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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Honrar e Celebrar o Trabalho - João Paulo II - Porto 1982


“Vós ocupais um lugar especial no meu coração. Estão continuamente presentes no meu espírito os vossos direitos, e as vossas aspirações, as vossas ânsias e as alegrias, a preocupação que tendes pelas vossas famílias e o esforço generoso que vos anima na busca do bem comum

Sois trabalhadores! Só esta palavra já me evoca um mundo de pensamentos. A vossa própria presença já fala do valor do trabalho, e permite-me como que ler nos vossos semblantes a mensagem que neste momento vos desejo dirigir.

Vejo nas vossas feições as feições de Cristo, conhecido como o carpinteiro de Nazaré; vejo nas vossas feições, neste momento irradiante de uma alegria festiva, a expressão de confiança; vejo nas vossas feições também estampado o sofrimento e a cruz das jornadas exaustivas de trabalho (…)

Gostaria, neste momento, de apertar as mãos de todos para senti-las, calejadas como estão qual documento da vossa actividade profissional. Quando dais a mão a alguém, em sinal de amizade, concedeis ao interlocutor perceber o peso e o valor do vosso trabalho. Mão nobre que trabalha! Mão que transforma o mundo! Mão que constrói uma nova realidade para uma sociedade mais humana. Mão benfazeja que trabalha para o proveito da humanidade.

Vim ao Porto para honrar e para celebrar o trabalho. Sei bem que o povo desta cidade e desta região e de todo o Portugal se orgulhou sempre pela sua seriedade no trabalho, pelo seu culto do trabalho. Referiam-me que o Porto é conhecido localmente como «cidade do trabalho». Assim, que poderia eu fazer aqui senão anunciar-vos a «Boa-Nova», o «Evangelho do trabalho»? (…)

A Igreja que acredita no homem e pensa no homem, considera como parte da sua missão «chamar sempre a atenção para a dignidade e para os direitos dos homens do trabalho, estigmatizar as situações em que são violados, contribuir para orientar as mutações para que se torne realidade um progresso autêntico do homem e da sociedade» (João Paulo II, Laborem Exercens).

(…) A dignidade da própria pessoa que trabalha há-de ser a base e o critério a ter presente, quando se trata da avaliação de qualquer espécie de trabalho manual ou intelectual. Na realidade, o protagonista e o fim do trabalho, o seu verdadeiro criador e artífice, mesmo nas mais humildes e monótonas actividades, é sempre o homem, como pessoa. E o homem que foi criado à «imagem de Deus»”
fonte: faceboouk

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