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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Nigéria: Muçulmanos ameaçam cristãos após eleições presidenciais


A violência tomou conta de muitas cidades da Nigéria, em especial no Norte, havendo registo de mortos e centenas de feridos, após as eleições presidenciais que deram a vitória ao actual presidente Goodluck Jonathan.

Goodluck, um cristão originário do Sul do país, e candidato pelo Partido Democrático do Povo, terá arrebatado cerca de 57 por cento dos votos, o que correspondeu a 22, 5 milhões de votos, uma cifra bem mais elevada do que a obtida pelo seu oponente, o general Muhammadu Buhari, que obteve apenas 12, 2 milhões de votos.

Goodluck chegou ao poder há um ano, quando o seu antecessor, o muçulmano Umaru Yar'Adua adoeceu após doença prolongada. Goodluck era, então, vice-presidente do país. Tradicionalmente, o poder na Nigéria tem alternado entre muçulmanos e cristãos, que desempenham os mais altos cargos da nação. À medida que se foi sabendo da notícia da vitória de Goodluck, as ruas foram tomadas por manifestantes, em especial nas cidades de Kaduna, Kano e Jos, que queimaram e destruíram casas de alegados apoiantes do Partido Democrático do Povo.

A BBC dá conta, também, da existência de desacatos nos estados de Gombe, Adamawa, Katsina e Sokoto. Segundo o relato do jornalista Isaac Newton, têm sido inúmeros os ataques contra cristãos, especialmente nas cidades de Kaduna, Kavo, Gora Gonin e emKaduna, sendo que muitas igrejas, casas particulares pertencendo a cristãos e outras propriedades foram incendiadas.

Há ainda notícia de que muitas famílias cristãs terão sido presas. Esta onda de violência significará, segundo observadores, que os muçulmanos não estarão preparados para aceitar um Presidente cristão na Nigéria e que será de admitir que os tumultos continuem nos próximos tempos. Os relatos que chegam das agências internacionais dão conta, para já, de pelo menos 100 mortos nestes tumultos e de centenas de feridos. Há ainda a registar o êxodo de milhares de nigerianos, em fuga da região Norte, onde o rival do presidente Goodluck, o muçulmano Muhammadu Buhari é mais popular.

Departamento de Informação da Fundação AIS

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