Quando Deus quis que a humanidade existisse, projectou-a baseada na família; por isso ela é sagrada. Não foi um Papa, um Bispo ou um Cardeal que a instituiu, mas o próprio Deus, para que ela fosse o berço e o escudo de protecção da vida humana na terra.
Marcada pelo sinete divino, a família, em todos os povos, atravessou os tempos e chegou até nós no século XXI. Só uma instituição de Deus tem esta força. Ninguém jamais destruirá a força da família por ser ela uma instituição divina. Para vislumbrar bem a sua importância basta lembrar que o Filho de Deus, quando desceu do céu para salvar o homem, ao assumir a natureza humana, quis nascer numa família.
O Papa João Paulo II, na “Carta às Famílias”, chamou a família de “Santuário da vida” (CF, 11). Santuário quer dizer “lugar sagrado”. É ali que a vida humana surge como de uma nascente sagrada e é cultivada e formada. É missão sagrada da família guardar, revelar e comunicar ao mundo o amor e a vida.
Na visão bíblica, homem e mulher são chamados a - juntos - continuar a acção criadora de Deus e a construção mútua de ambos, gerando os seus filhos amados.
Este é o desígnio de Deus para o homem e para a mulher: juntos, em família: “crescer”, “multiplicar”, “encher a terra”, “submetê-la”. Vemos aí também a dignidade, baseada no amor mútuo, a qual leva o homem e a mulher a deixar a própria casa paterna, para se dedicarem um ao outro totalmente. Este amor é tão profundo, que dos dois faz um só, “uma só carne”, para que possam juntos realizar um grande projecto comum: a família.
Daí podemos ver que sem o matrimónio forte e santo, não é possível termos uma família forte, segundo o desejo do coração de Deus. Isto faz-nos entender também que a celebração do sacramento do matrimónio é a garantia da presença de Jesus na família que ali começa, como nas Bodas de Caná.
Como é doloroso perceber hoje que muitos jovens, nascidos em famílias católicas, já não valorizam este sacramento e acham, por ignorância religiosa, que já não é importante subir ao altar para começar uma família!
Ao falar da família no plano de Deus, o Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que ela é “vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A sua actividade procriadora e educadora é o reflexo da obra criadora do Pai” (CIC §2205).
Estas palavras indicam que a família é, na terra, a marca (”vestígio e imagem”) do próprio Deus, que, através dela continua a sua obra criadora. É muito mais que um mero grupo de pessoas.
O futuro da sociedade e da Igreja passam inexoravelmente por ela. É ali que os filhos e os pais devem ser felizes. Quem não experimentou o amor no seio do lar, terá dificuldade para conhecê-lo fora dele. Os psicólogos mostram quantos problemas surgem com as pessoas que não experimentaram o amor do pai, da mãe e dos irmãos.
“A família é a comunidade na qual, desde a infância, se podem assimilar os valores morais, em que se pode começar a honrar a Deus e a usar correctamente da liberdade. A vida em família é iniciação para a vida em sociedade” (CIC §2207). Ela é a “íntima comunidade de vida e de amor” (GS, 48).
Esta reflexão leva-nos a concluir que cada homem e cada mulher que deixam o pai e a mãe para se unir em matrimónio e constituir uma nova família, não podem fazer isto levianamente, mas devem fazê-lo somente por um autêntico amor, que não é uma entrega passageira, mas uma doação definitiva, absoluta, total, fiel, madura, responsável, até à morte… Se destruirmos a família, destruiremos a sociedade. Por isso, é fácil perceber, cada vez mais claramente, que os sofrimentos das crianças, dos jovens, dos adultos e dos velhos, têm a sua razão na destruição dos lares.
Cabe aqui uma pergunta: Como será possível, num contexto de grande imoralidade de hoje, insegurança, ausência de pai ou mãe, garantir aos filhos as bases de uma personalidade firme e equilibrada, e uma vida digna, com esperança?
Fruto da permissividade moral e do relativismo religioso do nosso tempo, é enorme a percentagem de famílias destruídas e de pseudo-famílias, gerando toda a sorte de sofrimentos para os filhos. Muitos crescem sem o calor amoroso do pai e da mãe, carregando consigo a carência afectiva que se desdobra em tantos problemas e frustrações.
Podemos resumir toda a grandeza, importância e beleza da família, nas palavras do saudoso Papa João Paulo II, na Encíclica Evangelium Vitae: “No seio do ‘povo da vida e pela vida’, resulta decisiva a responsabilidade da família: é uma responsabilidade que brota da própria natureza dela - uma comunidade de vida e de amor, fundada sobre o matrimónio - e da sua missão que é ‘guardar, revelar e comunicar o amor’” ( FC,17).
Muito mais do que um simples grupo de pessoas, unidas de qualquer forma e vivendo juntas, a família é o berço da humanidade segundo o desejo de Deus; é o fruto da união de um homem e de uma mulher, unidos pelo matrimónio e pelo amor para sempre, vivendo a fidelidade, indissolubilidade e gerando os filhos de Deus
Fonte:JAM
Provérbios, 1
1. Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel,
2. para conhecer a sabedoria e a instrução, para compreender as palavras sensatas,
3. para adquirir as lições do bom senso, da justiça, da eqüidade e da retidão;
4. para dar aos simples o discernimento, ao adolescente a ciência e a reflexão.
5. Que o sábio escute, e aumentará seu saber, e o homem inteligente adquirirá prudência
6. para compreender os provérbios, as alegorias, as máximas dos sábios e seus enigmas.
7. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução.
8. Ouve, meu filho, a instrução de teu pai: não desprezes o ensinamento de tua mãe.
9. Isto será, pois, um diadema de graça para tua cabeça e um colar para teu pescoço.
10. Meu filho, se pecadores te quiserem seduzir, não consintas;
11. se te disserem: Vem conosco, faremos emboscadas, para (derramar) sangue, armaremos ciladas ao inocente, sem motivo,
12. como a região dos mortos devoremo-lo vivo, inteiro, como aquele que desce à cova.
13. Nós acharemos toda a sorte de coisas preciosas, nós encheremos nossas casas de despojos.
14. Tu desfrutarás tua parte conosco, uma só será a bolsa comum de todos nós!
15. Oh, não andes com eles, afasta teus passos de suas sendas,
16. porque seus passos se dirigem para o mal, e se apressam a derramar sangue.
17. Debalde se lança a rede diante daquele que tem asas.
18. Eles mesmos armam emboscadas contra seu próprio sangue e se enganam a si mesmos.
19. Tal é a sorte de todo homem ávido de riqueza: arrebata a vida àquele que a detém.
20. A Sabedoria clama nas ruas, eleva sua voz na praça,
21. clama nas esquinas da encruzilhada, à entrada das portas da cidade ela faz ouvir sua voz: e até quando os que zombam se comprazerão na zombaria?
22. Até quando, insensatos, amareis a tolice, e os tolos odiarão a ciência?
23. Convertei-vos às minhas admoestações, espalharei sobre vós o meu espírito, ensinar-vos-ei minhas palavras.
24. Uma vez que recusastes o meu chamado e ninguém prestou atenção quando estendi a mão,
25. uma vez que negligenciastes todos os meus conselhos e não destes ouvidos às minhas admoestações,
26. também eu me rirei do vosso infortúnio e zombarei, quando vos sobrevier um terror,
27. quando vier sobre vós um pânico, como furacão; quando se abater sobre vós a calamidade, como a tempestade; e quando caírem sobre vós tribulação e angústia.
28. Então me chamarão, mas não responderei; procurar-me-ão, mas não atenderei.
29. Porque detestam a ciência sem lhe antepor o temor do Senhor,
30. porque repelem meus conselhos com desprezo às minhas exortações;
31. comerão do fruto dos seus erros e se saciarão com seus planos,
32. porque a apostasia dos tolos os mata e o desleixo dos insensatos os perde.
33. Aquele que me escuta, porém, habitará com segurança, viverá tranqüilo, sem recear dano algum.
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sábado, 24 de setembro de 2011
A distorção da alegria
A distorção da alegria e as suas consequências
Precisamos de ser alegres; o cristão é alegre. A alegria faz bem à alma. A Bíblia diz que “a alegria do coração é a vida do homem, e um inesgotável tesouro de santidade. A alegria do homem torna mais longa a sua vida” (Eclo 30,22-26).
S. Francisco de Sales dizia que “um cristão triste é um triste cristão”.
A alegria verdadeira brota de um coração puro, que ama a Deus e ao próximo, tem a consciência tranquila, e sabe que está nas mãos de Deus.
Mas o mundo confunde alegria com prazer; e não é a mesma coisa. Prazer é a satisfação do corpo; alegria é a satisfação da alma. Há prazeres justos e até necessários, como o sabor que Deus colocou nos alimentos, o prazer do acto sexual do casal unido pelo matrimónio… Mas há também prazeres injustos, e por isso pecaminosos, quando se busca a satisfação do corpo apenas como um fim: a bebida, o sexo fora ou antes do casamento, as drogas, as aventuras que põem a vida em risco, etc..
Isto acontece quando se abusa da liberdade e se usa mal as coisas boas. Isto tem nome: libertinagem. Por exemplo, pode ser um gesto de alegria beber um copo de vinho com os amigos, mas pode se tornar num gesto de prazer desordenado se houver o abuso da bebida e se chegar a embriaguez. O mal quase sempre é o uso mal, o abuso, das coisas boas. Quantos crimes e acidentes acontecem por causa destas libertinagens!
“O salário do pecado é a morte” (Rm 6,23).
Não pense que pode ser feliz no pecado; é uma ilusão.
A tentação oferece-nos o pecado assim como uma maçã envenenada. É mais ou menos como o terrível anzol que o peixe abocanha porque está escondido dentro da isca. Depois de abocanhar a isca, de sentir o “prazer” rápido que ela lhe dá, o peixe sente o gosto da morte no anzol que o fisga.
O sexo a qualquer custo, a prática da homossexualidade, o uso das drogas, o abuso da bebida, os gestos de violência… O que tudo isto gera depois? Sabor de morte. Depois que rapidamente tudo isto passa vem o vazio, a tristeza.
Preserva-se o corpo e mata-se a alma.
O mal é o abuso daquilo que é bom. Se nós abusamos do bem, se abusamos da comida, da bebida, do sexo fora do casamento, tudo isto se torna um mal e traz as suas consequências negativas; isto não é uma alegria autêntica. O sexo dentro do plano de Deus é lindo, mas se o tiramos dentro do plano divino, ele pode ser causa de tristeza, adultério, doenças…
Nos pecados nós encontramos o caminho da morte; nas virtudes encontramos o caminho da paz.
Hoje, 90% dos presos são jovens; os traficantes morrem geralmente com 30 anos no máximo, porque o salário do pecado é a morte. Não pode haver alegria no pecado.
A nossa vida é consequência das nossas escolhas e dos nossos actos. São Paulo disse claramente aos gálatas: ‘Não erreis, de Deus não se zomba; porque tudo o que o homem semear, isso também colherá. O que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna” (Gl 6,8).
O pecado é perfumado e apresenta-se a ti na hora da tua fragilidade. Cuidado! Santo Agostinho dizia: “A tua tristeza, são os teus pecados; deixa que a santidade seja a tua alegria”.
Não basta dizer: deixa a tristeza do pecado e vem viver a alegria das virtudes. Eu dou-te a receita: Vigia e ora. Os pecados entram pelas janelas da alma, que são os sentidos, então fecha os olhos, a boca, as mãos, se sabes que por eles podes chegar ao pecado.
Fonte JAM
Gênesis, 12
1. O Senhor disse a Abrão: “Deixa tua terra, tua família e a casa de teu pai e vai para a terra que eu te mostrar.
2. Farei de ti uma grande nação; eu te abençoarei e exaltarei o teu nome, e tu serás uma fonte de bênçãos.
3. Abençoarei aqueles que te abençoarem, e amaldiçoarei aqueles que te amaldiçoarem; todas as famílias da terra serão benditas em ti.”
4. Abrão partiu como o Senhor lhe tinha dito, e Lot foi com ele. Abrão tinha setenta e cinco anos, quando partiu de Harã.
5. Tomou Sarai, sua mulher, e Lot, filho de seu irmão, assim como todos os bens que possuíam e os escravos que tinham adquirido em Harã, e partiram para a terra de Canaã. Ali chegando,
6. Abrão atravessou a terra até Siquém, até o carvalho de Moré. Os cananeus estavam então naquela terra.
7. O Senhor apareceu a Abrão e disse-lhe: “Darei esta terra à tua posteridade.” Abrão edificou um altar ao Senhor, que lhe tinha aparecido.
8. Em seguida, partindo dali, foi para a montanha que está ao oriente de Betel, onde levantou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente e Hai ao oriente. Abrão edificou ali um altar ao Senhor, e invocou o seu nome.
9. Continuou depois sua viagem, de acampamento em acampamento, para Negeb.
10. Sobreveio, porém, uma fome na região; e sendo grande a miséria, Abrão desceu ao Egito para aí viver algum tempo.
11. Quando estava para entrar no Egito, disse a Sarai sua mulher: “Escuta, sei que és uma mulher formosa.
12. Quando os egípcios te virem, dirão: ‘É sua mulher’, e me matarão, conservando-te a ti em vida.
13. Dize, pois, que és minha irmã, para que eu seja poupado por causa de ti, e me conservem a vida em atenção a ti.”
14. Chegando Abrão ao Egito, os egípcios notaram que sua mulher era extremamente bela.
15. Os grandes da corte, vendo-a, elogiaram-na diante do faraó, e a mulher foi introduzida no seu palácio.
16. por causa dela, Abrão foi bem tratado pelo faraó, e recebeu ovelhas, bois, jumentos, servos e servas, jumentas e camelos.
17. O Senhor, porém, feriu com grandes pragas o faraó e a sua casa, por causa de Sarai, mulher de Abrão.
18. O faraó mandou chamá-lo e disse-lhe: “Que me levaste a fazer? Porque não me disseste que era tua mulher?
19. Por que disseste que ela era tua irmã, levando-me e a tomá-la por esposa? Mas agora eis tua mulher: toma-a e vai-te!”
20. Então, o faraó deu ordens aos seus para reconduzir Abrão e sua mulher com tudo o que lhe pertencia.
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sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Frase do Dia
"O homem pode fugir da justiça humana, mas nunca conseguirá fugir da justiça divina!"
Padre Pio de Pietrelcina
Padre Pio de Pietrelcina
Iraque: Bispos denunciam em Bruxelas ausência de liberdade religiosa no país
“Não existe liberdade religiosa no Iraque”, afirmaram dois bispos iraquianos – o arcebispo de Erbil, D. Bashar Matti Warda, e o arcebispo caldeu de Mosul, D. Emil Nona – ao presidente do Conselho da Europa, Hermann van Rompuy, durante um encontro realizado em Bruxelas na semana passada.
A reunião, que durou cerca de meia hora, faz parte de um programa de visistas organizado por iniciativa da Fundação AIS.
Os prelados explicaram ao mandatário europeu que o artigo 3 da Constituição iraquiana concede uma espécie de primazia ao direito islâmico, já que nenhuma lei pode contradizer a sharia e expressaram também o desejo de que os cristãos recebessem ajudas europeias para a construção de escolas, o que beneficiaria toda a sociedade iraquiana. Segundo os arcebispos Warda e Nona, 95% das crianças que frequentam escolas cristãs procedem de famílias muçulmanas.
“A educação ajudaria a desenvolver uma nova cultura, bem como a liberdade religiosa, abrindo novas perspectivas aos jovens”, afirmou D. Warda. Por sua vez, Van Rompuy interessou-se pelas circunstâncias em que vivem as famílias iraquianas, pela situação da mulher no país, pelo futuro dos cristãos na antiga Mesopotâmia, pela protecção dos refugiados e procurou saber junto daqueles religiosos como a Europa poderá ajudar.
Van Rompuy comunicou ainda aos bispos iraquianos o crescente interesse que está a suscitar nas instituições da União Europeia a situação e o futuro dos cristãos nos lugares em que sofrem algum tipo de perseguição, especialmente no Médio Oriente.
Em Fevereiro de 2011, a União Europeia condenou a perseguição e os ataques sofridos pelos cristãos em muitos lugares do mundo. Nessa declaração, reconhecia-se que a liberdade religiosa é um direito fundamental de todos os seres humanos, que deve ser protegido “em todos os lugares”. Os dois bispos deram testemunho de cristãos que sofrem no Iraque. Na arquidiocese de Mosul, os cristãos e as igrejas têm sido alvo de repetidos ataques e o próprio predecessor de D. Nona morreu em cativeiro, em Março de 2008.
