quarta-feira, 29 de junho de 2011
Alguém reza por voce: Os Cartuxos
Quem procurar no meu blog, vai encontrar algumas postagens sobre São Bruno, os frades cartuxos e sobre a Cartuxa. Os licores que eles produzem são uma preciosidade. Além do silencio, os monges trabalham cultivando a terra, plantando, trabalhando em diversas atividades, enfim, vivendo uma vida perfeitamente cristã. A Cartuxa é sem dúvida alguma uma ordem religiosa sem igual. Muitas vezes questionamos: “Somos pecadores, e no entanto Deus nos dá tantas graças maravilhosas... Sabe por que? Porque em alguma parte do mundo os cartuxos estão rezando por você....”
O mundo das orações e sacrifícios é um mundo santo. “Rezai e fazei penitência” – disse Nossa Senhora de Fátima. E quando nós rezamos um simples “Pai Nosso” e uma simples “Ave Maria” achamos que já fizemos nossa obrigação. Quanto tempo nós desperdiçamos nas coisas do mundo, e para Deus quanto tempo dedicamos? Não nos esqueçamos que Deus nos criou para conhece-Lo, amá-Lo e servi-Lo. No trabalho, nos estudos, na nossa família, em nosso dia-a-dia, tudo devemos fazer sempre no intuito de agradar e servir a Deus.
Quem quiser conhecer um pouco mais sobre os cartuxos e o famoso licor por eles produzido, recomendo as seguintes postagens:
http://almascastelos.blogspot.com/2010/08/o-medico-ateu.html
http://almascastelos.blogspot.com/2010/09/cartuxa-os-cartuxos-e-o-chatreuse.html
Aqui segue a história de hoje:
Entre as ordens religiosas existentes no mundo uma das mais singulares é, sem dúvida, a ordem dos frades cartuxos, fundada por São Bruno.
Os frades cartuxos obedecem a uma disciplina extremamente severa e fazem voto de silencio.
Pela manhã assistem, em conjunto, à missa e cantam; fazem apenas uma refeição diária e os dias sem pronunciar palavra, em preces e meditações.
Cada frade cartuxo tem a sua cela num pavilhão isolado; em cada cela existe o leito do religioso, um crucifixo e, ao lado do leito, cavada no chão, uma sepultura aberta. Isso é feito para que o frade silencioso, que passa a vida em penitência, medite a cada momento sobre a morte.
Na cidade de Burgos, na Espanha, ergue-se atualmente um pequeno mosteiro de frades cartuxos. Na igreja desse mosteiro existe uma imagem de São Bruno que é um trabalho de rara perfeição. Quem observa essa imagem tem a impressão de que se trata de uma figura viva colocada, entre flores, no altar.
Certa vez, um viajante, acompanhado de um guia, visitava a igreja dos frades cartuxos. Ao dar de rosto com a imagem admirável de São Bruno não pode conter a admiração e exclamou:
- É perfeita! Só falta falar!
- Engana-se, senhor – respondeu, respeitoso, o guia. – Essa imagem é perfeita precisamente porque não fala. São Bruno era cartuxo, não falava!
Eis o caso único em que, diante de uma figura, reprodução artística de um ser humano, não seria aceitável a expressão corrente: “só falta falar”.
(fonte: "A Estrela dos Reis Magos - Malba Tahan)/blog Almas Castelos
terça-feira, 28 de junho de 2011
Gênesis, 50
1. José atirou-se então sobre o rosto de seu pai e o beijou chorando.
2. Ordenou depois aos médicos que o serviam, que embalsamassem seu pai; e os médicos embalsamaram Israel.
3. Gastaram nisso quarenta dias, que é o tempo necessário ao embalsamamento. Os egípcios choraram-no durante setenta dias.
4. Passado o tempo do pranto, José disse à casa do faraó: “Se achei graça aos vossos olhos, dizei de minha parte ao faraó
5. que meu pai me fez jurar-lhe: Eu vou morrer, disse-me ele; tu me enterrarás no túmulo que adquiri na terra de Canaã. Permite-me, pois, subir e enterrar meu pai; depois voltarei”.
6. O faraó respondeu: “Vai sepultar teu pai como ele te fez jurar”.
7. José partiu para sepultar seu pai. Todos os servos do faraó, os anciãos de sua casa e todos os anciãos do Egito,
8. toda a casa de José, seus irmãos e a casa de seu pai o seguiram. Deixaram na terra de Gessém somente seus filhinhos, suas ovelhas e seus bois.
9. Carros e cavaleiros acompanhavam-no, de sorte que a caravana era muito grande.
10. Chegando à eira de Atad, além do Jordão, fizeram uma grande e solene lamentação, e José celebrou, em honra de seu pai, um pranto de sete dias.
11. Vendo esse pranto na eira de Atad, o povo daquela terra disse: “Grande pranto é esse dos egípcios!” Daí o nome de Abel-Misraim dado a esse lugar, que está situado além do Jordão.
12. Os filhos de Jacó fizeram, pois, o que ele lhes tinha ordenado.
13. Levaram-no para Canaã e enterraram-no na caverna da terra de Macpela, que Abraão tinha comprado, juntamente com a propriedade de Efrom, o hiteu, defronte de Mambré, para ter a propriedade de uma sepultura.
14. Depois do enterro, José voltou para o Egito com seus irmãos e todos os que o tinham acompanhado nos funerais de seu pai.
15. Os irmãos de José, vendo que seu pai morrera, disseram entre si: “Será que José nos tomará em aversão e irá vingar-se de todo o mal que lhe fizemos?”
16. Mandaram, pois, dizer-lhe: “Antes de morrer, teu pai recomendou-nos
17. que te pedíssemos perdão do crime que teus irmãos cometeram, de seu pecado, de todo o mal que te fizeram. Perdoa, pois, agora esse crime àqueles que servem o Deus de teu pai”. Ouvindo isso, José chorou.
18. Seus irmãos vieram jogar-se aos seus pés, dizendo: “Somos teus escravos!”
19. José disse-lhes: “Não temais: posso eu pôr-me no lugar de Deus?
20. Vossa intenção era de fazer-me mal, mas Deus tirou daí um bem; era para fazer, como acontece hoje, com que se conservasse a vida a um grande povo.
21. Não temais, pois: eu vos sustentarei a vós e a vossos filhos”. Estas palavras, que lhes foram direito ao coração, reconfortaram-nos.
22. José habitou no Egito, e também a família de seu pai. Viveu cento e dez anos.
23. Viu os descendentes de Efraim até a terceira geração. Igualmente, os filhos de Maquir, filho de Manassés, vieram à luz sobre os joelhos de José.
24. José disse a seus irmãos: “Vou morrer; mas Deus vos visitará seguramente e vos fará subir desta terra para a terra que jurou dar a Abraão, Isaac e a Jacó”.
25. E José fez que os filhos de Israel jurassem: “Quando Deus vos visitar, disse ele, levareis daqui os meus ossos”.
26. José morreu com a idade de cento e dez anos. Foi embalsamado e depositado num sarcófago no Egito.
Bíblia Ave Maria - Todos os direitos reservados.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
O Sagrado Coração de Jesus no mundo
O culto ao Sagrado Coração esteve presente já no início da Igreja, desde a Cruz, onde este divino Coração foi aberto para os fiéis como um asilo inviolável, sacrário das divinas riquezas, que derrama sobre nós as torrentes da misericórdia e da graça. Os maiores Santos de todos os séculos compreenderam o segredo desta devoção muito antes que ela fosse revelada de modo especial. Seu desenvolvimento é devido especialmente a São Bernardo, e também a Santa Matilde, Santa Gertrudes e São Boaventura; em seguida, pelos Jesuítas, pelo Bem-aventurado Henrique Suso, São Bernardino de Sena e sobretudo São João Eudes (1601-1680).
Depois das revelações do Sagrado Coração a Santa Margarida Maria Alacoque, a festa, aprovada por Clemente XIII em 1765 para algumas dioceses, foi estendida a toda a Igreja por Pio IX em 1856. Em 1899, Leão XIII consagrou todo o género humano ao Sacratíssimo Coração de Jesus. Em 1928, Pio XI definiu a festa do Sagrado Coração como a característica de nossos tempos.
Lê-se na vida de Santa Gertrudes que, sendo um dia favorecida com a aparição de São João Evangelista, perguntou-lhe por que motivo, tendo ele descansado sobre o Coração de Jesus durante a Ceia, nada havia escrito para instrução nossa sobre os movimentos do divino Coração; e que o Santo respondera com estas palavras memoráveis:
“Eu estava encarregado de escrever, para a Igreja ainda no berço, a palavra do Verbo Encarnado; Deus, porém, reservou a suavidade dos sentimentos do divino Coração para manifestá-la nos últimos tempos, na velhice do mundo, a fim de reacender a caridade que arrefecer-se-á consideravelmente.”
Fonte JAM
domingo, 26 de junho de 2011
10 Mandamentos para cura
Experimentemos o olhar misericordioso de Jesus. Sim, Jesus quer nos curar através do seu olhar.
Vou apresentar os dez olhares de Jesus ou dez mandamentos para nos curar.
A vida de Jesus, todo o ministério de Jesus é para nossa cura e libertação e Jesus está a nosso favor.
Vejamos a Palavra de Deus que está em Mateus, 9, 35- 38: “Jesus começou a percorrer todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, proclamando a Boa Nova do Reino e curando todo o tipo de doença e de enfermidade. Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão por elas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas sem pastor. Então disse aos discípulos: “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da seara que envie trabalhadores para a sua seara!”
