EU VOS AMO! VÓS SOIS A MINHA VIDA.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

EDITH STEIN


Edith nasceu em 1891, no seio de uma família judia alemã. Dos doze irmãos, era a mais nova. Aos dois anos ficou órfã de pai. A sua mãe, uma mulher forte e disciplinada, encarrega-se da educação dos filhos.Em 1921, com 30 anos, quando passava as férias grandes em casa de uns amigos, descobriu um livro que lhe mudou a vida.

Narra ela: “Certo dia, por acaso, veio-me à mão um livro bastante volumoso intitulado: “Vida de santa Teresa escrita por ela mesma. Comecei a ler. Fiquei logo cativada e não deixei o livro sem o terminar. Quando o fechei, disse para comigo: Aqui está a verdade!” A seguir compra um catecismo católico e um missal e entra pela primeira vez numa igreja para assistir à missa. No final vai pedir o baptismo ao sacerdote que a interroga sobre a doutrina cristã, passando ela perfeitamente o exame’. Assim, recebe o baptismo a 1 de Janeiro de 1922, impondo-se o nome de Teresa. Comunga a seguir e desde então é fiel à comunhão quotidiana.

Pensa entrar no Carmelo mas o director espiritual dissuade-a, pois no mundo poderia prestar maior serviço ao Reino de Deus. Dá conferências por toda a parte, quer de índole filosófica quer cristã (gostava de falar da vocação e papel da mulher na Igreja). O grande filósofo Husserl escolhe-a como assistente universitária. Mas já vivia totalmente para Deus (frequentava sobretudo a abadia de Beuron dando-se ao silêncio e à oração) e acaba por entrar no Carmelo a 15 de Outubro, festa de S. Teresa, de 1933, com 42 anos, apesar da oposição firme da mãe que também não tinha aceitado a sua conversão ao catolicismo, o que mais fazia sofrer Edith, dando esse passo “nas trevas da fé”.

Todavia, após a conversão, mais sentiu as suas raízes hebraicas, consciente de que Jesus e Maria “eram do seu próprio sangue” e oferecendo a vida pelo seu povo. No Carmelo encontrou a “solidão sonora” cheia da presença de Deus Esposo da alma: “a essência do ser cristão não é o saber mas o amor - Deus é amor”. Ela ia compreendendo cada vez mais profundamente o mistério da cruz e do amor através de longas horas de oração e de sacrifícios.
Para escapar à perseguição nazista fugiu em 1940 da Alemanha para o convento de Echt, na Holanda. Mas a 2 de Agosto de 1942 a Gestapo entrou de rompante no convento e levou as duas irmãs Stein (uma sua irmã também aí se tinha refugiado).

Ela tinha terminado justamente o seu livro “Ciência da Cruz” sobre a vida e doutrina de S. João da Cruz. No campo de concentração continuou a usar o hábito de carmelita, procurando a todos ajudar, por todos rezar e particularmente sofrer.

Conseguiu escrever à superiora onde dizia: “A Ciência da Cruz só se aprende quando se começa por sofrer verdadeiramente o peso da Cruz”. Porém, como ela escreveu: “O madeiro da Cruz tornou-se luz de Cristo”. E levou a cruz até ao calvário, como Jesus. Uma companheira que conseguiu escapar do campo de concentração recorda-a como mulher do silêncio, como “uma virgem das dores, uma Pietà sem o Cristo”.
Morreu a 9 de Agosto de 1942 (um ano após o P. Maximiliano Kolbe) no campo de concentração de Auschwitz (Polónia) na câmara de gás, sendo o seu corpo reduzido a cinzas no forno crematório, como tantos outros judeus (morreu solidária com o seu povo, pois nunca perdeu a consciência viva da sua pertença).

João Paulo II beatificou-a a 1 de Maio de 1987 e canonizou-a a 11 de Outubro de 1998, exaltando o amor à verdade desta “eminente filha de Israel e filha fiel da Igreja”. O mesmo Papa declarou-a, juntamente com S. Brígida e S. Catarina de Sena, Padroeira da Europa (juntamente com S. Bento e S. Cirilo e Metódio já anteriormente designados).

Lições que tiramos da sua vida

1) Entrega total ao Senhor, vivendo em intimidade com Ele, unida particularmente à Sua paixão, impondo-se o nome de Teresa da Cruz
e compreendendo bem a “Ciência da Cruz”;
2) Amor a Maria, procurando imitá-la, ciente de que tal imitação é imitação de Cristo, “porque Maria foi a primeira a imitar Cristo”;
3) Intelectual (filósofa) brilhante, sempre em busca da Verdade (“a minha sede de verdade era já em si mesma uma oração”) que encontrou plenamente em Deus-Amor que contemplava na oração (que definia como “relação da alma com Deus”);
4) A conversão ao catolicismo mais a fez tomar consciência das suas raízes judaicas, oferecendo a vida pelo seu povo.

1) Entrega total ao Senhor, vivendo em intimidade com Ele, unida particularmente à Sua paixão, impondo-se o nome de Teresa da Cruz
e compreendendo bem a “Ciência da Cruz”;
2) Amor a Maria, procurando imitá-la, ciente de que tal imitação é imitação de Cristo, “porque Maria foi a primeira a imitar Cristo”;
3) Intelectual (filósofa) brilhante, sempre em busca da Verdade (“a minha sede de verdade era já em si mesma uma oração”) que encontrou plenamente em Deus-Amor que contemplava na oração (que definia como “relação da alma com Deus”);
4) A conversão ao catolicismo mais a fez tomar consciência das suas raízes judaicas, oferecendo a vida pelo seu povo.

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