Segundo D. Warda, desde 2003 que mais de 500 cristãos foram assassinados por motivos religiosos ou políticos, 66 igrejas foram atacadas e 4 mil famílias cristãs iraquianas abandonaram a diocese de Erbil, no norte curdo do Iraque, para fugir da violência e da intimidação.
Os bispos tiveram encontros também com vários deputados europeus e com o antigo presidente do Parlamento Europeu e actual presidente da Fundação Konrad Adenauer, Hans-Gert Pöttering, bem como com importantes funcionários da Comissão Europeia.
O Iraque é um dos países prioritários para a Fundação AIS. Durante o ano passado, foram destinados 567.697 euros para ajudar as comunidades católicas que permanecem no país, apesar das hostilidades sofridas por parte de grupos radicais. Desde o início da guerra, milhares de caldeus tiveram de sair do país.
Departamento de Informação da Fundação AIS
Dia 23 de setembro: Dia do Santo Padre Pio
Herdeiro espiritual de São Francisco de Assis, o Padre Pio de Pietrelcina foi o primeiro sacerdote a ter impresso sobre o seu corpo os estigmas da crucifixão. Ele é conhecido em todo mundo como o “Frei”estigmatizado.
O Padre Pio, a quem Deus deu dons particulares e carismas, se empenhou com todas as suas forças pela salvação das almas. Os muito testemunhos sobre a grande santidade do Frei, chegam até os nossos dias, acompanhados de sentimentos de gratidão. Suas intercessões providencias junto a Deus foram para muitos homens causa de cura do corpo e motivo de renovação do espírito.
O Padre Pio de Pietrelcina que se chamava Francesco Forgione, nasceu na Pietrelcina, num pequeno povoado da Província de Benevento, em 25 de maio de 1887. Pertencia a uma família humilde tendo como pai Grazio Forgione e a mãe Maria Giuseppa Di Nunzio tinham outros filhos.
Desde muito menino Francesco experimentou em si o desejo de consagrar-se totalmente a Deus e este desejo o distinguia de seus coetâneos. Tal “diferença” foi observada por seus parentes e amigos. Narra a mamãe Peppa: “Não cometeu nunca nenhuma falta, não tinha caprichos, sempre obedeceu a mim e a seu pai, a cada manhã e a cada tarde ia à igreja visitar a Jesus e a Virgem. Durante o dia não saia nunca com os seus companheiros. Às vezes eu dizia: – “Francì vá um pouco a brincar”. Ele se negava dizendo: – “Não quero ir porque eles blasfemam”.
Nesta casa o Santo Padre Pio passou sua infância. Pietrelcina, na Itália
Do diário do Padre Agostinho de San Marco em Lamis, o qual foi um dos diretores espirituais do Padre Pio, soube que o Padre Pio, desde 1892 quando tinha apenas cinco anos, viveu já suas primeiras experiências místicas espirituais. Os Extasies e as aparições foram freqüentes, mas para o menino pareciam serem absolutamente normais.
Com o passar do tempo, realizou-se para Francesco o que foi o seu maior sonho: consagrar totalmente a sua vida a Deus.
Ordem do Capuchinhos
Em 6 de janeiro de 1903, aos dezesseis anos, entrou como clérigo na ordem dos Capuchinhos. Foi ordenado sacerdote na Catedral de Benevento, a 10 de agosto de 1910Teve assim início sua vida sacerdotal que por causa de suas condições precárias de saúde, se passou primeiro em muitos conventos da província de Benevento.
Esteve em vários conventos por motivo de saúde, assim, a partir de 4 setembro de 1916chegou ao convento de San Giovanni Rotondo, sobre o Gargano, onde ficou até 23 de setembro de 1968, dia de seu pranteado falecimento.
Nesse longo tempo o Padre Pio iniciava seus dias despertando-se a noite, muito antes da aurora, se dedicava a oração e com grande fervor aproveitando a solidão e silêncio da noite. Visitava diariamente por longas horas a Jesus Sacramentado, preparando-se à Santa Missa, e daí sempre tirou as forças necessárias, para seu grande trabalho com as almas, levando-as até Deus no Sacramento da Confissão. Atendia confissão por longas horas, até 14 horas diárias, e assim salvou muitas almas.
Os estigmas da Paixão de Cristo
Um dos acontecimentos que marcou intensamente a vida do Padre Pio foi que se verificou na manhã do 20 de setembro de 1918, quando, rezando diante do Crucifixo do coro da velha e pequena igreja, o Padre Pio recebeu o maravilhoso presente dos estigmas.
Os estigmas ou as feridas foram visíveis e ficaram abertas, frescas e sangrentas, por meio século. Este fenômeno extraordinário tornou a chamar, sobre o Padre Pio a atenção dos médicos, dos estudiosos, dos jornalistas, enfim sobre toda a gente comum que, no período de muitas décadas foram a San Giovanni Rotondo para encontrar o santo frade.
Numa carta ao Padre Benedetto, datada de 22 de outubro de 1918, o Padre Pio narra a sua “crucifixão”:
“O que posso dizer aos que me perguntam como é que aconteceu a minha crucifixão? Meu Deus! Que confusão e que humilhação eu tenho o dever de manifestar o que Tu tendes feito nessa mesquinha criatura!
Foi na manhã do 20 do mês passado ( setembro ) no coro, depois da celebração da Santa Missa, quando fui surpreendido pelo descanso do espírito, pareceu um doce sonho. Todos os sentidos interiores e exteriores, além das mesmas faculdades da alma, se encontraram numa quietude indescritível. Em tudo isso houve um silêncio em torno de mim e dentro de mim; senti em seguida uma grande paz e um abandono na completa privação de tudo e uma disposição na mesma rotina.
Tudo aconteceu num instante. E enquanto isso se passava, eu vi na minha frente um misterioso personagem parecido com aquele que tinha visto na tarde de 5 de agosto. Este era diferente do primeiro, porque tinha as mãos, o pés e o peito emanando sangue. A visão me aterrorizava, o que senti naquele instante em mim não sabia dizê-lo. Senti-me desfalecer e morreria, se Deus não tivesse intervindo sustentar o meu coração, o qual sentia saltar-me do peito.
A visão do personagem desapareceu e dei-me conta de que minhas mãos, pés e peito foram feridos e jorravam sangue. Imaginais o suplício que experimentei então e que estou experimentando continuamente todos os dias. A ferida do coração, continuamente, sangra. Começa na quinta feira pela tarde até sábado. Meu pai, eu morro de dor pelo suplício e confusão que experimento no mais íntimo da alma. Temo morrer em sangue, se Deus não ouvir os gemidos do meu pobre coração, e ter piedade de retirar de mim está situação…”
50 anos dos estigmas
Durante anos, de todas as partes do mundo, os fiéis foram a este sacerdote estigmatizado, para conseguir a sua potente intercessão junto a Deus. Cinqüenta anos passados na oração, na humildade, no sofrimento e no sacrifício, de onde para atuar seu amor, o Padre Pio realizou duas iniciativas em duas direções: uma vertical até Deus com a fundação dos “Grupos de ruego”, hoje chamados “grupos de oração”e outra horizontal até os irmãos, com a construção de um moderno hospital: “Casa Alívio do Sofrimento”.
Em setembro os 1.968 milhares de devotos e filhos espirituais do Padre Pio se reuniram em um congresso em San Giovanni Rotondo para comemorar o 50 aniversário dos estigmas e celebrar o quarto congresso internacional dos Grupos de Oração.
Ninguém imaginou que às 2h30 da madrugada do dia 23 de setembro de 1968, seria o doloroso final da vida do Padre Pio de Pietrelcina. Deste maravilhoso frei, escolhido pro Deus para derramar a sua Divina Misericórdia de uma maneira especial.
Fonte: http://www.padrepio.catholicwebservices.com/PORTUGUES/Biografia_port.htm
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
A FÉ: significado e seus benefícios
Do Sermão sobre o Credo, proferido por São Tomás de Aquino, na cidade de Nápolis, Itália, durante a quaresma de 1273.
São Tomas de Aquino
O primeiro bem necessário para o católico é a fé. Sem a fé ninguém pode ser chamado de fiel cristão.
1 — O seu primeiro bem é a união da alma com Deus.
