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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Sexo virtual: carências e consequências


Como vencer este vício ou esta tentação?

O sexo virtual começou pelo uso do telefone há bastante tempo; algumas agências até se especializaram em oferecer este tipo de actividade com jovens “de programa” contratados para isso. Foram os famosos “Teles”: telefantasia, tele-erótico, telesexy, telegay, tele-horóscopo, enfim... “telepecado”.
É incrível a capacidade do ser humano em descobrir novas formas de satisfazer a sede de prazer dos seus mais baixos instintos. Seduzido pelo “anjo das trevas”, ele deixa-se seduzir e põe os mais sofisticados recursos da inteligência e da técnica ao serviço do mal; isto é, daquilo que ofende a dignidade da criatura e atenta contra o Criador.
No entanto, a Internet superou tudo isto; primeiro, por causa da privacidade, comodidade e forma anónima com que oferece a fantasia; segundo, porque quase sempre é gratuita. Nunca o Sexto Mandamento foi tão violado e Deus tão ofendido.
Nunca se viu tanta permissividade moral invadir os nossos lares! Nunca foi tão avassaladora a onda de lama a atingir-nos. O Criador é ofendido e desprezado pela criatura mais bela que Ele criou à Sua “imagem e semelhança”, para ser a maior glória d'Ele à face da terra.
A luxúria de Sodoma e Gomorra, e também da antiga Pompeia consumida pelo Vesúvio, globalizaram-se pela internet. Mas, o que mais nos entristece, e até revolta, é constatar que tudo isto é promovido com a complacência e a conivência das autoridades públicas, que deveriam ser as primeiras a impedir tais absurdos.
Estes meios de comunicação tão úteis e práticos como o telefone e a internet jamais poderiam, por razões éticas e morais, ser transformados em instrumentos de promiscuidade moral. A nossa sociedade vive o neopaganismo; isto é, o Evangelho, que até alguns anos atrás era a referência para o comportamento da sociedade, não passa agora de letra morta para muitos.
Definitivamente eliminou-se o “temor de Deus” no meio da sociedade, que, desta forma, se torna mais individualista, narcisista, hedonista, pecadora. O ateísmo que se vive hoje é um ateísmo prático, selvagem, não mais filosófico. Não mais se pergunta se Deus existe; apenas se age como se Ele não existisse.
Pior do que o pecado cometido sob o peso da fraqueza da carne, é o cometido quando se explora comercialmente o que é imoral, que atenta contra a dignidade do ser humano, transformando-o num meio de lucro. Sem dúvida, estamos aqui diante dum pecado dobrado, praticado não pela fraqueza da natureza humana, mas pelo amor desenfreado ao dinheiro, como disse São Paulo “razão de todos os males” (cf. 1Tm 6,10).

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) fala sobre o escândalo:
“Quem usa os poderes de que dispõe de tal maneira que induzam ao mal, torna-se culpado de escândalo e responsável pelo mal que, directa ou indirectamente, favorece. 'É inevitável que haja escândalos, mas ai daquele que o causar’ (Lc 17,1)” (CIC §2287).
É incrível constatar que há pessoas que consigam dormir em paz sabendo que “facturaram” à custa do pecado dos outros e da morte das suas almas. É incrível observar que a sede de dinheiro possa ser maior que o respeito à verdade, à pureza, ao amor ao próximo...
É incrível notar que Cristo continua a ser vendido por “trinta moedas”! Quantos jovens mergulhados no vício de assistir à pornografia na Web! Quantas esposas desesperam quando encontram os seus maridos a ver sites pornográficos! A tentação é enorme e a facilidade é muito grande.
Uma jovem e bela mãe deixou os seus dois filhos pequenos e o seu esposo para ir morar com outro homem que conheceu pela internet. É claro que esta esposa tinha sérios problemas no casamento e carências que não foram resolvidas. Mas, assim, complicou ainda mais as coisas.
Sem dúvida, este tipo de relacionamento virtual atinge em cheio as pessoas mais carentes e que lutam contra uma afectividade não bem controlada nem bem equilibrada. Por outro lado, a carne é fraca e pode arrastar qualquer um, mesmo as pessoas espiritualizadas e que vivem um bom relacionamento com Deus. Muitas vezes, embaladas pela conversa virtual, muitas acabam por se expor a perigos de vários tipos, que não imaginam.
É preciso dizer também que a actividade sexual virtual diante da internet pode se transformar em vício; e o pior de tudo é que muitas vezes leva o cristão ao pecado da masturbação, fornicação, adultério ou mesmo a uma vivência sexual pervertida com a (o) esposa (o). E tudo isto prejudica a pessoa; em primeiro lugar porque ofende a Deus e polui a alma e a mente com cenas eróticas que desvirtuam o sexo; em segundo lugar esta pessoa fomenta em si mesma o sexismo; isto prejudica o namoro, o noivado e o casamento.

