quarta-feira, 4 de maio de 2011
A gramática e o Cristão
Todos os gramáticos e eruditos ensinam em seus compêndios que as três pessoas do singular são: eu, tu e ele.
Na gramática do cristão essa ordem deve ser alterada. A primeira pessoa será Ele, isto é, o Criador; a segunda será tu, o próximo; e a terceira, então eu, o pecador.
Deus e o pecador aparecem, desse modo, separados pelo próximo, e, no entanto, é o próximo que nos une ao Criador.
Meditai sobre o pensamento famoso de Vladimir Gilkha:
“Nada nos aproxima tanto de Deus como o próximo”.
Quase todos sentem, infelizmente, uma tendência para restringir os seus sentimentos de bondade e fraternidade a um pequeno grupo de amigos íntimos. É este um dos maiores perigos para inclinações egoísticas. Notai que a magnanimidade de Jesus ultrapassou todos os limites das convenções usuais da sociedade. Ele era amigo de homens de todas as castas e de todas as condições. Pensai nas vossas obrigações neste sentido, e não limiteis os vossos sentimentos de fraternidade aos parentes, amigos e companheiros de clube.
É vosso costume ser generoso dentro de certos círculos de conhecimento, fora dos quais não sentis obrigação alguma? Não pode ser discípulo verdadeiro e leal a Jesus aquele que, conscientemente, usa desse exclusivismo anti-social.
Aprendamos a carregar uns os fardos dos outros porque ninguém há sem defeitos, ninguém sem carga, ninguém com força e juízo bastante para si; mas cumpre que uns aos outros nos suportemos, consolemos, auxiliemos, instruamos e aconselhamos.
Bem faz aquele que combate o egoísmo e o procura arrancar de sua alma todas as raízes do amor-próprio.
O amor-próprio – diz Santa Catarina de Sena – o amor-próprio nos separa de Deus e do próximo; a caridade nos aproxima de um e de outro. Um nos leva à morte, o outro à vida; um às trevas, o outro à luz; um suscita a guerra, o outro promove a paz.
Apiedai-vos, apiedai-vos, Senhor, de todos os que imploram a Vossa misericórdia; daí graça aos que dela necessitam e fazei que de tal modo vivamos, que nos tornemos dignos de gozar da Vossa graça e frutifiquemos para a vida eterna. Amém.
autor: D. – Lendas do Céu e da Terra
Fonte: Blog Almas Castelos (cortesis)
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