Pela fé realiza-se uma espécie de matrimônio entre a alma e Deus, conforme se lê no Profeta Oséias: “Desposar-te-ei na fé”. (Os 2, 20).
Quando o homem é batizado, deve, em primeiro lugar, confessar a fé ao responder à pergunta — crês em Deus? — porque o batismo é o primeiro sacramento da fé. O Senhor mesmo disse: “O que crer e for batizado será salvo” (Mc 16, 16).
O batismo sem a fé é destituído de valor. Deve-se, portanto, ter por certo que ninguém pode ser aceito por Deus sem a fé. “Sem a fé é impossível agradar a Deus”, diz S. Paulo (Heb 11, 6).
Sto. Agostinho, comentando este texto da carta aos Romanos — “Tudo o que não procede da fé é pecado” (14, 23), assim se expressa:
2 — O segundo bem é este: pela fé é iniciada, em nós, a vida eterna.
A vida eterna não consiste senão em conhecer a Deus, conforme lê-se em S. João: “Esta é a vida eterna, que Vos conheçam como único Deus verdadeiro”. (Jo 17. 3). Esse conhecimento de Deus inicia-se aqui pela fé, mas é completado na vida futura, quando O conhecermos tal como é. Por isso lê-se na carta aos Hebreus: “A fé é a substância das coisas que se esperam” (11. 11). Ninguém alcançará a bem-aventurança eterna, sem que tivesse primeiramente o conhecimento de fé, pois está escrito: “Bem-aventurados os que não viram e creram” (Jo 20, 29).
3 — A vida presente é a orientada pela fé: eis o terceiro bem.
Para que o homem viva bem, convém que conheça os princípios do bem viver. Se pelo próprio esforço devesse aprender esses princípios, não chegaria a conhecê-los, ou só os poderia conhecer após um longo tempo. Mas a fé ensina todos os princípios do bem viver. Ora, lá ensina que há um só Deus, que Deus recompensa os bons e pune os maus, que existe uma outra vida, e outras verdades semelhantes. Esse conhecimento é suficiente para nos levar a praticar o bem e evitar o mal, pois diz o Senhor: “O meu justo vive da fé” (Hab 2,4).
Eis porque nenhum filósofo antes da vinda de Cristo, apesar do grande esforço intelectual que despendiam, pôde chegar ao conhecimento de Deus e dos meios necessários para alcançar a vida eterna. Entretanto, depois do advento do Cristo, qualquer velhinha chegou pela fé. Eis porque Isaías profetizou assim esse advento: “Encheu-se a terra da ciência de Deus” (11, 23).
4 — O quarto bem é que, pela fé, se vence as tentações, conforme lê-se nas Escrituras: “Os santos pela fé venceram os reinos” (Heb 11, 23).
As tentações procedem do diabo, do mundo, ou da carne.
O diabo tenta para que tu não obedeças nem te submetas a Deus. Ora, é pela fé que o repelimos, porque é pela fé que conhecemos que há um só Deus e que só a Ele devemos obedecer. Por isso escreveu São Pedro: “O diabo, vosso adversário, está rondando para ver se devora alguém: a ele deveis resistir pela fé” (1 Pd 5,8).
O mundo nos tenta, seduzindo-nos na prosperidade, ou nos atemorizando nas adversidades. Mas ambas as tentações vencemos pela fé. Ela nos faz crer numa vida melhor, e, por isso, desprezamos as prosperidades do mundo e não tememos as adversidades. Eis porque está escrito: “Esta é vitória que vence o mundo, a vossa fé” (1 Jo 5, 4). Além disso, a fé nos ensina a acreditar que há males maiores, isto é, que existe o inferno.
A carne nos tenta, conduzindo-nos para os deleites momentâneos da vida presente, mas a fé nos mostra que por eles, se a eles indevidamente aderimos, perderemos os deleites eternos. Por isso nos aconselha o Apóstolo: “Tende sempre nas mãos o escudo da fé” (Ef 6, 16).
Por essas razões fica provado que é muito útil ter fé.
5 — Mas pode alguém objetar: é insensatez acreditar naquilo que não se vê: não se deve crer senão naquilo que se vê.
Respondo a essa objeção com os seguintes argumentos.
Primeiro argumento – É a própria imperfeição da nossa inteligência que desfaz essa dúvida. Realmente, se o homem pudesse, por si mesmo, conhecer perfeitamente as coisas visíveis e invisíveis seria insensato acreditar nas coisas que não vemos. Mas o nosso conhecimento é tão limitado que nenhum filósofo até hoje conseguiu perfeitamente investigar a natureza de uma só mosca. Conta-se até que certo filósofo levou trinta anos no deserto para conhecer a natureza das abelhas. Ora, se a nossa inteligência é tão limitada assim, é muito maior insensatez não querer acreditar em algo a respeito de Deus a não ser naquilo que o homem pode conhecer por si mesmo d’Ele. Lê-se no livro de Jó: “Eis como Deus é grande e ultrapassa a nossa ciência” (36, 26).
Segundo argumento – Consideremos, por exemplo, um mestre que assimilou uma verdade e de um aluno pouco inteligente que a entendeu diversamente, porque não a atingiu. Ora, esse aluno pouco inteligente deve ser considerado como bastante tolo. Sabemos que a inteligência dos Anjos ultrapassa a do maior filósofo, como a deste, a inteligência dos ignorantes. Portanto, seria tolo o filósofo que não acreditasse nas coisas ditas pelos Anjos. Ele seria muito mais tolo se não acreditasse nas coisas ditas por Deus. Lê-se, a esse respeito, nas Escrituras: “Foram-te apresentadas muitas verdades que ultrapassam a inteligência do homem” (Ec 3, 25).
Terceiro argumento. – Se o homem não acreditasse senão nas coisas que vê, nem poderia viver neste mundo. Pode alguém viver sem acreditar em outrem? Como podes tu saber que este é teu pai? É, pois, necessário que o homem acredite em alguém, quando se trata de coisas que por si só não as pode conhecer. Ora, ninguém é mais digno de fé do que Deus. Por conseguinte, os que não acreditam nas verdades da fé não são sábios, mas tolos e soberbos. São Paulo refere-se a esses como sendo — “soberbos e ignorantes…” (1 Tm 6, 4). Por isso S. Paulo diz de si: “Sei em quem acreditei e tenho certeza…” (2 Tm 1, 12). Tudo isso é confirmado no Livro do Eclesiástico: “Vós que temeis o Senhor, acreditai n’Ele” (2, 8).
Quarto argumento. – Pode-se ainda responder dizendo que Deus comprova as verdades da fé. Se um rei enviasse suas cartas seladas com o selo real, ninguém ousaria dizer que aquelas cartas não vinham do próprio rei. E claro que as verdades nas quais os santos acreditaram e que nos transmitiram como sendo de fé cristã, estão seladas com o selo de Deus. Esse selo é significado por aquelas obras que uma simples criatura não pode fazer, isto é, pelos milagres. Pelos milagres Cristo confirmou as palavras do Apóstolo e dos Santos.
Pode, porém, replicar dizendo que ninguém viu esses milagres. É fácil responder a essa objeção. É conhecido que toda a humanidade prestava culto aos ídolos e que a fé cristã foi perseguida, confirmando-o, além do mais, a história do paganismo. Converteram-se todos, porém, em pouco tempo a Cristo. Os sábios, os nobres, os ricos, os governos e os grandes converteram-se pela pregação de poucos homens rudes e pobres. Ora, de duas uma: ou se converteram por que viram milagres, ou não. Se foi porque viram milagres que se converteram, essa objeção não tem sentido. Se não o foi, respondo que não poderia haver maior milagre que esse de todos os homens converterem-se sem terem visto milagres. Deves te dar por vencido.
Conclusão. – Eis porque ninguém pode duvidar da fé. Devemos acreditar mais nas verdades da fé do que nas coisas que vemos, por que a vista do homem pode falhar, mas a ciência de Deus é sempre infalível.
Fonte: Sermão sobre o Credo – São Tomás de Aquino - Edição Eletrônica Permanência – 96 págs.
Fonte: AASCJ
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Salmos, 30
1. Ao mestre de canto. Salmo de Davi.
2. Junto de vós, Senhor, me refugio. Não seja eu confundido para sempre; por vossa justiça, livrai-me!
3. Inclinai para mim vossos ouvidos, apressai-vos em me libertar. Sede para mim uma rocha de refúgio, uma fortaleza bem armada para me salvar.
