domingo, 31 de outubro de 2010
MENSAGEM DE SABEDORIA
"O segredo da santidade consiste em não nos cansarmos nunca de começar sempre."
P. Rey
P. Rey
Por nós católicos acendemos velas
Por que se acende uma vela a Deus ou a um santo? Para comprá-los a fim de alcançar uma graça? Ou para apaziguá-los a fim de ficarmos livres de um mal que nos atormenta ou de uma desgraça que nos ameaça? Nem um nem outro.
O sentido da vela acesa é muito mais nobre e mais profundo.
Símbolo de consumação
Deus é nosso Criador e nós, suas criaturas; quer dizer que tudo o que somos e tudo o que temos nos foi dado de graça por Deus. Por conseguinte, seu poder sobre nós é absoluto e seus direitos ilimitados. Pode até exigir a nossa própria vida em sacrifício. Até os povos pagãos reconheciam esse direito a seus falsos deuses. Por isso ofereciam-lhe sacrifícios humanos (crianças, geralmente, por causa de sua inocência), para acalmar a sua ira ou conseguir o que desejavam.
A Bíblia Sagrada nos diz também que o Deus verdadeiro pediu a Abraão que lhe sacrificasse seu filho único Isaac. Abraão obedeceu. Mas no instante em que segurava a faca para matar o filho em cima da fogueira, Deus enviou seu Anjo que reteve a mão do pai e substituiu o filho por um carneiro (Gn 22). Deus mostrava, assim, que os sacrifícios humanos não são agradáveis a seus olhos e que só quis pôr à prova a fidelidade e a obediência de seu servo.
Na história da humanidade houve um só sacrifício de seu próprio Filho feito homem, Nosso Senhor Jesus Cristo, na cruz, para a salvação e a redenção do gênero humano. Esse sacrifício continua renovando-se misticamente, de modo incruento, onde houver um sacerdote e um altar.
Que relação pode haver entre um sacrifício e uma vela acesa? A vela acesa substitui, perante de Deus, a pessoa que a acende: consome-se, como se fosse um holocausto oferecido a Deus. O holocausto era, na Antiguidade e na lei mosaica, o sacrifício mais perfeito, porque por ele a vítima era oferecida a Deus e queimada, por inteiro, em reconhecimento a seu poder e direito absolutos sobre quem a oferecia. A vela acesa é um holocausto em miniatura.
A pessoa adquire a vela, que passa a lhe pertencer, a ser sua. Acende-a para ser consumida em seu lugar.
Uma vela acesa a Deus simboliza, portanto, a adoração e a entrega total de quem a acende ao Deus Todo Poderoso, Senhor e Criador de todos os seres. Uma vela acesa a um santo tem o mesmo simbolismo, só que este sacrifício é oferecido a Deus por intermédio daquele santo. É claro que está longe de ter o mesmo valor do sacrifício eucarístico, cujo valor é infinito, visto que por ele é o próprio Homem-Deus que se oferece a seu Pai. Mas nem por isso deve ser desprezado ou abolido. Deve-se, sim, evitar a má interpretação e o exagero, isto é, evitar dar-lhe maior valor do que ele tem. Vela acesa é, pois, símbolo de consumação.
Símbolo de Cristo, Luz do mundo
A vela acesa tem também outro simbolismo. Irradiando luz iluminadora, simboliza Cristo “Luz do mundo”, conforme ele próprio se qualificou. Por isso, nos ofícios litúrgicos, usam-se velas acesas, sobretudo durante a semana santa e o tempo pascal.
Por que Acender Velas?
O costume de acender velas tem origem nas prescrições do Antigo Testamento: “O Senhor disse a Moisés: “Ordena aos israelitas que te tragam óleo puro de olivas esmagadas para manter, continuamente acesas as lâmpadas do candelabro. Disporás as lâmpadas no candelabro de ouro puro para que queimem continuamente diante do Senhor”. Lev 24, 1-4.
A vela acesa, enquanto rezamos, tem como idéia básica a “LUZ” como oposição às “trevas” está nas suas raízes: Por exemplo, o profeta Simeão falou da vinda de Cristo como “Luz para iluminar as nações” (São Lucas, 2,20). Simeão refletia consigo mesmo a profecia do profeta Isaías sobre a vinda do Messias: “O povo que andava nas trevas viu uma Grande Luz; sobre aqueles que habitavam na sombra da morte resplandeceu uma Luz” Is 9,1. Esta profecia cumpriu-se no Novo Testamento, quando a Virgem Maria apresentou seu filho Jesus no templo de Jerusalém. (Lc. 2, 22-32:). Também Jesus identificou-se a si mesmo com estas palavras: “Eu Sou a LUZ do mundo, aquele que me segue não andará nas trevas, mas terá a Luz da Vida” Jo 8,12.
Acender velas é um meio poderoso de unir a nossa oração individual com a oração da Igreja e com Nosso Senhor Jesus Cristo, a Luz do mundo. Mas atenção: as velas não devem substituir nossas orações nem devemos esperar efeitos mágicos delas. Mas, como expressão de nossa presença diante do Altíssimo, para louvá-Lo e depois suplicar que Sua luz ilumine as trevas de nossos pecados, fazendo-nos deles tomar consciência para um sincero arrependimento, pedido de perdão, de ajuda e proteção na vida.
Fonte: http://vocacionadosdedeusemaria.blogspot.com/AASCJ
sábado, 30 de outubro de 2010
Jacinta Marto
Jacinta Marto, uma das três crianças beneficiada com as aparições de Nossa Senhora em Fátima, nasceu a 11 de Março de 1910 e veio a falecer, em Lisboa, a 20 de Fevereiro de 1920. Segundo a prima e amiga, Lúcia, ela “tinha um coração muito bem inclinado, e o bom Deus tinha-a dotado dum carácter doce e meigo, que a tornava, ao mesmo tempo, amável e atraente”. As graças recebidas do Céu com as Aparições despertaram nela um amor admirável, generoso e criativo.
O seu amor dirigia-se, acima de tudo, a Deus, a Jesus e à Virgem Maria. Manifestava-o em atitudes, gestos e palavras. Tinha uma convicção firme e uma percepção tão clara da presença divina no seu íntimo e na Eucaristia que exclamava: “É tão bom estar com Ele!”. Repetia muitas vezes a sua declaração de amor a Jesus e sentia inflamar-se no seu coração um fogo ardente, que a consolava e fortalecia. Muitos dos sacrifícios que sofria ou fazia por iniciativa própria oferecia-os por amor a Jesus e a Maria com grande generosidade, o que lhe dava grande coragem para suportar os sofrimentos e aceitar a morte.
A pequena Jacinta não amou apenas os pais, os irmãos, e os amigos, aos quais abraçava, dava beijos, oferecia flores e outros dons, ela amou também os pobres, os doentes, os pecadores, o Santo Padre, os sacerdotes… A uns conhecia e encontrou-se com eles e a outros não, mas a todos queria bem e por eles sacrificava-se e rezava, implorando de Deus o alívio de sofrimentos, a cura de doenças, a conversão a Deus e a salvação eterna. Às crianças pobres distribuiu a sua merenda e levou os companheiros a fazerem o mesmo, exprimindo desse modo um amor muito concreto que implicava o desprendimento do que era necessário para ela. Fazia-o “com tanta satisfação, como se não lhe fizesse falta”, testemunha a sua prima Lúcia.
Quando um sacerdote lhe falou do Santo Padre, que vivia em Roma, ela não terá compreendido muito quem ele era, mas entendeu o suficiente para o amar. Este amor foi reforçado, sem dúvida pela visão em que o via em sofrimento, insultado por muitos. Propõe-se então aliviá-lo mediante a oração e a oferta de sacrifícios. O seu amor suscitou nela o desejo de ver o Papa em Fátima, como tanta gente. Também os sacerdotes, sobretudo na fase em que ela já estava muito doente, foram envolvidos pelo amor da Jacinta. Apreciou um ao qual se confessou e dele recebeu o perdão divino. Exclamava: “Ai, mãe, que padre tão bom!”. Nesse tempo, rezava e recomendava a oração pelos sacerdotes, para que eles se ocupassem só das coisas da Igreja e fossem puros, muito puros.
O que levou uma criança como esta, com menos de 10 anos, a viver assim o amor, o interesse e o sacrifício pelos outros? Só pode ter sido a graça divina que recebeu do Céu por intermédio de Nossa Senhora. Tal graça levou-a muito para além das suas capacidades naturais, tornando-a admiravelmente bondosa e capaz de praticar o bem. Ao amor e aos dons divinos ela soube corresponder de forma desmedida e continuada. Por isso, cresceu na santidade e mereceu o reconhecimento por parte da Igreja que a declarou “beata”. Assim é modelo e exemplo para crianças e não menos para os adultos. Todos podemos aprender com ela a “arte de amar” os outros, sejam próximos ou distantes, com acções e orações, com gestos e palavras de consolação ou a oferta de sacrifícios. Um amor assim é uma ponte para a eternidade, não acaba nunca, conduz a Deus.
P. Jorge Guarda
As aparições de almas do Purgatório
Que são as aparições?
Contam-se fatos prodigiosos e muitas aparições de almas do purgatório. Isto poderia talvez impressionar a alguns e julgarem que podemos desejar ou procurar, com certa curiosidade, indagar a sorte dos mortos ou facilmente ter comunicação com as almas do purgatório. Quanta ilusão perigosa e quanta superstição e crendice em torno disto! É mister discernirmos bem as verdadeiras das falsas aparições, e mostrarmos o pensamento da Igreja e dos santos Doutores para que se evitem confusões e ilusões numa matéria tão grave e delicada„ porque tão sujeita a enganos e erros.
Que é uma aparição? É uma manifestação do outro mundo, de alguém que nos vem dizer o que lá se passa. Podemos acreditar nas aparições?
Há dois extremos igualmente prejudiciais. Um dos que facilmente aceitam toda sorte de aparições sem exame e não têm a prudência de estudar e esperar a, opinião de pessoas criteriosas, teólogos ou autoridades eclesiásticas e superiores, que possam discernir com segurança a verdade de tais aparições. É uma leviandade. Assim diz a Escritura: qui cito credit, levis est corde (Ecl. XIV, 4), quem facilmente em tudo crê, é leviano de coração, é um espírito leviano. Todavia, rejeitar sistematicamente e obstinadamente toda aparição, todos os fatos sobrenaturais, mesmo que tenham os sinais de verdadeiros, é prova de muito ceticismo, e de orgulho, e pode levar à infidelidade à graça, como insinua a Escritura: “qui incredulus est, infidelifer agit” (Isaías, XXI, 2. Quem é duro em acreditar, procede contra a piedade.
É mister um equilíbrio neste caso entre os dois extremos. Uma alma verdadeiramente humilde e obediente nunca poderá se enganar. Outra questão é se as almas do outro mundo podem se comunicar com os vivos. Podem voltar à terra quando queiram ou quando desejem os vivos? Respondemos sem hesitar, com a boa doutrina da Igreja e dos teólogos: — não e não! Isto só se dá por uma especialíssima permissão de Deus, raras vezes, e por milagre, para ensina-mento e confirmação da imortalidade da alma, para lição dos vivos ou para pedir socorro e sufrágios.
Desde que nossa alma se separou do corpo pela morte, não tem mais órgãos para se comunicar com os homens, é puro espírito, e só por milagre se pode tornar sensível. E demais, quando a alma deixou o corpo, já foi entregue à divina justiça, e está no lugar que mereceu: o céu, o inferno ou o purgatório. Não pode, sem milagre, entrar em comunicação com os homens.
Este milagre das aparições nós o encontramos na Sagrada Escritura. Samuel apareceu à Pitoniza de Endor e repreendeu a Saul porque havia perturbado o repouso dos mortos. Mostrou o castigo que lhe estava reservado por esta curiosidade vã.
Na morte de Nosso Senhor, conta São Mateus que os túmulos se abriram e muitos mortos apareceram e foram vistos em Jerusalém.
Nas vidas dos santos encontramos inúmeras aparições, e a santa Igreja, ao elevar à honra dos altares os servos de Deus, submete a um rigoroso processo todos os fatos e prodígios que deles narraram, embora não se pronuncie sobre eles. Portanto, há verdadeiras aparições.
Fonte: Extraído do livro “O manuscrito do purgatório” /AASCJ
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sexta-feira, 29 de outubro de 2010
"Irmã Morte"
Podemos afirmar que a única certeza da vida é a morte. A morte, para muitos, tem o sentido dramático de fim da vida. Então, se todos vamos morrer, qual é o sentido da vida? Há quem julgue ter encontrado o sentido da vida nas conquistas de valores transitórios e passageiros. Mais cedo, ou mais tarde, descobrem que esses valores não tem a importância que julgavam.
O ciclo da vida é nascer, crescer, multiplicar e morrer, mas quando vivemos com o propósito maior de alcançar a vida eterna, descobrimos o Verdadeiro sentido da vida; descobrimos a verdadeira sabedoria, viver a vida segundo as Leis de Deus. Quando colocamos nossas esperanças apenas nos valores materiais, criamos um vazio dentro de nós, que somente Deus pode preencher. Não podemos nos importar com coisas medíocres, como se o mundo fosse acabar de repente e com a ilusão de não termos que "prestar contas" a ninguém. Deus julgará cada pessoa e as coisas que fizemos."Porque teremos de comparecer diante do tribunal de Jesus. Ali cada um receberá o que mereceu, conforme o bem ou o mal que tiver feito enquanto estava no corpo." 2 Cor 5-10
E a partir do julgamento do Senhor, teremos nosso destino certo: "E esses irão pra o castigo eterno, e os justos, para a vida eterna." Mt 25-46
Quando o corpo morre , ele se separa da alma. Portanto, morte é separação, separação do corpo e do espírito. Esse é o nosso fim como ser vivo. Entretanto, não podemos permitir a morte do espírito, quando nos separamos de Deus, por causa dos nossos pecados. Não podemos morrer no espírito! Morrer no pecado mortal nos leva para o inferno, onde a alma será atormentada para sempre.
Devemos aspirar nessa vida os bens que não perecem, os verdadeiros valores cristãos: amor, humildade, simplicidade, caridade e comunhão, assim o Senhor nos dará o prêmio e a recompensa da vida eterna. Nesse sentido, a morte não é apenas separação, e sim a passagem para a plenitude definitiva para a Vida, é a porta que nos leva a Cristo. Devemos compreender que não pertencemos a nós mesmos, mas que somos do Senhor, e a Ele voltaremos.
Portanto, estejamos atentos e preparados, pois a morte sempre chega de surpresa, até mesmos para os que se encontram fracos e doentes, mas lutando pela vida.
São Francisco de Assis recorda, muitas vezes, o medo do castigo e a atração pela recompensa. Ele nos incentiva a ficar em atitude de alerta e penitência: "Convertei-vos, fazei dignos frutos de penitência, pois sabeis que um dia morrereis. Bem-aventurados os que morrem na penitência, pois estarão no Reino dos Céus." São Francisco, que era totalmente desapegado das coisas do mundo, se dirigiu livremente ao encontro da morte, e com uma maneira particular e alegre cantava a morte, chamando-a de irmã morte corporal , da qual homem algum pode escapar.
A exemplo de São Francisco e de todos os Santos devemos seguir em frente, com força e sem nunca desanimar, pelo caminho da perfeita observância da Lei de Deus, da prática de todas a virtudes cristãs e de uma cotidiana comunhão de vida com Jesus Eucarístico, que nos conduz pelo caminho da santidade e da salvação.
Assim também Nossa Senhora nos pediu, em Medjugorje, na mensagem do dia 02 de agosto de 2007:
"... Meus filhos, eu peço a vós o amor incondicional e puro a Deus. Sabereis estar no reto caminho quando, o corpo estiver na terra, mas a alma sempre em Deus. Através desse amor incondicional e puro, vós vereis o meu filho em cada pessoa. Sentireis a união com Deus. Eu, como mãe, estarei feliz porque tereis os vossos corações santos e unidos. Queridos filhos, tereis a salvação."
E quantas vezes, recitando o Terço, pedimos a Maria: "Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte." Ela, como mãe, está ao lado de cada um de seus filhos, particularmente na hora da morte, e acolhe suas almas, em seus braços maternos, para levá-las diante de Seu Filho Jesus, para o juízo particular.
Bem-aventurados os que morrem ao lado da Vossa Mãe Celeste, porque morrem no Senhor.
Papa Bento XVI aos brasileiros: “Política e fé se tocam”
Papa Bento XVI: “em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum”. Na manhã desta quinta-feira (28), o Santo Padre Bento XVI reforçou a posição da Igreja a respeito do aborto e eutanásia e conclamou os bispos brasileiros na missão de como pastores, orientar seu rebanho politicamente.
A promessa de Nossa Senhora de Fátima, sobre o triunfo de Seu Imaculado Coração mais uma vez se solidifica em nossas vidas. Acenda agora uma vela a favor do Brasil e do retorno da moral católica em nosso meio.
Todos os católicos precisam conhecer essa mensagem do Papa. Envie essa matéria para todos os seus amigos.
Leia na íntegra o pronunciamento do Papa Bento XVI:
“Amados Irmãos no Episcopado,
«Para vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo» (2 Cor 1, 2). Desejo antes de
mais nada agradecer a Deus pelo vosso zelo e dedicação a Cristo e à sua Igreja que cresce no Regional Nordeste 5. Lendo os vossos relatórios, pude dar-me conta dos problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que deveis medir-vos diariamente. O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança, como Dom Xavier Gilles acaba de referir na saudação que me dirigiu, dando livre curso aos sentimentos de todos vós e do vosso povo.
Como sabeis, nos sucessivos encontros com os diversos Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tenho sublinhado diferentes âmbitos e respectivos agentes do multiforme serviço evangelizador e pastoral da Igreja na vossa grande Nação; hoje, gostaria de falar-vos de como a Igreja, na sua missão de fecundar e fermentar a sociedade humana com o Evangelho, ensina ao homem a sua dignidade de filho de Deus e a sua vocação à união com todos os homens, das quais decorrem as exigências da justiça e da paz social, conforme à sabedoria divina.
