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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Albânia: A Igreja perseguida não esquece Madre Teresa


Foi considerado um dos países mais fechados do mundo. A Albânia, que viveu debaixo da tirania comunista até 1991, procurou secar as raízes religiosas do seu povo, perseguindo a Igreja, tentando obrigá-la a renegar Pedro e a fidelidade ao Papa, mas não conseguiu os seus intentos.

No entanto, o regime feroz de Enver Hoxa’s não olhou a meios para impor os seus objectivos. Nos primeiros cinco anos do regime, cerca de 30 por cento da elite cristã e do clérigo albanês foram eliminados.

Com a desintegração da União Soviética, em 1991, e com a consequente abertura de fronteiras, o mundo teve a oportunidade de redescobrir a Albânia. E o que os seus olhos viram foi uma nação devastada e um povo que vivia numa pobreza inimaginável.

O padre Tejado Muñoz foi um dos primeiros missionários a atravessar a fronteira, procurando ajudar a restabelecer a Igreja na Albânia. “A minha experiência foi formidável. Difícil, sim, mas formidável”, diz o padre espanhol à Fundação AIS.

“O Papa visitou o país em 1994 e consagrou os primeiros bispos. Foi uma bela experiência, mas também difícil, porque a Igreja foi perseguida”, afirma o sacerdote, “mas, apesar disso, essa perseguição não destruiu o sentimento de Deus, a ideia do Céu. Eles diziam que, durante o comunismo, o céu estava fechado…”

Nos nove anos em que trabalhou na Albânia, o padre Muñoz constatou que “o comunismo não conseguiu destruir a esperança do povo. Apesar do regime, o sentido de Deus continuou presente”.

Por tudo o que aconteceu durante a ditadura de Hoxa, o padre Muñoz não tem dúvida em afirmar que “a igreja na Albânia é uma Igreja mártir”, que continuou ligada a Pedro e em união ao Papa, “apesar de o regime ter procurado, a exemplo da China, criar uma igreja nacional”. Só que os bispos e os padres albaneses recusaram e, até ao fim, assumindo o elevadíssimo risco dessa decisão, “mantiveram-se unidos a Roma”.

Durante a longa noite da ditadura, muitos albaneses viram no exemplo de Madre Teresa, sua conterrânea – ela nasceu em Shopje –, a esperança e a força de que precisavam para resistir. Como Madre Teresa costumava dizer, “nada é impossível a Deus”. E a história aí está para o atestar. O regime comunista caiu e o céu voltou a abrir-se a todos.

Departamento de Informação da Fundação AIS

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