4. Pois só vós sois minha rocha e fortaleza: haveis de me guiar e dirigir, por amor de vosso nome.
5. Vós me livrareis das ciladas que me armaram, porque sois minha defesa.
6. Em vossas mãos entrego meu espírito; livrai-me, ó Senhor, Deus fiel.
7. Detestais os que adoram ídolos vãos. Eu, porém, confio no Senhor.
8. Exultarei e me alegrarei pela vossa compaixão, porque olhastes para minha miséria e ajudastes minha alma angustiada.
9. Não me entregastes às mãos do inimigo, mas alargastes o caminho sob meus pés.
10. Tende piedade de mim, Senhor, porque vivo atribulado, de tristeza definham meus olhos, minha alma e minhas entranhas.
11. Realmente, minha vida se consome em amargura, e meus anos em gemidos. Minhas forças se esgotaram na aflição, mirraram-se os meus ossos.
12. Tornei-me objeto de opróbrio para todos os inimigos, ludíbrio dos vizinhos e pavor dos conhecidos. Fogem de mim os que me vêem na rua.
13. Fui esquecido dos corações como um morto, fiquei rejeitado como um vaso partido.
14. Sim, eu ouvi o vozerio da multidão; em toda parte, o terror! Conspirando contra mim, tramam como me tirar a vida.
15. Mas eu, Senhor, em vós confio. Digo: Sois vós o meu Deus.
16. Meu destino está nas vossas mãos. Livrai-me do poder de meus inimigos e perseguidores.
17. Mostrai semblante sereno ao vosso servo, salvai-me pela vossa misericórdia.
18. Senhor, não fique eu envergonhado, porque vos invoquei: Confundidos sejam os ímpios e, mudos, lançados na região dos mortos.
19. Fazei calar os lábios mentirosos que falam contra o justo com insolência, desprezo e arrogância.
20. Quão grande é, Senhor, vossa bondade, que reservastes para os que vos temem e com que tratais aos que se refugiam em vós, aos olhos de todos.
21. Sob a proteção de vossa face os defendeis contra as conspirações dos homens. Vós os ocultais em vossa tenda contra as línguas maldizentes.
22. Bendito seja o Senhor, que usou de maravilhosa bondade, abrigando-me em cidade fortificada.
23. Eu, porém, tinha dito no meu temor: Fui rejeitado de vossa presença. Mas ouvistes antes o brado de minhas súplicas, quando clamava a vós.
24. Amai o Senhor todos os seus servos! Ele protege os que lhe são fiéis. Sabe, porém, retribuir, castigando com rigor aos que procedem com soberba.
25. Animai-vos e sede fortes de coração todos vós, que esperais no Senhor.
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segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Gênesis, 10
1. Eis a posteridade dos filhos de Noé: Sem, Cam e Jefet. Estes tiveram filhos depois do dilúvio.
2. Filhos de Jafet: Gomer, Magog, Madai, Javã, Tubal, Mosoc e Tiras.
3. Filhos de Gomer: Ascenez, Rifat e Togorma.
4. Filhos de Javã: Elisa e Társis, Cetim e Dodanim.
5. Destes saíram os povos dispersos nas ilhas das nações, em seus diversos países, cada um segundo sua língua e segundo suas famílias e suas nações.
6. Filhos de Cam: Cus, Mesraim, Fut e Canaã.
7. Filhos de Cus: Saba, Hevila, Sabata, Regma e Sabataca. Filhos de Regma: Saba e Dadã.
8. Cus gerou Nemrod, que foi o primeiro homem poderoso da terra.
9. Ele foi um grande caçador diante do Senhor. Donde a expressão: “Como Nemrod, grande caçador diante do Eterno.”
10. Ele estabeleceu o seu reino primeiramente em Babilônia, Arac, Acad e em Calane, na terra de Senaar.
11. Daí foi para Assur e construiu Nínive, Recobot-Ir, Cale
12. e Resem, a grande cidade entre Nínive e Cale.
13. Mesraim gerou os ludim, os anamim, os laabim, os neftuim,
14. os fetrusim, os casluim e os caftorim, donde saíram os filisteus.
15. Canaã gerou Sidon, seu primogênito, e Het,
16. assim como os jebuseus, os amorreus, os gergeseus,
17. os heveus, os araceus, os sineus,
18. os aradeus, os samareus e os hamateus. Em seguida, as famílias dos cananeus se dispersaram,
19. e o território dos cananeus era desde Sidon, na direção de Gerara, até Gaza; e na direção de Sodoma, Gomorra, Adama e Seboim, até Lesa.
20. Estes são os filhos de Cam segundo suas famílias, suas línguas, em seus diversos países e suas nações.
21. Nasceram também filhos a Sem, pai de todos os filhos de Heber, e irmão mais velho de Jafet.
22. Filhos de Sem: Elão, Assur, Arfaxad, Lud e Arão.
23. Filhos de Arão: Us, Hul, Geter e Mes.
24. Arfaxad gerou Salé, Salé gerou Heber.
25. Heber teve dois filhos: um se chamava Faleg, porque no seu tempo a terra foi dividida, e o outro se chamava Jetã.
26. Jetã gerou Elmodad, Salef, Asarmot, Jaré,
27. Adurão, Uzal, Decla,
28. Ebal, Abimael, Saba,
29. Ofir, Hevila e Jobab. Estes são os filhos de Jetã.
30. A terra que eles habitavam se estendia desde Mesa, na direção de Sefar, até a montanha do Oriente.
31. Estes são os filhos de Sem, segundo suas famílias, segundo suas línguas, em seus diversos países e suas nações.
32. Tais são as famílias dos filhos de Noé, segundo suas gerações e suas nações. É dele que descendem as nações que se espalharam sobre a terra depois do dilúvio.
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domingo, 18 de setembro de 2011
UM FACTO VERIDICO
Ricardinho não aguentou o cheiro apetitoso do pão e disse:
- Pai, tenho tanta fome!!!
O pai, Agenor, sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito cedo à procura de trabalho, olha com os olhos marejados de lágrimas para o filho e pede-lhe mais um pouco de paciência...
- Mas pai, desde ontem que não comemos nada e eu estou com muita fome, pai!
Envergonhado, triste e humilhado no seu coração de pai, Agenor pede para o filho aguardar na rua enquanto ele vai à padaria à sua frente...
Ao entrar dirige-se a um homem no balcão:
- Meu senhor, estou com o meu filho de apenas 6 anos ali à porta, com muita fome, não tenho um tostão, pois saí cedo para procurar emprego e nada encontrei, eu lhe peço que em nome de Jesus me forneça um pão para que eu possa matar a fome do meu filho. Em troca, posso varrer o chão do seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o senhor precisar!
Amaro, o dono da padaria estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame o filho...
Agenor toma o filho pela mão e apresenta-o a Amaro, que imediatamente pede que os dois se sentem ao balcão, onde manda servir dois pratos de comida: arroz, feijão, bife e ovo...
Para Ricardinho era um sonho, comer depois de tantas horas na rua...
Para Agenor, uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de farinha...
Grossas lágrimas desciam dos seus olhos logo na primeira garfada...
A satisfação de ver o seu filho a devorar aquele prato simples como se fosse um manjar dos deuses, e a lembrança da sua pequena família em casa, foi demais para o seu coração tão cansado de mais de 2 anos de desemprego, humilhações e necessidades...
Amaro aproxima-se de Agenor e percebendo a sua emoção, brinca com ele para relaxar:
- Ó Maria!!! A tua comida deve estar muito ruim... Olha o meu amigo até chora de tristeza deste bife, será que é sola de sapato?!
Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter este prazer...
Amaro pede-lhe então que sossegue o seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre o trabalho...
Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar.
Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa no seu pequeno escritório...
Agenor conta então que há mais de 2 anos havia perdido o emprego e desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele estava a viver de pequenos 'biscates aqui e acolá', mas que há 2 meses não recebia nada...
Amaro resolve então contratar Agenor para serviços gerais na padaria, e com pena, prepara para o homem uma cesta com alimentos para pelo menos 15 dias...
Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem e marca para o dia seguinte o início no trabalho...
Ao chegar a casa com toda aquela 'fartura', Agenor é um novo homem, sentia esperanças, sentia que a sua vida iria tomar novo impulso...
