segunda-feira, 23 de maio de 2011
Actos religiosos que levam à santidade
Diálogos com São Tomas de Aquino
- Que entendeis por virtude de religião?
- A virtude de religião é assim chamada, porque constitue o vínculo que deve ligar o homem com Deus, como princípio de todo o bem, e uma perfeição da vontade, mediante a qual se aprecia e estima em seu verdadeiro valor a relação de dependência do homem para com Deus, como primeiro princípio, último fim, ser infinitamente perfeito e causa primeira de toda a perfeição (LXXXI,1-5).
- Quais são os seus actos?
- Os actos próprios da religião são todos os que por sua natureza manifestam e confessam esta dependência. Pode, além disso, a virtude da religião ordenar para este mesmo fim os actos das outras virtudes, e neste caso, podemos dizer, que converte a vida do homem em um acto de culto permanente (LXXXI,7-8).
- Como poderemos chamá-la neste último caso?
- Chamar-lhe-emos Santidade, porque santo é o homem cuja vida se transforma num acto de religião (LXXXI,8).
- É grande e excelente a virtude da religião?
- Depois das Teologais é a mais excelsa (LXXXI-6).
- Por que?
- Porque, entre todas as virtudes morais, cuja finalidade é disciplinar a atividade consciente do homem para lançá-lo na conquista de Deus, conhecido pela fé, prometido pela esperança e amado pela caridade, nenhuma tem objecto mais elevado e próximo do último fim. As outras virtudes regulamentam os actos e deveres do homem para consigo mesmo ou para com as outras criaturas; a religião ensina-lhe as suas obrigações para com Deus, a reconhecer e acatar a sua soberana majestade, a servi-lo e honrá-lo como servido e honrado quer ser Aquele cuja grandeza e perfeição excedem com diferença infinita, à de todas as criaturas (Ibid).
Suma Teológica em forma de Catecismo/AASCJ
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