Entretanto, o dever imediato de trabalhar por uma ordem social justa é próprio dos fiéis leigos, que, como cidadãos livres e responsáveis, se empenham em contribuir para a reta configuração da vida social, no respeito da sua legítima autonomia e da ordem moral natural (cf. Deus caritas est, 29). O vosso dever como Bispos junto com o vosso clero é mediato, enquanto vos compete contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais necessárias para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Quando, porém, os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. GS, 76).
Ao formular esses juízos, os pastores devem levar em conta o valor absoluto daqueles preceitos morais negativos que declaram moralmente inaceitável a escolha de uma determinada ação intrinsecamente má e incompatível com a dignidade da pessoa; tal escolha não pode ser resgatada pela bondade de qualquer fim, intenção, conseqüência ou circunstância. Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural (cf. Christifideles laici, 38). Além disso no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vitæ, 74). Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida «não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo» (ibidem, 82).
Além disso, para melhor ajudar os leigos a viverem o seu empenho cristão e sócio-político de um modo unitário e coerente, é «necessária — como vos disse em Aparecida — uma catequese social e uma adequada formação na doutrina social da Igreja, sendo muito útil para isso o “Compêndio da Doutrina Social da Igreja”» (Discurso inaugural da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, 3). Isto significa também que em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum (cf. GS, 75).
Neste ponto, política e fé se tocam. A fé tem, sem dúvida, a sua natureza específica de encontro com o Deus vivo que abre novos horizontes muito para além do âmbito próprio da razão. «Com efeito, sem a correção oferecida pela religião até a razão pode tornar-se vítima de ambigüidades, como acontece quando ela é manipulada pela ideologia, ou então aplicada de uma maneira parcial, sem ter em consideração plenamente a dignidade da pessoa humana» (Viagem Apostólica ao Reino Unido, Encontro com as autoridades civis, 17-IX-2010).
Só respeitando, promovendo e ensinando incansavelmente a natureza transcendente da pessoa humana é que uma sociedade pode ser construída. Assim, Deus deve «encontrar lugar também na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, econômica e particularmente política» (Caritas in veritate, 56). Por isso, amados Irmãos, uno a minha voz à vossa num vivo apelo a favor da educação religiosa, e mais concretamente do ensino confessional e plural da religião, na escola pública do Estado.
Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história. Como não pensar neste momento na imagem de Jesus Cristo com os braços estendidos sobre a baía da Guanabara que representa a hospitalidade e o amor com que o Brasil sempre soube abrir seus braços a homens e mulheres perseguidos e necessitados provenientes de todo o mundo? Foi nessa presença de Jesus na vida brasileira, que eles se integraram harmonicamente na sociedade, contribuindo ao enriquecimento da cultura, ao crescimento econômico e ao espírito de solidariedade e liberdade.
Amados Irmãos, confio à Mãe de Deus e nossa, invocada no Brasil sob o título de Nossa Senhora Aparecida, estes anseios da Igreja Católica na Terra de Santa Cruz e de todos os homens de boa vontade em defesa dos valores da vida humana e da sua transcendência, junto com as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens e mulheres da província eclesiástica do Maranhão. A todos coloco sob a Sua materna proteção, e a vós e ao vosso povo concedo a minha Benção Apostólica.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
A obediência é agradável a Deus
Apareceu o Menino Jesus a uma virgem, que orava fervorosamente em sua cela. Como nesse mesmo momento a voz da obediência a chamava a um ato de comunidade, ela sem hesitar deixou só o Menino Deus; e prontamente com o semblante alegre foi cumprir o seu dever. Depois de fazer o que lhe incumbira, voltou imediatamente à cela e achou o seu amado Jesus, que de Menino se tornara em um formoso adolescente.
Perguntou-lhe a religiosa a razão de tão rápido crescimento, e Jesus respondeu-lhe:
- A profunda humildade da tua pronta obediência foi que me fez crescer tanto em tão pouco tempo. Se queres, pois, filha minha, agradar sempre ao meu Coração e viver unida a Mim, obedece com semelhante prontidão a quem te governa.
Dito isto, desapareceu.
Fonte: AASCJ
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Pegadas maravilhosas
Século X – Praga (Boêmia)
São Venceslau, duque soberano da Boêrnia[1], tinha singular devoção ao Santíssimo Sacramento do altar. Mandava reverenciar os sacerdotes, manifestava a eles sinais de honra e diferença, favorecia-os o quando podia e julgava-se muito honrado em poder ajudar pessoalmente na celebração do Santo Sacrifício.
O intenso amor que professava a Jesus Sacramentado se manifestava de modo especial nas freqüentes visitas que, de dia ou de noite, fazia às igrejas para adorá-Lo. Se o templo estivesse fechado, joelhava junto à porta, e ali permanecia recolhido em oração. Se a distância ou a falta de tempo não lhe permitiam aproximar-se dEle, de longe dirigia seu olhar para o tabernáculo, para oferecer vassalagem a Deus Nosso Senhor, oculto na Sagrada Eucaristia.
Uma noite em que nevava copiosamente, ia o Santo de pés descalços para visitar o Santíssimo Sacramento nas igrejas, e o criado que o acompanhava se ia queixando do frio excessivo que sentia.
– Põe, lhe disse Venceslau, teus pés sobre as marcas dos meus.
O acompanhante assim o fez, e mal deu alguns passos começou a sentir que do gelo pisado pelo santo monarca saia um suave calor, que maravilhosamente o aquecia.
Esse prodígio fez entender ao criado quanto agradavam ao Senhor as visitas que Venceslau Lhe fazia no Santíssimo Sacramento.
(Lorenzo Surio, Vida de San Wenceslao)
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[1] Era menino de 13 anos quando herdou o Ducado da Boêmia, por morte de seu pai Vratislau. Na Corte, duas influências opostas se defrontavam: de um lado, a piedosa Ludmila, mãe de Vratislau, que era católica fervorosa e educou no catolicismo o neto Venceslau; de outro lado, a duquesa Draomira, viúva de Vratislau, regente na menoridade de Venceslau. Sendo pagã fanática e não conseguindo ter influência sobre o jovem duque, manifestava clara preferência pelo filho mais jovem, Boleslau, que também era pagão. Draomira mandou estrangular a sogra e passou a perseguir os católicos, mas não ousou tocar em São Venceslau. Este, impotente, tomou uma atitude prudentemente discreta até que, ao atingir os 18 anos, deu um golpe de força e destituiu a mãe, tomando posse do seu ducado e modificando radicalmente a situação. Favoreceu o catolicismo, chamou de volta os missionários, mandou editicar igrejas, submeteu-se como vassalo do Sacro Império. Muito piedoso, fazia questão de preparar pessoalmente, com trigo de suas plantações e uvas de suas videiras, as hóstias e o vinho destinados ao Sacrifício da Missa. Fez um breve mas memorável governo e morreu em 929, aos 23 anos de idade, assassinado por Boleslau, que, em conluio com a mãe, o atraíra para uma cilada.
fonte: aascj
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quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Novena ao Santo de nossa particular devoção
Ó grande santo, meu glorioso padroeiro, dou graças ao Senhor por vos ter coroado de tanta glória e felicidade no seio da sua Corte.
Suplico-vos, entretanto, que nas vossas grandezas não vos esqueçais de mim, que, ainda viajor neste mundo, atravesso gemendo este vale de lágrimas onde corro mil perigos de perder a meu Deus.
Por piedade, socorrei-me e rogai a Jesus me perdoe as faltas sem número que cometi até hoje. Pedi-Lhe que me livre de todo o apego às coisas deste mundo, para que nada me impeça de ir amá-Lo um dia convosco no paraíso. Amém.
Extraído do livro: “Novena para todas as necessidades”.
Catequese - O que é o Crisma?
A importância
“Tendo ouvido dizer que a Samaria acolhera a Palavra de Deus, os Apóstolos, que estavam em Jerusalém, enviaram lá Pedro e João. Estes, descendo até lá, oraram por eles a fim de que recebessem o Espírito Santo. Pois Ele ainda não descera sobre nenhum deles, mas somente haviam sido batizados em nome do Senhor Jesus. Então começaram impor-lhes as mãos, e eles recebiam o Espírito Santo” (At 8,14-17).
A confirmação completa a obra do santo Baptismo; é o sacramento que dá o Espírito Santo para enraizar-nos mais profundamente na filiação divina, incorporar-nos mais firmemente a Cristo, tornar mais sólida a nossa vinculação com a Igreja, associar-nos mais à sua missão e ajudar-nos a dar testemunho da fé cristã pelo ensinamento, acompanhado das boas obras.
A Confirmação, como o Batismo, imprime na alma do cristão um sinal espiritual ou indelével; razão pela qual só se pode receber este sacramento uma vez na vida. Aprofundando… Na confirmação do Batismo ou Crisma, o batizado reafirma sua fé em Cristo, sendo ungido durante a cerimônia, recebendo os sete dons do Espírito Santo.
A unção é feita pelo Bispo ou padre autorizado, com óleo abençoado na quinta-feira da Semana Santa. É um sacramento instituído para dar oportunidade à pessoa batizada de confirmar os compromissos assumidos no Batismo. Simplificadamente, a cerimônia consiste na renovação das “promessas do batismo”, mediante perguntas do Bispo, que em geral a preside, feitas em voz alta e do mesmo modo respondidas pelo crismando perante a comunidade. Como o batismo, o Crisma também imprime caráter, podendo ser ministrado apenas uma vez a cada pessoa.
Por ser um ato de afirmação de compromissos, a pessoa pode jamais receber o crisma ou, indo participar da cerimônia, deixar de confirmar esses compromissos. De qualquer modo, quem não foi crismado ou quem se recusou a renovar os compromissos do batismo, pode fazê-lo em qualquer tempo.
Extraído do Blog Quotidiano Espiritual
Nossa Senhora de Fatima, rogai pelos pecadores!
O Quinto Mandamento
“Não matarás” (Ex 20,13).
Jesus disse no Sermão da Montanha: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: “Não matarás. Aquele que matar terá de responder ao tribunal”. Eu, porém, vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão terá de responder no tribunal (Mt 5,21-22).
Portanto, o quinto Mandamento não proíbe apenas “não matar”, mas todo ato ou pensamento que possa ferir o outro física ou moralmente. Assim, a calúnia, a difamação, a perseguição, a exploração da pessoa em qualquer forma, a vingança, o ódio, etc., são pecados contra o quinto Mandamento.
A Igreja ensina que toda vida humana, desde o momento da concepção até a morte, é sagrada, porque a pessoa humana foi querida por si mesma à imagem e à semelhança do Deus vivo e santo. Por isso não se admite o aborto, a eutanásia e o assassinato; são graves ofensas a Deus.
A Igreja condena com pena canônica de excomunhão o crime do aborto; os que o praticarem e os que o promoverem. O embrião humano deve ser tratado como uma pessoa desde a sua concepção, e deve ser defendido em sua integridade, cuidado e curado como qualquer outro ser humano. Por isso, a Igreja não aceita a manipulação dos embriões e o desenvolvimento de células tronco embrionárias para fins terapêuticos, porque neste processo se destrói os embriões, que já são vidas humanas. Também a inseminação artificial é proibida pela Igreja, que entende que somente o casal pode gerar os filhos no ato conjugal do seu amor.
Acenda uma Vela a Virgem Santíssima, para que tenha piedade das almas que desobedecem os mandamentos de Deus. A legítima defesa é um dever grave para quem é responsável pela vida alheia ou pelo bem comum.
A eutanásia voluntária, sejam quais forem as formas e os motivos, constitui um assassinato. É gravemente contrária à dignidade da pessoa humana e ao respeito de Deus, seu Criador. A pessoa humana tem o direito de morrer quando Deus desejar.
O suicídio é gravemente contrário a lei de Deus. Entretanto, o suicida pode ter sua culpa diminuída por razões psicológicas (medo, depressão, etc.). A Igreja pede que se reze por eles e ninguém deve desanimar da possibilidade de sua salvação.
O escândalo é também pecado contra o quinto Mandamento; pois constitui uma falta grave quando, por ação ou por omissão, leva intencionalmente o outro a pecar gravemente.
Também a guerra injusta ofende ao quinto Mandamento pelos males e injustiças que acarreta; devemos fazer tudo o que for razoavelmente possível para evitá-la. A Igreja ora: “Da fome, da peste e da guerra livrai-nos, Senhor”.
Fonte: Professor Felipe Aquino/ADF
“Não matarás” (Ex 20,13).
Jesus disse no Sermão da Montanha: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: “Não matarás. Aquele que matar terá de responder ao tribunal”. Eu, porém, vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão terá de responder no tribunal (Mt 5,21-22).
Portanto, o quinto Mandamento não proíbe apenas “não matar”, mas todo ato ou pensamento que possa ferir o outro física ou moralmente. Assim, a calúnia, a difamação, a perseguição, a exploração da pessoa em qualquer forma, a vingança, o ódio, etc., são pecados contra o quinto Mandamento.
A Igreja ensina que toda vida humana, desde o momento da concepção até a morte, é sagrada, porque a pessoa humana foi querida por si mesma à imagem e à semelhança do Deus vivo e santo. Por isso não se admite o aborto, a eutanásia e o assassinato; são graves ofensas a Deus.
A Igreja condena com pena canônica de excomunhão o crime do aborto; os que o praticarem e os que o promoverem. O embrião humano deve ser tratado como uma pessoa desde a sua concepção, e deve ser defendido em sua integridade, cuidado e curado como qualquer outro ser humano. Por isso, a Igreja não aceita a manipulação dos embriões e o desenvolvimento de células tronco embrionárias para fins terapêuticos, porque neste processo se destrói os embriões, que já são vidas humanas. Também a inseminação artificial é proibida pela Igreja, que entende que somente o casal pode gerar os filhos no ato conjugal do seu amor.
Acenda uma Vela a Virgem Santíssima, para que tenha piedade das almas que desobedecem os mandamentos de Deus. A legítima defesa é um dever grave para quem é responsável pela vida alheia ou pelo bem comum.
A eutanásia voluntária, sejam quais forem as formas e os motivos, constitui um assassinato. É gravemente contrária à dignidade da pessoa humana e ao respeito de Deus, seu Criador. A pessoa humana tem o direito de morrer quando Deus desejar.
O suicídio é gravemente contrário a lei de Deus. Entretanto, o suicida pode ter sua culpa diminuída por razões psicológicas (medo, depressão, etc.). A Igreja pede que se reze por eles e ninguém deve desanimar da possibilidade de sua salvação.
O escândalo é também pecado contra o quinto Mandamento; pois constitui uma falta grave quando, por ação ou por omissão, leva intencionalmente o outro a pecar gravemente.
Também a guerra injusta ofende ao quinto Mandamento pelos males e injustiças que acarreta; devemos fazer tudo o que for razoavelmente possível para evitá-la. A Igreja ora: “Da fome, da peste e da guerra livrai-nos, Senhor”.
Fonte: Professor Felipe Aquino/ADF
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010
FAZER O BEM SEM OLHAR A QUEM
As necessidades dos homens são e sempre foram muitas e em variados aspectos. Jesus compadeceu-se de quem encontrava: “andou de lugar em lugar, fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo diabo, porque Deus estava com Ele” (Act 10,38). Assim resume o apóstolo Pedro o estilo de vida e a missão do seu Mestre. Os cristãos, discípulos e imitadores de Jesus, são chamados, em todos os tempos, a viver a agir em favor dos outros como o seu Senhor e Mestre. Também para a Igreja, na multiplicidade dos seus grupos e comunidades, fazer o bem é a sua missão.
Numa das orações litúrgicas da Quaresma, a Igreja reconhece que Deus Pai que a ensina “a dar alimento aos que têm fome”, imitando a bondade divina. Noutra fala da graça divina para alcançar uma “caridade mais diligente”. E numa prece implora: “Senhor Jesus, que passastes pelo mundo fazendo o bem, tornai-nos solícitos pelo bem comum de todos os homens”. Assim, na sua oração, a Igreja manifesta uma consciência clara de que tem a missão de fazer o bem como o seu Senhor.
Fazer bem quer dizer interessar-se pelos homens nas suas necessidades, sofrimentos, inquietações, desejos e anseios. É ocupar-se deles distribuindo-lhes bens, agasalhando-os, abrigando-os numa casa, cuidando das suas feridas, escutando-os nas suas dores, dúvidas e amarguras, prestando-lhes serviços e procurando com eles a solução para os problemas, partilhando riquezas e experiências espirituais. A Igreja move-se com compaixão e gratuidade pelos homens. Age por amor e bondade. Como o amor é criativo, também a Igreja o há-de ser nas variadas expressões em que o concretiza. A Cáritas, as Misericórdias e muitas outras instituições e serviços sócio-caritativos dão corpo às numerosas iniciativas de bem fazer da Igreja.
É preciso, todavia, fazer bem o bem. Quer dizer, atender às situações, necessidades ,
Procurará então fazer o bem com o coração de Deus. Como Ele, faz o bem sem olhar a quem. A Igreja não ajudará apenas os seus membros nem os que pelo seu comportamento merecem. O seu critério há ser a necessidade das pessoas e a sua aceitação. As situações aflitivas serão o grito que a Igreja ouve e ao qual dá socorro. Não faz bem para obter em troca a adesão de fé ou uma mudança de comportamentos. Faz o bem gratuita e desinteressadamente. Mas acolherá e acompanhará os passos que as pessoas livremente queiram dar para melhorar as suas condições de vida, os comportamentos ou mesmo crescer ou mudar espiritualmente. Todavia nunca exige nenhum destes passos, para dar ou ajudar quem precisa. Imita Jesus, que fazia o bem a justos e a pecadores, a quem manifestava fé e a quem a tinha mais débil.
Para fazer o bem, a Igreja organizou serviços e criou instituições. É preciso no entanto que esses serviços se desenvolvam numa rede que una as paróquias e, nestas, todas as suas comunidades. Também hoje, como na comunidade primitiva de Jerusalém, ninguém deveria passar por graves necessidades sem que de imediato fosse socorrido pelo amor dos irmãos na fé e pela mãe Igreja. E tal ajuda há-de estender-se, na medida das possibilidades, às necessidades de todos os homens das aldeias, vilas e cidades. Assim a Igreja se torna verdadeiramente caridade, como escrevi em artigo anterior.