Um caminho seguro para quem precisa de cura e libertação.
Os Dez Mandamentos para a cura são:
1º Crer que Jesus Cristo está vivo. Crer que Ele continua a curar nos dias de hoje. E Ele quer-nos sadios.
2º Reconhecer-se necessitado de Deus.
3º Pedir e confiar na misericórdia de Deus.
4º Romper com o pecado e falta de perdão.
5º Em todas as ocasiões, louva a Deus. O louvor cura.
6º Não guardes mágoa nem ressentimento. Reza pelos teus opressores. O louvor + o perdão gera a cura.
7º Participa com frequência nos sacramentos, principalmente o da Reconciliação e da Santa Missa.
8º Participa de maneira activa na tua comunidade de fé.
9º Vive no poder de Jesus.
10º Vive as orientações médicas.
O 1º Mandamento: Sem fé é impossível agradar a Deus. S. Teresinha dizia: “Quem crê muito, experimenta muito, quem crê pouco, experimenta pouco.”
Não devemos lançar olhares desesperados, mas um olhar de confiança em quem nos pode salvar! Jesus está vivo para nunca mais morrer: Jesus Cristo é o único fundador de Igreja que ressuscitou e está vivo e nunca mais morrerá.
Na Igreja de Jesus Cristo está a plenitude da verdade! Nela contém tudo o que tu precisas para ser e estar completo, no corpo, na mente e na alma.
Jesus só tinha um ministério, e Ele está vivo e continua a exercer o Seu ministério de cura e pregação e a nós também confiou este ministério!
A palavra de Deus é viva e eficaz.
Há pessoas que acham que as tristezas e as dores vêm de Deus
Deus não manda a dor nem a tristeza. A tua dor dói mais em Deus do que em ti mesmo. O teu sofrimento faz muito mais Deus sofrer, do que a ti. Porém, muitas vezes Deus permite que o sofrimento seja uma doença ou até mesmo a perca de um ente querido, para nos aproximarmos de Deus, porque, infelizmente, quem não vem pelo amor, virá pela dor. Porém, sem dúvida alguma, há valor no sofrimento.
O olhar do Senhor sempre esteve voltado para as tuas dores, Deus ama-te e por isso quer te curar, porque te deseja como discípulo e missionário Dele.
O 2º Mandamento cura é: Reconhece-te enfermo e necessitado de Cura e libertação.
O primeiro passo é reconhecer-se necessitado, porque no evangelho Jesus disse: “Não são as pessoas com saúde que precisam de médico, mas as doentes.” (Lc 5,31)
Todos nós trazemos algumas enfermidades, sejam elas doenças físicas, espirituais, emocionais ou psicóticas.
Quando não reconheço a minha enfermidade, não busco tratamento. E Deus quer nos dar essa cura, precisamos de reconhecer que precisamos da intervenção Dele em nossa vida e além disso é preciso querer receber a cura.
Pede a Deus, todos os dias, a graça de reconhecer com toda a humildade do teu coração, que necessitas da graça de Deus.
3º Mandamento: Pedir e confiar em Jesus, a graça da cura e da libertação. Uma vez que te reconheceste necessitado, agora podes pedir a Jesus, plenamente confiante na sua misericórdia divina.
O Evangelho conta que um leproso se aproximou de Jesus pedindo a sua cura, aquele homem que já estava transfigurado devido à sua lepra, mas mesmo assim disse a Jesus: “se Tu queres, tens o poder de me limpar. Jesus disse: Eu quero. E ele ficou curado”.
Outra narrativa evangélica diz: “Um cego ouviu que Jesus estava a passar, e com Ele uma grande multidão. E o cego começou a gritar: Jesus Filho de David, tem compaixão de mim, Jesus aproximou-se dele e perguntou: o que queres que eu te faça, ele respondeu: Senhor que eu veja”. E que pergunta mais inusitada de Jesus. Era evidente do que o cego precisava, ele precisa ver Jesus. Mas Jesus quis saber dele o que ele queria, e atendeu-o.
Jesus cura para nos fazer Dele.
S. Agostinho dizia: “Se Deus nos ensinou a rezar, é porque Ele quer que nós rezemos, e também: Se Deus nos ensinou a rezar é porque Ele tem interesse que nós rezamos, pois Ele quer nos atender, para isso precisamos pedir”
S. Tomas de Aquino dizia que a “Oração do Pai Nosso é a oração mais eficaz, pois ela nos orienta a ordem em que devemos pedir e ordenar os nossos pedidos e afectos a Deus.”
O coração orante move a poderosa mão de Deus. O Senhor quer muito mais os pedidos dos pedintes, Ele quer os pedintes que fazem os pedidos. Por isso precisamos de ter diariamente um momento para a oração. Pois a oração está para a alma, como o oxigénio para o corpo.
No 4º Mandamento para a cura, precisamos de romper com todo o pecado e com todas as raízes de pecado pois elas nos levam à morte. Não podemos dar brechas ao maligno.
Fonte: JAM
sábado, 25 de junho de 2011
Isaías, 1
1. Profecia de Isaías, filho de Amós, a respeito de Judá e Jerusalém no tempo de Ozias, de Joatão, de Acaz e de Ezequias, rei de Judá.
2. Ouvi, céus, e tu, ó terra, escuta, é o Senhor que fala: Eu criei filhos e os eduquei, eles, porém, se revoltaram contra mim.
3. O boi conhece o seu possuidor, e o asno, o estábulo do seu dono; mas Israel não conhece nada, e meu povo não tem entendimento.
4. Ai da nação pecadora, do povo carregado de crimes, da raça de malfeitores, dos filhos desnaturados! Abandonaram o Senhor, desprezaram o Santo de Israel, e lhe voltaram as costas.
5. Onde vos ferir ainda, quando persistis na rebelião? Toda a cabeça está enferma, e todo o coração, abatido.
6. Desde a planta dos pés até o alto da cabeça, não há nele coisa sã. Tudo é uma ferida, uma contusão, uma chaga viva, que não foi nem curada, nem ligada, nem suavizada com óleo.
7. Vossa terra está assolada, vossas cidades, incendiadas. Os inimigos, à vossa vista, devastam vosso país. (É uma desolação, como a ruína de Sodoma).
8. Sião está só como choupana em uma vinha, como choça em pepinal, como cidade sitiada.
9. Se o Senhor dos exércitos não nos tivesse deixado alguns da nossa linhagem, teríamos sido como Sodoma, e ter-nos-íamos tornado como Gomorra.
10. Ouvi a palavra do Senhor, príncipes de Sodoma; escuta a lição de nosso Deus, povo de Gomorra:
11. De que me serve a mim a multidão das vossas vítimas?, diz o Senhor. Já estou farto de holocaustos de cordeiros e da gordura de novilhos cevados. Eu não quero sangue de touros e de bodes.
12. quando vindes apresentar-vos diante de mim, quem vos reclamou isto: atropelar os meus átrios?
13. De nada serve trazer oferendas; tenho horror da fumaça dos sacrifícios. As luas novas, os sábados, as reuniões de culto, não posso suportar a presença do crime na festa religiosa.
14. Eu abomino as vossas luas novas e as vossas festas; elas me são molestas, estou cansado delas.
15. Quando estendeis vossas mãos, eu desvio de vós os meus olhos; quando multiplicais vossas preces, não as ouço. Vossas mãos estão cheias de sangue,
16. lavai-vos, purificai-vos. Tirai vossas más ações de diante de meus olhos.
17. Cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem. Respeitai o direito, protegei o oprimido; fazei justiça ao órfão, defendei a viúva.
18. Pois bem, justifiquemo-nos, diz o Senhor. Se vossos pecados forem escarlates, tornar-se-ão brancos como a neve! Se forem vermelhos como a púrpura, ficarão brancos como a lã!
19. Se fordes dóceis e obedientes, provareis os melhores frutos da terra;
20. se recusardes e vos revoltardes, provareis a espada. É a boca do Senhor que o declara.
21. Como se prostituiu a cidade fiel, Sião, cheia de retidão? A justiça habitava nela, e agora são os homicidas.
22. Tua prata converteu-se em escória, teu vinho misturou-se com água.
23. Teus príncipes são rebeldes, cúmplices de ladrões. Todos eles amam as dádivas e andam atrás do proveito próprio; não fazem justiça ao órfão, e a causa da viúva não é evocada diante deles.
24. Por isso eis o que diz o Senhor, Deus dos exércitos, o Poderoso de Israel: Ah! eu tirarei satisfação de meus adversários, e me vingarei de meus inimigos.
25. Voltarei minha mão contra ti, e te purificarei no crisol, e eliminarei de ti todo o chumbo.
26. Tornarei teus juízes semelhantes aos de outrora, e teus conselheiros como os de antigamente. Então te chamarão Cidade da Justiça, Cidade fiel.
27. Sião será remida pelo direito, e seus convertidos pela justiça..
28. Os rebeldes e os pecadores serão destruídos juntamente, e aqueles que abandonam o Senhor perecerão.
29. Então tereis vergonha dos carvalhos verdes que cobiçais, e corareis de pejo dos jardins que ora vos agradam,
30. porque sereis como um carvalho verde com folhagem seca, e como um jardim sem água.
31. O homem forte será a estopa. e sua obra, a faísca; eles arderão sem que ninguém possa extinguir.
Bíblia Ave Maria - Todos os direitos reservados.
Nossa Senhora de La Salette
A vila de La Salette está situada na região sul da França, junto dos Alpes e pertence ao município de Isere. No dia 18 de setembro de 1846, o menino Maximino Giraud, de onze anos, atendeu ao pedido do pai e se juntou à Melania Calvat, de quinze, para ajudar a pastorear.
