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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A assunção de nossa Senhora aos Céus é a prova que todos poderão habitar na casa do Senhor


A Igreja se rejubila com a festa da Assunção de Nossa Senhora. Ela soube ouvir e responder a Deus, sem nenhum medo de ser a mãe do Redentor. Seu corpo tornou-se a arca da nova aliança onde habitou Nosso Senhor Jesus Cristo. Ela deixou ser tomada pelo grande amor de Deus por nós. Festejar Maria Santíssima na sua glória confere-nos a certeza de que possamos também ir para o Céu, pois uma criatura como nós já está lá contemplando a Trindade Santa. Se praticarmos as virtudes e lutarmos pelo bem aqui na terra, com certeza vamos ter o gáudio da morada celeste, junto a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Segue o comentário ao Evangelho do dia feito por : santo Aelredo de Rievaulx (1110-1167), monge cisterciense, 2º sermão para a Assunção, coll. de Durham

“De hoje em diante, me chamarão bem-aventurada todas as gerações”

Se santa Maria Madalena – que foi pecadora e de quem o Senhor expulsou sete demônios – mereceu ser glorificada por Ele a ponto de seu louvor permanecer na assembléia dos santos (Sl 149,1), quem poderá medir até que ponto “os justos se alegram e rejubilam; diante do Senhor, exultam de alegria” (Sl 67,4) relativamente a Santa Maria, que não conheceu homem? (Lc 1,34) [...]

Se o apóstolo São Pedro – que não só não foi capaz de velar uma hora com Cristo, mas chegou mesmo a renegá-LO (Mt 26,40.70) – obteve depois uma graça tal, que as chaves do reino dos céus lhe foram confiadas (Mt 16,19), de que elogios não foi Santa Maria digna, Ela que carregou no seu seio o rei dos anjos em pessoa, Aquele que os céus não podem conter?

Se Saulo, que “respirava ameaças de morte contra os discípulos do Senhor” (At. 9,1) [...], foi objeto de uma tal misericórdia [...] que foi arrebatado “até ao terceiro céu, ou no corpo ou fora dele” (2Cor 12,2), não é de surpreender que a Santa Mãe de Deus – que esteve sempre junto do seu Filho durante as Suas provações (Lc 22,28) – tenha subido ao céu em corpo e alma, e tenha sido exaltada por coros de anjos.

Se há “alegria no céu por um só pecador que se arrepende” (Lc 15,7), quem dirá que louvor alegre e belo se elevará na presença de Deus sobre Santa Maria, que nunca pecou? [...] Se realmente aqueles que “outrora eram trevas” e se tornaram depois “luz diante do Senhor” (Ef 5,8) “resplandecerão como o sol no reino do seu Pai” (Mt 13,43), quem poderá narrar “o peso eterno de glória” (2Cor 4,17) de Santa Maria, que veio a este mundo “como a aurora, bela como a lua, brilhante como o sol” (Ct 6,10), e de quem nasceu “a luz verdadeira que, vindo ao mundo, a todo o homem ilumina” (Jo 1,9)?

Aliás, dado que o Senhor disse: “Se alguém quer servir-Me, que Me siga e onde Eu estiver ali estará também o Meu servidor” (Jo 12,26), onde pensamos que está a Sua mãe, que O serviu com tanto empenho e constância? Se ela O seguiu e Lhe obedeceu até à morte, ninguém se surpreenderá de que agora, e mais do que ninguém, ela “siga o Cordeiro onde quer que Ele vá” (Ap 14,4).

Assim, iluminados pelo comentário desse santo, podemos caminhar na fé em Nosso Senhor Jesus Cristo e no amor de Maria Santíssima. Ela soube ser mãe, educadora e discípula de Cristo. Ela é modelo para os cristãos que querem ser de Cristo na vida e em todos os lugares como testemunho da verdade, em tudo e para todos. Amém!

Fonte: Vocacionados menores/ADF

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