quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Espalhar o perfume da bondade, da misericórdia e da caridade
O perfume da compaixão, compõe-se, com efeito, dos tormentos da pobreza e das angústias em que vivem os que sofrem perseguição por serem justos, das inquietudes da tristeza por causa das faltas dos pecadores; em resumo, de toda a dor dos homens, mesmo dos nossos inimigos. A misericórdia é um bálsamo que cura: «Felizes os misericordiosos, pois alcançarão misericórdia» (Mt 5,7).
Assim, feliz a alma que cuidou de aprovisionar e espalhar o óleo da compaixão e de pô-los a ferver no fogo da caridade! Quem é, no vosso entender, «o homem feliz que tem piedade e empresta os seus bens» (Sl 111,5), inclinado à compaixão, pronto a socorrer o seu próximo, mais contente com dar do que com receber?
Quem é esse homem que perdoa facilmente, resiste à cólera, não permite a vingança, e em todas as coisas olha como suas as desgraças dos outros? Quem quer que seja essa alma impregnada do orvalho da compaixão, de coração transbordante de piedade, que se dá inteira a todos, que não é, ela mesma, senão um vaso rachado onde nada é invejosamente guardado, essa alma, tão morta para si mesma que vive unicamente para os outros, tem a felicidade de possuir esse terceiro perfume que é o melhor.
As suas mãos destilam um bálsamo infinitamente precioso (cf. Ct 5,5), que não se esgotará na adversidade e que os lumes da perseguição não conseguirão secar. É que Deus lembrar-se-á sempre dos seus sacrifícios”.»
(São Bernardo de Claraval, “Sermões sobre o Cântico dos Cânticos”, número 12)
Fonte: Vida espiritual católica
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário