quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Iraque: Aumentar as medidas de protecção, em particular para as comunidades religiosas e étnicas
Os cristãos de Mossul estão cada vez mais na mira de homens armados, como divulgado pela imprensa no Iraque, segundo a qual em Novembro morreram pelo menos cinco pessoas.
Notícias de raptos e assassinatos de cristãos em Mossul continuaram a chegar ainda em Dezembro. Dezenas de famílias cristãs fugiram de Bagdade, Mossul e Bassorá, e encontraram refúgio no Curdistão iraquiano. São vários os testemunhos de cristãos iraquianos que fugiram para a Síria, relatou uma organização cristã, Comissão da Igreja para refugiados iraquianos em Hassaké-al. No documento, publicado pelo Fundo Barnabé, outra ONG cristã afirma que os cristãos de cidades como Mossul "vivem dentro de casa".
São obrigados a ter longos períodos de ausência do local trabalho devido aos riscos que enfrentam, tanto em Mossul como noutras cidades. As universidades e escolas quase não têm estudantes cristãos. Conforme relatado pela imprensa, tendo em vista o Natal, as autoridades iraquianas começaram a construir muros de cimento para proteger as igrejas em Bagdade e Mossul, e foram introduzido um controlo rigoroso à entrada das mesmas.
Os serviços religiosos foram cancelados por medo de ataques. "Construir muros ao redor das igrejas é um sinal de que o Governo falhou em proporcionar segurança real", disse Malcolm Smart, director do Programa Médio Oriente e Norte da África da Amnistia Internacional. A onda de ataques contra cristãos em Mossul, desde a invasão do Iraque em 2003, reduziu consideravelmente a população da comunidade, que então contava mais de 100 mil pessoas.
Entre meados de 2004 e o final de 2009, foram registados cerca de 65 atentados contra igrejas cristãs no Iraque. "Condenamos veementemente esses ataques contra civis iraquianos e fazemos um apelo ao Governo para aumentar as medidas de protecção, em particular relativamente às comunidades vulneráveis, religiosas e étnicas" – lê-se no apelo da Amnistia Internacional enviado à Agência Fides. Os ataques têm aumentado desde 31 de outubro de 2010, quando um grupo armado tomou como reféns 100 pessoas numa igreja sírio-católica, em Bagdade, tendo provocado mais de 58mortos e 70 feridos, quando as forças de segurança tentaram libertá-las.
fonte: FAIQS
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