domingo, 3 de abril de 2011
A tocha de Cristo
(uma história que nos ensina a não prescindir da luz do Senhor que guia o nosso caminhar)
Além de ser amigos e compartilhar muitas coisas em comum, Pedro, Sérgio, Helena, Rosa, e Jaime eram escritores e historiadores, que preparavam juntos um romance histórico sobre a vida de um nobre castelhano.
Para tanto, dirigiram-se a um castelo localizado na província de Valladolid, ao qual chegaram quando a tarde já estava a cair. Percorreram cada um dos seus salões e dormitórios, quando de repente se escutou o som de um trovão, e as luzes apagaram-se suspeitosa e imediatamente.
Helena assegurou aos seus amigos que não deveriam inquietar-se, já que se tratava de um corte de luz. Porém o blecaute prolongava-se, e o castelo tornava-se mais e mais tenebroso e inseguro. A única solução que propôs Pedro foi permanecer quietos até que se restabelecesse o serviço elétrico... porém era fevereiro, e Valladolid é uma cidade muito fria, e possivelmente o frio acabaria com eles antes.
Sérgio esticou a mão até a parede e com esforço arrancou um pedaço de madeira. - "Isto nos servirá, passem-me um isqueiro". Disse.
Com aquele pedaço fez uma tocha. A chama iluminava a estância como se fosse um pequeno sol; e Sérgio avançou guiando o resto do grupo para que pudessem sair do castelo.
- "Devemos sair daqui todos juntos, e só temos uma tocha. Por tanto, permaneçamos unidos." Pediu.
Todos aceitaram, menos Jaime, que argumentou que conhecia perfeitamente o castelo e que não precisava de ninguém para sair de lá. Além disso continuou, "a escuridão não era tão grande, e inclusive podia-se encontrar outro pedaço de madeira para fazer uma tocha, por mais que não lhe fizesse falta".
Os seus amigos tentavam convencê-lo, mas Jaime era muito orgulhoso, e sempre prescindia de toda a ajuda oferecida.
O grupo seguiu até à saída do castelo; estando já do lado de fora e com a tocha acesa - porque a noite estava escura - ouviram um barulho. Sérgio com a tocha na mão saiu a correr até ao lugar de onde provinha o ruído; no chão jazia o cadáver do desafortunado Jaime, que havia caído por uma das escadas do castelo. Os quatro companheiros choraram a morte do seu amigo. Porém se Jaime tivesse seguido Sérgio, que levava a tocha, ele teria permanecido com vida.
Como os protagonistas desta história, nós também nos encontramos num castelo, que pela tormenta do pecado terminou sem luz. Deus, pelo seu infinito amor, mandou ao seu Filho Jesus, para que com a tocha da sua vida nos livre das trevas do nosso castelo. Pretender prescindir da sua luz e da sua ajuda, é expor-se a cair num precipício do qual não haverá saída
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