No dia 19 de setembro, próximo às três horas da tarde, eles haviam almoçado embaixo da sombra de uma árvore ao lado de um riacho. Era um dia de muito sol, abafado. Sem perceber adormeceram um pouco. Ao despertar Melania se assustou por não ver nenhum dos animais. Chamou Maximino e correram a montanha acima, de onde avistaram todo o rebanho pastando no vale.
Uma luz
Na descida, no meio do caminho, Melania alertou o companheiro para uma luz que se movia sobre uma pedra. Atraídos e ao mesmo tempo intrigados foram examinar o que se passava. Viram que a luz emanava de uma linda Senhora em cuja cabeça havia uma bonita coroa de ouro.
Ela estava sentada e chorava com o rosto entre as mãos, apoiadas pelos cotovelos nos joelhos. Os dois ficaram parados com medo. Mas a Senhora suavemente se levantou e de pé sobre a pedra, com os braços cruzados, lhes disse: “Aproximem-se, meus filhos, não tenham medo: estou aqui para vos trazer uma grande comunicação”. A doce voz da Santa Virgem tranqüilizou os pastorzinhos que foram ao seu encontro.
Sempre chorando e após se queixar da ingratidão e infidelidade dos católicos para com os benefícios de Salvação do seu filho Jesus, disse que a França e a humanidade viveriam dias muito difíceis. Pediu aos dois que rezassem bastante, o Pai Nosso e a Ave Maria. E, a cada um, confiou um segredo. No final se despediu com essas palavras: “Meus filhos, haveis de comunicar isto a todo o meu povo”.
Então ela se dirigiu ao cume da montanha sem deixar uma pegada na relva, seguida por Melania e Maximino. Lá, Nossa Senhora se elevou. Flutuando no ar, olhou para a sua direita, para a sua esquerda e depois para os dois pastores. A sua luz a envolveu como um globo e subiu desaparecendo no alto do céu.
Os romeiros
Melania e Maximino contaram sobre a aparição aos seus pais e ao pároco. A notícia se espalhou na vila. No dia 21 de setembro o primeiro grupo de romeiros foi até a pedra onde Nossa Senhora aparecera e viram que dela jorrava uma fonte de água límpida.
Logo muitos milagres e graças se operaram com a água. O Papa Pio IX reconheceu a aparição e aprovou essa invocação mariana em 1851.
Mais tarde, o mesmo pontífice anunciou os dois segredos entregues aos pastorzinhos, assim: “Estes são os segredos de La Salette; se o mundo não se arrepender, perecerá”.
Em 1852 foi erguido um Santuário dedicado à Nossa Senhora, junto à fonte na montanha de La Salette. Para atender a essa obra, o bispo do local fundou a Congregação dos Missionários e Irmãos de Nossa Senhora de La Salette para pregação e atendimento de confissões.
Maximino foi o primeiro a vestir o hábito da nova congregação e faleceu em 1875, ainda jovem. Melania também se entregou à vida consagrada e foi uma das co-fundadoras da Congregação das Filhas do Zelo do Divino Coração de Jesus. Morreu em 1904, com fama de santidade. O Santuário de Nossa Senhora de La Salette, pronto em 1879, se tornou um local de peregrinação do mundo inteiro.
Fonte: http://www.catequisar.com.br/ADF
sexta-feira, 24 de junho de 2011
De Maria nunquam satis
Todos os dias, dum extremo da terra ao outro, no mais alto dos céus, no mais profundo dos abismos, tudo prega, tudo exalta a incomparável Maria. Os nove coros de anjos, os homens de todas as idades, condições e religiões, os bons e os maus.
Os próprios demônios são obrigados, de bom ou mau grado, pela força da verdade, a proclamá-la bem-aventurada. Vibra nos céus, como diz São Boaventura, o clamor incessante dos anjos: Sancta, sancta, sancta Maria, Dei Genitrix et Virgo; e milhões e milhões de vezes, todos os dias, eles lhe dirigem a saudação angélica: Ave, Maria..., prosternado-se diante dela e pedindo-lhe a graça de honrá-la com suas ordens.
E a todos se avantaja o príncipe da corte celeste, São Miguel, que é o mais zeloso em render-lhe e procurar toda a sorte de homenagens, sempre atento, para ter a honra de, à sua palavra, prestar um serviço a algum dos seus servidores.
Toda a terra está cheia de sua glória, particularmente entre os cristãos, que a tomam como padroeira e protetora em muitos países, províncias, dioceses e cidades. Inúmeras catedrais são consagradas sob a invocação do seu nome.
Igreja alguma se encontra sem um altar em sua honra; não há região ou país que não possua alguma de suas imagens milagrosas, junto das quais todos os males são curados e se obtêm todos os bens. Quantas confrarias e congregações erigidas em sua honra! Quantos institutos e ordens religiosas abrigados sob seu nome e proteção! Quantos irmãos e irmãs de todas as confrarias, e quantos religiosos e religiosas a entoar os seus louvores, a anunciar as suas maravilhas!
Não há criancinha que, balbuciando a Ave-Maria, não a louve; mesmo os pecadores, os mais empedernidos, conservam sempre uma centelha de confiança em Maria. Dos próprios demônios no inferno, não há um que não a respeite, embora temendo.
Depois disto é preciso dizer, em verdade, com os santos:
De Maria nunquam satis... Ainda não se louvou, exaltou, amou e serviu suficientemente a Maria, pois muito mais louvor, respeito, amor e serviço ela merece.
É preciso dizer, ainda, com o Espírito Santo: Omnis gloria eius filiae Regis ab intus – Toda a glória da Filha do Rei está no interior (Sl 44, 14), como se toda a glória exterior, que lhe dão, a porfia, o céu e a terra, nada fosse em comparação daquela que ela recebe no interior, da parte do Criador, e que desconhecem as fracas criaturas, incapazes de penetrar o segredo dos segredos do Rei.
Devemos, portanto, exclamar com o apóstolo: Nec oculus vidit, nec auris audivit, nec in cor hominis ascendit (1Cor 2, 9) – os olhos não viram, o ouvido não ouviu, nem o coração do homem compreendeu as belezas, as grandezas e excelências de Maria, o milagre dos milagres da graça, da natureza e da glória. Se quiserdes compreender a Mãe – diz um santo – compreendei o Filho. Ela é uma digna Mãe de Deus: Hic taceat omnis lingua – Toda língua aqui emudeça.
Meu coração ditou tudo o que acabo de escrever com especial alegria, para demonstrar que Maria Santíssima tem sido, até aqui, desconhecida, e que é esta uma das razões por que Jesus Cristo não é conhecido como deve ser. Quando, portanto, e é certo, o conhecimento e o reino de Jesus Cristo tomarem o mundo, será uma conseqüência necessária do conhecimento e do reino da Santíssima Virgem Maria. Ela o deu ao mundo a primeira vez, e também, da segunda, o fará resplandecer.
(TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM - São Luís Maria Grignion de Montfort - 19ª edição – Editora Vozes – Petrópolis, 1992)
(A foto pertence a Revista Catolicismo de Maio de 2011 - Tiziano faz seu primeiro esboço – William Dyce, séc. XIX. Coleção privada)
fonte: blog Almas Castelos (cortesia)
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Reconciliação e desenvolvimento para o Sudão
Entrevista com Dom Cesare Mazzolari, Bispo de Rumbek
Dia 9 de Julho, em Juba, capital do Sudão do Sul, uma declaração oficial sancionará a criação do 54º país africano. O Sul, cristão e animista, oficializará a separação do regime islâmico do Norte. A criação do Sudão do Sul é segura, mas ainda está ameaçada por confrontos e focos de guerra civil. Entre as personalidades que trabalham pela reconciliação, destaca-se Dom Cesare Mazzolari, Bispo da Diocese de Rumbek (Sudão do Sul) desde 1999 e missionário para o povo sudanês há 30 anos.
Com a constituição do Sudão do Sul, o que mudará para o povo e para a situação geopolítica do Norte de África?
Dom Mazzolari:
A secessão do Sudão do Sul representa um objectivo de liberdade para um povo oprimido durante mais de 20 anos de guerra civil. Prevejo uma época de cristandade que se aprofundará cada vez mais. Este símbolo de liberdade africana, de liberdade genuína, fortemente desejada, é visível também no Norte de África, com as revoluções que se sucederam nos últimos meses. Isso não significa que deverá haver divisões noutros Estados Africanos, mas certamente o percurso feito pelo Sudão do Sul foi valorizado e apoiado transversalmente em todo o país.
Qual é a posição da Igreja Católica? E que de que forma os cristãos podem ajudar ao nascimento e desenvolvimento do Sudão do Sul?
Dom Mazzolari:
Para um país que tem a taxa mais alta de analfabetismo no mundo (somente 15% dos homens e 9% das mulheres sabem ler e escrever), agora, mais do que nunca, precisamos de formar a classe dirigente do futuro para que a autodeterminação deste povo seja plena e madura, como sinal da esperança e de uma fundamental recuperação da identidade. Como Igreja, temos, ainda hoje, uma grande responsabilidade na construção do novo Estado: devemos ensinar a arte paciente do diálogo, da comunicação e da reconciliação, para colocar as bases de um novo país que praticamente só conhece o caminho da violência.
Quais são os projectos educativos para o desenvolvimento promovido pela associação CESAR que dirige? Em particular, como pretende construir o primeiro centro para a formação de professores do Sudão do Sul?
Dom Mazzolari:
CESAR nasceu em 2000, com o objectivo de procurar ajuda fora de África, e constitui um verdadeiro enlace entre a missão e os seus benfeitores. Os fundos recolhidos são utilizados em diversos âmbitos, segundo as necessidades do momento: da pastoral à educação, da saúde às ajudas humanitárias, como está documentado no site www.cesarsudan.org.
Actualmente, estamos a construir um centro para professores em Cuiebet, localidade a 80km de Rumbek. É uma escola que formará cada ano 30 professores capazes de oferecer uma instrução básica a mais de 5 mil crianças, apenas nos primeiros cinco anos de actividade. Levar a cabo esta obra requer o compromisso das instituições internacionais; o nosso apelo dirige-se a elas, para que possam dar um novo impulso aos projectos, nesta terra martirizada pela guerra civil e pela pobreza. Por isso, sustentamos as instituições de uma embaixada italiana em Juba, que poderia naturalmente colocar em marcha uma mudança significativa nesta direcção.
De que maneira as instituições internacionais, os governos e as Igrejas cristãs podem contribuir para a realização dos projectos de desenvolvimento para o Sudão do Sul?
Dom Mazzolari:
Infelizmente, o Sudão do Sul é o país mais pobre do mundo: 90% dos habitantes vive com menos de um dólar por dia. No entanto, a superfície e o subsolo deste país esconde enormes riquezas a serem descobertas: petróleo, ouro, madeiras preciosas, como o ébano e o mogno. Faltam pessoas que saibam explorar esta riqueza para dá-la a conhecer dentro e fora das fronteiras do Sudão do Sul. A ideia de construir uma carpintaria tem precisamente essa intenção: investir no Sudão do Sul, dando a possibilidade aos cidadãos de trabalhar os recursos que a terra oferece.
Quais são as dificuldades que prevê encontrar? E quais os recursos humanos a serem mobilizados?
Dom Mazzolari:
Não teremos a integração imediata, razão pela qual o Norte e o Sul deverão aceitar ser pobres pelo menos por mais 10 anos. Não há hospitais, escolas, fontes de água, infraestruturas. Será necessária a ajuda da comunidade internacional para alcançar muitos dos objectivos que a independência trará consigo. Os contínuos ataques provocadores do Governo de Cartum, com a ocupação militar da área de Abyei, disputada pelos jazigos petrolíferos de que dispõe, convidam claramente à guerra. Mas o Governo do Sul está a reagir às provocações, fazendo-as cair no vazio. A atmosfera, portanto, não é a mais serena, mas apesar disso estou convencido de que o povo está decidido a tornar-se independente - e suportar silenciosamente o Governo de Cartum é uma demonstração disso.
Esta entrevista foi realizada pela Agência de Notícias ZENIT.
Bruxelas: União Europeia preocupada com situação na China
A União Europeia manifestou preocupação acerca de detenções ilegais e desaparecimentos forçados de dissidentes chineses, e sublinhou a importância de um sistema judicial independente e da protecção dos direitos dos advogados no exercício da profissão.
A posição da União Europeia – dada a conhecer pela agência Lusa – foi conhecida após o encontro de Jim Moran, director para a Ásia do Serviço de Acção Externa da UE, e Chen Xu, director-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Esta foi a primeira reunião do género desde a atribuição do Nobel da Paz a Liu Xiaobo, em Outubro de 2010, e ocorreu num ano considerado especialmente duro para os dissidentes chineses.
Organizações ocidentais estimam que dezenas de activistas chineses, entre os quais vários advogados, foram detidos desde Fevereiro, após a divulgação na Internet de apelos a favor da realização de protestos idênticos aos que agitaram o Médio Oriente e Norte de África.
A lista inclui um dos artistas plásticos chineses mais conhecidos, Ai Weiwei, detido a 3 de Abril no aeroporto de Pequim quando pretendia embarcar para Hong Kong. De acordo com a única informação oficial divulgada até agora, Ai Weiwei "está a ser investigado por suspeita de crimes económicos" e "o caso não tem a ver com direitos humanos".
A Human Rights Watch (HRW), com sede em Nova Iorque, considera a actual vaga de detenções "a mais intensa repressão de activistas numa geração".
Num comunicado acerca da última ronda do diálogo China-UE, a HRW exortou a União Europeia a "dar passos imediatos para transformar o diálogo num instrumento de progresso" e "estabelecer metas", nomeadamente quanto à "libertação de presos políticos".
Departamento de Informação da Fundação AIS
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Gênesis, 3
1. A serpente era o mais astuto de todos os animais dos campos que o Senhor Deus tinha formado. Ela disse a mulher: É verdade que Deus vos proibiu comer do fruto de toda árvore do jardim?”
2. A mulher respondeu-lhe: Podemos comer do fruto das árvores do jardim.
3. Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: Vós não comereis dele, nem o tocareis, para que não morrais.”
4. “Oh, não! – tornou a serpente – vós não morrereis!
5. Mas Deus bem sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão, e sereis como deuses, conhecedores do bem e do mal.”
6. A mulher, vendo que o fruto da árvore era bom para comer, de agradável aspecto e mui apropriado para abrir a inteligência, tomou dele, comeu, e o apresentou também ao seu marido, que comeu igualmente.
7. Então os seus olhos abriram-se; e, vendo que estavam nus, tomaram folhas de figueira, ligaram-nas e fizeram cinturas para si.
8. E eis que ouviram o barulho (dos passos) do Senhor Deus que passeava no jardim, à hora da brisa da tarde. O homem e sua mulher esconderam-se da face do Senhor Deus, no meio das árvores do jardim.
9. Mas o Senhor Deus chamou o homem, e disse-lhe: “Onde estás?”
10. E ele respondeu: “Ouvi o barulho dos vossos passos no jardim; tive medo, porque estou nu; e ocultei-me.”
11. O Senhor Deus disse: “Quem te revelou que estavas nu? Terias tu porventura comido do fruto da árvore que eu te havia proibido de comer?”
12. O homem respondeu: “A mulher que pusestes ao meu lado apresentou-me deste fruto, e eu comi.”
13. O Senhor Deus disse à mulher: Porque fizeste isso?” “A serpente enganou-me,– respondeu ela – e eu comi.”
14. Então o Senhor Deus disse à serpente: “Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais e feras dos campos; andarás de rastos sobre o teu ventre e comerás o pó todos os dias de tua vida.
15. Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu ferirás o calcanhar.”
16. Disse também à mulher: Multiplicarei os sofrimentos de teu parto; darás à luz com dores, teus desejos te impelirão para o teu marido e tu estarás sob o seu domínio.”
17. E disse em seguida ao homem: “Porque ouviste a voz de tua mulher e comeste do fruto da árvore que eu te havia proibido comer, maldita seja a terra por tua causa. Tirarás dela com trabalhos penosos o teu sustento todos os dias de tua vida.
18. Ela te produzirá espinhos e abrolhos, e tu comerás a erva da terra.
19. Comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que foste tirado; porque és pó, e pó te hás de tornar.”
20. Adão pôs à sua mulher o nome de Eva, porque ela era a mãe de todos os viventes.
21. O Senhor Deus fez para Adão e sua mulher umas vestes de peles, e os vestiu.
22. E o Senhor Deus disse: “Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal. Agora, pois, cuidemos que ele não estenda a sua mão e tome também do fruto da árvore da vida, e o coma, e viva eternamente.”
23. O Senhor Deus expulsou-o do jardim do Éden, para que ele cultivasse a terra donde tinha sido tirado.
24. E expulsou-o; e colocou ao oriente do jardim do Éden querubins armados de uma espada flamejante, para guardar o caminho da árvore da vida.
Bíblia Ave Maria - Todos os direitos reservados.
terça-feira, 21 de junho de 2011
A esmola e o rochedo
Havia outrora, em país situado para além do Ganges, um rei muito rico e orgulhoso. Todos os dias deixava o monarca o grande palácio em que vivia e, fazendo-se acompanhar de uma aparatosa guarda de cavaleiros, percorria as ruas da cidade distribuindo esmolas, atirando moedas de ouro aos pobres e necessitados.
- Como é caridoso o rei! - diziam. - Quanta bondade! Que coração magnânimo!
E não se apontava um só habitante capaz de negar as qualidades altruísticas do dadivoso soberano.
Um dia surgiu na cidade um velho sacerdote que andava pelo mundo em peregrinação, ensinando aos homens as grandes verdades do livro de Deus. Ao notar a ostentação descabida com que o rei dava esmolas e a maneira espetaculosa como exercia a caridade, o bom ancião observou:
- A caridade no coração desse rei vaidoso é como a areia atirada sobre o rochedo nu!
E, como os seus numerosos ouvintes não tivessem percebido o sentido exato de suas palavras, ele explicou:
- Aquele que dá esmolas por ostentação é semelhante ao rochedo coberto de areia. Vem a chuva, lava a pedra lisa, e não se encontra depois senão a rocha dura e inabalável. Assim, o coração desse rei é duro como o rochedo; há apenas, sobre ele, essa poeira de esmola feita de vaidade e ostentação!
Bem dizia o poeta:
“Se queres que a caridade avulte
e se engrandeça aos olhos do Senhor,
leva na mão benfazeja
socorro a quem quer que seja, conforto seja a quem for.
Mas dize à mão que se oculte para que o mundo a não veja...”
Malba Tahan
Fonte: Blog Almas Castelos (cortesia)
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Pai, começa o começo?