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) é bem claro ao afirmar que:
“A pornografia (...) ofende a castidade porque desfigura o acto conjugal, doação íntima dos esposos entre si. Atenta gravemente contra a dignidade daqueles que a praticam (actores, comerciantes, público), porque cada um se torna para o outro objecto de um prazer rudimentar e de um proveito ilícito. Mergulha uns e outros na ilusão de um modo artificial. É uma falta grave. As autoridades civis devem impedir a produção e a distribuição de materiais pornográficos” (CIC § 2354).

Como vencer este vício ou esta tentação?
Em primeiro lugar é preciso ter calma; não desanimar nem desesperar diante dele; mas lutar com fé e perseverança, mesmo que se caia um milhão de vezes. Deus quer mais a nossa determinação de lutar contra o pecado, “até ao sangue” se for preciso, como manda a Carta ao Hebreus (Hb 12,4): “Ainda não resististe até ao sangue na luta contra o pecado”.
Jesus deixou-nos a receita básica para vencer qualquer pecado: “vigiai e orai”. Estar sempre em estado de oração, com a alma sempre ligada a Deus, sempre suplicando ao Senhor o auxílio da Sua graça para não cairmos na tentação. “Não nos deixeis cair em tentação...” Ele manda-nos pedir esta graça ao Pai na grande oração do Pai-Nosso. “Uma mosca só assenta em prato frio”; então, não deixe a sua alma esfriar pela falta de oração, comunhão, meditação da Palavra, oração do Terço, etc.
Em segundo lugar é preciso “vigiar”; fugir das ocasiões de pecado é uma fuga heróica; se não te controlas diante da internet e do sexo virtual, então, não tenhas acesso à rede mundial de computadores no teu computador enquanto não aprenderes a dominar-te. Ou então, diante do computador, reza e promete a Deus não acessar um site de pornografia ou de relacionamento perigoso por amor a Jesus, que, para te salvar, morreu na cruz. Só por amor a Deus, podemos deixar de vez o pecado, nunca por medo d'Ele. Escreve sob a tela do monitor do seu computador: “Eu não vou pecar hoje por amor a Jesus; Ele merece isto”. Sem dúvida, o Senhor ficará muito feliz.

E se eu cair?
Levanta-te imediatamente; não fiques nem um minuto na lama do pecado; pede perdão a Deus e promete confessar-te logo que seja possível. Sim, é importante a confissão para que a graça divina te dê o perdão e a força para não voltares a pecar. Por outro lado, uma orientação psicológica e uma terapia de oração podem ajudar-te a vencer o vício do sexo virtual.
O cristão tem que viver a castidade porque é lei de Deus; e isto só será possível se fechar as janelas da alma (olhos, ouvidos, boca, nariz, mãos) para tudo o que o excita e traz o pecado para o seu interior. Com a graça de Deus e a força de vontade isto é possível.

Fonte: JAM

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