Deus abria-lhe mais do que uma porta, era toda uma esperança de dias melhores...
No dia seguinte, às 5 h da manhã, Agenor estava à porta da padaria ansioso para iniciar o seu novo trabalho...
Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia porque o estava a ajudar...
Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo dentro dele o chamava para ajudar aquela pessoa...
E, ele não se enganou - durante um ano, Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente zeloso com os seus deveres...
Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola que abriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirão acima da padaria, e ele fazia questão que Agenor fosse estudar...
Agenor nunca esqueceu o seu primeiro dia de aulas: a mão trémula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta...
Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aulas...
Vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros, advogado, abrindo o seu escritório para o seu cliente, e depois outro, e depois mais outro...
Ao meio dia desce para um café na padaria do amigo Amaro, que fica impressionado em ver o 'antigo funcionário' tão elegante no seu primeiro terno...
Mais dez anos se passam, e agora o Dr. Agenor Baptista, já com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e os mais abastados que pagam muito bem, resolve criar uma Instituição que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida diariamente à hora do almoço...
Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que é administrado pelo seu filho, o agora nutricionista Ricardo Baptista...
Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de cada um...
Aos 82 anos os dois faleceram no mesmo dia, quase que à mesma hora, morrendo placidamente com um sorriso de dever cumprido...
Ricardinho, o filho mandou gravar na frente da 'Casa do Caminho', que seu pai fundou com tanto carinho:
'Um dia eu tive fome, e tu me alimentaste. Um dia eu estava sem esperanças e tu me deste um caminho. Um dia acordei sozinho, e tu me deste Deus, e isto não tem preço. Que Deus habite no teu coração e alimente a tua alma. E que te sobre o pão da misericórdia para estenderes a quem precisar!'
Podemos sempre começar e fazer um fim muito feliz!
Fonte: JAM
sábado, 17 de setembro de 2011
Gênesis, 9
1. Deus abençoou Noé e seus filhos: “Sede fecundos, disse-lhes ele, multiplicai-vos e enchei a terra.
2. Vós sereis objeto de temor e de espanto para todo animal da terra, toda ave do céu, tudo o que se arrasta sobre o solo e todos os peixes do mar: eles vos são entregues em mão.
3. Tudo o que se move e vive vos servirá de alimento; eu vos dou tudo isto, como vos dei a erva verde.
4. Somente não comereis carne com a sua alma, com seu sangue.
5. Eu pedirei conta de vosso sangue, por causa de vossas almas, a todo animal; e ao homem (que matar) o seu irmão, pedirei conta da alma do homem.
6. Todo aquele que derramar o sangue humano terá seu próprio sangue derramado pelo homem, porque Deus fez o homem à sua imagem.
7. Sede, pois, fecundos e multiplicai-vos, e espalhai-vos sobre a terra abundantemente.”
8. Disse também Deus a Noé e as seus filhos:
9. “Vou fazer uma aliança convosco e com vossa posteridade,
10. assim como com todos os seres vivos que estão convosco: as aves, os animais domésticos, todos os animais selvagens que estão convosco, desde todos aqueles que saíram da arca até todo animal da terra.
11. Faço esta aliança convosco: nenhuma criatura será destruída pelas águas do dilúvio, e não haverá mais dilúvio para devastar a terra.”
12. Deus disse: “Eis o sinal da aliança que eu faço convosco e com todos os seres vivos que vos cercam, por todas as gerações futuras:
13. Ponho o meu arco nas nuvens, para que ele seja o sinal da aliança entre mim e a terra.
14. Quando eu tiver coberto o céu de nuvens por cima da terra, o meu arco aparecerá nas nuvens,
15. e me lembrarei da aliança que fiz convosco e com todo ser vivo de toda espécie, e as águas não causarão mais dilúvio que extermine toda criatura.
16. Quando eu vir o arco nas nuvens, eu me lembrarei da aliança eterna estabelecida entre Deus e todos os seres vivos de toda espécie que estão sobre a terra.”
17. Dirigindo-se a Noé, Deus acrescentou: “Este é o sinal da aliança que faço entre mim e todas as criaturas que estão na terra.”
18. Os filhos de Noé que saíram da arca eram Sem, Cam e Jafet. Cam era o pai de Canaã.
19. Estes eram os três filhos de Noé. É por eles que foi povoada toda a terra.
20. Noé, que era agricultor, plantou uma vinha.
21. Tendo bebido vinho, embriagou-se, e apareceu nu no meio de sua tenda.
22. Cam, o pai de Canaã, vendo a nudez de seu pai, saiu e foi contá-lo aos seus irmãos.
23. Mas, Sem e Jafet, tomando uma capa, puseram-na sobre os seus ombros e foram cobrir a nudez de seu pai, andando de costas; e não viram a nudez de seu pai, pois que tinham os seus rostos voltados.
24. Quando Noé despertou de sua embriaguez, soube o que lhe tinha feito o seu filho mais novo.
25. “Maldito seja Canaã, disse ele; que ele seja o último dos escravos de seus irmãos!”
26. E acrescentou : “Bendito seja o Senhor Deus de Sem, e Canaã seja seu escravo!
27. Que Deus dilate a Jafet; e este habite nas tendas de Sem, e Canaã seja seu escravo!”
28. Noé viveu ainda depois do dilúvio trezentos e cinqüenta anos.
29. A duração total da vida de Noé foi de novecentos e cinqüenta anos; e morreu.
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sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Bento XVI após a Missa da JMJ
Palavras do Papa após a Missa da JMJ
Agora ides regressar aos vossos lugares de residência habitual. Os vossos amigos vão querer saber o que é que mudou em vós depois de vos terdes encontrado nesta nobre cidade com o Papa e centenas de milhares de jovens do mundo inteiro: Que ireis dizer-lhes? Convido-vos a dar um testemunho destemido de vida cristã diante dos outros. Assim sereis fermento de novos cristãos e fareis com que a Igreja se levante robusta no coração de muitos.
Nestes dias, quanto pensei naqueles jovens que aguardam o vosso regresso! Transmiti-lhes a minha estima, particularmente aos mais desfavorecidos, e também às vossas famílias e às comunidades de vida cristã a que pertenceis.
Não posso deixar de vos confessar que estou verdadeiramente impressionado com o número de Bispos e sacerdotes presentes nesta Jornada. Agradeço-lhes a todos do fundo da alma, animando-lhes, ao mesmo tempo, a continuar cultivando a pastoral juvenil com entusiasmo e dedicação.
Saúdo com afecto o Senhor Arcebispo castrense e agradeço vivamente à Força Aérea por ter cedido com tanta generosidade a Base Aérea de Quatro Ventos, justamente no centenário da criação da aviação militar espanhola. Sob a materna protecção de Maria Santíssima, na sua invocação de Nossa Senhora de Loreto, coloco todos os seus integrantes e suas famílias.
De igual modo, sabendo que ontem se comemorava o terceiro aniversário do grave acidente aéreo que se deu no aeroporto de Barajas, causando numerosas vítimas e feridos, desejo fazer chegar a minha solidariedade espiritual e o meu sentido afecto a todos os atingidos por esta desgraça, bem como aos familiares dos falecidos, cujas almas encomendamos à misericórdia de Deus.
Compraz-me agora anunciar que a sede da próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2013, será o Rio de Janeiro. Peçamos ao Senhor, desde já, que assista com a sua força quantos hão-de pô-la em marcha e aplane o caminho aos jovens do mundo inteiro para que possam voltar a reunir-se com o Papa naquela bonita cidade brasileira.
Queridos amigos, antes de nos despedirmos e no momento em que os jovens de Espanha entregam aos do Brasil a cruz das Jornadas Mundiais da juventude, como Sucessor de Pedro confio a todos os presentes esta insigne incumbência: Levai o conhecimento e o amor de Cristo ao mundo inteiro. Ele quer que sejais os seus apóstolos no século XXI e os mensageiros da sua alegria. Não O desiludais! Muito obrigado!
Saudação em francês: Não tenhais medo de ser católicos e dar sempre testemunho disso mesmo ao vosso redor com simplicidade e sinceridade. Que a Igreja encontre em vós e na vossa juventude os missionários radiosos da Boa Nova!
Saudação em inglês: Como agora ides voltar para casa, levai convosco a boa nova do amor de Cristo, que experimentamos nestes dias inesquecíveis. Fixai os vossos olhos n’Ele, aprofundai o vosso conhecimento do Evangelho e produzi abundantes.