MINHAS PALAVRAS INICIAIS: Sou o primogênito e uma família de cinco filhos. Muitas coisas aprendi com meu pai, que também era primogênito. Até no seu leito de morte meu pai me ensinou, pois encerrou sua vida como um verdadeiro católico. Estava na UTI do hospital, mas sempre fazendo o bem, e recebendo os sacramentos necessários apresentou-se diante de Deus. Isso já havia acontecido antes com meu bisavô materno. Portanto falar de meu pai me causa profunda e dolorosa saudade e grande entusiasmo pela fé católica.
Uma passagem bíblica sempre me chamou a atenção:
“conforme o que está escrito na lei do Senhor: Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor” (Evangelho de São Lucas, 2, 23).
Aqui começa a história de hoje:
Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia:
- Pai, começa o começo!
O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.
Meu pai faleceu há muito tempo, não sou mais criança. Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, “começar o começo” de tantas cascas duras que encontro pelo caminho. Hoje, minhas “tangerinas” são outras. Preciso “descascar” as dificuldades do trabalho, os obstáculos, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.
Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis......
Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para “começar o começo” era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta. O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.
Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus:
“Pai, começa o começo!” Ele não só “começará o começo”, mas resolverá toda a situação para você.
Não sei que tipo de dificuldade eu e você estamos enfrentando ou encontraremos pela frente neste ano. Sei apenas que vou me garantir no Amor Eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso: “Pai, começa o começo!”
Autor desconhecido
Fonte: Blog Almas Castelos (cortesia)
Uma passagem bíblica sempre me chamou a atenção:
“conforme o que está escrito na lei do Senhor: Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor” (Evangelho de São Lucas, 2, 23).
Aqui começa a história de hoje:
Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia:
- Pai, começa o começo!
O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.
Meu pai faleceu há muito tempo, não sou mais criança. Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, “começar o começo” de tantas cascas duras que encontro pelo caminho. Hoje, minhas “tangerinas” são outras. Preciso “descascar” as dificuldades do trabalho, os obstáculos, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.
Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis......
Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para “começar o começo” era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta. O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.
Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus:
“Pai, começa o começo!” Ele não só “começará o começo”, mas resolverá toda a situação para você.
Não sei que tipo de dificuldade eu e você estamos enfrentando ou encontraremos pela frente neste ano. Sei apenas que vou me garantir no Amor Eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso: “Pai, começa o começo!”
Autor desconhecido
Fonte: Blog Almas Castelos (cortesia)
Rezar pela salvação da própria alma X Rezar pela salvação das almas
O papel do demônio; a malignidade do mundo
Demônios expulsos de Arezzo – Giotto di Bondone, séc. XIV, Basílica Superior, Assis.
Mas há um personagem que não está ausente do quadro acima, ao qual, entretanto, se tem feito pouca referência — a bem dizer, pessoalmente não ouvi nenhuma. É o papel do demônio, pai da mentira, sendo a maior delas a de que ele não existe. Entretanto, São Paulo nos adverte contra ele no epílogo da epístola aos Efésios: “De resto, Irmãos, fortalecei-vos no Senhor e no poder de sua virtude. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Porque nós temos que lutar não somente contra a carne e o sangue, mas também contra os principados e potestades do inferno, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra os espíritos malignos espalhados pelos ares. Portanto, tomai a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e ficar de pé depois de ter vencido tudo” (6, 10-13).
Há certos crimes cuja hediondez e malignidade ultrapassam a perversidade normal dos homens. Nestes casos, pode-se ter por certo que entrou a figura do maligno, insuflando o criminoso aos excessos mais descomedidos. A descrição do que se passou na escola do Rio de Janeiro faz pensar neste agente do mal, que só quer a perdição dos homens.
O missivista talvez esteja se perguntando por que dar tanto destaque a um caso concreto, na resposta a uma consulta que se cingia a uma dúvida sobre a oração pela salvação das almas, a própria e a dos outros.
A razão é precisamente que, nos modernos manuais de vida espiritual, é muito comum, ao tratar destas matérias, abstrair de dois pontos fundamentais: a malignidade do mundo e a atuação do demônio.
Assim, ao rezar pela nossa própria salvação eterna, ou a dos outros, não podemos nos imaginar sentados confortavelmente numa poltrona, ou mesmo ajoelhados num genuflexório almofadado, como se estivéssemos cercados apenas de anjos bons, ou diante de uma imagem bondosa da Virgem Maria, sem pernilongos e vespas a nos aferroarem…
A realidade é muito mais complexa: os anjos bons certamente estão ali; o nosso anjo da guarda certamente está ali. Sobretudo um quadro ou imagem de Nossa Senhora está ali, como penhor de que Ela acolhe benignamente as nossas súplicas. Mas estão presentes também fatores adversos, que a doutrina da Igreja nomeia sinteticamente como o demônio, o mundo e a carne.
Em outras palavras, em primeiro lugar carregamos dentro de nós o peso de nossos pecados — como conseqüência do pecado original. Em segundo lugar, sofremos as más influências do mundo moderno, laicista e em revolta declarada contra Deus e sua Santa Igreja. Por fim, o bafo empestado do demônio também está ali, para nos sugerir maus desejos, inocular em nossa mente más intenções e fomentar más resoluções.
Esse é o quadro habitual em que se desenvolvem nossas orações. As súplicas que fazemos por nós mesmos, por nossa família, nossos amigos, pelo mundo inteiro, devem levar em conta os fatores adversos acima descritos: as más inclinações que nossos pecados introduziram em nós, as más influências que o mundo moderno exerce sobre nós, e as sugestões maliciosas que o demônio nos propõe.
Na Ladainha de Todos os Santos rezamos: Ab omni peccato, libera nos, Domine. Ab insidiis diaboli, libera nos, Domine. A morte perpetua, libera nos, Domine.
Ou seja: De todo pecado, livrai-nos, Senhor. Das ciladas do demônio, livrai-nos, Senhor. Da morte eterna, livrai-nos, Senhor.
Sob esta luz, as orações que fazemos pela salvação de nossa alma e as que oferecemos pela salvação dos homens em geral se superpõem. O missivista pode ficar tranqüilo: não há conflito entre ambas. Pelo contrário, se feitas na perspectiva indicada, uma completa a outra.
De todo o pecado, livrai-nos, Senhor. Das ciladas do demônio, livrai-nos, Senhor. Da morte eterna, livrai-nos, Senhor.
Fonte: Revista Catolicismo/ADF
Demônios expulsos de Arezzo – Giotto di Bondone, séc. XIV, Basílica Superior, Assis.
Mas há um personagem que não está ausente do quadro acima, ao qual, entretanto, se tem feito pouca referência — a bem dizer, pessoalmente não ouvi nenhuma. É o papel do demônio, pai da mentira, sendo a maior delas a de que ele não existe. Entretanto, São Paulo nos adverte contra ele no epílogo da epístola aos Efésios: “De resto, Irmãos, fortalecei-vos no Senhor e no poder de sua virtude. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Porque nós temos que lutar não somente contra a carne e o sangue, mas também contra os principados e potestades do inferno, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra os espíritos malignos espalhados pelos ares. Portanto, tomai a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e ficar de pé depois de ter vencido tudo” (6, 10-13).
Há certos crimes cuja hediondez e malignidade ultrapassam a perversidade normal dos homens. Nestes casos, pode-se ter por certo que entrou a figura do maligno, insuflando o criminoso aos excessos mais descomedidos. A descrição do que se passou na escola do Rio de Janeiro faz pensar neste agente do mal, que só quer a perdição dos homens.
O missivista talvez esteja se perguntando por que dar tanto destaque a um caso concreto, na resposta a uma consulta que se cingia a uma dúvida sobre a oração pela salvação das almas, a própria e a dos outros.
A razão é precisamente que, nos modernos manuais de vida espiritual, é muito comum, ao tratar destas matérias, abstrair de dois pontos fundamentais: a malignidade do mundo e a atuação do demônio.
Assim, ao rezar pela nossa própria salvação eterna, ou a dos outros, não podemos nos imaginar sentados confortavelmente numa poltrona, ou mesmo ajoelhados num genuflexório almofadado, como se estivéssemos cercados apenas de anjos bons, ou diante de uma imagem bondosa da Virgem Maria, sem pernilongos e vespas a nos aferroarem…
A realidade é muito mais complexa: os anjos bons certamente estão ali; o nosso anjo da guarda certamente está ali. Sobretudo um quadro ou imagem de Nossa Senhora está ali, como penhor de que Ela acolhe benignamente as nossas súplicas. Mas estão presentes também fatores adversos, que a doutrina da Igreja nomeia sinteticamente como o demônio, o mundo e a carne.
Em outras palavras, em primeiro lugar carregamos dentro de nós o peso de nossos pecados — como conseqüência do pecado original. Em segundo lugar, sofremos as más influências do mundo moderno, laicista e em revolta declarada contra Deus e sua Santa Igreja. Por fim, o bafo empestado do demônio também está ali, para nos sugerir maus desejos, inocular em nossa mente más intenções e fomentar más resoluções.
Esse é o quadro habitual em que se desenvolvem nossas orações. As súplicas que fazemos por nós mesmos, por nossa família, nossos amigos, pelo mundo inteiro, devem levar em conta os fatores adversos acima descritos: as más inclinações que nossos pecados introduziram em nós, as más influências que o mundo moderno exerce sobre nós, e as sugestões maliciosas que o demônio nos propõe.
Na Ladainha de Todos os Santos rezamos: Ab omni peccato, libera nos, Domine. Ab insidiis diaboli, libera nos, Domine. A morte perpetua, libera nos, Domine.