As necessidades dos homens são e sempre foram muitas e em variados aspectos. Jesus compadeceu-se de quem encontrava: “andou de lugar em lugar, fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo diabo, porque Deus estava com Ele” (Act 10,38). Assim resume o apóstolo Pedro o estilo de vida e a missão do seu Mestre. Os cristãos, discípulos e imitadores de Jesus, são chamados, em todos os tempos, a viver a agir em favor dos outros como o seu Senhor e Mestre. Também para a Igreja, na multiplicidade dos seus grupos e comunidades, fazer o bem é a sua missão.
Numa das orações litúrgicas da Quaresma, a Igreja reconhece que Deus Pai que a ensina “a dar alimento aos que têm fome”, imitando a bondade divina. Noutra fala da graça divina para alcançar uma “caridade mais diligente”. E numa prece implora: “Senhor Jesus, que passastes pelo mundo fazendo o bem, tornai-nos solícitos pelo bem comum de todos os homens”. Assim, na sua oração, a Igreja manifesta uma consciência clara de que tem a missão de fazer o bem como o seu Senhor.
Fazer bem quer dizer interessar-se pelos homens nas suas necessidades, sofrimentos, inquietações, desejos e anseios. É ocupar-se deles distribuindo-lhes bens, agasalhando-os, abrigando-os numa casa, cuidando das suas feridas, escutando-os nas suas dores, dúvidas e amarguras, prestando-lhes serviços e procurando com eles a solução para os problemas, partilhando riquezas e experiências espirituais. A Igreja move-se com compaixão e gratuidade pelos homens. Age por amor e bondade. Como o amor é criativo, também a Igreja o há-de ser nas variadas expressões em que o concretiza. A Cáritas, as Misericórdias e muitas outras instituições e serviços sócio-caritativos dão corpo às numerosas iniciativas de bem fazer da Igreja.
É preciso, todavia, fazer bem o bem. Quer dizer, atender às situações, necessidades ,
Procurará então fazer o bem com o coração de Deus. Como Ele, faz o bem sem olhar a quem. A Igreja não ajudará apenas os seus membros nem os que pelo seu comportamento merecem. O seu critério há ser a necessidade das pessoas e a sua aceitação. As situações aflitivas serão o grito que a Igreja ouve e ao qual dá socorro. Não faz bem para obter em troca a adesão de fé ou uma mudança de comportamentos. Faz o bem gratuita e desinteressadamente. Mas acolherá e acompanhará os passos que as pessoas livremente queiram dar para melhorar as suas condições de vida, os comportamentos ou mesmo crescer ou mudar espiritualmente. Todavia nunca exige nenhum destes passos, para dar ou ajudar quem precisa. Imita Jesus, que fazia o bem a justos e a pecadores, a quem manifestava fé e a quem a tinha mais débil.
Para fazer o bem, a Igreja organizou serviços e criou instituições. É preciso no entanto que esses serviços se desenvolvam numa rede que una as paróquias e, nestas, todas as suas comunidades. Também hoje, como na comunidade primitiva de Jerusalém, ninguém deveria passar por graves necessidades sem que de imediato fosse socorrido pelo amor dos irmãos na fé e pela mãe Igreja. E tal ajuda há-de estender-se, na medida das possibilidades, às necessidades de todos os homens das aldeias, vilas e cidades. Assim a Igreja se torna verdadeiramente caridade, como escrevi em artigo anterior.
Fonte: Canção Nova
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domingo, 24 de outubro de 2010
sábado, 23 de outubro de 2010
Em união do amor com que vos ama a bem-aventurada da Virgem Maria,
Ladainha do amor de Deus
A vós, que sois o amor infinito, amo-vos ó meu Deus.
A vós, que me haveis prevenido pelo vosso amor, (repetir “Amo-Vos, o meu Deus”)
A vós, que me mandais vos ame,
De todo o meu coração,
Em toda a minha alma,
Em todo o meu entendimento,
Com todas as minhas forças,
Sobre todos os bens e honras,
Sobre todos os prazeres e gozos,
Mais do que a mim mesmo e tudo o que me pertence,
Mais do que a todos os homens e anjos,
Mas do que todas as coisas criadas no céu e na terra,
Unicamente por amor de vós,
Porque sois infinitamente digno de ser amado,
Porque sois infinitamente perfeito,
Ainda que não houvésseis prometido o céu,
Ainda que me ameaçásseis com o inferno,
Ainda que me provásseis pela miséria e infortúnio,
Na abundância e na pobreza,
Na prosperidade e na adversidade,
Nas dignidades e nos desprezos,
Nos prazeres e nos sofrimentos,
Na saúde e na doença,
Na vida e na morte,
No tempo e na eternidade,
Em união do amor com que vos amam no céu todos os anjos e santos,
Em união do amor infinito com que eternamente vos amais.
Oração: Ó meu Deus, que possuis em abundância incompreensível tudo o que pode ser perfeito e digno de amor, extingui em mim todo o amor criminoso, sensual e desordenado às criaturas, e acendei no meu coração o fogo puríssimo do vosso amor, para que não ame senão a vós e por vós, até sendo enfim consumido pelo vosso santíssimo amor, vá amar-vos eternamente com os eleitos no céu, pátria do amor. Assim seja.
Extraído do livro: “As mais belas orações de Santo Afonso
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sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Voltou ao cristianismo
O Presidente da Sociedade Teológica Evangélica volta à Igreja Católica
No dia 8 de Maio de 2007 Francis Beckwith renunciou ao cargo de Presidente da Sociedade Teológica Evangélica (ETS).
O motivo: voltou à Igreja Católica onde cresceu e que abandonou para abraçar o protestantismo.
Diz ele num blog, “não acredito que seja possível que a ETS conduza o seu negócio e os seus assuntos de forma que impulsione o Evangelho de Cristo, enquanto eu seja seu presidente. Por isso, desde 5 de Maio renuncio ao cargo de presidente da ETS e membro do seu comité executivo”.
Beckwith relata que começou a regressar à fé em que cresceu, quando decidiu ler alguns bispos e teólogos dos primeiros séculos da Igreja. “Em Janeiro, por sugestão de um amigo querido, comecei a ler os Padres da Igreja e alguns trabalhos mais sofisticados sobre a justificação em autores católicos. Comecei a convencer-me que a Igreja primitiva é mais católica que protestante e que a visão católica da justificação, correctamente compreendida, é bíblica e historicamente defensável”.
Estava disposto a voltar à Igreja Católica quando terminasse o seu serviço como presidente em Novembro do próximo ano. Entretanto, o seu sobrinho de 16 anos pediu para ser o seu padrinho de confirmação no próximo dia 13 de Maio e por isso reconsiderou a sua decisão.
Segundo Beckwith, “não podia dizer ‘não’ ao meu sobrinho querido, que acredita na renovação da sua fé em Cristo. Mas para o fazer, devo estar em total comunhão com a Igreja. Por isso, no dia 28 de Abril passado recebi o sacramento da Confissão”.
Beckwith espera que a sua partida permita à Sociedade Teológica Evangélica estudar a tradição da Igreja numa forma que não seria possível com ele de presidente
Fonte: JAM
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quinta-feira, 21 de outubro de 2010
A Popularidade de Medjugorje bate Recorde
Entrevista com Pe. Francisco Verrara: "Em Medjugorje vivi os dias mais felizes de minha vida"
12 Setembro, 2010
Desde que a Igreja St. James em Medjugorje começou a contar o número de hóstias consagradas dadas aos fieis, agosto 2010 foi, sobretudo, o maior número já visto: 326.500 hóstias consagradas. E continuou no mês de Setembro. Um grande número de peregrinos vindos do mundo inteiro, especialmente de países com Itália, República Checa, Eslováquia, Polónia, Hungria, Grécia, Irlanda, Líbano, Alemanha, Áustria, Espanha e Bélgica. Cada um daqueles peregrinos leva consigo sua própria experiência pessoal de Medjugorje.
Recentemente, o padre do Panamá, Francisco Verrara, 54 anos, compartilhou connosco sua experiência pessoal em Medjugorje. Ele tem vindo a Mejdugorje regularmente nos últimos 24 anos. É o fundador da Rádio Maria do Panamá, em 1994 e construiu uma igreja muito parecida com a igreja St. James de Medjugorje. Em entrevista ele disse: “No Panamá temos grupos de oração que estão vivendo a espiritualidade de Medjugorje. Nos últimos sete anos fazemos a adoração do Santíssimo Sacramento por 24 horas. Desde 1997 nós temos uma comunidade especial que busca viver as mensagens de Nossa Senhora, a Rainha da Paz. Eu vejo grandes frutos de Medjugorje em meu país.
Nós temos duas paróquias que são chamadas “Maria, Rainha da Paz”. Medjugorje se tornou minha vida. A paz, o amor e a alegria que encontrei aqui, eu não senti em lugar algum. Embora tivesse ido a muitos outros santuários, foi em Medjugorje onde eu vivi os dias os mais felizes de minha vida" .
Desde 1981, numa pequena vila em Medjugorje, chamada Bósnia-Herzegovina, a Virgem Maria vem aparecendo e transmitindo mensagens ao mundo. Ela nos diz que Deus A enviou ao mundo e, estes anos em que Ela esta connosco, é um tempo de graça concedido por Deus. Em Suas próprias palavras Ela diz: " Eu vim dizer ao mundo que Deus existe. Ele é o preenchimento da vida e para viver este preenchimento e essa paz, você deve voltar-se para Deus".
