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domingo, 15 de maio de 2011

Destino não existe, mas sim a Providência Divina


José encontra seus irmãos anos depois de eles o terem vendido a mercadores egípcios O Cristianismo repudia o Destino, conceito mitológico, e, em seu lugar, professa a Providência Divina, que é a ação pela qual Deus se dispõe a levar todas as criaturas para o seu fim devido; Deus não abandona a criatura depois de lhe ter dado existência, mas, tendo-a criado em vista de uma finalidade sábia e grandiosa, provê os meios para que cada criatura possa atingir a sua meta (sem destruição da liberdade, no caso do homem).

A Providência Divina, por abarcar toda a história da humanidade, vê mais longe que a mesquinha mente humana. Por isto, Ela nem sempre coincide com o modo de pensar da criatura.

Há mesmo os silêncios de Deus ou os momentos em que ele parece ausente da história dos homens; todavia a Escritura Sagrada mostra como também essas fases obscuras são acompanhadas pela Sabedoria Divina; é o que vem à baila muito claramente na história do Patriarca José, vendido a estrangeiros por seus irmãos invejosos; no fim de tão trágica história diz José:

“Eu sou José, vosso irmão, que vendestes para o Egito. Mas agora não vos entristeçais nem vos aflijais por me terdes vendido, porque foi para preservar vida que Deus me enviou adiante de vós… Não fostes vós que me enviastes para cá, mas Deus, e Ele me estabeleceu como pai para o Faraó, como governador de todas as regiões do Egito” (Gn 45, 4s.7s).

Os livros de Rute, Judite, Ester, Daniel… são outros eloqüentes testemunhos da ação providencial de Deus em favor dos seus fiéis; Ele sabe tirar dos males, bem maiores, como dizia Santo Agostinho.

O que, aos olhos dos homens, parece desastre final, ele o converte em ponto de partida para o derramamento de novas graças. O Novo Testamento insiste em que o cristão se deve configurar a Cristo mediante a Cruz,para participar também da ressurreição; nesse itinerário ele é acompanhado pelo sábio desígnio de Deus Pai (cf Mt 10, 24-31). Insiste em que tenha confiança filial (Rm 8,28-32).

São palavras de Santo Agostinho: “Deus onipotente …, sendo sumamente bom, não deixaria mal algum em sua obra, se não fosse tão poderoso e bom que pudesse tirar até do mal, o bem”… ele julgou melhor tirar dos males o bem do que não permitir que mal algum viesse a existir”.

Artigo publicado originalmente na revista “O mensageiro de Santo Antonio”./AASCJ

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