Ou seja: De todo pecado, livrai-nos, Senhor. Das ciladas do demônio, livrai-nos, Senhor. Da morte eterna, livrai-nos, Senhor.
Sob esta luz, as orações que fazemos pela salvação de nossa alma e as que oferecemos pela salvação dos homens em geral se superpõem. O missivista pode ficar tranqüilo: não há conflito entre ambas. Pelo contrário, se feitas na perspectiva indicada, uma completa a outra.
De todo o pecado, livrai-nos, Senhor. Das ciladas do demônio, livrai-nos, Senhor. Da morte eterna, livrai-nos, Senhor.
Fonte: Revista Catolicismo/ADF
sábado, 18 de junho de 2011
Lição para nossas vidas – A pedra e o coração de Deus
Três homens, andando pelas montanhas, foram surpreendidos por uma tempestade. Para se proteger refugiaram-se numa caverna. De repente, uma pedra enorme despencou do alto e fechou completamente a entrada da gruta. Os três chegaram à conclusão que somente Deus podia salvá-los. Assim, começaram a implorar a ajuda do Todo-poderoso apresentando os atos das suas vidas que pensavam ser mais merecedores de consideração por parte de Deus.
O primeiro disse: ”Eu tinha somente uma cabra. Todos os dias a levava para pastar e ter um pouco de leite para os meus velhos pais. Também juntava lenha para vender a fim de que nunca lhes faltasse comida. Certo dia, cheguei e os encontrei adormecidos. Esperei a noite toda até eles acordarem. De manhã, dei comida para eles e depois eu também me alimentei e fui descansar. Senhor, se eu disse a verdade, dê-me um sinal da tua bondade”. A pedra afastou-se um pouco.
O segundo falou assim: “Tempos atrás, apaixonei-me por uma jovem muito pobre, porém ela não aceitou se casar comigo. Então eu juntei todo o ouro que pude e disse para ela que tudo aquilo seria seu, se ela me vendesse o seu corpo por uma noite. A pobre jovem veio, mas o temor de Deus entrou no meu coração. Não toquei nela e lhe deixei todo o ouro. Senhor, se eu disse a verdade, dê-me um sinal da tua bondade”. A pedra afastou-se mais um pouco.
O terceiro homem, também, contou a sua história: “Eu tive muitos homens trabalhando comigo. Quando concluímos os trabalhos dei a todos o salário devido. Um, porém, não se apresentou. Com o dinheiro dele comprei uma ovelha. Os anos passaram e a ovelha tornou-se um rebanho. Quando, enfim, o homem apareceu para receber o seu dinheiro, mostrei para ele o rebanho. Achou que estava zombando dele, mas eu insisti para que levasse o que era seu. Agora, Senhor, se eu disse a verdade, dê-me um sinal da tua misericórdia”. A pedra afastou-se mais um pouco e os três homens conseguiram sair da caverna.
As boas obras deles tinham tocado o coração de Deus. O primeiro pela paciência e o amor filial. O segundo por causa do respeito ao fraco e do arrependimento. O terceiro porque agiu com justiça e honestidade.
Vale a pena nos perguntarmos: afinal, os três homens fizeram mesmo alguma coisa extraordinária, tão importante a ponto de conseguir comover o coração de Deus? Não deveríamos, todos, honrar os pais e as mães? Não deveríamos respeitar as pessoas mais fracas e necessitadas? Não deveríamos ser honestos e justos? Eles fizeram apenas o que estava certo. Nenhum heroísmo, nada tão fora do comum. Acontece, no entanto, que, muitas vezes, um gesto de bondade simples e pequeno, repetido, talvez, todos os dias, pareça-nos de pouco valor.
Têm horas nas quais precisamos de forças extraordinárias para fazer alguma obra grandiosa, mas é muito mais provável precisarmos de muita perseverança e paciência todos os dias, para fazermos o bem simples que está sempre ao nosso alcance. Pagamos o preço e a ilusão da fama quando consideramos grandes somente aquelas pessoas que se destacam por algum dom especial ou algum gesto que chame atenção.
O bom Deus não deixa faltar grandes qualidades a muitos dos seus filhos e filhas, assim como dá força sobre-humana para cumprir, em certas horas, gestos heróicos. Contudo parece estejarmos esquecendo a coragem e a grandeza de ânimo daquelas pessoas que todos os dias e a toda hora praticam o bem nas suas casas, nas suas famílias, no seu trabalho. Nunca serão manchetes de noticiário, mas nunca também deixarão de praticar o bem.
Em Pentecostes.
Nosso Senhor Jesus Cristo, ressuscitado, cumpre a promessa de estar sempre conosco. Com o auxílio do “mestre interior”, nós agora lembraremos e compreenderemos tudo o que Jesus ensinou e teremos coragem de continuar a missão que nos foi confiada. Para fazer isso, precisamos mesmo de muita força e coragem.
Os acontecimentos da história humana vão se desenrolando, novas idéias estão sendo divulgadas, desafiando as anteriores. Nesse clima de falta de fé, continuar firmes e fiéis ao Senhor Jesus exige, talvez, algo de heróico. Contudo, devemos estar convencidos de que pedindo ao Divino Espírito Santo dons extraordinários venceremos as dificuldades. Na hora da necessidade não faltarão os líderes, as luzes e as forças. Por isso, o dom que devemos pedir ao Espírito Santo é aquele de sempre escolher e de fazer sempre o bem.
A humildade e a perseverança na caridade movem qualquer pedra. Tocam sempre o coração de Deus.
Fonte: Dom Pedro José Conti – Bispo de Macapá – AP – Em http://arquidiocesedecampogrande.org.br/AASCJ
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sexta-feira, 17 de junho de 2011
Rezar pela salvação da própria alma X Rezar pela salvação das almas
O que distingue “rezar pela salvação da própria alma” e “rezar pela salvação das almas” de um modo geral? Não há o perigo de preocupar-se demais com a própria alma e esquecer as demais? Por outro lado, rezar exclusivamente pelas almas dos outros não manifesta presunção pela certeza da própria salvação, como se eu pensasse que quem precisa de oração são eles e não eu?
Não há essa dicotomia entre rezar por si mesmo e rezar pelos outros, que embaraça o nosso consulente. Na realidade, uma ação resulta na outra, segundo os princípios da espiritualidade cristã.
Com efeito, é uma verdade bem estabelecida da doutrina católica que uma alma que se santifica, santifica o mundo! E um mundo que se santifica, de tal maneira favorece a prática da virtude por todos, que me santifica também a mim! Desde que eu não me feche deliberadamente a essa influência benéfica, evidentemente.
Aliás, a recíproca também é verdadeira: uma alma que se deteriora moralmente, deteriora o mundo; e um mundo moralmente deteriorado, lança a fuligem do pecado sobre todos os homens, mesmo que não o percebam.
Assim, numa conclusão rápida, pode-se afirmar que, ao rezar pela salvação dos outros, beneficio a mim mesmo, pela melhora que se produzir neles; e se peço a Deus pela minha salvação, a melhora que se produz em mim beneficia ipso facto a salvação dos outros.
Mas o assunto é profundo demais para ficarmos nestas parcas palavras. Merece, pois, que seja desenvolvido.
O dogma da Comunhão dos Santos
O que foi dito nada mais é do que a expressão do dogma da Comunhão dos Santos. As orações e virtudes de uns beneficiam a todos os membros do Corpo Místico de Cristo, que é a Santa Igreja.
No dia do Juízo Final vamos ficar sabendo de certas graças concedidas à humanidade pela aceitação generosa que alguma alma desconhecida fez de um sofrimento atroz que sobre ela se abateu. Como também tomaremos conhecimento de certas retrações da graça, em conseqüência de pecados públicos ou ocultos, praticados generalizadamente por uma humanidade que se afastou de Deus.
Nesse sentido, um episódio recente serve para ilustrar esta doutrina.
As circunstâncias propiciaram que um policial militar interviesse prontamente na tragédia do Realengo, no mês passado. Segundo ele, foi Deus que o fez estar próximo da escola, permitindo-lhe abater o criminoso antes que este completasse a chacina que tencionava fazer, provavelmente duplicando o número de vítimas.
Porém, a monstruosidade do crime mereceria que as igrejas se enchessem de gente a rezar em reparação a Deus pelo pecado cometido. Nessa oração caberia perfeitamente implorar que o Cristo Redentor não permita que fato análogo se repita na cidade que se abriga sob os seus braços protetores, benignamente estendidos no alto do Corcovado. As famílias das vítimas atingidas pela tragédia sentir-se-iam moralmente reconfortadas por esse desagravo e apelo confiante ao Divino Salvador. Ele e sua Mãe Santíssima aceitariam de bom grado o pedido para ficarem espiritualmente presentes em suas casas, ajudando essas famílias a carregar a cruz de um vazio que ninguém pode preencher, a não ser a virtude sobrenatural da conformidade e confiança.
continua no próximo domingo…
Fonte: Revista Catolicismo
quinta-feira, 16 de junho de 2011
A POESIA SUAVE DE JESUS
O evangelho de Jesus é um poema à simplicidade. Não requer explicações metafísicas nem elasticidade filosófica para o entender.
Olhai as aves do céu;
não semeiam nem ceifam,
mas o nosso Pai Celestial alimenta-as.
- É a lição do desprendimento.
Aquele que põe a mão ao arado
e olha para trás, não está apto
para o reino de Deus.
- É a lição da perseverança.
Aquele que estiver sem pecado
que atire a primeira pedra.
- É a lição da auto-análise.
