Firmeza, perseverança, concentração e fervor na oração – arma poderosa e eficaz contra os demônios!

“Vigiai, pois, visto que não sabeis quando o senhor da casa voltará, se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que, vindo de repente, não vos encontre dormindo. O que vos digo, digo a todos: vigiai!” (Mc. 13. 35-37) “Posto o homem em oração, o demônio não cessa de lhe revolver e trabucar na memória quantas notícias impertinentes e inúteis pode. Pica a alma com cuidados, a consciência com escrúpulos, o corpo com dores e outras inquietações molestas da paixão da carne.

Diverte o espírito do estudo prático das verdades para o especulativo de conceitos, e aconselha-lhe que deposite na memória para proveito de outros a luz que Deus lhe dava para o seu próprio.

Quando por si não pode interromper a oração, voa para sugerir a algum doméstico ou estranho que venha perguntar algo à alma orante; ou pedir ou trazer isto ou aquilo; e, de uma palavra encadeia tantas, que se lhe consome o tempo da oração àquela alma, sem que esta o possa entender soração, perseverenão depois de perdido.

Outras vezes quebra-lhe as forças do corpo, que torna débeis; causa formigueiros no cérebro, mete-lhe fraqueza de estômago, faz sobressaltos de coração e descomposição de pulsos, como um relógio cujo pêndulo não anda compassado; outras pendura-se por detrás nas roupas, puxando por elas subtilmente, de modo a que lhe subam à garganta e o afoguem; ou se lhe assenta sobre os ombros, causando mais ou menos peso, conforme Deus lho permite.”

(Padre Manuel Bernardes, “Luz e Calor”)

Fonte: Vida Espiritual Católica/AASCJ