Saudação em alemão: A fé não é uma teoria. Crer significa entrar numa relação pessoal com Jesus e viver a amizade com Ele em comunhão com os demais, na comunidade da Igreja. Confiai a Cristo a vossa vida e ajudai os vossos amigos a alcançar a fonte da vida, Deus. Que o Senhor vos torne testemunhas alegres do seu amor.
Saudação em italiano: A Eucaristia que celebrámos é Cristo ressuscitado presente e vivo no meio de nós: graças a Ele, a vossa vida está enraizada e alicerçada em Deus, está firme na fé. Com esta certeza, regressai de Madrid e anunciai a todos o que vistes e ouvistes. Respondei com alegria ao chamamento do Senhor, segui-O pela estrada que vos indicará e permanecei sempre unidos a Ele: produzireis muito fruto!
Saudação em português : Encontrastes Jesus Cristo! Sentir-vos-eis em contra-corrente no meio duma sociedade onde impera a cultura relativista que renuncia a buscar e a possuir a verdade. Mas foi para este momento da história, cheio de grandes desafios e oportunidades, que o Senhor vos mandou: para que, graças à vossa fé, continue a ressoar a Boa Nova de Cristo por toda a terra. Espero poder encontrar-vos daqui a dois anos, na próxima Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, Brasil. Até lá, rezemos uns pelos outros, dando testemunho da alegria que brota de viver enraizados e edificados em Cristo. Até breve, queridos jovens!
Saudação em polaco: Fortes na fé, radicados em Cristo! Os dons recebidos de Deus nestes dias produzam em vós frutos abundantes. Sede as suas testemunhas. Levai aos outros a mensagem do Evangelho. Com a vossa oração e com o exemplo da vida ajudai a Europa a encontrar de novo as suas raízes cristãs.
fONTE: JAM
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Um espírito demoníaco diz a Jesus: Vieste para nos arruinar? Sei quem Tu és: o Santo de Deus!
Evangelho segundo S. Lucas 4,31-37.
Naquele tempo, Jesus desceu a Cafarnaúm, cidade da Galileia, e a todos ensinava ao sábado.
E estavam maravilhados com o seu ensino, porque falava com autoridade.
Encontrava-se na sinagoga um homem que tinha um espírito demoníaco, o qual se pôs a bradar em alta voz:
«Ah! Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos arruinar? Sei quem Tu és: o Santo de Deus!»
Jesus ordenou-lhe: «Cala-te e sai desse homem!» O demónio, arremessando o homem para o meio da assistência, saiu dele sem lhe fazer mal algum.
Dominados pelo espanto, diziam uns aos outros: «Que palavra é esta? Ordena com autoridade e poder aos espíritos malignos, e eles saem!»
A sua fama espalhou-se por todos os lugares daquela região.
Senhor,quantos andam por aí, neste mundo, dizendo isso mesmo:
«Ah! Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos arruinar?»
Incomoda-os a Tua presença junto e com os homens, revelando-lhes o Teu amor, que os completa e faz viver.
No seu íntimo, sabem bem quem Tu és, «o Santo de Deus!», mas não Te querem reconhecer, porque são duros de coração.
Tem piedade deles, Senhor, e de nós, e dá-nos perseverança e fortaleza para em todos os momentos testemunharmos que apenas Tu, és o Caminho, a Verdade e a Vida.
Amen.
Fonte: AASCJ
Síria: o silencioso trabalho das religiosas no mundo árabe
Muitas vezes não se vêem, não se ouvem. É uma presença discreta, mas essencial. No mundo árabe, em permanente convulsão, as irmãs consagradas são, tantas vezes, a única esperança de vida e de sobrevivência para tantas pessoas perseguidas, maltratadas, desalojadas.
São imensos os exemplos das congregações vocacionadas precisamente para o apoio aos mais explorados por uma sociedade que segrega por motivos económicos, culturais e até religiosos.
O trabalho e a presença destas irmãs, entre refugiados, nos bairros mais degradados das grandes cidades, junto das cadeias, apoiando as mulheres vítimas de maus tratos, não tem medida possível.
A Fundação AIS recebe, permanentemente, pedidos de ajuda. As irmãs solicitam orações e, às vezes, pedem apoio material para conseguirem prosseguir com as suas missões. A Congregação das Irmãs do Bom Pastor, na Síria, tem como carisma precisamente cuidar de mulheres e crianças vítimas de grande sofrimento, que procuram protecção contra a exploração e a opressão.
Para isso, constroem casas, criam programas de educação e fundam grupos de auto-ajuda. O trabalho destas irmãs, que é apoiado através dos benfeitores da Fundação AIS, consiste no amparo espiritual e material a famílias jovens, na maioria mães solteiras com os filhos, oferecendo-lhes abrigo. Se não fossem estas religiosas, a maioria destas mulheres cairia nas malhas da prostituição.
Em Damasco, há um projecto-piloto para auxiliar as mulheres e jovens oprimidas. Para o Arcebispo de Damasco, D. Joseph Absi, trata-se de um trabalho prioritário. “A necessidade de ajudar mulheres vítimas de violência e opressão continua a ser urgente, sobretudo porque actualmente também existe uma grande afluência de refugiados iraquianos.”
Mas há mais exemplos que nos chegam do mundo árabe. Em Alexandria, no Egipto, as Servas do Senhor e da Virgem de Matara ensinam as crianças de rua o que é o amor e o respeito, dão-lhes de comer, tratam da sua higiene e recuperam-nas para a reintegração na vida escolar. Além do Egipto, estas irmãs oriundas na sua maioria da América Latina, têm casas também na Síria, Jordânia, Tunísia, Palestina e Iraque. Também as irmãs católicas sírias em Hassake, dão um apoio imprescindível às famílias refugiadas do Iraque e acompanham idosos, doentes e deficientes em dois centros.
O que todas as irmãs têm em comum é a disponibilidade total para viverem os seus carismas em regiões conturbadas, sendo exemplo de fé em Cristo no mundo árabe. A Fundação AIS desenvolve campanhas de apoio ao trabalho destas religiosas, promovendo projectos concretos, recuperando instalações, facilitando meios de transporte, financiando iniciativas locais que são, tantas vezes, a porta estreita entre o nada e uma vida com esperança.
Departamento de Informação da Fundação AIS
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Gênesis, 8
1. Ora, Deus lembrou-se de Noé, e de todos os animais selvagens e de todos os animais domésticos que estavam com ele na arca. Fez soprar um vento sobre a terra, e as águas baixaram.
2. As fontes do abismo fecharam-se, assim como as barreiras dos céus, e foram retidas as chuvas.
3. As águas foram-se retirando progressivamente da terra; e começaram a baixar depois de cento e cinqüenta dias.
4. No sétimo mês, no décimo sétimo dia do mês, a arca parou sobre as montanhas do Ararat.
5. Entretanto, as águas iam diminuindo pouco a pouco até o décimo mês, e no décimo mês, no primeiro dia do mês, apareceram os cumes das montanhas.
6. No fim de quarenta dias, abriu Noé a janela que tinha feito na arca
7. e deixou sair um corvo, o qual saindo, voava de um lado para outro, até que aparecesse a terra seca.
8. Soltou também uma pomba, para ver se as águas teriam já diminuído na face da terra.
9. A pomba, porém, não encontrando onde pousar, voltou para junto dele na arca, porque havia ainda água na face da terra. Noé estendeu a mão, e tendo-a tomado, recolheu-a na arca.
10. Esperou mais sete dias, e soltou de novo a pomba fora da arca.
11. E eis que pela tarde ela voltou, trazendo no bico uma folha verde de oliveira. Assim Noé compreendeu que as águas tinham baixado sobre a terra.
12. Esperou ainda sete dias, e soltou a pomba que desta vez não mais voltou.
13. No ano seiscentos e um, no primeiro mês, no primeiro dia do mês, as águas se tinham secado sobre a terra. Noé descobriu o teto da arca, olhou e viu que a superfície do solo estava seca.
14. No segundo mês, no vigésimo sétimo dia do mês, a terra estava seca.
15. Então falou Deus a Noé:
16. “Sai da arca, com tua mulher, teus filhos e as mulheres de teus filhos.
17. Faze sair igualmente contigo todos os animais que estão contigo de todas as espécies: aves, quadrúpedes, répteis diversos que se arrastam sobre a terra; faze-os sair contigo para que se espalhem sobre a terra e para que cresçam e se multipliquem sobre a terra.”
18. Noé saiu com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos.
19. Todos os animais selvagens, todos os répteis, todas as aves, todos os seres que se movem, sobre a terra saíram da arca segundo suas espécies.
20. E Noé levantou um altar ao Senhor: tomou de todos os animais puros e de todas as aves puras, e ofereceu-os em holocausto ao Senhor sobre o altar.
21. O Senhor respirou um agradável odor, e disse em seu coração: “Doravante, não mais amaldiçoarei a terra por causa do homem porque os pensamentos do seu coração são maus desde a sua juventude, e não ferirei mais todos os seres vivos, como o fiz.
22. Enquanto durar a terra, não mais cessarão a sementeira e a colheita, o frio e o calor, o verão e o inverno, o dia e a noite.”
Bíblia Ave Maria - Todos os direitos reservados.
terça-feira, 13 de setembro de 2011
A dor faz-nos crescer
Deixa o tempo passar e verás que todas as coisas se resolvem
A dor ensina-nos a mudar e a sermos melhores. Sim, é verdade, a dor faz-nos crescer! A dor faz-nos amadurecer e enxergar a vida e as pessoas de maneira diferente, de maneira nova e transformadora. Como isso é possível? Quando não ficamos presos ao sofrimento, mas usamos dele como um meio e uma oportunidade – dados por Deus – para sermos melhores e tirarmos algo bom dele.
Mergulhar na dor e ficar presos a ela não é bom nem positivo para a nossa maturidade de cristãos, de filhos de Deus, de homens e mulheres que buscam uma vida nova em Cristo.
Que dor tu hoje vives? A dor da separação? A dor da injustiça, da mentira, da calúnia? Ou será a dor da traição? Da perseguição? Do abandono? Ou a dor da falsidade, da perda de um filho, parente, amigo...? Seja qual for a dor por que está a passar, sabe que tu és capaz de a superar e ser um vitorioso, uma vitoriosa diante deste facto ou acontecimento. Sabe também que Deus te ajudará a vencer e te dará a vitória. Acredita!
O importante nesta vida é não deixar-se abalar nem desanimar, nem entregar-se às provações, sofrimentos e dores dos momentos presentes da vida; mas confiar, rezar, acreditar em Deus e dar a volta por cima e recomeçar sempre.
A tua fé e a oração são forças poderosas para fazer de ti uma guerreira, um guerreiro. Não te entregues à dor, isto é importante e fundamental para superares, nem te revoltes, e também não alimentes a raiva, o ódio, a vingança, a tristeza, o ressentimento e a mágoa por aqueles que de alguma maneira e forma te causaram dor e te fizeram sofrer ou ainda te fazem sofrer. Estes sentimentos são ruins, são destruidores, fazem-nos mal e derrotam-nos.
Deixa o tempo passar e verás que todas as coisas se resolvem e passam... Aprenderás também que a dor nos ensina a mudar e a ser melhores. Seja qual for a tua dor, ela passará porque não é eterna. Mas o amor de Deus e os seus cuidados são eternos por ti e n'Ele tu és mais do que vencedor, tu és mais do que vencedora.
Verás no fim de tudo que cada momento da nossa vida, seja este bom ou ruim, serve para o nosso crescimento, aproxima-nos de Deus e faz-nos mais santos. E aqueles que nos feriram, nos maltrataram ou nos causaram dor terão também as suas atitudes e vidas transformadoras – porque aprenderam de alguma forma, permitida por Deus –, que o que fizeram não foi bom e arrependidos mudaram também.
Deus espera de TODOS uma mudança, conversão e arrependimento diário. Faz a tua parte! Faz a diferença! Sabe que Deus muda tudo e muda para melhor.
Fonte: JAM
Judite, 1
1. Arfaxad, rei dos medos, submetera ao seu império um grande número de nações. Ele edificou uma fortaleza de pedras polidas, à qual deu o nome de Ecbátana.
2. Cercou-a de muralhas de setenta côvados de altura e trinta de largura, e pôs-lhe torres de cem côvados de altura.
3. Estas eram de forma quadrada, e seus lados estendiam-se por um espaço de vinte pés. As portas tinham uma altura proporcionada à das torres.
4. Ele gloriava-se do poder invencível do seu exército e da imponência de seus carros.
5. Ora, no décimo segundo ano de seu reinado, Nabucodonosor, que reinava sobre os assírios em Nínive, a grande cidade, fez guerra a Arfaxad, e venceu-o
6. na grande planície chamada Ragau. Aliaram-se-lhe todos os habitantes das regiões vizinhas do Tigre, do Eufrates e do Jadason, na planície de Erioc, rei dos eliceus.
7. Então engrandeceu-se o reino de Nabucodonosor e seu coração encheu-se de orgulho. Mandou emissários a todos os habitantes da Cilícia, de Damasco, do Líbano,
8. aos povos do Carmelo e de Cedar, aos galileus, na grande planície de Esdrelon,
9. aos habitantes de Samaria e aos povos de além do Jordão até Jerusalém, a toda a terra de Gessém e até aos confins da Etiópia.
10. A todos esses povos enviou Nabucodonosor emissários,
11. mas todos protestaram unanimemente e os despediram de mãos vazias, chegando até a expulsá-los com desprezo.
12. À vista disso, encheu-se de cólera o rei Nabucodonosor contra todos esses povos, e jurou pelo seu trono e pelo seu reino que havia de tomar vingança de todos eles.
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segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Gênesis, 7
1. O Senhor disse a Noé: “Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque te reconheci justo diante dos meus olhos, entre os de tua geração.
2. De todos os animais puros tomarás sete casais, machos e fêmeas, e de todos animais impuros tomarás um casal, macho e fêmea;
3. das aves do céu igualmente sete casais, machos e fêmeas, para que se conserve viva a raça sobre a face de toda a terra.
4. dentro de sete dias farei chover sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites, e exterminarei da superfície da terra todos os seres que eu fiz.”
5. Noé fez tudo o que o Senhor lhe tinha ordenado.
6. Noé tinha seiscentos anos quando veio o dilúvio sobre a terra.
7. Para escapar à inundação, entrou na arca com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos.
8. Dos animais puros e impuros, das aves e de tudo que se arrasta sobre a terra,
9. entraram na arca de Noé, um casal macho e fêmea, como o Senhor tinha ordenado a Noé.
10. Passados os sete dias, as águas do dilúvio precipitaram-se sobre a terra.
11. No ano seiscentos da vida de Noé, no segundo mês, no décimo sétimo dia do mês, romperam-se naquele dia todas as fontes do grande abismo, e abriram-se as barreiras dos céus.
12. A chuva caiu sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites.
13. Naquele mesmo dia entrou Noé na arca, com Sem, Cam e Jafet, seus filhos, sua mulher e as três mulheres de seus filho;
14. e com eles os animais selvagens de toda espécie, os animais domésticos de toda espécie, os répteis de toda espécie que se arrastavam sobre a terra, e tudo o que voa, de toda espécie, todas as aves e tudo o que tem asas.
15. De cada espécie que tem um sopro de vida um casal entrou na arca de Noé.
16. Eles chegavam, macho e fêmea, de cada espécie. Como Deus tinha ordenado a Noé. E o Senhor fechou a porta atrás dele.
17. O dilúvio caiu sobre a terra durante quarenta dias. As águas incharam e levantaram a arca, que foi elevada acima da terra.
18. As águas inundaram tudo com violência, e cobriram toda a terra, e a arca flutuava na superfície das águas.
19. As águas engrossaram prodigiosamente sobre a terra, e cobriram todos os altos montes que existem debaixo dos céus;
20. e elevaram-se quinze côvados acima dos montes que cobriam.
21. Todas as criaturas que se moviam na terra foram exterminadas: aves, animais domésticos, feras selvagens e tudo o que se arrasta na terra, e todos os homens.
22. Tudo o que respira e tem um sopro de vida sobre a terra pereceu.
23. Assim foram exterminados todos os seres que se encontravam sobre a face da terra, desde os homens até os quadrúpedes, tanto os répteis como as aves dos céus, tudo foi exterminado da terra. Só Noé ficou e o que se encontrava com ele na arca.
24. As águas cobriram a terra pelo espaço de cento e cinqüenta dias.
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