O Iraque continua a ser um país em guerra onde o medo convive com a morte e a violência. Desta vez é arcebispo Louis Sako, de Kirkuk, Iraque, que dá conta de mais um ataque bombista junto à Igreja da Sagrada Família, em Shaterlo, um região pobre e densamente povoada.
A explosão, que ocorreu no passado dia 2, deixou 13 pessoas feridas, algumas com uma certa gravidade. De acordo com informações recebidas pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, entre os feridos encontra-se um bebé recém-nascido.
O Padre Imad Yelda, da igreja da Sagrada Família, ficou também ferido e teve de receber tratamento hospitalar. Além dos estragos verificados na igreja, a explosão danificou também algumas habitações.
Em contacto com a Fundação AIS, o arcebispo Sako referiu que poderíamos estar perante uma tragédia com dimensões devastadoras se uma outra bomba, que não chegou felizmente a detonar, tivesse explodido.
Segundo a agência Asia News, esse outro engenho explosivo foi encontrado num parque de estacionamento junto a uma igreja evangélica no centro da cidade de Kirkuk.
O arcebispo confessa-se “chocado”. “Um ataque a um lugar sagrado como uma igreja faz com que o crime seja muito grave e porque aconteceu num tempo sagrado, o Ramadão, ainda é pior”.
No entanto, o prelado afirma-se confiante. “Apesar do que tem vindo a acontecer, nós não vamos desistir, vamos continuar a nossa missão, vamos continuar a ser testemunhas de Cristo.”
Entretanto, o arcebispo decidiu encontrar-se com líderes muçulmanos para que estes condenem também os ataques terroristas. “Vou dizer-lhes que o que aconteceu está errado, que é preciso colocar um ponto final nesta onda de violência, morte e raptos de pessoas. Tenho a certeza – disse – que vão condenar estes ataques”.
Para o arcebispo, “por trás destes actos terroristas está seguramente a vontade de atingir os cristãos”. Mas isso é um contrassenso. “Os cristãos não têm peso politíco e não são perigosos. Pelo contrário: somos uma comunidade frágil, pacífica e dialogante.”
A Fundação AIS tem vindo a lançar campanhas de auxílio aos cristãos no Iraque, sendo que apoia projectos específicos para Kirkut, nomeadamente a recuperação da sua catedral, além do apoio a religiosas e seminaristas. Através dos donativos dos benfeitores da Fundação AIS, tem sido possível ajudar populações refugiadas e deslocadas.
Departamento de Informação da Fundação AIS
Sem comentários:
Enviar um comentário