quarta-feira, 27 de abril de 2011
China: autoridades reprimem cristãos durante a Páscoa
Por causa da Páscoa, centenas de membros da chamada Igreja Clandestina sentiram os efeitos da repressão que tem incidido sobre os dissidentes no país, agora com a detenção, nos últimos dias, de dezenas de cristãos pertencentes a uma igreja protestante.
Esta onda de repressão foi desencadeada pelo temor das autoridades de que as revoluções populares que têm vindo a agitar o mundo árabe possam, de alguma forma, ter eco na República Popular da China.
São muitos os que professam a sua fé de forma clandestina na China. É difícil contabilizar o número de cristãos, mas entre católicos e protestantes, haverá mais de vinte milhões de crentes, embora seja de considerar a existência de mais de 50 milhões de pessoas que vivem a sua fé em casa, fugindo assim ao controlo oficial que Pequim pretende fazer até dos assuntos religiosos.
Não são só os crentes que estão a viver mais uma onda de repressão policial. Pelo menos 54 artistas, advogados, escritores, activistas e intelectuais foram também presos nos últimos dias, segundo dados difundidos pelo Human Rights Defenders, um grupo chinês de defesa dos direitos humanos.
Ai Weiwei, o controverso e internacionalmente bem conhecido artista plástico é o nome mais sonante deste grupo, a que não escapou também Jin Tianming, um pastor da igreja de Shouwang, em Pequim, uma das maiores da capital, em consequência de uma reunião ao ar livre que foi prontamente reprimida pela polícia, tendo originado dezenas de detenções.
Além destes casos que envolvem cristãos e dissidentes políticos, há relatos também de confrontos entre as forças de segurança chinesas e residentes de um mosteiro budista tibetano na província de Sichuan.
Departamento de Informação da Fundação AIS
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