A missão de Nossa Senhora é trazer a paz e o amor. Ela veio à terra a fim de nos reeducar e nos ajudar a nos convertermos e centrarmos novamente nossas vidas em Deus.
O papel de Nossa Senhora foi sempre o de guiar as pessoas a seu filho, Jesus. Que oportunidade maravilhosa nós temos! É importante compreendermos o valor e a urgência do convite de Nossa Senhora à conversão, e então respondermos a esse chamado de todo coração. Nossa Senhora continua transmitindo mensagens a seis pessoas da vila de Medjugorje: Ivan, Jakov, Marija, Mirjana, Vicka, e Ivanka. A estes videntes a Virgem Maria tem aparecido desde 24 de junho de 1981. Além das mensagens públicas, Nossa Senhora deve dar a cada um dos seis videntes o total de dez segredos ou acontecimentos que ocorrerão na terra em um futuro próximo. Alguns dos segredos pertencem ao mundo inteiro, mas outros se referem aos videntes ou à vila local.
Somente um dos segredos foi revelado até agora pelos videntes.
Nossa Senhora prometeu deixar um sinal sobrenatural, indestrutível e visível na montanha onde apareceu pela primeira vez. Nossa Senhora disse: " Este sinal será dado para os ateus. A você fiel já existem sinais e você se tornou sinal para os ateus. Você não deve esperar por sinais para se converter; converta-se logo. Este é um tempo de graça para você. Seu agradecimento nunca será o bastante para agradecer a Deus por tanta graça. É tempo de aprofundar sua fé e de se converter, pois quando vier o sinal, já será tarde demais para muitos".
Traduzido do Inglês para o Português, por Telma
Fonte: http://www.worldslastchance.com
Carta do Papa aos seminaristas
O Papa diz que a missão do sacerdote "permanece grande e pura"
O Papa Bento XVI enviou uma carta aos seminaristas do mundo todo nesta segunda-feira, 18, festa litúrgica de São Lucas.
A missão sacerdotal "permanece grande e pura" e não pode ser desacreditada por quem não vive o seu ministério de modo digno, evidencia o Pontífice.
"O Seminário é uma comunidade que caminha para o serviço sacerdotal", afirma, indicando sete áreas que considera importantes para serem trabalhadas ao longo dos anos de formação.
1 - A relação pessoal com Deus, em Jesus Cristo, é o elemento mais importante no caminho para o sacerdócio e durante toda a vida sacerdotal. O Papa ressalta que o padre não é um administrador, mas "mensageiro de Deus no meio dos homens". Nesse sentido, aponta a necessidade de começar e acabar o dia em oração; ler a Bíblia e ter sempre a Deus diante dos olhos como ponto de referência para a vida;
2 - A participação activa na celebração da Eucaristia deve estar no "centro de todos os dias". Por isso, é importante conhecer, compreender e amar a liturgia;
3 - O Sacramento da Penitência também é importante. "Ensina a olhar-me do ponto de vista de Deus e obriga-me a ser honesto comigo mesmo; leva-me à humildade";
4 - "Mantende em vós também a sensibilidade pela piedade popular, excluí-la é completamente errado";
5 - O estudo é a dimensão salutar do tempo de Seminário. "A fé cristã possui uma dimensão racional e intelectual, que lhe é essencial. Sem tal dimensão, a fé deixaria de ser ela mesma". E faz um apelo: "Tudo o que vos peço insistentemente é isto: Estudai com empenho! Fazei render os anos do estudo! Não vos arrependereis".
Neste aspecto, é errado fazer-se imediatamente e sempre a pergunta: "Poderá isto servir-me no futuro? Terá utilidade prática, pastoral?". "Não se trata apenas de aprender as coisas evidentemente úteis, mas de conhecer e compreender a estrutura interna da fé na sua totalidade, de modo que a mesma se torne resposta às questões dos homens, os quais, do ponto de vista exterior, mudam de geração em geração e todavia, no fundo, permanecem os mesmos".
Aí entra a importância de conhecer as questões essenciais da teologia moral, doutrina social católica, teologia ecuménica, orientações fundamentais sobre as grandes religiões, a filosofia e a compreensão do direito canónico;
6 - Os anos no Seminário devem ser também um tempo de maturação humana. "Faz parte deste contexto também a integração da sexualidade no conjunto da personalidade". Caso contrário, ela torna-se banal e destrutiva. "Recentemente, tivemos de constatar com grande mágoa que sacerdotes desfiguraram o seu ministério, abusando sexualmente de crianças e adolescentes".
Diante deste cenário, o Santo Padre indica que pode ter-se apresentado ao coração dos seminaristas a dúvida de se seria bom fazer-se sacerdotes, se o caminho do celibato seria sensato como vida humana. "Mas o abuso, que há que reprovar profundamente, não pode desacreditar a missão sacerdotal. [...] Entretanto o sucedido deve tornar-nos mais vigilantes e solícitos, levando precisamente a interrogarmo-nos cuidadosamente a nós mesmos diante de Deus ao longo do caminho rumo ao sacerdócio, para compreender se este constitui a sua vontade para mim. É função dos padres confessores e dos vossos superiores acompanhar-vos e ajudar-vos neste percurso de discernimento".
7 - A dimensão da universalidade da Igreja deve estar acima da pertença a determinadas formas de viver a fé. "Hoje, os princípios da vocação sacerdotal são mais variados e distintos do que nos anos passados. [...] Por isso mesmo, o Seminário é importante como comunidade em caminho que está acima das várias formas de espiritualidade. Os movimentos são uma realidade magnífica; sabeis quanto vos aprecio e amo como dom do Espírito Santo à Igreja. Mas devem ser avaliados segundo o modo como todos se abrem à realidade católica comum, à vida da única e comum Igreja de Cristo que permanece uma só em toda a sua variedade".
"O Seminário é o período em que aprendeis um com o outro e um do outro". Aprender generosidade e tolerância, contribuindo com os seus dons peculiares para o conjunto, pois todos servem à mesma Igreja e ao mesmo Senhor, é outro ponto fundamental.
Por fim, o Papa exclama:
"Queridos seminaristas! Com estas linhas, quis mostrar-vos quanto penso em vós precisamente nestes tempos difíceis e quanto estou unido convosco na oração".
Partilha
Logo no início do texto, o Santo Padre partilha que, quando foi chamado ao serviço militar - em Dezembro de 1944 -, o subentendente perguntou qual a profissão com que cada um sonhava para o futuro. "Eu respondi que queria tornar-me sacerdote católico. O subentendente replicou: Nesse caso, convém-lhe procurar outra coisa qualquer; na nova Alemanha, já não há necessidade de padres".
O Pontífice ressalta que, nos dias de hoje, ainda que num contexto diferente, muitos pensam que o sacerdócio católico não seja uma 'profissão' do futuro.
"Os homens terão sempre necessidade de Deus – mesmo na época do predomínio da técnica no mundo e da globalização –, do Deus que Se mostrou a nós em Jesus Cristo. [...] Sempre que o homem deixa de ter a noção de Deus, a vida torna-se vazia; tudo é insuficiente. [...] Sim, tem sentido tornar-se sacerdote: o mundo tem necessidade de sacerdotes, de pastores, hoje, amanhã e sempre enquanto existir".
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Dúvidas sobre termos da Oração Salve Rainha
Pergunta — O que quer dizer, na Salve Rainha, a invocação “a vós bradamos, os degredados filhos de Eva”?
Resposta — Para melhor compreender a expressão “degredados filhos de Eva”, é conveniente reler o que está nos capítulos 2 e 3 do Gênesis, que narram a criação do homem e a sua queda, cedendo à tentação da serpente e comendo do fruto proibido. Resumiremos os dados principais, transcrevendo alguns trechos desse primeiro livro das Sagradas Escrituras:
“O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e insuflou no seu rosto um sopro de vida, e o homem tornou-se alma vivente. Ora, o Senhor Deus tinha plantado, desde o princípio, um paraíso de delícias, no qual pôs o homem que tinha formado. E o Senhor Deus tinha produzido da terra toda a casta de árvores formosas à vista, e de frutos doces para comer; e a árvore da vida no meio do paraíso, e a árvore da ciência do bem e do mal. [...] Tomou, pois, o Senhor Deus o homem e colocou-o no paraíso de delícias, para que o cultivasse e guardasse. E deu-lhe este preceito, dizendo: Come de todas as árvores do paraíso, mas não comas do fruto da árvore da ciência do bem e do mal; porque, em qualquer dia que comeres dele, morrerás indubitavelmente” (Gen. 2, 7-15).
Salve, Rainha, mãe de misericórdia, vida, doçura, esperança nossa, salve!