Quando fores convidado para
um banquete, senta-te no último lugar.
- É a lição da humildade.
Aquele que quer ser o maior,
que seja o que mais serve.
- É a lição da caridade.
Vinde a mim todos vós que estais aflitos
e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
- É a lição do acolhimento.
Aprendei de mim que sou manso
e humilde de coração.
- É a lição da delicadeza.
Reconcilia-te com o teu inimigo,
enquanto estás a caminho com ele.
- É a lição da paz.
Saiu o semeador a semear a sua semente.
- É a lição do trabalho.
Para entrar no reino do céu
é necessário nascer de novo.
- É a lição da volta.
O filho do homem veio para servir,
e não para ser servido.
- É a lição da nobreza.
Seja o vosso falar, sim sim
e não não.
- É a lição da firmeza.
Trata a todos como gostarias
de ser tratado.
- É a lição da justiça.
Vai e não peques mais!
- É a lição da resistência.
Lázaro, sai para fora!
- É a lição da fé.
Procura Jesus nas coisas simples: nas lágrimas, no afago, na alegria pura, no trabalho honesto, no gesto fraterno, no poema à vida, enfim, em tudo o que eleva e ilumina.
Por isso é tão difícil para a ciência e para a filosofia encontrar Jesus.
Fonte: JAM
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Isaías, 1
1. Profecia de Isaías, filho de Amós, a respeito de Judá e Jerusalém no tempo de Ozias, de Joatão, de Acaz e de Ezequias, rei de Judá.
2. Ouvi, céus, e tu, ó terra, escuta, é o Senhor que fala: Eu criei filhos e os eduquei, eles, porém, se revoltaram contra mim.
3. O boi conhece o seu possuidor, e o asno, o estábulo do seu dono; mas Israel não conhece nada, e meu povo não tem entendimento.
4. Ai da nação pecadora, do povo carregado de crimes, da raça de malfeitores, dos filhos desnaturados! Abandonaram o Senhor, desprezaram o Santo de Israel, e lhe voltaram as costas.
5. Onde vos ferir ainda, quando persistis na rebelião? Toda a cabeça está enferma, e todo o coração, abatido.
6. Desde a planta dos pés até o alto da cabeça, não há nele coisa sã. Tudo é uma ferida, uma contusão, uma chaga viva, que não foi nem curada, nem ligada, nem suavizada com óleo.
7. Vossa terra está assolada, vossas cidades, incendiadas. Os inimigos, à vossa vista, devastam vosso país. (É uma desolação, como a ruína de Sodoma).
8. Sião está só como choupana em uma vinha, como choça em pepinal, como cidade sitiada.
9. Se o Senhor dos exércitos não nos tivesse deixado alguns da nossa linhagem, teríamos sido como Sodoma, e ter-nos-íamos tornado como Gomorra.
10. Ouvi a palavra do Senhor, príncipes de Sodoma; escuta a lição de nosso Deus, povo de Gomorra:
11. De que me serve a mim a multidão das vossas vítimas?, diz o Senhor. Já estou farto de holocaustos de cordeiros e da gordura de novilhos cevados. Eu não quero sangue de touros e de bodes.
12. quando vindes apresentar-vos diante de mim, quem vos reclamou isto: atropelar os meus átrios?
13. De nada serve trazer oferendas; tenho horror da fumaça dos sacrifícios. As luas novas, os sábados, as reuniões de culto, não posso suportar a presença do crime na festa religiosa.
14. Eu abomino as vossas luas novas e as vossas festas; elas me são molestas, estou cansado delas.
15. Quando estendeis vossas mãos, eu desvio de vós os meus olhos; quando multiplicais vossas preces, não as ouço. Vossas mãos estão cheias de sangue,
16. lavai-vos, purificai-vos. Tirai vossas más ações de diante de meus olhos.
17. Cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem. Respeitai o direito, protegei o oprimido; fazei justiça ao órfão, defendei a viúva.
18. Pois bem, justifiquemo-nos, diz o Senhor. Se vossos pecados forem escarlates, tornar-se-ão brancos como a neve! Se forem vermelhos como a púrpura, ficarão brancos como a lã!
19. Se fordes dóceis e obedientes, provareis os melhores frutos da terra;
20. se recusardes e vos revoltardes, provareis a espada. É a boca do Senhor que o declara.
21. Como se prostituiu a cidade fiel, Sião, cheia de retidão? A justiça habitava nela, e agora são os homicidas.
22. Tua prata converteu-se em escória, teu vinho misturou-se com água.
23. Teus príncipes são rebeldes, cúmplices de ladrões. Todos eles amam as dádivas e andam atrás do proveito próprio; não fazem justiça ao órfão, e a causa da viúva não é evocada diante deles.
24. Por isso eis o que diz o Senhor, Deus dos exércitos, o Poderoso de Israel: Ah! eu tirarei satisfação de meus adversários, e me vingarei de meus inimigos.
25. Voltarei minha mão contra ti, e te purificarei no crisol, e eliminarei de ti todo o chumbo.
26. Tornarei teus juízes semelhantes aos de outrora, e teus conselheiros como os de antigamente. Então te chamarão Cidade da Justiça, Cidade fiel.
27. Sião será remida pelo direito, e seus convertidos pela justiça..
28. Os rebeldes e os pecadores serão destruídos juntamente, e aqueles que abandonam o Senhor perecerão.
29. Então tereis vergonha dos carvalhos verdes que cobiçais, e corareis de pejo dos jardins que ora vos agradam,
30. porque sereis como um carvalho verde com folhagem seca, e como um jardim sem água.
31. O homem forte será a estopa. e sua obra, a faísca; eles arderão sem que ninguém possa extinguir.
Bíblia Ave Maria - Todos os direitos reservados.
terça-feira, 14 de junho de 2011
O encontro de Jesus e Maria
A Santíssima Virgem Maria teve vários encontros com Jesus, mas este era preferível que não acontecesse. A Mãe, cheia de dor, vai ao encontro do FILHO que se dirige ao calvário levando às costas um pesado madeiro. Encontro que dispensa palavras, pois fala por si; encontro doloroso que deixa marcas. Sua dor é inigualável. Maria sofre mais ainda por nada poder fazer nesse instante para aliviar o sofrimento de Jesus e também o seu.
Maria renunciou a tudo, até aos direitos sobre seu filho, derivados dos vínculos de sangue. O SIM da Anunciação tinha sido a sua assinatura em branco no plano de Deus. Tinha sido a aceitação incondicional de um mistério que se revelaria a pouco e pouco – e, de casa vez, por meio de um rasgão sangrento – no decurso de sua existência.
Maria ofereceu, generosa e cândida na vontade do Pai, o seu Cristo aos homens.
E deve assistir à destruição do seu presente, executado pelos homens.
Maria é, por excelência, a criatura do encontro. “Cheia de graça, foi o lugar de encontro entre Deus e a humanidade”. Na sua pessoa, o homem fugitivo foi, finalmente, alcançado por Deus, que nunca se resignara àquele afastamento.
O encontro ao longo do caminho que leva ao “Lugar da Caveira” não tem outro significado que esta comum consciência de um sacrifício ilimitado. É o último “sim”. Cristo já pode retomar seu caminho. Melhor, nem se deteve…
Que a Virgem Maria ajude-nos a sermos, também nós, criaturas de dedicação. Convence-nos a deixar-nos alcançar por Deus a render-nos a Ele.
Que em nós haja suficiente silêncio para escutar a Sua palavra de salvação. Convence-nos desta verdade: só quem se entrega a Deus é capaz de encontrar verdadeiramente os homens.
Fonte: http://www.catequisar.com.br/ADF
As fontes da terra
Durante uma seca terrível que assolou as Novas Hébridas, um religioso, homem de ciência, foi alvo do desprezo dos naturais pelo fato de cavar poços para achar água. Diziam que a água sempre vinha de cima e não debaixo, pela terra. O geólogo, porém, revelou-lhes uma verdade mas ampla que nunca lhes tinha ocorrido e mostrou-lhes como os céus podiam dar-lhes água do seio da própria terra.
Assim, os homens esperam insistentemente que Deus lhes mande bênçãos por meios anormais, enquanto Ele lhes dá suprimento abundante de que gozariam se procurassem nos lugares férteis dos próprios espíritos, onde, como disse Jesus, as fontes de águas vivas querem nascer.
Encontram-se, às vezes, árvores verdes e frutíferas, em terras secas, onde não há quase chuvas.
Após exame cuidadoso, se tem observado que tais árvores permanecem frescas, frutíferas e verdes, por que suas raízes são banhadas pelas correntes d’água escondidas no seio da terra.
Podemos ficar surpresos quando encontramos homens de oração, repletos de paz, radiantes de alegria, tendo vidas nobres e eficientes, no meio da miséria deste mundo. É porque, pela oração, as raízes de sua fé chegam a Fonte da Água Viva e retiram dela energia e vida e produzem frutos para a vida eterna.
font: Blog Almas Castelos (cortesia)
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Os passos de um aventureiro (parte 3)
Com essa postagem finalizo o tema sobre o Beato José de Anchieta:
A saga do Padre Anchieta, o missionário religioso que há quatro séculos enfrentou tempestades, onça e até canibais para catequizar os índios brasileiros (Por Liane Camargo de Almeida Alves)
“Revista Terra, Agosto de 1997, nº 8, edição 64, páginas 31 a 35.”
