quinta-feira, 4 de agosto de 2011
UM JANTAR DE CARIDADE
Durante um jantar de uma obra de caridade, o pai de uma criança deficiente mental apresentou um discurso inesquecível...…
Diz-se que Deus tudo faz com perfeição…Onde está a perfeição de Shay, o meu filho?
O meu filho não consegue compreender as coisas como as outras crianças.
O meu filho não se pode divertir como as outras crianças…Onde está então a perfeição de Deus?
Eu acredito que ao criar uma criança deficiente como o meu filho, a perfeição que procuramos em Deus estará: Na forma como reagimos a esta criança…
Vou contar-vos uma pequena história para justificar a minha proposta.
Uma tarde, Shay e eu andávamos a passear num parque onde se encontravam uns rapazes a jogar Base-Ball.
Shay virou-se para mim e perguntou: «Pai, achas que eles me deixam jogar?».
Eu sabia que Shay não era o parceiro que os rapazes normalmente procuram, mas mesmo assim ainda tive esperança que deixassem o Shay « fazer uma perninha»...
Assim, perguntei a um dos jogadores em campo se seria possível deixar o Shay participar só um pouco…
O jogador reflectiu um bocadinho e disse: «Estamos a perder por seis pontos e vamos na oitava mão, portanto acho que ele pode entrar na equipa porque temos sempre a oportunidade de recuperar na nona volta. »
Shay deu um enorme suspiro!
Disseram ao Shay para calçar a sua luva e tomar posição.
Já no fim da oitava mão, a equipa de Shay marcou alguns pontos mas continuou a uma distância de três pontos.
No fim da nona mão, a equipa de Shay ganhou ainda um ponto, mas continuou, ainda assim, com um atraso de dois pontos mas ainda dispondo de uma chance de compor a partida…
Para espanto de todos, deram ao Shay o bastão!
Todos sabíamos ser impossível ele ganhar, pois o Shay não fazia ideia de como fazer a batida, nem como direccionar uma bola.
Logo que Shay se colocou na zona de recepção (base), o lançador avançou alguns passos e atirou a bola com toda a suavidade de forma a que Shay conseguisse ao menos tocar-lhe com o bastão. Shay bateu pesadamente no primeiro lance, mas sem sucesso! Um dos parceiros veio em sua ajuda e os dois agarraram no bastão, aguardando o próximo lançamento. O lançador avança de novo e torna a atirar a bola ligeiramente para Shay. Com o seu equipamento e com a ajuda, Shay bate na bola, mas possibilitando a retoma pelo lançador.
Poderia este ter, facilmente, lançado a bola à primeira base, eliminando Shay e o jogo terminava por aí! Mas não! O lançador atirou a bola de tal forma alto que aquela caísse bem longe da base.
Toda a gente desatou a gritar: «Corre para a base, Shay! Corre para a primeira base!!!» Nunca ele tinha tido a oportunidade de correr para uma primeira base! Shay galopou ao longo da linha de fundo, completamente espantado! Quando chegou à primeira base, um dos adversários tinha já a bola na mão direita; ele poderia facilmente lançá-la à segunda base, o que de imediato eliminaria o Shay que continuava a correr. Mas lançou a bola por cima da terceira base e mais uma vez todos desataram a gritar: «Corre para a segunda! Corre para a segunda!!!» Os batedores à frente de Shay aproximam-se da segunda base, o adversário dirige-se para a terceira base e exclama:« Corre para a terceira!» Quando Shay passa pela terceira, os jovens das duas equipas começam a gritar: « Corre o circuito todo, Shay!!!»Shay completa o circuito, até à zona da recepção E os jogadores pegam-no em ombros. Shay é um herói !!!! Ele acaba de fazer um grande «Slam» e de ganhar o desafio para a sua equipa. -----------
Nesse dia (lá continuou o seu pai, lavado em lágrimas que lhe corriam pelos olhos), «estes 18 rapazes atingiram o seu próprio nivel da perfeição de Deus.»
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Que bela história!
Será que a devemos contar a toda a gente? O paradoxo dos dias de hoje é que:
- Temos paciência para construir grandes edifícios… mas não a paciência suficiente para controlar a nossa ira.
- Construímos largas auto estradas…, mas continuamos com pontos de vista estreitos…
- Gastamos muito…, mas damos pouco…
- Habitamos casas cada vez maiores, mas as famílias são cada vez mais pequenas…
- Cada vez mais usufruimos de comodidades e facilidades, mas nunca temos tempo livre…
- Acumulamos montes de diplomas, mas cada vez mais a nossa capacidade lógica falha, e cada vez temos menos discernimento…
- Multiplicamos os haveres, mas diminuimos os nossos valores…
- A ciência permite-nos viver cada vez mais tempo, mas continuamos a dar mais importância à quantidade que à qualidade, e, no fim da linha, a vida continua triste e monótona…
- Realizámos viagens à volta da lua, mas temos alguma dificuldade em atravessar a rua e ajudar um vizinho…
Fonte:JAM
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