O castigo e a expulsão do Paraíso
Segue-se a descrição da criação de Eva a partir de uma costela de Adão. Em seguida vem a tentação da serpente e a queda do homem:
“Mas a serpente era o mais astuto de todos os animais da terra que o Senhor Deus tinha feito. E ela disse à mulher: Por que vos mandou Deus que não comêsseis de todas as árvores do paraíso? Respondeu-lhe a mulher: Nós comemos do fruto das árvores que estão no paraíso, mas do fruto da árvore que está no meio do paraíso Deus nos mandou que não comêssemos, e nem a tocássemos, não suceda que morramos. Porém a serpente disse à mulher: Vós de nenhum modo morrereis. Mas Deus sabe que, em qualquer dia que comerdes dele, abrir-se-ão os vossos olhos e sereis como deuses, conhecendo o bem e o mal.
“Viu, pois, a mulher que [o fruto] da árvore era bom para comer, e formoso aos olhos, e de aspecto agradável; e tirou o fruto dela e comeu; e deu a seu marido, que também comeu. E os olhos de ambos se abriram; e tendo conhecido que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram para si cinturas. E, tendo ouvido a voz do Senhor Deus, que passeava pelo paraíso à hora da brisa, depois do meio-dia, Adão e sua mulher esconderam-se da face do Senhor Deus no meio das árvores do paraíso” (Gen. 3, 1-8).
Como se fosse possível esconder-se da face de Deus! Deus interpela Adão, que culpa Eva. E Eva culpa a serpente. E depois de amaldiçoar a serpente, Deus diz a Eva:
“Multiplicarei os teus trabalhos, [especialmente os de] teus partos. Darás à luz com dor os filhos, e estarás sob o poder de teu marido, e ele te dominará. E disse a Adão: Porque deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que eu te tinha ordenado que não comesses, a terra será maldita por tua causa; tirarás dela o sustento com trabalhos penosos todos os dias da tua vida. Ela te produzirá espinhos e abrolhos, e tu comerás a erva da terra. Comerás o pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra, de que foste tomado; porque és pó, e em pó te hás de tornar” (Gen. 3, 16-19).
Por desobediência, o degredo de Adão e Eva
Fez também o Senhor Deus a Adão e sua mulher umas túnicas de peles e os vestiu. E disse: Eis que Adão se tornou como um de nós, conhecendo o bem e o mal; agora, pois, [expulsemo-lo do paraíso], para que não suceda que ele estenda a sua mão e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente. E o Senhor Deus lançou-o fora do paraíso de delícias, para que cultivasse a terra, de que tinha sido tomado. E expulsou Adão, e pôs diante do paraíso de delícias Querubins brandindo uma espada de fogo, para guardar o caminho da árvore da vida” (Gen. 3, 21-24).
Portanto Deus tinha criado o homem para deixá-lo num paraíso de delícias. Esse lugar seria a sua pátria nesta Terra. Tendo ele pecado, Deus expulsou-o desse paraíso, condenando-o a comer o pão com o suor do seu rosto, sujeitando-o a toda espécie de males, e por fim à morte. Como filhos de Adão e Eva, esta é a nossa situação atual: fomos desterrados da pátria que Deus tinha criado para nós, e vivemos numa terra de exílio.
Esta passagem da pátria autêntica, cheia de delícias, para uma terra estranha e adversa, é o que se chama degredo, desterro ou exílio. Somos, pois, os “degredados filhos de Eva”.
A Salve Rainha é uma oração composta originalmente em latim, onde se usa no trecho em questão a palavra exsules, que se traduziria perfeitamente por exilados. No tempo em que a oração foi traduzida para o português, seria mais comum do que hoje o uso da palavra degredo, e portanto todos a compreendiam facilmente. De qualquer modo, o significado é o mesmo: exílio ou desterro, isto é, a expulsão da pátria como castigo de um crime grave, como grave foi a desobediência de Adão e Eva à ordem dada por Deus.
Naturalmente pode dar-se também o exílio voluntário, quando alguém foge do país por receio de ser perseguido por razões políticas ou de outro gênero. Foi o que ocorreu com a Sagrada Família, que se exilou no Egito para fugir da perseguição de Herodes. No caso de Adão e Eva, porém, não se tratou de um exílio voluntário.
Ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria
Uma piedosa legenda atribui as palavras finais da Salve Rainha — o clemens, o pia, o dulcis Virgo Maria — a São Bernardo de Claraval, que as teria pronunciado na Catedral de Spira por ocasião de uma solenidade no dia 25 de dezembro de 1146, na presença do imperador Conrado III. A Salve Rainha é comumente atribuída, toda inteira, ao mesmo S. Bernardo, mas disso não se pode ter certeza, pois algum tempo antes de São Bernardo a oração já era conhecida.
Mais importante do que descobrir sua autoria é rezá-la com freqüência, para que a Santa Mãe de Deus esteja sempre presente, fazendo companhia a nós, que somos “os degredados filhos de Eva”. Máxime em nossos dias, em que esta terra de exílio vai se tornando cada vez mais adversa aos filhos da Santa Igreja, e já se esboçam planos de perseguição aos verdadeiros católicos em todo o mundo, como está previsto no Segredo de Fátima. Mesmo em nosso católico Brasil (ou já se pode falar de ex-católico Brasil?), cujo Plano Nacional de Direitos Humanos, assinado pelo Presidente Lula, contém medidas de verdadeira perseguição religiosa.
Precisamos resistir e lutar, por todos os meios lícitos, contra o que pretendem esses inimigos da Igreja. Mas, não nos iludamos, pode chegar o momento em que todos os que queiramos permanecer fiéis a Nosso Senhor Jesus Cristo sejamos confinados nos calabouços dos novos Coliseus, que vão se construindo nas nações celeremente secularizadas e atéias de nossos dias.
Precisamos estar preparados para enfrentar então o martírio. E desde já, aflitos mas confiantes, devemos levantar os olhos para a Virgem Mãe de Deus e bradar em alta voz:
Salve Rainha, Mãe de Misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A Vós bradamos, os degredados filhos de Eva! A vós suspiramos, gemendo e chorando, neste vale de lágrimas! Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei. E depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria.
E devemos insistir sempre: Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo!
Fonte: Catolicismo/Brasil
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Políticos abortistas devem se arrepender publicamente, diz chefe do Tribunal Supremo do Vaticano
Arcebispo Raymond L. Burke
Ao discursar no Congresso Mundial de Oração de Vida Humana Internacional, em Roma, o arcebispo Raymond L. Burke recebeu aplausos quando ele mostrou que os políticos católicos que apóiam o aborto devem arrepender-se publicamente, informou a agência canadense LifeSiteNews.
Falando aos líderes pró-vida de 45 nações, o Prefeito da Assinatura Apostólica (o mais alto tribunal do Vaticano, equivalente ao Supremo Tribunal Federal ‒ STF) também observou que esses católicos dissidentes que reconhecem o escândalo causado de público devem reparar o grave mal feito à Igreja, porém, nunca devem ser ridicularizados por isso.
O arcebispo Burke sublinhou que “tanto os bispos quanto os fiéis” devem ser obedientes ao Magistério ‒ que ele descreveu como o ensinamento de Cristo transmitido para o povo através do sucessor de Pedro e pelos Bispos em união com ele.
“Quando os pastores do rebanho são obedientes ao Magistério, a eles confiado, então, certamente, os membros do rebanho crescem na obediência e avançam junto com Cristo pelo caminho da salvação”, disse ele. “Se o pastor não é obediente, facilmente se introduz a confusão e o erro no rebanho”.
O presidente do Supremo Tribunal da Igreja, que também é membro da Congregação para os Bispos, acrescentou:
“O mais trágico exemplo de falta de obediência na fé, inclusive por parte de certos Bispos, foi a resposta de muitos à Carta Encíclica Humanae Vitae do Papa Paulo VI, publicada em 25 de julho de 1968. A confusão que resultou empurrou muitos católicos para costumes pecaminosos em matérias relativas à procriação e à educação da vida humana”.
Malefícios dos bispos que não condenam claramente os atentados contra a vida e contra a família
A Humanae Vitae reafirmou o imemorial ensino cristão sobre a imoralidade do uso de contracepção artificial.
No entanto, após sua publicação a encíclica foi repudiada por muitas pessoas dentro da Igreja Católica, incluindo padres e bispos, que tinham acreditado que a Igreja mudaria sua posição sobre a contracepção.”
Voltando à questão do escândalo dentro da Igreja, o arcebispo disse:
“Nós achamos auto-proclamados católicos, por exemplo, que sustentam e apóiam o direito da mulher a provocar a morte do bebê em seu ventre, ou o direito de duas pessoas do mesmo sexo a serem reconhecidas pelo Estado em pé de igualdade com o homem e a mulher que contraíram casamento. Não é possível ser católico praticante e agir publicamente desta forma”.
Arrependimento dos abortistas deve ser público
Em meio a estrondosos aplausos o arcebispo Burke explicou:
“Quando uma pessoa defendeu publicamente e colaborou com graves atos pecaminosos, levando muitos à confusão e ao erro em questões fundamentais que dizem respeito à vida humana e à integridade do matrimônio e da família, o seu arrependimento também deve ser público”.
O Prefeito da Signatura Apostólica, em seguida, expressou uma preocupação que tocou a fundo muitos dos ativistas católicos pró-vida presentes na conferência:
“Uma das ironias da atual situação ‒ disse ‒ é que as pessoas que denunciam o escândalo provocado por ações públicas gravemente pecaminosas praticadas por colegas católicos passam a ser acusadas de falta de caridade e de causar divisão no seio da unidade da Igreja”, disse ele.