Ele dormia só quatro a cinco horas por noite, de roupa e sem lençóis, pronto para se levantar se fosse preciso. Ensinava gramática em três classes diferentes, subia e descia montanhas para batizar ou catequizar e freqüentemente jejuava. Sua prontidão para levantar no caso de um imprevisto fazia sentido. Ele viu Piratininga ser atacada pelos tupis numa encarniçada luta que durou dois dias.
Enquanto as mulheres e crianças se recolheram à igreja em vigília permanente, os jesuítas cuidavam dos mortos e feridos com ervas medicinais indígenas plantadas ao lado das cercas do colégio. Mas, com a ajuda dos índios convertidos, a vila resistiu e os tupis acabaram fugindo.
Fora esses sustos eventuais, a aldeia de Piratininga florescia. José se aplicava em escrever divertidas peças de teatro que encenava para os indígenas e a formular a gramática “da língua mais usada na costa do Brasil”, o tupi-guarani, que seria publicada em Coimbra, em 1595. Era a primeira gramática desde os gregos antigos, escrita por um ocidental, que não se baseava nas regras do latim.
Naquele momento, não passava pela cabeça dos colonizadores portugueses serem eles os intrusos e invasores das terras indígenas. Os jesuítas estavam ali para salvar aqueles homens da barbárie e reintegrá-los ao reino de Deus. Foi essa missão que o levou, junto com Manoel da Nóbrega, à experiência talvez mais dramática e definitiva de sua vida. Aos 30 anos, Anchieta rumou para Iperoig, hoje Ubatuba, em São Paulo, para negociar com os bravios tamoios, aliados dos franceses.
Os índios, defendendo seu território, atacavam as aldeias portuguesas do litoral e os prisioneiros eram simplesmente devorados.
Ele passou dois meses numa choça de palha tentando a paz e uma troca de reféns. Quando as negociações chegavam a um impasse, as ameaças de morte começavam. Finalmente Manoel da Nóbrega, doente e coberto de chagas, seguiu para o Rio para enviar os prisioneiros. José se candidatou a ficar como refém.
O cativeiro foi uma dura prova para Anchieta. Ali, além de fome, frio e humilhações, pode ter passado pelo crivo da maior tentação: a da carne. Aos prisioneiros que iam ser devorados, os tamoios tinham por costume oferecer a mais bela jovem da tribo. O jesuíta havia feito o voto de castidade, ainda em Coimbra, aos 17 anos. E seus biógrafos dizem que a ele foi fiel a vida inteira.
Talvez para fugir das tentações, José escreveu na areia de Iperoig as principais estrofes dos 5786 versos de um poema em latim contando a história de Maria. E ganhou, aos poucos, a admiração dos tamoios por sua coragem e estranhos costumes. Quando eles ameaçavam devorá-lo, José retrucava com suavidade:
“Ainda não é chegado o momento”. E dizia a si mesmo, como contou depois, que primeiro deveria terminar o poema à Virgem. Outros relatos asseguram que sua facilidade em levitar e a proximidade com os pássaros, que o rodeavam constantemente, teria assustado os tamoios, que o libertaram finalmente, depois de assegurada a paz.
Anchieta, humilde, minimizava seus feitos. Quando lhe fizeram notar que os pássaros o cercavam, ele respondeu que eles também costumavam voar sobre dejetos. Talvez tenha sido essa subserviente simplicidade que lhe rendeu tamanho respeito entre os índios. Quando morreu, em 9 de julho de 1597, aos 63 anos, na aldeia de Reritiba (hoje Anchieta), no Espírito Santo, por ele fundada, os índios disputaram a honra de carregar seu corpo até a Igreja de São Tiago. E retrucava, com a mesma suavidade do bom irmão, aos que queriam substituí-los na tarefa: “Não pesa, não pesa”.
Enviado por e-mail por Alex A. Borges/blog Almas Castelos
domingo, 12 de junho de 2011
CARTA DE S. PAULO AOS CORÍNTIOS - 1.13
Cântico do amor
1Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos,
se não tiver amor, sou como um bronze que soa
ou um címbalo que retine.
2Ainda que eu tenha o dom da profecia
e conheça todos os mistérios e toda a ciência,
ainda que eu tenha tão grande fé que transporte montanhas,
se não tiver amor, nada sou.
3Ainda que eu distribua todos os meus bens
e entregue o meu corpo para ser queimado,
se não tiver amor, de nada me aproveita.
4O amor é paciente,
o amor é prestável,
não é invejoso,
não é arrogante nem orgulhoso,
5nada faz de inconveniente,
não procura o seu próprio interesse,
não se irrita nem guarda ressentimento.
6Não se alegra com a injustiça,
mas rejubila com a verdade.
7Tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta.
8O amor jamais passará.
As profecias terão o seu fim,
o dom das línguas terminará
e a ciência vai ser inútil.
9Pois o nosso conhecimento é imperfeito
e também imperfeita é a nossa profecia.
10Mas, quando vier o que é perfeito,
o que é imperfeito desaparecerá.
11Quando eu era criança,
falava como criança,
pensava como criança,
raciocinava como criança.
Mas, quando me tornei homem,
deixei o que era próprio de criança.
12Agora, vemos como num espelho,
de maneira confusa;
depois, veremos face a face.
Agora, conheço de modo imperfeito;
depois, conhecerei como sou conhecido.
13Agora permanecem estas três coisas:
a fé, a esperança e o amor;
mas a maior de todas é o amor.
sábado, 11 de junho de 2011
Os passos de um aventureiro (parte 2)
Continuando o assunto da postagem anterior:
A saga do Padre Anchieta, o missionário religioso que há quatro séculos enfrentou tempestades, onça e até canibais para catequizar os índios brasileiros (Por Liane Camargo de Almeida Alves)
“Revista Terra, Agosto de 1997, nº 8, edição 64, páginas 31 a 35.”
Violentas tempestades sacudiram sua embarcação na altura de Abrolhos e o barco, com as velas rotas e os mastros partidos, encalhou perto do litoral do Espírito Santo. A nau que o acompanhava perdeu-se nas vagas e foi com seus destroços que a tripulação pôde consertar os estragos e retomar a viagem. Mas, antes que isso ocorresse, o pânico tomou conta dos passageiros – na praia poderiam estar esperando os índios tamoios, conhecidos antropófagos. Destemido, Anchieta desceu a terra junto com os marinheiros, à procura de mantimentos. Foi seu primeiro contato com os índios. Não se sabe muito bem o que aconteceu, já que os biógrafos não entram em detalhes, mas é certo que ninguém no barco foi molestado.
Depois do sobressalto, ao desembarcar, o pesadelo apenas começava. Para chegar do mar à aldeia de Piratininga, cerca de mil metros acima, em um planalto, José tinha de percorrer o que foi chamado por seus biógrafos como “o pior caminho do mundo”: uma picada em meio à Mata Atlântica, que Anchieta fez muitas vezes a pé, pois cavalgar danificava sua coluna. Era verão, época de chuvas, calor e, principalmente, mosquitos.
Sua visão das terras de São Vicente e Piratininga foi relatada em carta aos seus superiores. Dizia ele das onças: “Essas (malhadas ou pintadas) encontram-se em qualquer parte (...) São boas para comer, o que fizemos algumas vezes”. Dos jacarés: “Também há lagartos nos rios, que se chamam jacarés, de extraordinário tamanho, de modo a poder engolir um homem”. Ou sobre as jararacas: “São muito comuns nos campos, bosques e até nas próprias casas, nas quais as encontramos tantas vezes”. José fala ainda dos mosquitos que, “sugando o sangue, dão terríveis ferroadas”, das poderosas tempestades tropicais e das inundações de dezembro.
Apesar dos transtornos, a luxuriante beleza da Serra do Mar deve tê-lo impressionado, pois escreveu, anos depois, um tratado sobre as espécies animais e vegetais que poderiam ser encontradas no Brasil, numa iniciativa pouco comum entre os jesuítas. Mas seu tema principal forma mesmo os índios:
“Toda essa costa marítima, de Pernambuco até além de São Vicente, é habitada por índios que, sem exceção, comem carne humana; nisso sentem tanto prazer e doçura que freqüentemente percorrem mais de 300 milhas quando vão à guerra. E, se cativarem quatro ou cinco dos inimigos, regressam com grandes vozearias, festas e copiosíssimos vinhos que fabricam com raízes, e os comem de maneira que não perdem nem sequer a menor unha”.
Um mês depois de sua chegada, em 25 de janeiro de 1554, foi inaugurado o colégio jesuíta da Vila de Piratininga, data hoje comemorada como fundação de São Paulo. Escreveu Anchieta: “Celebramos em paupérrima e estreitíssima casinha a primeira missa, no dia da conversão do apóstolo São Paulo, e por isso dedicamos a ele nossa casa”. Ali moravam treze jesuítas que tinham a seu cargo duas aldeias de índios com quase mil pessoas. O local tinha apenas 14 passos de comprimento e 10 de largura, incluindo escola, despensa, cozinha, refeitório e dormitório. Em resumo, era minúsculo. Época de austeridade tanto no espaço quanto nas vestes, as batinas de Anchieta eram feitas com as velas imprestáveis dos navios.
Humilde, ele vivia num espaço minúsculo, dormia só 4 a 5 horas por dia e vestia batinas feitas com as velas imprestáveis dos navios.
“Se grandes são as manchas de nossa alma aí está a enchente do teu amor para inundar-nos.. Eis que se abre a entrada do asilo virginal: descansa, ó minha alma piedosa e humildemente! Aí se correrá o véu cuja glória imensa gera em ti fulgor inigualável..” José Anchieta
continua na próxima postagem...
Enviado por e-mail por Jorge - Blog Almas Castelos
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