“A gente vê a mão do pai da mentira agindo por trás deste menosprezo da gravidade do escândalo ou no ridículo com que são censurados daqueles que denunciam o escândalo”.
O prelado do Vaticano concluiu a demonstração da tese defendida, dizendo:
“Mentir ou não dizer a verdade jamais é sinal de caridade. A unidade, que não é fundada sobre a verdade da lei moral não é unidade da Igreja. A unidade da Igreja está fundada na profissão da verdade com amor.
“A pessoa que denuncia o escândalo provocado por católicos com ações públicas gravemente contrárias à lei moral, não só não destrói a unidade da Igreja, mas convida a reparar o que é claramente uma violação grave da vida eclesial.
“Se não denunciasse o escândalo que consiste no apoio público aos atentados contra a vida humana e a família, a consciência do católico estaria sendo deformada ou entorpecida a respeito das mais sagradas realidades”.
Fonte: Valores Inegociáveis/ADF/BRASIL
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
A Confissão I
Confissão, Sacramento da Penitência ou Reconcilição, é a aplicação imediata a cada cristão da copiosa Redenção que Jesus conquistou para toda a humanidade. É o momento em que o Seu Sagrado Coração se dilata de amor e misericórdia para com qualquer pecador arrependido que venha a Ele pedir perdão. No Sacramento o sacerdote perdoa-nos “em Nome de Cristo” e pela autoridade que Ele conferiu somente à Igreja Católica.
A fórmula da absolvição que o Sacerdote da Igreja latina usa, exprime os elementos essenciais deste sacramento: o Pai das misericórdias é a fonte de todo o perdão. Ele opera a reconciliação dos pecadores pela páscoa de seu Filho e pelo dom do seu Espírito, através da oração e ministério da Igreja: “Deus, Pai de misericórdia, que, pela Morte e Ressurreição de seu Filho, reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo para remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.”
O Catecismo da Igreja ensina que: §1446 – “Cristo instituiu o sacramento da Penitência para todos os membros pecadores da sua Igreja, antes de tudo para aqueles que, depois do Baptismo, cometeram pecado grave e com isso perderam a graça baptismal e feriram a comunhão eclesial. É a eles que o sacramento da Penitência oferece uma nova possibilidade de se converter e de recobrar a graça da justificação. Os Padres da Igreja apresentam este sacramento como “a Segunda tábua (de salvação) depois do naufrágio que é a perda da graça”.
Os seus efeitos
1468 - Toda a força da Penitência reside no facto de ela nos reconstituir na graça de Deus e de nos unir a Ele com a máxima amizade` (Cat. R. 2,5,18). Portanto, a finalidade e o efeito deste sacramento é a reconciliação com Deus. Os que recebem o sacramento da Penitência com coração contrito e disposição religiosa, `podem usufruir da paz e tranquilidade da consciência, que vem acompanhada de uma intensa consolação espiritual`(Conc. Trento, DS, 1674). Com efeito, o sacramento da Reconciliação com Deus traz consigo uma verdadeira `ressurreição espiritual`, uma restituição da dignidade e dos bens da vida dos filhos de Deus, entre os quais o mais precioso é a amizade de Deus (Lc 15,32).
Reconciliação com a Igreja
1469 - Este sacramento reconcilia-nos com a Igreja. O pecado rompe ou quebra a comunhão fraterna. O sacramento da Penitência repara ou restaura esta comunhão. Neste sentido, ele não cura apenas aquele que é restabelecido na comunhão eclesial, mas também um efeito vivificante sobre a vida da Igreja, que sofreu com o pecado de um dos seus membros (1Cor 12,26). Restabelecido ou confirmado na comunhão dos santos, o pecador sai fortalecido pela participação dos bens espirituais de todos os membros vivos do Corpo de Cristo, quer estejam ainda em estado de peregrinação ou já estejam na pátria celeste (LG 48-50):
Não devemos esquecer que a reconciliação com Deus tem como consequência, por assim dizer, outras reconciliações capazes de remediar outras rupturas ocasionadas pelo pecado: o penitente perdoado reconcilia-se consigo mesmo no íntimo mais profundo do seu ser, onde recupera a própria verdade interior; reconcilia-se com os irmãos que de alguma maneira ofendeu e feriu; reconcilia-se com a Igreja; e reconcilia-se com toda a criação (RP 31).
Juízo particular antecipado
1470 - Neste sacramento, o pecador, entregando-se ao julgamento misericordioso de Deus, antecipa de certa maneira o julgamento a que será sujeito no fim desta vida terrestre. Pois é agora, nesta vida, que nos é oferecida a escolha entre a vida e a morte, e só pelo caminho da conversão poderemos entrar no Reino do qual somos excluídos pelo pecado grave (1 Cor 5,11; Gl 5, 19-21; Ap 22,15). Convertendo-se a Cristo pela penitência e pela fé, o pecador passa da morte para a vida sem ser julgado (Jo 5,24).
O sigilo do sacramento
2490 - O sigilo do sacramento da Reconciliação é sagrado e não pode ser traído sob nenhum pretexto. O sigilo sacramental é inviolável; por isso, não é lícito ao confessor revelar o penitente, com palavras, ou de qualquer outro modo, por nenhuma causa (CDC, cân. 983,1).
Penitência
Definição
A Penitência é a volta. Quase todo o dia a gente cai e se levanta. Pequenas quedas e grandes tombos. Ninguém quer ficar no chão. A gente pisa em falso porque não enxerga bem os passos e o caminho de Jesus. Erramos o caminho. Atrapalhamos a caminhada uns dos outros. Deus sempre dá a mão para a gente se deixar reconduzir. No sacramento da Penitência celebramos a coragem de pegar de novo na mão de Deus e voltar a andar no caminho dele, que é o caminho da irmandade.
Aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e ao mesmo tempo são reconciliados com a Igreja que feriram ao pecar, e a qual colabora para a sua conversão com caridade, exemplo e orações. A confissão consiste num sacramento instituído por Jesus Cristo no qual o sacerdote perdoa os pecados cometidos depois do baptismo.
Fonte: JAM
Contra as línguas maldizentes
1. Filho, não te aflijas se alguém fizer de ti mau conceito ou disser coisas que não gostas de ouvir. Pior ainda deves julgar de ti mesmo, e avaliar-te o mais imperfeito de todos. Se praticares a vida interior, pouco te importarás de palavras que voam. É grande prudência calar-se nas horas da tribulação, volver-se interiormente a mim, e não se perturbar com os juízos humanos.
2. Não faças depender tua paz da boca dos homens; porque, quer julguem bem, quer mal de ti, não serás por isso homem diferente. Onde está a verdadeira paz e a glória verdadeira? Porventura não está em mim? Quem não procura agradar aos homens, nem teme desagradar-lhes, esse gozará grande paz. É do amor desordenado e do vão temor que nascem o desassossego do coração e a distração dos sentidos. (Imitação de Cristo)
Fonte: Derradeiras Graças
domingo, 17 de outubro de 2010
Bispo do Paquistão chega a Portugal para falar dos riscos de ser católico
A Igreja no Paquistão necessita de suas orações. Acenda a Vela das graças pelos católicos que sofrem perseguições no Oriente Médio
Entre os dias 14 a 21 de Outubro, o Bispo de Lahore, no Paquistão, D. Sebastian Shaw, vem visitar Portugal, a convite da Fundação AIS. A passagem pelo país europeu pretende dar relevo ao extremismo e o aumento da violência contra a Igreja Católica no Paquistão, que se somam aos dramas do terrorismo e da crise humanitária provocada pelas recentes cheias.
Uma equipe da Fundação AIS visitou recentemente o país e testemunhou que o grande sofrimento dos cristãos paquistaneses é cada vez pior: são discriminados nos seus locais de trabalho, são fortemente pressionados para abandonar a sua fé, há cada vez mais ataques ao seu modo de vida e, o pior de tudo, estes ataques e ameaças são cada vez mais violentos.
No Paquistão, os cristãos são pouco mais de dois milhões numa população de 175 milhões de habitantes, na sua maioria muçulmanos. A Igreja Católica está organizada em sete dioceses onde mais de 270 sacerdotes trabalham na pastoral, ajudados por 735 religiosas de 27 congregações e um grande número de catequistas leigos.
Uma das grandes ameaças à liberdade religiosa é a lei anti-blasfêmia, que estabelece que qualquer ofensa por palavras ou actos contra Alá, Maomé ou o Corão, denunciada por um muçulmano e sem necessidade de testemunhos ou provas adicionais, pode determinar o julgamento imediato e a condenação à prisão de qualquer pessoa.
A Fundação AIS uniu a sua voz às vozes da sociedade civil, da Igreja no Paquistão, do Conselho Mundial de Igrejas e outras instituições internacionais, pedindo a abolição de uma lei que viola a liberdade civil e religiosa, sendo ainda “a maior fonte de perseguição das minorias religiosas”.
No Paquistão os cristãos são marginalizados por causa da pobreza e muitas famílias não podem financiar os estudos dos filhos, sendo estes muitas vezes obrigados a freqüentar escolas corânicas.
Fonte: ACI Digital/ADF
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